Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NATAL/RN
2019
MÓDULO 3. FERRAMENTAS DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR PÚBLICO:
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 2
Apresentação do Módulo
As rápidas mudanças sociais, políticas e econômicas marcam o atual cenário mundial,
provocando importantes transformações em vários âmbitos; levando os governos a enfrentar
os mais variados e complexos problemas. Assim, ideias inovadoras são necessárias para dar
resposta às demandas da sociedade e para a modernização da gestão pública.
Este tópico tem como objetivo avaliar a tendência à inovação no setor público, bem
como identificar os cuidados necessários na condução do processo de inovação na gestão
pública, fazendo um sucinto levantamento de possibilidades para a promoção de um ambiente
de inovação na administração pública do Brasil.
Objetivos do Módulo
Ao final deste módulo, você será capaz de:
Criar condições para que o profissional da área de segurança pública possa:
• Ampliar conhecimentos para:
— Conceituar Políticas Públicas.
— Compreender as Ferramentas gerenciais, as Tendências conceituais sobre gestão
de banco de dados para o setor público, a Gestão por competências a Qualidade em serviço;, o
Foco em resultados, a Avaliação das políticas públicas a Análise de indicadores, Noções de
orçamento público, o Planejamento: plano plurianual de ação governamental, a Lei de
diretrizes orçamentárias e a Lei orçamentária anual.
• Desenvolver e exercitar habilidades para:
— Utilizar os conceitos aprendidos tanto internamente como no contato com a
sociedade e o cidadão.
• Fortalecer atitudes para:
— Cumprir a missão institucional, dentro dos padrões de cidadania, ética, legalidade,
moralidade, transparência e accountability, entre outros pertinentes à ação profissional,
dentro de um Estado Democrático de Direito.
Estrutura do Módulo.
Aula 1. Ferramentas gerenciais;
Aula 2. Tendências conceituais sobre gestão de banco de dados para o setor público;
Aula 3. Gestão por competências;
Aula 4. Qualidade em serviço;
Aula 5. Foco em resultados;
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 3
Objetivo: trazer praticidade para executar um plano de ação de qualidade e que traga
maior controle nas tarefas;
Tipo: metodologia que cria planos de ação, checklist de tarefas a serem cumpridas;
Funcionalidades: fazer perguntas em busca de respostas simples, evitar falhas na
comunicação, otimizar o desempenho da equipe, organizar as funções e o que cada um deve
executar.
O que é 5W2H?
É uma ferramenta de gestão administrativa contendo um checklist de determinadas
tarefas que precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza possível por parte dos
colaboradores da empresa.
Ela funciona como um mapeamento destas tarefas, onde fica estabelecido o que será
feito, quem fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da empresa e todos os
motivos pelos quais esta tarefa deve ser feita.
A sigla 5W2H significa:
What? – qual o objetivo do projeto
Why? – Justifica os motivos para realizar
Where? – determina o local de aplicação
When? – estipula o tempo que foi gasto para a finalização da tarefa
Who? – Quem são os envolvidos da equipe
How – métodos da execução
How much – custo total bem definido
1.1.8 – OBZ: Orçamento Base Zero
Objetivo: estabelecer recursos financeiros para atingir metas na empresa com o valor
mínimo possível. Visa eliminar desperdícios e economizar ao máximo;
Tipo: planejamento orçamentário, ter o mínimo de gasto na empresa;
Funcionalidades: entende de onde se original os principais gastos da empresa,
estabelece metas de corte, prioriza o fundamental e elimina o supérfluo. Estabelece os
recursos mínimos para a empresa atingir suas metas.
O que é OBZ – Orçamento base zero?
É um planejamento orçamentário que visa minimizar despesas e aumentar a receita
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 8
da empresa.
Para isso, são elaboradas estratégias a fim de otimizar valores para serem bem usados
evitando gastos desnecessários e fazendo bom uso de todo recurso financeiro.
1.1.9 – 4PS DA GESTÃO DA INOVAÇÃO
Objetivo: oferece uma visão abrangente sobre como gerir uma empresa de porte
menor. No entanto, pode ser aplicado em grandes empresas, também. Pretende
trazer inovaçãofortalecendo a competitividade no mercado;
Tipo: ferramenta de inovação;
Funcionalidades: funciona em 4 áreas de precisão:
1) propósito;
2) processos;
3) pessoas; e
4) políticas.
