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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Orçamento Público e a Importância na Gestão Pública

Elisa Samuel Vilanculo : 41210901

Maxixe, Maio de 2022


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Orçamento Público e a Importância na Gestão Pública

Trabalho de campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Pública do ISCED.
Tutor:

Elisa Samuel Vilanculo : 41210901

Maxixe, Maio de 2022


Índice
1.0. Introdução ...................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ...................................................................................................................................... 4
1.2. Objectivo geral .............................................................................................................................. 4
1.3. Objectivos específicos .................................................................................................................. 4
1.4. Metodologia ................................................................................................................................... 4
2.0. Orçamento público ........................................................................................................................ 4
2.1. Função do orçamento na gestão pública .................................................................................... 4
2.2. Conceito de crescimento .............................................................................................................. 5
2.3. Principais fontes de crescimento económico............................................................................. 5
2.4. Desenvolvimento económico ...................................................................................................... 6
2.5. Países em vias de desenvolvimento (PVD’s) ............................................................................ 7
2.6. Características dos PVD’s ........................................................................................................... 7
2.7. Teoria do desenvolvimento económico ..................................................................................... 7
2.8. Moçambique e o desenvolvimento económico ......................................................................... 8
3.0. Conclusão ..................................................................................................................................... 10
4.0. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 11
1.0. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o orçamento público e a importância na gestão pública.
Define-se orçamento como sendo a previsão de receita ou estimativa de despesas, e deve ser ao
mesmo tempo um relatório, uma estimativa e uma proposta.
Orçamento público é o instrumento de gestão de maior relevância e provavelmente o mais
antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os
seus recursos financeiros
As funções do orçamento se dividem em três tipos: alocativa, distributiva e estabilizadora.
Na função alocativa o governo dirige a utilização dos recursos totais da economia, incluindo a
oferta de bens públicos. Dessa forma, podem ser criados incentivos para desenvolver certos
setores econômicos em relação a outros; Na função distributiva ou redistributiva o orçamento
tem importância fundamental para o crescimento equilibrado do país e a função estabilizadora
está relacionada às escolhas orçamentárias na busca do pleno emprego dos recursos
econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio da balança de pagamentos e das taxas de
câmbio, com vistas ao crescimento econômico em bases sustentáveis.
1.1. Objectivos
1.2. Objectivo geral:
➢ Analisar o orçamento público e a importância na gestão pública.
1.3. Objectivos específicos:
➢ Definir o conceito de orçamento público;
➢ Distinguir crescimento do desenvolvimento económico;
➢ Descrever a teoria do desenvolvimento económico.
1.4. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho recou-se a consultas bibliográficas que consiste na colocação
do pesquisador em contacto direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto,
com objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou
manipulação de suas informações, Lakatos e Marconi (1992).

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2.0. Orçamento público
Para Santos (2014), a palavra Orçamento tem origem no Italiano Orzare que significa fazer
cálculos, sendo considerada a técnica que consiste precisamente em ligar os sistemas de
planeamento e de finanças.
Ainda na visão do Santos (2014), o Orçamento é algo mais que uma simples previsão de receita
ou estimativa de despesas, e deve ser ao mesmo tempo um relatório, uma estimativa e uma
proposta.
É um documento por intermédio do qual o chefe do Poder Executivo, como autoridade
responsável pela conduta dos negócios do governo, apresenta-se a autoridade a quem compete
criar fonte de renda e conceder créditos e faz perante ela uma exposição completa sobre a
maneira pela qual o Governo e seus subordinados administram os negócios públicos, obtendo-
se assim um programa de ação coerente e compreensivo para o Governo como um todo, Santos
(2014).
Segundo o Módulo1 (2014), o Orçamento público é o instrumento de gestão de maior relevância
e provavelmente o mais antigo da administração pública. É um instrumento que os governos
usam para organizar os seus recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, o
orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades, Modulo1
(2014).
2.1. Função do orçamento na gestão pública
Segundo Módulo1 (2014), as funções do orçamento se dividem em três tipos: alocativa,
distributiva e estabilizadora.
a) Função alocativa
Nesta função, o governo dirige a utilização dos recursos totais da economia, incluindo a oferta
de bens públicos. Dessa forma, podem ser criados incentivos para desenvolver certos setores
econômicos em relação a outros, Módulo1 (2014).
b) Função Distributiva ou Redistributiva
Nesta função o orçamento a tem importância fundamental para o crescimento equilibrado do
país. Por intermédio dela, o governo deve combater os desequilíbrios regionais e sociais,
promovendo o desenvolvimento das regiões e classes menos favorecidas, Módulo1 (2014).
c) Função Estabilizadora
Para Módulo1 (2014), a função estabilizadora está relacionada às escolhas orçamentárias na
busca do pleno emprego dos recursos econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio da

