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Módulo I
Orçamento Público: Conceitos e Fundamentos
brasília
2015
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Nelson Barbosa
Secretário-Executivo
Dyogo Henrique de Oliveira
Secretários-Adjuntos
Antonio Carlos Paiva Futuro
Franselmo Araújo Costa
George Alberto Aguiar Soares
Diretores
Clayton Luiz Montes
Felipe Daruich Neto
Marcos de Oliveira Ferreira
Zarak de Oliveira Ferreira
Coordenador-Geral de Inovação e
Assuntos Orçamentários e Federativos
Luiz Guilherme Pinto Henriques
Organização do Conteúdo
Fernando Cesar Rocha Machado
Revisão Pedagógica
Janiele Cardoso Godinho
CDU: 336.121.3(81)
CDD: 351.722
Objetivos do Módulo
UnidadeS
Conclusão.............................................................................................. 45
Revisão do Módulo............................................................................. 47
Referências Bibliográficas............................................................. 49
Seja bem-vindo ao curso Orçamento Público da Escola Virtual SOF. Temos o prazer
de tê-lo como nosso aluno e auxiliá-lo na construção do seu conhecimento acerca desta
importante temática.
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A o longo da sua vida, você já deve ter refletido inúmeras vezes a respeito da impor-
tância de planejar os gastos que serão realizados por você durante um determinado
período.
É provável também que você já tenha se perguntado sobre o que é feito do dinheiro
dos impostos pagos pelo cidadão em nosso país. Diante desta dúvida, surgem outros
questionamentos: Como o Governo organiza as contas públicas? Como planeja os
investimentos? Como reduz as despesas? Como surgiu o orçamento no contexto da
administração pública e qual a sua importância para um país, estado ou município?
Essas reflexões nos fazem concluir que tanto o orçamento pessoal como o orçamento
público envolvem a tarefa de adequar vontades – por exemplo, desejos de consumo
ou planos de investimento – aos recursos disponíveis. Portanto, a elaboração de um
orçamento busca equalizar necessidades a recursos limitados. Nessa direção, o objetivo
dessa unidade é apresentar o conceito de orçamento público e a sua importância para a
sociedade.
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De acordo com Albuquerque, Medeiros e Feijó (2008), a teoria das finanças públicas,
ao tratar dos fundamentos do Estado e das funções do governo, encontra justificativa
para a intervenção do Estado na economia, como forma de buscar a correção das imper-
feições do mercado.
Os autores, com base em estudos da área econômica, afirmam que tal contexto
demanda do Estado a adoção de mecanismos de correção que levem à construção de
uma sociedade mais harmoniosa. Nesse sentido, destacam que a intervenção estatal na
economia se realiza por intermédio das seguintes políticas:
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Exercício 01
Sobre o Orçamento Público é incorreto afirmar:
a) Caracteriza-se como um instrumento fundamental para a atuação do Estado, no
sentido de alcançar resultados que promovam a estabilidade e sustentabilidade
econômica e uma maior qualidade de vida à população.
b) É o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza, por
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento
dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do
país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
c) É um instrumento da política monetária, abrangendo a administração das
receitas e despesas públicas.
d) Sob o aspecto técnico, relaciona-se à obrigatoriedade de observância da técnica
orçamentária, sobretudo, em relação à classificação clara, metódica e racional
da receita e da despesa.
“Nenhum Tributo ou auxílio será instituído no Reino, senão pelo seu con-
selho comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu pri-
mogênito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios para
esse fim serão razoáveis em seu montante”.
Tal dispositivo foi conseguido mediante pressões dos barões feudais britânicos, que
integravam o Common Counsel: o órgão de representação da época. Aos nobres interessava
basicamente escapar do até então ilimitado poder discricionário do Rei em matéria
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Para saber mais: tributária. Com a passagem do tempo, percebeu-se que era
Desses tempos até os dias atuais, temos a certeza de que é na elaboração e aprovação
do orçamento que cada sociedade define suas prioridades em termos de utilização dos
recursos públicos e os meios para alcançar os objetivos definidos.