O que é 4Ps da gestão da inovação?
É uma ferramenta inovadora que trata de 4 Ps para que o seu negócio seja bem-
sucedido e se mantenha bem posicionado no mercado: propósito, processos, pessoas e
políticas.
Cada ponto é abordado com o objetivo de deixar a sua empresa como referência no
setor de atuação.
Ele tem tudo a ver com mudanças e busca sempre melhorar e aumentar a influência
da empresa.
1.1.10 – Crm – Customer Relationship Management
Objetivo: gerenciar o relacionamento da empresa com o cliente visando a sua
fidelização. O CRM também integra funções por meio de um software para que exista uma
gestão eficaz com foco sempre no cliente;
Tipo: software com dados e informações integrados de todos os clientes da empresa;
Funcionalidades: fidelizar clientes, gerenciar dados e informações, manter um
relacionamento de longo prazo com o cliente, melhorias nos produtos e serviços, dar suporte
aos clientes e sempre procurar satisfazê-los.
O que é CRM?
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 9
<https://www.portal-administracao.com/2013/12/downsizing-saiba-o-que-e.html>. Acesso em
22 out. 2019. e em: <https://www.portal-administracao.com/2013/12/downsizing-saiba-o-que-
e.html >. Acesso em 22 out. 2019.
A teoria que fundamenta o uso dessa ferramenta surgiu no final do século XX. O
downsizing promove redução de níveis hierárquicos (mediante a fusão de departamentos ou
gerências intermediárias) e o enxugamento organizacional, para reduzir as operações ao
essencial do negócio (core business); e transfere as operações não essenciais para terceiros
com capacidade de fazê-lo melhor e mais barato (terceirização). O foco do
downsizing é concentrar as atividades da empresa no que ela tem de melhor: na sua
competência principal (core business). O downsizing reduz custos e aumenta a flexibilidade
da organização e a capacidade de resposta às constantes mudanças no ambiente.
1.2.3 - CICLO PDCA
PDCA parte da insatisfação com o “estado atual das coisas‖ e analisa os processos com
vistas a realizá-los de maneira otimizada. Inclui as seguintes etapas:
Planejamento (Plan): estabelecer objetivos, metas e os meios para alcançá-los;
Execução (Do): executar as atividades propostas no planejamento;
Controle/verificação (Check/Control): monitora/controla a execução e verifica o
grau de cumprimento do que foi planejado;
Ação Avaliativa/Corretiva (Act to corret): identifica eventuais falhas e corrige-as, a
fim de melhorar a execução das atividades
ambiente tecnológico.
2.1.1 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)
A Tecnologia da Informação pode ser definida como o conjunto de todas as atividades
e soluções providas por recursos de computação; designa o conjunto de recursos tecnológicos
e computacionais para geração e uso da informação. O termo Tecnologia da Informação serve
para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais (hardware, software,
dados e telecomunicações) para geração, armazenamento, processamento, uso e difusão
(comunicação) da informação – em suas variadas formas – como: dados, voz e imagens. O
glossário disponível na página do GesPública define que a ― Área de TI compreende todos
os setores e subprocessos de trabalho inerentes. O desenvolvimento de novas tecnologias
modificou o armazenamento da informação, assim como possibilitou novas formas de
organização e acesso aos dados e às obras armazenadas; reduziu custos, facilitou a produção
de jornais e permitiu a formação de redes televisivas de âmbito mundial.
2.1.2 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (SI)
Os Sistemas de Informação abrangem o estudo e o desenvolvimento de modelos,
técnicas e ferramentas computacionais para auxiliar as pessoas e organizações a utilizarem as
informações de forma eficiente: eles transformam dados em informações úteis mediante três
atividades básicas: entrada, processamento e saída. Sistemas de informação são um
―conjunto de componentes inter-relacionados‖, utilizados para coletar, processar, armazenar
e distribuir a informação. Independente de qual seja o Sistema de Informação, ele apresenta
duas finalidades principais: dar suporte à tomada de decisões; e dar suporte ao controle de
uma organização.
