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12/03/2024, 15:28 Assunto II - Conceitos de Execução Orçamentária e Financeira no EB

Assunto II - Conceitos de Execução Orçamentária e Financeira no EB

Site: AVA EBAula - Centro de Educação a Distância do Exército Impresso por: 1º Sgt THALES - THALES ROCHA LULA PEREIRA
2024 - IEFEx - SEF - ESASF - Estágio Setorial para Auxiliar Data: terça, 12 mar 2024, 15:28
Curso:
de Setor Financeiro
Assunto II - Conceitos de Execução Orçamentária e
Livro:
Financeira no EB

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Índice

1. Ciclo Orçamentário e Financeiro

2. Origem e Emprego dos Recursos

3. Estágios da Despesa Pública


3.1. Planejamento
3.2. Execução

4. Fundamentos de Suprimento de Fundos

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1. Ciclo Orçamentário e Financeiro

O ciclo orçamentário e financeiro na Administração Pública é uma série de etapas que ocorrem num período específico de tempo e
caracterizam o processamento das atividades financeiras do Estado.

Vamos conversar aqui sobre os aspectos direcionados para a realidade de uma Organização Militar, ou seja, como o "dinheiro"
chega, é administrado, gasto e controlado.

Primeira coisa que devemos compreender é qual a estrutura em que estamos inseridos, quem são os participantes desse "jogo".

Todo Encarregado do Setor Financeiro precisa conhecer os componentes, ou atores, do ciclo orçamentário e financeiro do Exército.
Para tanto, antes de qualquer coisa, precisa estar familiarizado com a estrutura organizacional do Exército.

Como pode ser observado na estrutura, temos Órgãos de Assessoramento Superior, Direção Geral, de Assistência e de Direção
Setorial.

Para nosso tema, focaremos nos Órgãos de Direção Setorial (ODS), visto que estes, na maioria dos casos, serão os gestores dos
recursos, "donos do dinheiro", ou seja, são eles que descentralizarão os créditos orçamentários para a sua Unidade Gestora (UG).

Os ODS farão a descentralização dos créditos orçamentários sob sua responsabilidade, conforme a atividade de sua gestão
(logística, ensino, operacional etc.), podendo sua UG receber créditos de qualquer um deles, dependendo do seu tipo de OM
(operacional, administrativa ou de ensino).

No entanto, a SEF, tem na sua estrutura organizacional as Organizações Militares Diretamente Subordinadas (OMDS), que
manterão contato permanente coa a sua UG. Veja o organograma abaixo:

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A SEF é o ODS responsável pelo controle de toda a execução orçamentária, financeira, patrimonial e de custos do Exército
Brasileiro.

As UG, no seu dia a dia, manterão permanente contato com a Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO), para solicitar créditos
orçamentários, e com a Diretoria de Contabilidade (DCont), para solicitar recursos financeiros. Ambas diretorias são OMDS à SEF,
tal como o Centro de Pagamento do Exército (CPEx) e o Instituto de Economia e Finanças do Exército (IEFEx), que atuam voltados
para suas áreas específicas.

Como dito anteriormente, os ODS do Coimando do Exército realizam a gestão dos gastos voltados para sua área específica de
atuação, sendo que a SEF, por meio da DGO, é a responsável pela vida administrativa e vegetativa das UG.

Nesse sentido, a DGO se torna a mais importante gestora de créditos orçamentários, pois sua responsabilidade é manter as UG em
funcionamento, portanto, o tesoureiro terá de manter contato permanente com a Diretoria.

Por este e outros motivos, a DGO será nossa principal referência, portanto, quando a citarmos, pode ser entendido como qualquer
ODS que descentralize créditos para sua OM.

O ciclo de execução orçamentária e financeira inicia com a descentralização do crédito orçamentário e finaliza com o pagamento da
despesa, conforme podemos ver abaixo:

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Nesse fluxo, a DGO, ou outros ODS, enviará o crédito à UG que emitirá o Empenho da Despesa, após o devido processo licitatório.
Após o material ser entregue, ou o serviço ser prestado, o setor responsável fará o ateste (quitação da nota fiscal/fatura), enviando o
documento de origem ao Setor Financeiro para, após conferir as formalidades documentais, realizar o registro da Liquidação no
SIAFI.

O tesoureiro, ao realizar o registro da etapa de Liquidação, estará ratificando no SIAFI que os requisitos para o pagamento da
despesa foram cumpridos, o que é entendido pela Setorial Financeira (DCONT) como uma solicitação de numerário (R$).