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Exercício 02
Sobre o Histórico do Orçamento Público é correto afirmar que:
a) A origem dos orçamentos públicos está relacionada ao desenvolvimento da
democracia, opondo-se ao Estado moderno, no qual o monarca considerava-
se soberano e detentor do patrimônio originário da coletividade.
b) O desenvolvimento do orçamento público expressa, em parte, o crescimento
do controle monárquico ou representativo sobre o monarca.
c) Na França, a instituição orçamentária surgiu posteriormente à adoção do
princípio do consentimento soberano do imposto, outorgado pela Revolução
de 1789.
d) O orçamento público é utilizado pelos governos para organizar os seus
recursos financeiros e iniciou-se com a intenção de controlar as finanças
públicas, com a evolução vem incorporando novas instrumentalidades.
O orçamento público além de ser uma lei é também um instrumento de gestão utili-
zado para organizar os recursos financeiros e, para isso, se baseia em regras, apro-
vadas pelo Poder Legislativo, que devem ser cumpridas pelos gestores públicos e acom-
panhadas pela sociedade.
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Para início de conversa, vamos definir o que são fundamentos. A palavra fundamento
pode ser entendida como: alicerce, base, apoio, entre outros significados.
O termo legal refere-se à lei, norma ou conjunto de regras aprovadas pelo poder
legislativo, que devem ser obedecidas pela sociedade.
Assim, sob essa perspectiva, os fundamentos legais e infralegais são as leis, decretos
e portarias que organizam e regulamentam o orçamento público no Brasil.
Essas leis estabelecem as “regras do jogo” e existem para garantir que as despesas e
receitas públicas sejam planejadas e executadas pelos administradores públicos de forma
sistematizada, democrática e transparente.
A partir das definições discutidas, surge a seguinte questão: quais são os fundamentos
legais que dão base ao Orçamento Público brasileiro?
A princípio, cabe frisar que a Constituição Federal é a lei máxima do nosso País,
na qual todas as outras leis relacionadas ao orçamento público e todos os processos
orçamentários devem estar em harmonia.
A Constituição Federal, no Título VI, Capítulo II, Seção II, traz o tema “Dos
Orçamentos” que em seus artigos 165 a 169 dispõe sobre as normas gerais do orçamento
público brasileiro, delineando o modelo atual do processo orçamentário no Brasil, ao
instituir três leis cuja iniciativa é de prerrogativa do Poder Executivo:
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Para saber mais A Magna Carta, em seu art. 167, estabeleceu algumas
vedações a serem aplicadas no processo orçamentário, conforme
A maioria absoluta é
o quórum necessário destacado abaixo:
para aprovação de lei
complementar, ca- a) início de programas ou projetos não incluídos na
racterizado como um lei orçamentária anual;
número de votos ime-
diatamente superior b) realização de despesas ou assunção de obrigações
à metade dos votos diretas que sejam maiores que os valores constantes
possíveis. Por exemplo,
a Câmara dos Deputa- da LOA ou de seus créditos adicionais;
dos Federais tem 513 c) realização de operações de créditos que excedam
membros. Sua maioria
absoluta será sempre o total das despesas de capital, ressalvadas as
de 257 votos (LENZA, autorizadas mediante créditos suplementares ou
2011).
especiais (regra de ouro);
d) vinculação de receita de impostos a órgão, fundo
ou despesa, ressalvadas as transferências por
repartição de receitas a Estados, Distrito Federal e
Municípios, a destinação de recursos para a saúde,
para manutenção e desenvolvimento do ensino,
para realização de atividades da administração
tributária e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita;
e) abertura de crédito suplementar ou especial
sem autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes;
f) transposição, o remanejamento ou a transferência
de recursos de uma categoria de programação para
outra ou de um órgão para outro, sem autorização
legislativa;
20 | CURSO ORÇAMENTO PÚBLICO • MÓDULO I - ORÇAMENTO PÚBLICO: CONCEITOS E FUNDAMENTOS
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL • MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO
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Apesar de ter sido elaborada em 1964, esta lei foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988, ou seja, boa parte de seus dispositivos são aplicados na elaboração, na
execução e no controle dos orçamentos até os dias atuais, uma vez que a Magna Carta
prevê uma Lei Complementar, ainda não aprovada, conforme já comentado. Tal lei deverá
substituir a Lei nº 4.320.