Para facilitar essa tomada de decisão, pessoas e organizações vêm utilizando sistemas
de informação capazes de processar uma grande quantidade de dados e transformá-los em
informações válidas – reduzindo assim as incertezas e proporcionando maior assertividade às
decisões. O objetivo clássico de um SI é proporcionar a informação certa para a pessoa certa
na hora certa, em formato, tempo e custos adequados. O objetivo moderno dos SI é melhorar
o desempenho dos trabalhos realizados dentro de uma organização (melhorar a eficiência
organizacional).
2.1.3 - GOVERNO ELETRÔNICO
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 17
O termo Governo Eletrônico começou a ser utilizado por volta dos anos 1980, após a
disseminação do e-commerce pelas empresas privadas, sempre associado às Tecnologias da
Informação e Comunicação – TIC.
No contexto do Governo Eletrônico ―a internet surge como facilitadora da
participação da sociedade no Governo e do exercício do controle social‖ (José Pinho, 2008).
No meio público, as primeiras ações de TIC sempre estiveram mais associadas às questões
operacionais e internas do que às estratégicas ou de relacionamento com a sociedade. Mas
isso mudou, e é possível afirmar que hoje a relação está equilibrada: utilizam-se em larga
escala os recursos das TIC nos dois sentidos – tanto interna quanto externamente.
Mesmo atrasada em relação à iniciativa privada, houve evolução na gestão das TIC na
área pública: de administração de sistemas de informações passou para administração dos
Recursos de Informação, e atualmente consiste na administração de Tecnologia da Informação
na Era da Informação. Esses estágios passam do operacional para o estratégico, partindo da
busca da eficiência administrativa, na automação e agilização dos procedimentos operacionais
e burocráticos, à melhoria da atividade-fim, na relação direta do Governo com o cidadão.
Governo Eletrônico não significa apenas colocar os serviços públicos online ou melhorar sua
prestação, mas compreende também ―um conjunto de processos, mediados pela tecnologia,
que pode modificar as interações, em uma escala maior, entre os cidadãos e o Governo
(Comissão Europeia, 2006).
Assim, podemos definir Governo Eletrônico – GE – como as ações de governo
direcionadas a disponibilizar informações e serviços à sociedade e novos canais de
relacionamento direto entre governo e cidadãos, mediante o uso de recursos da Tecnologia da
Informação e Comunicação, em especial a internet, a prioridade do Governo Eletrônico é a
promoção da cidadania.
2.1.4 - Transparência Eletrônica
A transparência viabilizada pela internet inclui a disponibilização de todo o tipo
de informação sobre: o Governo, a Administração, a estrutura de governo e dos órgãos, o
processo decisório, as políticas públicas, as contratações e compras públicas em geral, a
prestação de contas dos recursos utilizados, legislação etc. A disponibilização da prestação de
contas através da internet proporciona a transparência da gestão governamental no contexto
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 18
clientes externos, são os que pagam pelo produto final, ambos são importantes e devem ser
atendidos com qualidade. Algumas empresas cobram de seus funcionários excelência em
qualidade na prestação do serviço, como esse funcionário poderá prestar um serviço de
qualidade e atender realmente as necessidades do cliente se as entradas do seu processo tem
pouca qualidade? A qualidade oferecida ao cliente Interno, acaba refletindo na hora da
prestação do serviço ao cliente externo. O que pode ser um serviço de qualidade para um
cliente, pode ser considerado de má qualidade por outro, vamos então identificar alguns
elementos da qualidade de serviço:
4.1. ELEMENTOS DA QUALIDADE DE UM SERVIÇO
Confiabilidade: prestar um serviço confiável ao cliente, por exemplo, quando
contratar um prazo de entrega, esse terá que ser respeitado para que o serviço seja considerado
confiável;
Cortesia: ser gentil e paciente com o cliente, procurando entender suas necessidades;
Comunicação: usar uma linguagem clara e acessível, simplificando a prestação do
serviço;
Capacidade para entender as necessidades dos clientes: colocar-se no lugar do cliente
e procurar entender o que realmente ele precisa para atendimento de suas necessidades;
Credibilidade: fazer com que o cliente acredite naquilo que está lhe oferecendo;
Competência: apresentar competência, mostrando ser conhecedor do serviço prestado;
Segurança: transmitir segurança ao cliente na prestação do serviço;
Rapidez na resposta: sanar todas as dúvidas do cliente no momento em que for
solicitado;
Aspectos visíveis: percepção do serviço prestado, envolvendo vários aspectos que vão
desde a aparência do vendedor e do local onde o serviço é prestado, até os aspectos sentidos
pelo cliente na prestação do serviço. Ferramentas de gestão: Quais são as essenciais para sua
empresa?.