A DCONT por meio de um processo de análise diária das contas contábeis de liquidação verifica o valor a ser repassado à UG,
realizando, então, a transferência interna do numerário (R$), ação chamada de "SUB-REPASSE do recurso financeiro", que
aparecerá na conta contábil do SIAFI de "Limite de Saque" da UG, possibilitando o pagamento.

Cada etapa desse ciclo deve estar bem clara para o Tesoureiro, pois o domínio da estrutura geral da execução da despesa no SIAFI
permitirá uma melhor compreensão dos detalhes, assim como ajudará na identificação de possíveis problemas na execução
financeira.

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2. Origem e Emprego dos Recursos

Os recursos orçamentários (CRÉDITO) e financeiros (NUMERÁRIO) da UG possuem uma relação de origem e aplicação, ou
emprego, que é orientada, de maneira geral, pelos Programas Governamentais.

Esses Programas estruturam qualitativamente o que se pretende alcançar com a realização de determinada Política Pública, sendo
apresentados, principalmente, no Plano Plurianual (PPA) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Para mais detalhes sobre o processo de Elaboração das Leis Orçamentárias, acesse o Canal do YouTube Orçamento Fácil , que
possui uma excelente série, desenvolvida pelo Senado Federal, sobre Orçamento Público.

Orçamento Fácil - Vídeo 01 - A série de animação desenvol…


desenvol…

O Comando do Exército está inserido em alguns Programas Governamentais, como é o caso do Programa de Defesa Nacional, que
é um Programa Temático que reúne ações relacionadas à atividade-fim do Exército.

Existe, ainda, o Programa de Gestão e Manutenção do Poder Executivo, que destina-se a manutenção das atividades do dia-a-dia
de cada Órgão. O Comando do Exército está inserido nesse Programa com as ações destinadas a manutenção da atividade-meio
do EB, a chamada "Ação 2000".

O Caderno de Orientação da SEF - Apoio Administrativo, elaborado pela DGO, dá as diretrizes para a aplicação desses recursos da
"Ação 2000", e será a base normativa quando não houver determinação específica de outro ODS.

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A origem dos recursos orçamentários (CRÉDITOS) e sua aplicação conforme a sua finalidade, na atividade-fim ou meio, deverá
ser identificada e, obrigatoriamente, seguida pelo Ordenador de Despesas. O Tesoureiro, como assessor do OD e responsável
pelo registro das informações nos sistemas, deve compreender a correta identificação da aplicação e vinculação dos recursos
(orçamentários e financeiros).

Na gestão financeira da UG, os recursos de ambas atividades serão objeto de trabalho do Setor Financeiro.

Para a identificação da origem e aplicação será necessário consultar alguns conceitos e codificações, como é o caso do Plano
Interno (PI).

O Plano Interno (PI) é um instrumento de planejamento, acompanhamento e controle das ações. É um código, gerenciado pela
DGO, constante na célula orçamentária, para controle da aplicação dos recursos.

Esse é um exemplo retirado do Caderno de Orientação Apoio Administrativo e Fundo do Exército, que possui, ainda, tabelas com os
PI utilizados, facilitando a consulta dos códigos e suas caraterísticas.

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Como pode ser observado no Caderno, existem vários tipos de PI, gerenciados por Gestores diferentes (DGP, DGO, DCT), cada um
com seu rito próprio. Cabe ao Tesoureiro buscar as diretrizes de cada Órgão Gestor, buscando a correta aplicação dos recursos.

Neste tópico, o objetivo foi apresentar algumas formas de identificação da origem e aplicação dos recursos da OM. Em tópicos
posteriores, esses conceitos serão observados em situações práticas, consolidando o conhecimento.

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3. Estágios da Despesa Pública

Antes de falarmos dos estágio da despesa, temos que compreender o que é a Despesa Pública e como está estruturado o registro dessa
informação.

Segundo o MCASP, a despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos
serviços públicos prestados à sociedade.

Esses dispêndios são tipificados como Orçamentários e Extraorçamentários, conforme esquema abaixo:

Dispêndio orçamentário - é toda transação que depende de autorização legislativa para ser efetivada, ou seja, está no Orçamento Anual.
São as despesas que foram planejadas no ano anterior e já estão previstas, como as despesas de manutenção da OM.

Dispêndio extraorçamentário - é aquele que não consta no Orçamento Anual, como, por exemplo, quando a OM devolve um depósito de
garantia contratual, ao fim do contrato. A OM teve um dispêndio, pois houve saída de numerário, mas esse valor não pertence ao Orçamento.

