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Unidade 01

DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO
Empreender é o mesmo que agir.

O empreendedor é aquele que transforma seus sonhos em realidade e que não desiste de seus
projetos.

" Empreendedores são indivíduos que apresentam características e competências para idealizar,
sonhar, ousar, criar e conduzir um negócio com sustentabilidade, perenidade e lucratividade. É um
indivíduo que munido de uma forma extraordinária que surge do seu interior, transforma
pensamentos em ação e sonhos em realidade. E não desperdiça oportunidades."

JOSÉ DORNELAS: escreveu o livro empreendedorismo: transformando ideias em negócios”. Afirma


que o empreendedorismo está relacionado com a criação de um novo negócio que envolve pessoas,
processos e transforma ideias em oportunidades.

Antigamente o empreendedor era visto como um grande influenciador da economia.

Empreendedor tem muitas responsabilidades: Dedicar-se, investir na criação de novos negócios,


gerar trabalhos/empregos, fazer a diferença.

O termo empreendedor vem do francês entrepreneur que significa aquele que assume riscos e faz
algo novo.

Muitos acreditam que a pessoa nasce empreendedora. Porém, Dolabela em um de seus cursos sobre
empreendedorismo define que todos nascemos empreendedores, porém alguns têm mais
habilidades devido aos estímulos recebidos no ambiente que cresceram.

Empreendedorismo é o resultado da ação do empreendedor. A prática ficou conhecida em 1950


pelo economista francês Joseph Schumpeter, que classificava empreendedores como pessoas de
sucesso por meio da criatividade e inovação. Assim, o empreendedorismo deve ser considerado um
dos principais fatores que desenvolvem economicamente uma nação.

(consideramos, então, o empreendedorismo como uma questão cultural. Uma cultura passada de
pai para filho).

Isso nos leva a refletir que o empreendedorismo é “um mix” de conceitos, conhecimentos,
habilidades, emoções e sentimentos que gera um sonho que pode trazer lucratividade e benefícios,
tanto para o realizador quanto para as pessoas evolvidas e atingidas por essa realização.

Ademais, podemos falar em “iluminação divina”, que não diz respeito a uma religião, mas sim à
ligação com Deus, com o ético, o moral e o correto. Quando você faz as coisas certas, tudo começa a
correr bem. Diante de tudo isso, surge uma pergunta: empreender é uma ciência, um dom ou uma
arte?
Empreender é desenvolver o dom interior que se transforma na arte de criar, fazer e acontecer com
ousadia, determinação, coragem, motivação e criatividade. Com a prática, o dom é desenvolvido e,
assim, se transforma em arte.

Precisamos empreender em nossas vidas antes de empreendermos nos negócios.

CHIAVENATO em seu livro empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor, nos mostra
que o empreendedor faz coisas, tem sensibilidades diversas e consegue transformar ideias em
realidade.

É importante que o empreendedor possa responder algumas questões que darão o direcionamento
ao seu projeto e suas ações. Veja algumas:

- Quais são suas características pessoais?


- Qual tipo de empreendedor você é?
- Qual é a sua necessidade de realização?
- Qual é a sua disposição para assumir riscos?
- Qual é o seu grau de autoconfiança?
- Você tem conhecimento sobre o segmento?
- Qual é seu planejamento estratégico?

A diferença do não empreendedor é que ele não age. Muitas vezes esse comportamento é
caracterizado pelo medo.

CHIAVENATO, em sua obra empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor, afirma que “o
empreendedorismo tem sua origem na reflexão dos pensadores econômicos dos séculos XVIII e XIX,
conhecidos como defensores do laissez-faire ou liberalismo econômico.

TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
É dividido em:

- EMPREENDEDORISMO SOCIAL DE PRIMEIRA ORDEM OU GRANDEZA: não visa lucro;


trabalham para melhorar a qualidade de vida das pessoas em um determinado local ou da
sociedade;
- EMPREENDEDORISMO SOCIAL DE SEGUNDA ORDEM OU GRANDEZA: visa lucro e também
gera benefícios para o bem comum da sociedade.

Pode ter uma visão sociológica que possui a seguinte classificação:

- PRIMEIRO SETOR: Estado;


- SEGUNDO SETOR: Empresas de forma geral;
- SETOR 2,5: Empreendimentos sociais que visam lucro e geram benefícios sociais;
- TERCEIRO SETOR: Empresas sem fins lucrativos (ONGs e OSCIPs).

O empreendedorismo social tem por base a responsabilidade social das empresas.