ELEMENTOS DA QUALIDADE DE UM SERVIÇO. Disponível em:
<https://blog.ambracollege.com/ferramentas-de-gestao-essenciais/ >. Acesso em 25 ago 2019.
Aula 5. FOCO EM RESULTADOS.
FOCO EM RESULTADOS: COMPETÊNCIA ESSENCIAL PARA SEU
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 20
NEGÓCIO
O foco em resultados é crucial para o sucesso
É imprescindível que todo empreendedor possua competências para manter seu
negócio em perfeita harmonia. Nesse sentido, sabe-se que essas competências são inúmeras,
e algumas delas, com certeza, você já deve ter escutado de alguém, são elas: habilidade de
planejar, senso de oportunidade, autoconfiança, otimismo, criatividade, flexibilidade e outras
competências mais. E para completar o fluxo de competências que todo empreendedor precisa
ter, considera-se inevitável que todos eles possuam foco em resultados.
Diante disso, manter o foco em resultados pode ser considerada como uma das
competências mais importantes que um empreendedor pode ter, e para mostrar a importância
dessa competência dentro de uma empresa, quero apontar como o foco em resultados age
quando é aplicado diretamente nos colaboradores, nas equipes e até mesmo em líderes.
Primeiramente, o ideal é que o empreendedor entenda o que é foco em resultados, para
a partir disso começar a pensar em como agir em relação a sua empresa, seus colaboradores,
suas equipes e líderes.
Saiba como manter o foco em resultados
Quando se fala sobre manter o foco, como você se sente? Você é uma pessoa que
consegue manter o foco e a atenção em tudo a todo momento? Não se sinta inferior a ninguém
se você não consegue manter o foco em suas atividades. Saiba que são inúmeras as pessoas
que não conseguem cumprir com esse objetivo.
Normalmente, essa dificuldade existe por conta da predisposição que as pessoas têm
em se dispersarem por conta de outras demandas, ou seja, enquanto ela tenta focar em
resolver uma questão, seu telefone toca, um novo e-mail surge, alguém aparece com outra
demanda, uma conversa paralela se inicia, tudo isso são ruídos que conseguem interromper o
raciocínio de uma pessoa que procura manter o foco. O mesmo pode acontecer quando o foco
é destinado as demandas e atividades de uma empresa.
O foco em resultados aplicado em equipes
Agora que você já sabe que um empreendedor deve desenvolver várias competências
para manter sua empresa em um alto nível de excelência, manter o foco em resultados é uma
dessas competências essenciais para um negócio conquistar grandes resultados. Nesse
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 21
sentido, selecionei algumas dicas que você pode aplicar em suas equipes para que essa
estratégia de manter o foco em resultados realmente funcione. São elas:
Delegue as atividades por afinidade. As pessoas trabalham melhor quando realizam
atividades das quais sentem afinidade e aptidão.
Defina prioridades para cada membro da equipe. Quando as pessoas sabem o que
fazer primeiro e o que é mais importante, as chances de perderem o foco são menores.
Aplique a motivação dentro da sua equipe. Motive seus colaboradores e veja o
quanto a produtividade de cada um deles pode aumentar significativamente.
Estabeleça metas e crie premiações para cada meta atingida. Essa é uma forma
de motivar e também de deixar os colaboradores por dentro dos resultados que a empresa
gera.
Com o tempo, ao exercer essas e outras dicas, você verá que cada uma delas pode te
auxiliar a manter o foco em resultados que sua empresa for conquistando. Esse processo é
extremamente viável por simplesmente instigar o colaborador a buscar formas de obter mais
resultados, e com isso o foco é voltado a esse objetivo.
O foco em resultados aplicado individualmente
Assim como é preciso desenvolver estratégias para manter uma equipe com foco em
resultados, é fundamental que cada indivíduo, pessoa e colaborador sinta essa necessidade, e
entenda que é através dos resultados obtidos que a empresa poderá crescer e se desenvolver.