Neste material, vamos tratar das Despesas Orçamentárias, por ser o nosso foco maior.

Existem diversas classificações das Despesas Orçamentárias. Vamos tratar das mais importantes, pois nosso objetivo aqui é dar uma visão
geral desses conceitos.

Essas são as classificações das Despesas Orçamentárias mais relevantes:

Classificação Institucional - Essa classificação reflete a estrutura organizacional e administrativa. Quem é responsável pela
execução da Despesa.
Classificação Funcional - Segundo o MCASP, é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos, por área de ação governamental, nos três níveis de Governo. Em que áreas a Despesa será
realizada.
Classificação por Estrutura Programática - Nos termos do MCASP, toda ação do Governo está estruturada em programas
orientados para a realização dos objetivos estratégicos, definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. O que
foi realizado por meio da Despesa.
Classificação Segundo a Natureza - Informa a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de
aplicação, o elemento, além do desdobramento facultativo do elemento de despesa (subelemento).

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A classificação segundo a natureza é representada por um código composto por oito algarismos, sendo que o 1º dígito representa a
categoria econômica, o 2º o grupo de natureza da despesa, o 3º e o 4º dígitos representam a modalidade de aplicação, o 5º e o 6º o
elemento de despesa e o 7º e o 8º dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento de despesa (subelemento), conforme
ilustrado a seguir:

Detalhando cada parte dessa codificação:

Categoria Econômica – Subdivide-se em despesas correntes e de capital:


Despesas Correntes - as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. São as despesas
do dia-a-dia, como aquisição de material de consumo ou pagamento de despesas de energia elétrica.
Despesas de Capital - as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. São aquelas que
contribuem para o aumento do patrimônio da OM, como as despesas com obras e aquisição de material permanente.
Grupo de Natureza da Despesa (GND) - É um agregador de elemento de despesa.
Modalidade de Aplicação - Indica se os recursos são aplicados diretamente no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outros entes
da Federação. Permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.
Elemento - Identifica os objetos de gasto. Diferencia os gastos com material de consumo dos gastos com serviços, por exemplo.

Essa classificação detalha a “famosa” ND (Natureza da Despesa), cuja codificação e utilização, no âmbito do Exército, é orientada em geral
conforme:

Caderno de Orientação da SEF - Apoio Administrativo e Fundo do Exército, da DGO;


Plano de Descentralização de Recursos – (COL), do COLOG; e
Ementário para a classificação das despesas orçamentárias, do DGP.

O domínio dessas classificações é requisito para que o encarregado/auxiliar do setor financeiro identifique com exatidão cada despesa
realizada. Como responsável pelos registros contábeis, é sua atribuição zelar pela correta classificação das despesas, providenciando a
regularização em caso de eventual erro de classificação.

É necessária a coordenação com as seções de Aquisições e Contratos (SALC) e Fiscalização Administrativa, para que a classificação da
despesa seja compreendida de maneira uniforme, prevenindo erros de classificação.

Agora que já identificamos os tipos de dispêndios e classificamos a Despesa Orçamentária, vamos passar pelos estágios da despesa pública.

O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) apresenta como estágios da despesa o Planejamento e a Execução.

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Observem que é no estágio da execução orçamentária que o papel do encarregado/auxiliar do setor financeiro se efetiva, perfazendo as
etapas da liquidação e pagamento.

O que vem a ser cada estágio, e como isso acontece, é o que vamos ver agora.

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3.1. Planejamento

O primeiro estágio, planejamento, abrange toda a formulação do plano e das ações governamentais que servirão de base para a
fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira,
e o processo de licitação e contratação. Vejamos cada passo.

Fixação da despesa

A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem
efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e compreende a
adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e
prioridades traçadas pelo governo.

Conforme art. 165 da Constituição Federal de 1988, os instrumentos de planejamento compreendem o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, documentos, estes, que nortearão os gastos públicos no médio e curto prazo.

O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo por meio da lei
orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento.

Descentralizações de créditos orçamentários

Com as despesas autorizadas pelo Legislativo, o próximos passo é a descentralização de créditos orçamentários, que ocorre
quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e
econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.

Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a descentralização interna, também chamada
de provisão. É o que acontece quando a DGO provisiona (transfere) créditos para as UG Executoras.