Giacomoni (2007) afirma que este ato define o planejamento como um dos princípios
fundamentais de orientação às atividades da administração federal, sendo o orçamento-
programa anual entendido como um de seus instrumentos básicos, item que será
abordado mais à frente, na unidade “Técnicas Orçamentárias”.
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Judiciário) e nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal). De acordo com
esta lei, todos os governantes devem obedecer a determinadas normas e limites para
administrar as finanças, devendo prestar contas sobre a utilização dos recursos públicos.
A LRF prevê em seu texto as chamadas Sanções Institucionais, as quais são sanções
de natureza político-administrativa impostas aos entes federativos que incorrem no
descumprimento de determinadas regras estabelecidas na lei. Como exemplo dessas
sanções, podem ser mencionadas a proibição de receber transferências voluntárias, de
contratar operações de crédito e de obter garantias de outro ente.
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Exercício 03
O orçamento público é um instrumento de gestão utilizado para organizar os recursos
financeiros e, para isso, ele utiliza regras, aprovadas pelo Poder Legislativo, que devem ser
cumpridas pelos gestores públicos e acompanhadas pela sociedade. Essas regras são os
fundamentos legais que o embasam. Sobre os fundamentos legais, podemos afirmar que as
alternativas abaixo estão corretas, exceto:
a) Os instrumentos legais que embasam o orçamento público federal são os
seguintes: Constituição Federal de 1988, a Lei nº 4.320/1964; Decreto-Lei nº
200/1967; Lei Complementar nº 101/2000; Lei complementar nº 131 de 2009
e a Lei n° 10.180/2001;
b) A lei nº 4.320/64 estabelece as normas gerais de direito financeiro para a
elaboração e controle dos orçamentos e dos balanços da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
c) Com a publicação da Lei Complementar nº 101/2000, denominada LRF, todos
os governantes passam a obedecer normas e limites para administrar as
finanças, prestando contas sobre quanto e como gastam os recursos públicos.
d) A lei n° 10.180, de 2001, organiza e disciplina o Controle Externo da União,
que compreende o conjunto de estruturas com funções próprias que atuam,
de forma integrada no sentido de viabilizar o desenvolvimento de ações e a
tomada de decisões relativas às atividades de elaboração, acompanhamento
e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e
pesquisas sócio-econômicas.
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Unidade IV
Funções Orçamentárias
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No entanto, lembre-se de que, num cenário real, onde os recursos orçamentários
arrecadados são inferiores às possibilidades de gasto, ao optar pelo desenvolvimento de
um setor, o governo acaba abrindo mão de outras escolhas possíveis.
Função distributiva
Como exemplo dessa função, imagine que o Governo deseje combater as desigual-
dades verificadas numa dada região, onde parte considerável da sua população é anal-
fabeta.
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Função estabilizadora
Por fim, Musgrave (1976) atenta para a necessidade de serem criadas combinações
apropriadas das mencionadas funções na peça orçamentária, tendo em vista o alcance da
maior eficiência possível.
Exercício 4
Relacione as funções orçamentárias abaixo:
( 1 ) Alocativa
( 2 ) Distributiva
( 3 ) Estabilizadora
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Unidade V
Técnicas Orçamentárias
Para efeitos didáticos, é possível relacionar algumas dessas técnicas ou práticas que
são marcantes na evolução orçamentária. Portanto, o objetivo dessa unidade é apresentar
os tipos de técnicas orçamentárias: Orçamento Clássico, Orçamento de Desempenho,
Orçamento-Programa, Orçamento Base Zero e Orçamento Participativo.
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De acordo com Giacomoni (2007), sua principal função é propiciar o controle político
sobre as finanças públicas, buscando o equilíbrio entre receitas e despesas e evitar a
expansão descontrolada dos gastos.
O orçamento de desempenho, embora já ligado aos objetivos, não pode, ainda, ser
considerado um orçamento-programa, visto que lhe falta uma característica essencial,
que é a vinculação ao Sistema de Planejamento.
Orçamento-Programa
Albuquerque, Medeiros e Feijó (2008) discorrem que a ênfase desta técnica está
nos programas de governo, nas realizações almejadas. Assim, o orçamento-programa
constitui peça intimamente associada ao planejamento, traduzindo amplamente o plano
de trabalho do governo, com a indicação dos programas e das ações a serem realizados,
bem como dos montantes e das fontes de recursos a serem utilizados em sua execução.