Dessa forma, uma pessoa que não consegue desenvolver a habilidade de manter o foco
em suas atividades precisa encontrar maneiras de manter o equilíbrio emocional para
conseguir aumentar essa competência que é fundamental para os negócios.
Pensando nessa possibilidade de desenvolvimento pessoal que influenciará nos
resultados profissionais, a melhor dica que tenho é: Coaching! Você poderá adquirir esse tipo
de desenvolvimento (foco em resultados além de equilíbrio emocional) através do coaching, e
o PSC-Professional & Self Coaching é uma excelente alternativa para quem deseja
desenvolver essa competência. Vale a pena conhecer um pouco mais sobre essa formação para
alcançar o objetivo principal, que é manter o foco nos resultados da sua empresa.
Outras dicas valiosas para aplicar o foco em resultados individualmente é mostrar que
o tempo não pode ser desperdiçado. Por isso, quando acontecer uma das situações que
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 22
mencionei no início do artigo; um telefonema que interrompe seu foco, pessoas que
conversam ao seu lado, um e-mail novo, a dica é: repense se vale a pena parar o que você está
fazendo para dar prioridade a outra coisa. No caso de uma conversa paralela, peça silêncio
para as pessoas e explique que naquele momento você precisa manter o foco, explique suas
condições e volte ao trabalho.
Aplicar estratégias que disseminam o foco em resultados é verdadeiramente
positivo tanto para os colaboradores, quanto para a empresa, veja alguns dos benefícios:
➢ A equipe se mostra mais unida e com mais performance;
➢ As chances de erros são baixas, e quando ocorrem rapidamente são
corrigidos;
➢ Ideias e inovações surgem a todo momento;
➢ O crescimento da empresa será visível.
➢ O retrabalho é praticamente nulo;
➢ Os colaboradores produzem mais;
➢ Os resultados são satisfatórios;
O foco de resultados para líderes
Se você é um leitor assíduo do Portal IBC, com certeza você já deve ter lido vários
artigos meus sobre líderes, liderança e gestão de equipes. Em cada um deles, falo muito sobre
como um líder ou gestor deve guiar sua equipe, e para falarmos sobre foco em resultados para
líderes, quero lembrar que chefes cobram resultados, líderes caminham junto aos seus
liderados em busca de resultados. Nesse sentido, entende-se que uma conquista é, e sempre
será de todos, assim como um fracasso também será de toda a equipe.
Para um líder conseguir desenvolver a habilidade de manter o foco em resultados,
acredito que algumas coisas são essenciais, como:
Colete todas as informações que puder, mantenha-as em um lugar seguro, ou seja,
documente cada uma delas. Mantenha suas informações organizadas, isso facilitará a manter o
foco;
Analise os itens coletados. Decida quem poderá realizar cada um dos itens. Defina
prazos e classifique cada uma das ações como: em atividade / entregue / aguardando.
Revise todas as etapas, esteja sempre por perto, ou seja, acompanhe o processo e deixe
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 23
1Esteves Pedro Colnago Junior é um economista brasileiro que ocupou o cargo de ministro do Planejamento
durante o Governo Temer e atual secretário adjunto da Fazenda durante o Governo Bolsonaro.
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 25
social, tipicamente financiadas com os recursos ordinários do Tesouro, para compor com elas
um orçamento distinto, em relação promíscua com as prestações da Previdência Social. Esta
última sim, e somente esta, merecedora de tratamento em documento separado, observadas
em seu âmbito a unidade e a universalidade, já que se trata de um sistema distinto de
prestações e contraprestações de caráter continuado, que deve manter um equilíbrio
econômico-financeiro autossustentado.
Outra inovação da Constituição de 1988 foi o orçamento de investimentos das
empresas estatais. Não há aqui, entretanto, quebra da unidade orçamentária, uma vez que se
trata, obviamente, de um segmento nitidamente distinto do orçamento fiscal, a não ser no que
se refere àquelas unidades empresariais dependentes de recursos do Tesouro para sua
manutenção, caso em que devem ser incluídas integralmente no orçamento fiscal, como vem
ocorrendo por força de disposições contidas nas últimas LDOs.