Se, porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferentes, teremos uma descentralização
externa, também denominada de destaque. Como é o caso das cooperações entre dois ministérios, por exemplo quando o
Ministério da Educação destaca (transfere) recursos orçamentários para o Ministério da Defesa, para a execução da operação
ENEM.

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Programação Orçamentária e Financeira

A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos
recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.

Processo de licitação e contratação

A UGE de posse dos créditos orçamentários, planeja a contratação e executa o processo de licitação, que compreende um conjunto
de procedimentos administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros,
bem como fazer concessões de serviços públicos com as melhores condições para o Estado, observando os princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e de outros que lhe são correlatos. É o trabalho exercido pela Seção de Aquisições
das OM.

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3.2. Execução

A transição do planejamento dá-se com o início da execução da despesa orçamentária, que se dá em três estágios, na forma
prevista na Lei no 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.

Empenho

O empenho, primeiro estágio da despesa, conforme o art. 58 da Lei no 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.

O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, no qual deve constar o
nome do credor, a especificação do credor e a importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da
execução orçamentária.

Os empenhos podem ser classificados em:

Ordinário - é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva
ocorrer de uma só vez;
Estimativo - é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como
serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e
Global - é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento,
como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei no 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de
empenho de despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.

Liquidação

Este é o estágio em que o Encarregado pelo Setor Financeiro entra em cena, quando recebe a nota fiscal e registra a apropriação
da despesa. Conforme dispõe o art. 63 da Lei no 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo apurar:

I – a origem e o objeto do que se deve pagar;

II – a importância exata a pagar;

III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:

I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;

II – a nota de empenho;

III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

Após a Liquidação, a DCONT fará a identificação da necessidade de recursos financeiros (NUMERÁRIO) e realizará a
descentralização (SUB-REPASSE), conforme as informações da Liquidação.

O processo de descentralização de recursos financeiros pode ser exemplificado de acordo com a figura:

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Pagamento

Ainda no campo de atuação do titular do Setor Financeiro, o estágio do pagamento consiste na entrega de numerário ao credor
por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação
da despesa.

A Lei nº 4.320/1964, no art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa liquidada seja paga.

A liquidação e o pagamento são os mais conhecidos do encarregado/auxiliar do setor financeiro, pois são os estágios cuja
execução, por meio do SIAFI-WEB, é sua atribuição.

Para fixação dos conhecimentos, assistam ao seguinte vídeo:

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4. Fundamentos de Suprimento de Fundos

Neste tópico, iremos tratar dos principais conceitos sobre o regime de adiantamento, conhecido como Suprimento de Fundos.

O Suprimento de Fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para a
realização de despesas que não possam ser executadas pelo processo normal de aplicação.

Ou seja, é uma exceção ao processo normal de execução da despesa, que passa pela Licitação, Empenho, Recebimento do
bem ou prestação do serviço, ateste, liquidação e pagamento.

No regime de adiantamento não há licitação, o empenho é realizado em nome do militar suprido (quem recebe) e o recurso é
adiantado a ele, que posteriormente fará a Prestação de Contas de seus gastos.

A entrega do numerário ao Agente Suprido é realizada, preferencialmente, por meio de Cartão de Pagamento do Governo Federal
(CPGF), conhecido como "cartão corporativo", ou em casos específicos por depósito em conta corrente (Conta Tipo B).

A Concessão de Suprimento de Fundos segue um ciclo que inicia na elaboração da Proposta de Concessão e finaliza na Prestação
de Contas.

Essa é uma visão geral do processo de adiantamento, suficiente para que o Financeiro compreenda cada etapa. Os detalhes sobre
os requisitos para a utilização do Suprimento de Fundos, quem pode usar e em quais situações, assim como seus limites, podem
ser consultados na legislação base do tema, assim como no Caderno de Orientação da SEF - Suprimento de Fundos.

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Serão abordados os aspectos práticos de registro no SIAFI, posteriormente, na Unidade Didática (UD) III - Execução Orçamentária e
Financeira dos Recursos da UG.

Para aprofundamento no assunto, segue um vídeo explicativo do Prof. Giovanni Pacelli, disponível no YouTube:

Chegamos ao fim desta Unidade, foram discutidos diversos conceitos que serão de extrema importância para a parte prática da
Execução Financeira.

Nesse momento, para melhor fixação, recomenda-se que os senhores assistam aos vídeos citados e procurem separar e ler a
legislação comentada, pois esta ação facilitará o entendimento e agilizará futuras consultas, durante o desenrolar deste estágio.

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