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balança de pagamentos e das taxas de câmbio, com vistas ao crescimento econômico em bases
sustentáveis.
Nesse aspecto, o orçamento desempenha um importante papel, tendo em vista o impacto que as
compras e contratações realizadas pelo governo exercem sobre a economia. Da mesma forma,
a arrecadação das receitas públicas pode contribuir positivamente na reação do governo em
atingir determinadas metas fiscais ou, ainda, na alteração de alíquotas de determinados tributos,
que possam ter reflexo nos recursos disponíveis ao setor privado, Módulo1 (2014).
2.2. Conceito de crescimento
De acordo com Avelar (2013), crescimento económico refere-se a um aumento no produto total
na economia. Ele é definido por alguns como sendo um aumento do PIB real per capita.
Na visão de Santos (2018), o crescimento económico corresponde ao aumento da quantidade
de produtos e serviços produzidos por uma dada população durante um ou vários períodos de
tempo. A avaliação é geralmente efetuada através do Produto Interno Bruto (PIB) ou através
do Produto Nacional Bruto (PNB).
Para existir crescimento económicos são necessários avanços tecnológicos que levam ao
aumento da produtividade e adaptações institucionais e ideológicas que deem suporte a esses
avanços tecnológicos. Por isso é contraditório com a definição de desenvolvimento, que, para
além do crescimento pressupõe a sua repercussão sobre a qualidade de vida das pessoas da
sociedade em geral. Este tem em conta a estrutura de repartição dos rendimentos a par do
aumento do PIB, Santos (2018).
2.3. Principais fontes de crescimento económico
De acordo com Capital (2019), as principais fontes de crescimento económico são capital
físico, capital humano e tecnologia.
Capital físico: são os ativos não humanos, feitos por humanos e que são utilizados na produção,
como por exemplo as ferramentas, máquinas e estruturas físicas usadas nas empresas e
instituições. Entram nessa lista as máquinas, os prédios da companhia, infraestrutura, como
transportes, energia, comunicações e tecnologia.
Capital humano: são as atividades que resultam em um custo no período corrente e que
proporcionam um crescimento na produtividade no futuro. Em outras palavras, as
características adquiridas pelo cidadão que melhoram sua performance. Quanto maior for o
nível médio de habilidade e conhecimento das pessoas, mais fácil será aplicar esse
conhecimento em prol do progresso técnico, consequentemente aumentando o padrão de vida
do país.

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Tecnologia: por fim, o desenvolvimento da tecnologia é outra fonte primordial, que é
considerada a força motora principal do crescimento econômico. Historicamente o
desenvolvimento tecnológico proporciona um aumento da produtividade do trabalho, tornando-
se fundamental para o crescimento econômico.
Segundo Capital (2019), o crescimento econômico é possível ser calculado por meio do PIB,
que é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. É
importante ressaltar que entra na conta do PIB os bens e serviços finais, desta forma, a matéria-
prima utilizada na fabricação não entra no cálculo. Ou seja, o pão que se come diariamente
entra na conta, mas a farinha de trigo utilizada para fazer o pão, não.
2.4. Desenvolvimento económico
Segundo Furtado (1967), desenvolvimento económico de um país ou estados-nação é o
processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital
que leva ao aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população.
Para Reis (2018), desenvolvimento económico é definido como a melhora do bem-estar geral
da população, indicado pela elevação dos indicadores quantitativos da economia, tais como o
PIB, é também esperado um avanço de indicadores qualitativos a respeito da qualidade de vida
da população.
Por outro lado, o desenvolvimento econômico se trata de um conceito mais abrangente. Pode-
se dizer, portanto, que o desenvolvimento abrange o crescimento econômico. Ou seja, não há
desenvolvimento sem o crescimento. Porém, nem sempre que há crescimento pode ser
considerado que existiu o desenvolvimento, Reis (2018).
Sandroni (1994) considera desenvolvimento económico como crescimento econômico
(incrementos positivos no produto) acompanhado por melhorias do nível de vida dos cidadãos
e por alterações estruturais na economia. Para ele, o desenvolvimento depende das
características de cada país ou região. Isto é, depende do seu passado histórico, da posição e
extensão geográficas, das condições demográficas, da cultura e dos recursos naturais que
possuem.
A medida mais geral de desenvolvimento econômico é a do aumento da renda por habitante
porque esta mede aproximadamente o aumento geral da produtividade; já os níveis
comparativos de desenvolvimento econômico são geralmente medidos pela renda em termos
de PPP (purchasing power parity) por habitante porque a renda ou produto do país corrigido
dessa maneira avalia melhor a capacidade média de consumo da população do que a renda
nominal, Furtado (1967).