A adoção do Orçamento de Investimento nas empresas nas quais a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto, nos termos do art. 165, § 5º,
correspondeu a um avanço na aplicação do princípio da universalidade dos gastos, ainda que
excluídos os dispêndios relativos à manutenção destas entidades. O PRINCÍPIO DA NÃO
AFETAÇÃO DE RECEITAS determina que essas não sejam previamente vinculadas a
determinadas despesas, a fim de que estejam livres para sua alocação racional, no momento
oportuno, conforme as prioridades públicas.
A Constituição de 1967 o adotou, relativamente aos tributos, ressalvados os impostos
únicos e o disposto na própria Constituição e em leis complementares. A Carta de 1988, por
sua vez, restringe a aplicação do princípio aos impostos, observadas as exceções indicadas na
Constituição e somente nesta, não permitindo sua ampliação mediante lei complementar.
A emenda constitucional revisional nº 1, de 1994, ao criar o Fundo Social de
Emergência - FSE e desvincular, ainda que somente para os exercícios financeiros de 1994 e
1995, 20% dos impostos e contribuições da União, demonstrou a necessidade de se permitir a
flexibilidade na alocação dos recursos na elaboração e execução orçamentária.
A Constituição de 1988 inovou em termos de constitucionalização de princípios
regentes dos atos administrativos em geral e aplicando-os à matéria orçamentária, elevando a
nível constitucional os PRINCÍPIOS DA CLAREZA E DA PUBLICIDADE, a exemplo do
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 36
previsto no art. 165, § 6º - que determina que o projeto da lei orçamentária venha
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia - e no art. 165, §3º - que estipula a publicação bimestralmente de
relatório resumido da execução orçamentária
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
CONSTITUCIONAIS. Disponível em:<https://www.novaconcursos.com.br/blog/pdf/errata-
nocoes-orcamento-publico-trt-pe.pdf>. Acesso em 23 ago. 2019.
Aula 9. PLANEJAMENTO: PLANO PLURIANUAL DE AÇÃO
GOVERNAMENTAL
esfera pública sejam envolvidas. Também será designado um gerente específico para cada
ação prevista no Plano Plurianual, por determinação direta da Administração Pública Federal.
O decreto que regulamentou o PPA prevê que sempre se deve buscar a integração das várias
esferas do poder público (federal, estadual e municipal), e também destas com o setor privado.
3A cada ano, será realizada uma avaliação do processo de andamento das medidas a
serem desenvolvidas durante o período quadrienal – não só apresentando a situação atual dos
programas, mas também sugerindo formas de evitar o desperdício de dinheiro público em
ações não significativas. Sobre esta avaliação é que serão traçadas as bases para a elaboração
do orçamento federal anual.
A avaliação anual poderá se utilizar de vários recursos para sua efetivação, inclusive
de pesquisas de satisfação pública, quando viáveis.
Embora teoricamente todos os projetos do PPA sejam importantes e necessários para
o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, dentro dele já são estabelecidos projetos que
detêm de maior prioridade na sua realização.
Pode-se afirmar que o Plano Plurianual faz parte da política de descentralização do
governo federal, que já é prevista na Constituição vigente. Nas diretrizes estabelecidas em
cada plano, é fundamental a participação e apoio das demais esferas da administração pública,
que, sem dúvida, têm mais conhecimento dos problemas e desafios que são necessários
enfrentar para o desenvolvimento sustentável local.
Plano plurianual. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_plurianual >.
Acesso em 26 ago 2019.
Aula 10. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS.
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal
finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de
investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e
as empresas públicas e autarquias. Busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual(LOA) com as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidas no Plano Plurianual. De
acordo com o art. 165, § 2º da Constituição Federal, a LDO:
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente;
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 38
CONCLUSÃO
No Brasil, como em diversos países, passou-se a evidenciar a importância do
acompanhamento das atividades governamentais, a atuação dos atores do processo político, da
política e da tomada de decisão priorizando projetos e programas sociais.
A avaliação e o monitoramento são ferramentas essenciais no controle e
acompanhamento das políticas e programas de governo, principalmente, para aqueles que
tratam da proteção e assistência social. A incorporação desses instrumentos é uma inovação
aplicada à gestão, à tomada de decisão, agregando qualidade ao gerenciamento de programas,
planejamento de atividades, correção de distorções, aumento da eficiência de administração
pública e melhorando a transparência governamental.