No empreendedorismo de primeira ordem ou grandeza existe uma preocupação com o outro. Ele
não visa o lucro, ou seja, é puramente social.

“O empreendedorismo exclusivamente social é um braço do empreendedorismo tradicional, do qual


os empreendedores, em vez de trabalhar para criar uma empresa, objetivando vender produtos ou
serviços, cujo foco principal seja gerar lucro para aumentar o patrimônio da corporação e gerar
riqueza para o empreendedor, utilizam recursos financeiros, emocionais, criativos, inovadores, etc”

Esse tem o objetivo de transformar a vida das pessoas por meio de ações inovadores e sem contar
com muitos recursos, apenas com ideias e vontade de melhorar a qualidade de vida de alguém ou de
uma comunidade. Ele busca desenvolver soluções para vários problemas sociais, econômicos,
culturais, éticos, dentre outros.

Esses empreendimentos podem ser classificados como instituições sem fins lucrativos, como é no
caso das ONGs e OSCIPs.

MELO NETO E FROES no livro responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do


terceiro setor, afirmam que o empreendedorismo social possui algumas características:

- Trabalhar para um coletivo integrado, visando melhor qualidade de vida;


- Produzir bens e serviços que ajudam no desenvolvimento e no sustento da comunidade;
- Foco em buscar soluções que tragam melhoria no cotidiano;
- Como medida de desempenho, avaliam qual é o impacto causado na transferência do nível
social;
- Resgatar pessoas da situação de risco social.

DIFERENÇA ENTRE O EMPREENDEDOR E O INTRAEMPREENDEDOR


Os dois tem o objetivo de fazer a diferença, revolucionar e enxergar o futuro como ninguém. Porém,
o intraempreendedor está dentro de uma empresa e executa mudanças e inovações em produtos e
serviços, maximizando a lucratividade da organização.

No caso do empreendedor, temos o perfil daquele que cria seu próprio negócio, buscando se
diferenciar dos produtos e serviços já existentes, trazendo novidades e benefícios para a sociedade
e, consequentemente, lucro para a sua empresa. O empreendedor corre riscos para conseguir
realizar seus sonhos e atingir seus objetivos. É possível identificar facilmente um empreendedor
quando identificamos algumas características, pensadas pelo estudioso Dornelas em seu livro
empreendedorismo: transformando ideias em negócios:

- Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
- Utiliza recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico
no qual vive;
- Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.7

Existe também o empreendedor revolucionário que é aquele que cria novos mercados. Bill Gates,
criador da Microsoft é um exemplo.

Pessoas empreendedoras vivem “sempre no futuro”, usando o presente como ferramenta para seu
futuro.

Pinchot III fala que o intraempreendedorismo está relacionado ao ambiente interno da instituição e
busca desenvolver, de forma criativa e inovadora, produtos, serviços, técnicas e estratégias para a
organização, cujo foco é a melhoria contínua, competitividade, melhor performance, a busca pelo
crescimento e a sustentabilidade.

O intraempreendedorismo é a ação interna na empresa; deve ser considerado uma modalidade do


empreendedorismo.

Os intraempreendedores não precisam se preocupar ou temer em apresentar suas ideias para seus
superiores, pois a cultura da empresa empreendedora está voltada para a busca da melhoria
contínua e, consequentemente, melhores negócios para a organização.

As caracateristicas entre empreendedor e intraempreendedor são as mesmas.

O empreendedorismo dentro das organizações se reflete mais nas atividades empreendedoras,


como por orientações vindas da alta administração.

HISRICH, PETERS E SHEPERD, que escreveram o livro empreendedorismo, afirmam que empreender
consiste nos quatro elementos-chave:

- Novo empreendimento: está relacionado à criação de um novo negócio dentro da empresa.


Pode ser realizado por meio da redefinição de produtos e serviços ofertados pela
organização;
- Espirito de inovação: utiliza a inovação da tecnologia para inovar produtos e serviços
ofertados pela empresa, aperfeiçoando seus métodos e procedimentos em busca de mais
qualidade;
- Autorrenovação: relacionado à organizacional, por meio de novas ideias da empresa, como
uma nova estratégia, novos conceitos, mudanças;
- Proatividade: está relacionada à ação, aceitar riscos, ser ousado e competitivo.

Empresas empreendedoras possuem boa comunicação interna e externa.

Algumas características do empreendedor:

- Ser inovador empresarial.