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Reis (2018) destaca alguns indicadores do desenvolvimento económico como: distribuição de
renda, expectativa de vida, segurança e grau de liberdade econômica.
Milone (1998) diz que para se caracterizar o desenvolvimento econômico deve-se observar ao
longo do tempo a existência de variação positiva de crescimento econômico, medido pelos
indicadores de renda, renda per capita,4 PIB5 e PIB per capita, de redução dos níveis de
pobreza, desemprego e desigualdade e melhoria dos níveis de saúde, nutrição, educação,
moradia e transporte
2.5. Países em vias de desenvolvimento (PVD’s)
Hugon (2015), classifica como subdesenvolvidos os países que apresentam baixo
desenvolvimento social e econômico. Os indicadores sociais dessas nações revelam problemas
como qualidade de vida ruim, déficit na saúde e na educação, quadros de miséria, fome,
subnutrição e altos índices de desemprego.
2.6. Características dos PVD’s
De acordo com Hugon (2015), os PVD’s tem como características:
• Normalmente, as taxas de mortalidade e de natalidade desses países são elevadas,
demonstrando fragilidade social. Além disso, o valor do IDH está mais próximo de 0,
quando comparado ao dos países desenvolvido;
• No que diz respeito à economia, os países subdesenvolvidos apresentam PIB reduzido, além
de renda per capita baixa e mal distribuída. Apresentam baixo nível de industrialização,
dependendo das economias desenvolvidas;
• A economia desses países é considerada vulnerável e é baseada no setor primário, por meio
da agricultura e pecuária, e no setor de serviços;
• Dependem de países desenvolvidos para crescerem economicamente;
• A economia é preponderantemente agrícola, e as receitas são geradas por meio dos setores
da agricultura e de serviços.
2.7. Teoria do desenvolvimento económico
Segundo Schumpeter (1982), o desenvolvimento económico é definido como “uma mudança
espontânea e descontinuada dos canais de fluxo, que altera e desloca para sempre o estado de
equilíbrio previamente existente”. O desenvolvimento não deriva de variações, mas de
alterações revolucionárias, que alteram de uma vez por toda a situação anterior. Já na visão de
Para Polése (1998), o desenvolvimento económico se dá quando há uma descentralização de
políticas, deixando os espaços livres. Assim, é necessário observar a base econômica, deixando
que o trabalho e as tendências econômicas fluam como um suporte da região, seja, a mesma