Toda a política de modernização do Estado, portanto, deve focar seus esforços em
alcançar resultados sociais, pautados na eficiência, eficácia e efetividade das ações
governamentais e, consequentemente, ganhos para toda a sociedade, para empresas, entes
governamentais, desenvolvimento nacional e bem-estar de todos
Nas últimas décadas vem crescendo nas sociedades democráticas de economias
avançadas e emergentes a demanda pelo melhor uso dos recursos arrecadados pelo governo e
a prestação de serviços públicos de qualidade para atendimento das demandas sociais.
Surge, assim, uma administração pública gerencial voltada para o cidadão, buscando
padrões otimizados de eficiência e eficácia numa gestão pública por resultados, orientada por
processos de avaliação contínua e de legitimação pela sociedade.
O cidadão, cada vez mais consciente de seus direitos, inserido agora em um contexto
democrático, passa a exigir que suas demandas sejam atendidas de maneira eficaz, eficiente e
efetiva, aliando rapidez na prestação dos serviços públicos, economicidade nas ações,
transparência na gestão e prestação de contas sobre os atos dos gestores.
Frente a esta nova demanda por serviços públicos de qualidade, a Administração
Pública vê-se diante de um ponto de inflexão: ou abdica da responsabilidade de oferecer aos
cidadãos os serviços necessários e, assim, de receber, por meio de tributos arrecadados, os
valores correspondentes a estes; ou qualifica seus profissionais para que se alinhem com a
nova ordem estabelecida – realizar mais por menos, mais rápido e melhor. A segunda hipótese
se apresenta como a única aceitável do ponto de vista ético e institucional por parte da
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 42
Administração.
A formação dos profissionais da área da Segurança Pública visa a responder às
deficiências teóricas e técnicas desse profissional, de modo a torná-lo um profissional
multifuncional e multidisciplinar, aliando conhecimentos, habilidades e atitudes em busca de
um objetivo único: o cumprimento da missão institucional, dentro dos padrões de cidadania,
ética, legalidade, moralidade, transparência e accountability, entre outros.
As próprias estruturas orgânica e normativa das instituições contemporâneas de
Segurança Pública demonstram a preocupação com o alcance de tal missão institucional, com
a criação de uma legislação que dê celeridade à tomada de decisão, em substituição a um
modelo tipicamente burocrático, marcado pela inoperância. Somado a isso, a divisão interna
em órgãos de atividade finalística e órgãos de apoio logístico são pontos fortes da
racionalização das atividades sem a perda de efetividade. É conveniente observar que a área
de atividades finalísticas se desdobra em dois campos: o das funções estratégicas e o das
funções táticas, traduzindo-se em uma bipartição entre o planejamento suporte estratégico e a
execução propriamente dita da atividade típica de defesa social.
A finalidade é valorizar cada elemento organizacional e humano, seja pelo incremento
do potencial operativo de cada um, seja pela melhor apuração das competências e funções
atribuídas a eles: profissionais ou instituições.
Toda esta racionalidade traz definições muito firmes para o decurso eficiente do
caminho procedimental dos serviços administrativos e os estritamente policiais, dando-lhes
consistência e interatividade.
A estrutura conceptual da área de atividades finalísticas, com seus órgãos e unidades
de funções estratégicas e táticas, deve conceber um sistema tecnicamente íntegro, bem
amarrado e construído de modo a encurtar não só o processo decisório, como também a
positivar a harmonia técnico-científica de todo o complexo organizacional.
Todo esse sistema deve voltar-se para a construção dinâmica da política de formação,
aprimoramento profissional, pesquisa e normalização técnico-científica; para a captação,
análise e difusão de dados e conhecimentos do cotidiano referentes a todos os passos do ciclo
e da ação dos profissionais da área de Segurança Pública; e para os cenários criminais no
tempo e no espaço, com ênfase na permanente avaliação de qualidade dos processos
FUNDAMENTOS DA GESTÃO PÚBLICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA – Página 43
produtivos.
As organizações policiais precisam adotar rotinas de inovação científica no processo
de produção de seus serviços. Isso exige não apenas a superação de hábitos organizacionais,
como também a própria evolução do modelo de carreiras na descrição de suas funções,
sobretudo no que se refere ao modo como se articulam na busca da descrição transparente dos
cenários conflituosos. O profissional da área de Segurança Pública é, antes de tudo, um
cidadão cuja missão requer equilíbrio moral e competência técnica.