- Estar atentos às novas oportunidades.
- Assumir riscos calculáveis.
- Construir patrimônio sólido. Ser negociador interna e externamente.
- Persistir na adversidade.
- Exercer papel social importante.
- Manter-se atualizado.
- Acumular e compartilhar experiencias.
- Inserir-se em redes de relacionamento.

Algumas características do intraempreendedor

- Ter autoridade.
- Extrapolar as funções e tarefas do cargo.
- Ampliar sua inserção nos resultados.
- Negociar interna e externamente.
- Exercer gerenciamento compartilhado.
- Conhecer o ramo de negócios da corporação.
- Inserir-se em redes internas e empreendedoras.
- Gerenciar o afunilamento das inovações para o resultado.
- Subordinados funcionais
- Inserir-se em redes de relacionamento.

Não existem diferenças no perfil do empreendedor e do intraempreendedor, o que difere é o


ambiente no qual eles atuam. O empreendedor atua para o desenvolvimento de sua empresa e o
intraempreendedor atua para o desenvolvimento da empresa de outra pessoa.

VANTAGENS E DESVANTAGENS
As vantagens de ser dono do seu próprio negócio é que você mesmo pode ditar as regras, tomar
decisões importantes e assumir riscos.

Alguns acham que o empreendedor está preso à empresa, mas isto não é verdade.na realidade,
trata-se de um ponto de vista distorcido.

“O empreendedorismo te prende, mas a diferença é que ele te prende naquilo que é seu, naquilo
que você ama. Ora, amigos, para mim, a prisão do empreendedorismo é temporária. Você se prende
no início para posteriormente conquistar a sua verdadeira liberdade pessoal e financeira.”

Já o intraempreendedor não precisa assumir os mesmos riscos do empreendedor. Ele possui seu
salário e benefícios garantidos no final do mês e pode mudar de empresa se quiser. Entretanto, ele
tem que possuir muita persuasão para convencer o dono da empresa de suas ideias. Vai precisar se
conformar em aceitar regras, burocracias impostas pela organização em que trabalha e vai sempre
depender da aprovação de alguém ou melhor dizendo, do dono da empresa.

DESCREVENDO AS CARACTERISTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR


*MOTIVAÇÃO

CHIAVENATO afirma que o empreendedor precisa possuir três características básicas:

- Necessidade de realização: refere-se à necessidade que faz com que a pessoa coloque em
prática seu sonho e se realiza. Essa intensidade muda de pessoa para outra. Às vezes,
quando criança, alguns empreendedores já conseguem demonstrar esta característica.
- Disposição para assumir riscos: relaciona-se com não ter medo de enfrentar os obstáculos e
os desafios, além de apostar em suas ideias, correndo o risco para que elas se tornem
realidade. Entretanto, o empreendedor deve ter em mente que não se deve assumir altos
riscos sozinho, ou seja, os riscos podem ser compartilhados.
- Autoconfiança: enxergar os desafios como oportunidades de acreditar que eles podem dar
certo.

É preciso entender a razão pela qual as pessoas engajam em tal negócio.

Antes de iniciar o negócio, o empreendedor precisa ter vontade de trabalhar duro, saber se
comunicar e ser organizado, ter orgulho daquilo que faz e, consequentemente, possuir e manter
boas relações, assumir desafios calculáveis e saber tomar decisões.
A dúvida e o medo podem atrapalhar o empreendedor na análise de uma grande oportunidade. Por
isso ele precisa de outras ferramentas que auxiliem na decisão, como informações sobre o mercado,
o produto ou serviço, identificar quais são os clientes potenciais, valor inicial de investimento, em
quanto tempo será o retorno sobre o investimento (ROI)

DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE O EMPREENDEDOR E O EXECUTIVO NÃO


EMPREENDEDOR
EMPREENDEDOR: Sonha e coloca muita determinação para transformar seu sonho em uma
realidade que, inclusive, possa trazer lucratividade. Além disso, ele estabelece metas, tem disciplinas
para atingir seu objetivo e muito trabalho. É visionário, corre riscos e acredita em seu projeto;

NÃO EMPREENDEDOR: Ele sonha, mas não age. Permanece sempre sonhando. Tem medo, falta de
coragem e não toma iniciativa. O não empreendedor vive sempre no presente, seguindo as regras do
passado e acaba por não pensar no futuro.

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O dono (empreendedor) faz qualquer papel.

O executivo não faz qualquer papel.

O executivo está, permanentemente, pensando no próximo passo da carreira dele. O empreendedor


não. Ele está pensando na próxima coisa que a empresa dele vai fazer.