Com base nos estudos de alguns autores, a referida técnica tem como principais
características: a integração planejamento-orçamento; a quantificação de objetivos e a
fixação de metas; maior ênfase na relação insumo-produto; o acompanhamento físico-
financeiro das ações orçamentárias; a contínua avaliação de resultados e uma gestão
voltada para o alcance de objetivos.
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Contudo, cabe frisar que o chefe do Poder Executivo não é obrigado a seguir estrita-
mente as sugestões colhidas junto à população, uma vez que no Brasil temos um modelo
orçamentário autorizativo e não impositivo, no qual o governo seria obrigado a executar
de forma integral a peça orçamentária.
Orçamento Base-zero Processo orçamentário que se apoia na necessi- Abordagem orçamentária desenvolvi-
dade de justificativa de todos os programas cada da nos Estados Unidos, pela Texas Ins-
vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. truments Inc., durante o ano de 1969.
Foi adotada pelo Estado da Geórgia
Analisa, revê e avalia todas as despesas propos-
(governo Jimmy Carter), no ano fiscal
tas e não apenas as das solicitações que ultra-
de 1973.
passam o nível de gasto já existente. Não consi-
dera a série histórica dos gastos realizados.
Orçamento Participativo Processo orçamentário que contempla a popula- Requer alto grau de mobilização so-
ção no processo decisório, por meio de lideran- cial. Deve haver disposição do poder
ças ou audiências públicas. público em descentralizar e repartir o
poder.
Transparência dos critérios e informações que
nortearão a tomada de decisões.
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Exercício 5
Assinale Verdadeiro (V) ou falso (F) em relação às Técnicas Orçamentárias:
( ) A principal função do Orçamento Clássico é propiciar o controle político
sobre as finanças públicas, buscando o equilíbrio entre receitas e despesas e
evitando a expansão descontrolada dos gastos.
( ) O Orçamento Participativo caracteriza-se por uma participação indireta e
efetiva da população na elaboração da proposta orçamentária do governo.
Por uma decisão de governo, a sociedade civil é consultada quando da
definição de metas e programas prioritários.
( ) O orçamento Base Zero tem como uma de suas características a análise, revisão
e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que
ultrapassam o nível de gasto já existente.
( ) O Orçamento de Desempenho constitui peça intimamente associada ao
planejamento, traduzindo amplamente o plano de trabalho do governo, com
a indicação dos programas e das ações a serem realizados.
Nesta unidade, vamos tratar detalhadamente desse assunto, buscando refletir sobre
os seguintes questionamentos:
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Clareza: Pelo Princípio da Clareza, o orçamento deve ser claro e de fácil compreensão a qualquer indivíduo.
Equilíbrio: No que diz respeito ao Princípio do Equilíbrio, fica evidente que os valores autorizados para a realização das des-
pesas no exercício deverão ser compatíveis com os valores previstos para a arrecadação das receitas.
O princípio do equilíbrio passa a ser parâmetro para o acompanhamento da execução orçamentária. A execução das despe-
sas sem a correspondente arrecadação no mesmo período acarretará, invariavelmente, resultados negativos, compromete-
dores para o cumprimento das metas fiscais, que serão vistas mais adiante.
Exclusividade: Verifica-se que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à fixação das despesas e à previsão
das receitas. A CF/1988 estabelece como exceções: autorização para abertura de créditos e para a contratação de operações
de crédito.
Legalidade: Estabelece que a elaboração do orçamento deve observar as limitações legais em relação aos gastos e às re-
ceitas e, em especial, ao que se segue quanto às vedações impostas pela Constituição Federal à União, Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios.
Não afetação das Receitas: Segundo esse princípio, nenhuma parcela da receita poderá ser reservada ou comprometida
para atender a certos ou determinados gastos. Trata-se de dotar o administrador público de margem de manobra para alo-
car os recursos de acordo com as prioridades do seu governo. No Brasil, esse princípio aplica-se apenas a impostos.
Publicidade: Diz respeito à garantia da transparência e pleno acesso a qualquer interessado às informações necessárias ao
exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.
Unidade Orçamentária: Diz que o orçamento é uno. Ou seja, todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só
lei orçamentária.