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agrícola, industrial ou comercial. Salienta, ainda, que as riquezas naturais que existem em cada
região aliadas ao fator humano (cultura, costumes, práticas de trabalho) devem ser adaptadas a
economia aos moldes de desenvolvimento económico nacional e mundial.
Schumpeter (1984) reforça o argumento que a inovação tecnológica pode ser um determinante
no que tange ao processo de desenvolvimento econômico. Na sua concepção, a economia da
inovação deve ser introduzida pelas indústrias, para fazer frente à concorrência cada vez mais
acirrada. O atual cenário marcado pela competitividade no mercado globalizado é importante
para que as indústrias concentrem suas estratégias no desenvolvimento de sua capacidade de
inovação, buscando sua inserção de forma a poder competir neste mercado globalizado.
Portanto, em se tratando de Schumpeter, o desenvolvimento é alcançado pela inovação
tecnológica e vê-se o desenvolvimento como mudança espontânea e continuada, verificação
dos custos da matéria-prima e direção da abertura de novos mercados. Segundo ele é através do
produto que se inicia a mudança econômica e que os consumidor estão sempre buscando novos
e diferentes produtos assim a inovação tecnológica torna-se crucial neste processo.
2.8. Moçambique e o desenvolvimento económico
Segundo a END (2014), a economia nacional apresenta um potencial considerável no sector
primário, impulsionado pela existência de recursos naturais. O principal desafio é o
desenvolvimento de indústrias que permitam uma exploração e transformação sustentável
destes recursos.
A diversificação da economia nacional constitui a base para um crescimento mais estável,
abrangente e sustentável. O País precisa ampliar e diversificar a indústria para além dos recursos
minerais através da criação de parques industriais nas zonas com potencial de exploração
agrícola, pesqueira e florestal, bem como, aproveitar o potencial faunístico, energético e
turístico, END (2014).
A diversificação da indústria nacional deverá obedecer aos estágios de desenvolvimento. A
longo prazo prevê-se uma menor concentração em produtos primários, e aumento na produção
de produtos industrializados como máquinas, veículos, produtos electrónicos e tecnológicos.
A industrialização através da criação de polos de desenvolvimento para a criação de zonas de
concentração industrial ou parques industriais constitui o modelo através do qual será possível
fornecer de forma regular e com qualidade infra-estruturas e serviços públicos que reduzirão os
custos operacionais e de capital, bem como, incentivarão investimentos privados em diversos
ramos de actividade, END (2014).

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Contudo, para atingir este objectivo será necessário melhorar o ambiente de negócios através
do desenvolvimento de infra-estruturas, acesso a financiamento, aumento da eficiência da
administração pública, e estabilidade macroeconómica do País, END (2014).

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3.0. Conclusão
Durante a realização do trabalho foi possível compreender que a palavra orçamento tem origem
no italiano Orzare que significa fazer cálculos, sendo considerada a técnica que consiste
precisamente em ligar os sistemas de planeamento e de finanças.
O orçamento público é o instrumento de gestão de maior relevância e provavelmente o mais
antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os
seus recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, o orçamento público tem
evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades
As funções do orçamento se dividem em três tipos: alocativa, distributiva e estabilizadora.
O crescimento económico corresponde ao aumento da quantidade de produtos e serviços
produzidos por uma dada população durante um ou vários períodos de tempo. A avaliação é
geralmente efetuada através do Produto Interno Bruto (PIB) ou através do Produto Nacional
Bruto (PNB).

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4.0. Referências Bibliográficas
Avelar, P. R. (2013). Crescimento x Desenvolvimento. [PDF]. Recuperado em:
https://www.ufjf.br/oliveira_junior/files/2011/08/Aula-7-ecoufjf.pdf;
Capital (S.D) Recuperado em: https://capitalresearch.com.br/blog/crescimento-e-
desenvolvimento-economico/;
END - Estratégia Nacional de Desenvolvimento (2015-2035) (2014). Maputo;
Furtado, C. (1967). Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Companhia
Editora Nacional;
Hugon, P. (2015) Geopolítica de África. 3.ª edição. Lisboa: escolar editora;
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1992). Metodologia do trabalho científico. (4 ed.). São
Paulo: Atlas;
Milone, P. C. (1998). Crescimento e desenvolvimento econômico: teorias e evidências
empíricas. São Paulo: Saraiva;
Módulo 1 introdução (2014). Orçamento público conceitos básicos. Brasília: Enap;
Polése, M. (1998). Economía urbana y regional. Cartago: Libro Universitario Regional;
Sandroni, P. (1994). Dicionário de economia. São Paulo: Atlas;
Santos, E. C. C. (2014). O orçamento público e a importância na gestão pública. Brasília:
DF;
Santos, S. (2018). Crescimento económico. Recuperado em:
https://knoow.net/cienceconempr/gestao/crescimento-economico/;
Schumpeter, J. A. (1984). A teoria do desenvolvimento econômico. 2ª Ed. São Paulo: Nova
Cultura;
Reis, T. (2018). Desenvolvimento econômico. Recuperado em:
https://www.suno.com.br/artigos/desenvolvimento-economico/.

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