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Alguns estudos classificam que o administrador dentro da empresa tem o papel de administrar,
planejar, organizar, dirigir, controlar, dentre outros. Esses estudos estão baseados no conceito de
administração de Henry Ford, que falava sobre a arte de administrar.

Os administradores se diferem em dois aspectos: nível de hierarquia em que ocupam e o


conhecimento que detêm para exercerem suas funções.

O empreendedor de sucesso possui características extras, pensadas inicialmente por Dornelas em


seu livro empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Veja:

- São visionários: eles têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua vida, e o mais
importante: têm a habilidade de implementar seus sonhos.
- Sabem tomar decisões: eles não se sentem inseguros, sabem tomar decisões corretas na
hora certa. Além de tomar decisões, implementam suas ações rapidamente.
- Fazem a diferença: transformam ideias abstratas em ações concretas. Além disso, agregam
valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.
- Exploram ao máximo as oportunidades: o empreendedor é aquele que quebra a corrente e
inova, criando mercado com uma oportunidade identificada. O empreendedor também é
aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de
caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.
- São determinados e dinâmicos: implementam suas ações com total comprometimento.
Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de “fazer
acontecer”. Mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam certo inconformismo diante da rotina.
- São dedicados: eles se dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana, ao negócio. São
trabalhadores exemplares e encontram energia para continuar mesmo em situações
adversas.
- São otimistas e apaixonados pelo que fazem: o amor pelo trabalho é o principal combustível
que os mantêm cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores
vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem como ninguém como fazê-lo
- São independentes e constroem o próprio destino: querem criar algo novo e determinar os
próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.
- Ficam ricos: ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o
dinheiro é consequência do sucesso dos negócios.
- São líderes e formadores de equipes: os empreendedores têm um senso de liderança
incomum e são respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los,
estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si.
- São bem relacionados (networking): os empreendedores sabem construir uma rede de
contratos que os auxilia no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e
entidades de classe.
- São organizados: os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos,
tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o
negócio.
- Planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu
negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios, até a apresentação do plano a
investidores, definição das estratégias de marketing do negócio, sempre tendo como base a
forte visão de negócios que possuem.
- Possuem conhecimento: são sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois
entendem que, quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior será a chance de
êxito.
- Assumem riscos calculados: o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos e sabe
gerenciar o risco avaliando as reais chances de processo. Para o empreendedor, quanto
maior o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora.
- Criam valor para a sociedade: Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar
valor para a sociedade, com a geração de empregos, dinamização da economia e inovação,
sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

Vários estudos revelam que existem pontos em comum entre o empreendedor e o administrador,
pois o empreendedor é um administrador. Porém o empreendedor é menos limitado e mais
visionário que o administrador.

As diferenças entre empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões


distintas de negócio: orientação estratégica, análise de oportunidades, comprometimento dos
recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial, em que o administrador fica voltado para a
organização de recursos e o empreendedor fica voltado para a definição de contextos.

Outro diferencial é que o empreendedor conhece muito sobre seu negócio.


Existem também alguns mitos elaborados por Dornelas em seu livro empreendedorismo:
transformando ideias em negócios:

- MITO 1: empreendedores são natos, nascem para o sucesso. REALIDADE: empreendedores


acumulam, com o passar dos anos, conhecimentos, habilidades e experiências que podem
ser desenvolvidas e adquiridas;
- MITO 2: empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos. REALIDADE:
assumem riscos calculados, evitando riscos desnecessários;
- MITO 3: empreendedores são “lobos solitários” e não conseguem trabalhar em equipe.
REALIDADE: são ótimos líderes de equipes, promovem excelentes relacionamentos, tanto
internos quanto externos. São grandes negociadores.

É POSSÍVEL APRENDER A SER EMPREENDEDOR?


Antes não acreditavam nessa possibilidade.

Atualmente, acredita-se cada vez mais que o processo empreendedor possa ser ensinado e
entendido por qualquer pessoa.

Habilidades requeridas de um empreendedor, por Dornelas em seu livro empreendedorismo:


transformando ideias em negócios:

- HABILIDADES TÉCNICAS: Estão relacionadas à escrita, à fala, a ouvir as pessoas, buscar


informações importantes para o negócio, desenvolver o trabalho em equipe e buscar
conhecimento sobre o que se pretende fazer, como qual será o seu diferencial e o know-
how técnico na área de atuação
- AS HABILIDADES GERENCIAIS: envolvem criação, desenvolvimento e gerenciamento da
empresa, bem como os departamentos que ela possui: marketing, RH, finanças, dentre
outros. Ser bom negociador e ter controle da administração da empresa.
- AS CARACTERÍSTICAS PESSOAIS: estão relacionadas a todos aqueles que fazem de alguém
um empreendedor.