Uniformidade: Para a obediência a esse princípio, os dados apresentados devem ser homogêneos nos exercícios, no que
se refere à classificação e demais aspectos envolvidos na metodologia de elaboração do orçamento, permitindo compara-
ções ao longo do tempo.
Universalidade: Todas as receitas e todas as despesas devem constar da lei orçamentária, não podendo haver omissão.
Orçamento Bruto: Determina que todas as receitas e despesas devem constar na peça orçamentária com somente seus
valores brutos, não envolvendo assim os seus valores líquidos. Dessa forma, devem constar valores totais, sendo vedadas
quaisquer deduções.
Simplificação: Pelo Princípio da Simplificação, o planejamento e o orçamento devem basear-se em elementos de fácil com-
preensão.
No âmbito do Governo Federal observam-se iniciativas como: a Cartilha de Orçamento Público Sofinha e sua Turma e a Revis-
ta Orçamento Federal ao Alcance de Todos.
Programação: o orçamento deve relacionar os programas de trabalho do governo, enfatizando as metas e os objetivos a
serem alcançados.
Exercício 6
Sabe-se que os princípios orçamentários estabelecem regras básicas a fim de conferir
racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução, avaliação
e controle do orçamento público. Com o intuito de relembrarmos alguns dos princípios
orçamentários existentes, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda:
( 1 ) Princípio da Exclusividade.
( 2 ) Princípio da Unidade Orçamentária.
( 3 ) Princípio da Não-afetação das Receitas.
( 4 ) Princípio do Orçamento Bruto.
( ) Por meio desse princípio, verifica-se que a lei orçamentária não poderá conter
matéria estranha à fixação das despesas e à previsão das receitas;
( ) Esse princípio determina que todas as receitas e despesas devem constar na
peça orçamentária somente com seus valores brutos, não envolvendo assim
os seus valores líquidos;
( ) Segundo esse princípio, nenhuma parcela da receita poderá ser reservada
ou comprometida para atender a certos ou determinados gastos. Trata-se de
dotar o administrador público de margem de manobra para alocar os recursos
de acordo com as prioridades do seu governo;
( ) Esse princípio diz que o orçamento é uno. Ou seja, todas as receitas e despesas
devem estar contidas numa só lei orçamentária.
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CONCLuSÃO
E sse módulo teve como finalidade abordar temas e conceitos fundamentais para a in-
trodução aos estudos orçamentários, além de apresentar um breve histórico do orça-
mento público. Em seu conteúdo, buscou-se dispor informações relevantes acerca dos
Fundamentos Legais do Orçamento Público e de suas Funções, Técnicas e Princípios.
Por fim, tendo em vista facilitar a fixação dos conhecimentos estudados, você pode
fazer uma breve revisão do módulo a seguir.
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Revisão do Módulo
N este módulo você aprendeu que o orçamento público caracteriza-se como um ins-
trumento da política fiscal fundamental para a atuação do Estado, no sentido de
alcançar resultados que promovam a estabilidade e sustentabilidade econômica e uma
maior qualidade de vida à população.
Pôde conhecer um breve histórico e entender que a origem dos orçamentos públicos
está relacionada ao desenvolvimento da democracia, em oposição ao Estado antigo,
no qual o monarca considerava-se soberano e detentor do patrimônio originário da
coletividade.
Você viu ainda que os fundamentos legais que dão base ao orçamento público na
esfera federal são: Constituição Federal de 1988, Lei nº 4.320 de 1964, Decreto Lei nº 200
de 1967, Lei complementar nº 101 de 2000, Lei complementar nº 131 de 2009 e a Lei n°
10.180 de 2001.
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BALEEIRO, A. Uma introdução à Ciência das Finanças. 15ª edição, Rio de Janeiro, 1998.
_______. Lei no 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
2) D (Alternativa A: o orçamento público surge em oposição ao estado absolutista. Alternativa B: o orçamento público
fortaleceu o controle popular e representativo. Alternativa C: Princípio do Consentimento Popular)
3) D (A Lei 10.180 de 2001 organiza e disciplina os sistemas de planejamento e de orçamento federal, da Administração
Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de controle interno do poder executivo federal
4) 1, 2, 3
6) 1, 4, 3, 2