Unidade 02
ENTENDENDO A GLOBALIZAÇÃO

A migração contribuiu para o processo de globalização.

Podemos aproximá-lo com o rompimento das fronteiras, processo no qual as pessoas ganham maior
proximidade e conseguem fazer negócios ou criar relacionamentos.

Um fator importante foi a criação de multinacionais, que romperam fronteiras e conseguiram


importar ou exportar mercadorias para outros países e, assim, trabalhar com novos mercados.
Blocos econômicos surgiram com o objetivo de incentivar o relacionamento comercial entre seus
países membros e, por outro lado, acabaram restringindo a negociação com outros países que
estavam fora dele, tais como Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), Mercado
Comum do Sul (Mercosul), Mercado Comum Árabe (MCA), Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
(BRICS), dentre outros.

LACOMBE em seu livro administração fácil, defende que a globalização dá ênfase aos:

- Aspectos econômicos e comerciais;


- Permeando todas as atividades humanas;
- Influindo nas culturas, comportamentos e valores de todos os povos.

Sobre o assunto, o autor diz:

“integração crescente de todos os mercados (financeiros, de produtos, serviços, mão de obra, etc.),
bem como dos meios de comunicação e de transporte de todos os países do planeta. Também é o
processo em que a vida social nas sociedades sofre influência cada vez maiores de todos os países,
incluindo os aspectos políticos, econômicos, culturais, artísticos, moda, meios de comunicação, etc.”

GLOBALIZAÇÃO EMPRESARIAL
Estudos revelam que pode ser dividida em quatro possibilidades:

- Demanda: conforme aumenta o poder aquisitivo no mundo, as pessoas têm acesso a


produtos comuns, comercializados em outras partes. Esse tipo de globalização permite que
as empresas tenham grandes economias de escala, além de divulgarem a sua marca pelo
mundo;
- Oferta: é classificada pela facilidade das empresas em fazer novas alianças estratégicas,
fusões, aquisições, dentre outros. Isso só é possível porque muitas empresas estão
instaladas em diversos países, e não só em seu país de origem;
- Competição: a possibilidade de competir com empresas do mesmo segmento e analisar suas
estratégias e diferenciais, dando oportunidade para o consumidor de escolher produtos e
serviços que mais atendem a sua necessidade e de maior qualidade;
- Estratégia: a possibilidade de verificar e analisar qual o país dá mais incentivos de ganhos
para produzir seus produtos ou matérias-primas neste local.

VANTAGENS E RISCOS DA GLOBALIZAÇÃO


Algumas vantagens são:

- Livre comércio de mercadorias: favorece a comercialização e o conhecimento da empresa e


seu portifólio, estimula a competição por mercado com produtos de qualidade e promove a
satisfação do consumidor;
- Livre fluxo de recursos financeiros: os recursos são direcionados para os lugares de mais
necessidade, sem barreiras. Além disso, quando bem captados; ajudam a desenvolver os
países mais necessitados;
- Aumento do fluxo de informações: possibilidade de ter acesso a todos os dados e
informações necessárias para que a empresa possa desenvolver estratégias de mercado que
viabilizem seus objetivos
Alguns riscos:

- Livre fluxo de recursos financeiros: aumento das especulações influenciam no risco da


economia de um país e, consequentemente, influencia nas decisões da empresa quanto à
atuação e investimento;
- Diminuição da soberania dos países: países em blocos econômicos devem seguir regras
elaboradas conjuntamente com outros países e isso, às vezes, influencia na sua soberania,
pois são obrigados a seguir os tratados internacionais;
- Velocidades diferentes da globalização: diferenças de velocidade entre os planos financeiro,
com transações rápidas e dinâmicas, econômico, com integração realizada a partir dos
blocos econômicos, político, com a globalização ainda mais atrasada, e social;
- Empobrecimento cultural: a globalização cria exclusão de culturas, costumes locais e
regiões, prevalecendo uma cultura global e homogeneizada;
- Riscos da padronização: padronizar produtos e serviços dependente das culturas, costumes,
hábitos, etc.

PAPEL DO EMPREENDEDOR E DO INTRAEMPREENDEDOR NA GLOBALIZAÇÃO


O empreendedor tem papel fundamental em analisar os acontecimentos e tendências, olhando para
as oportunidades e transformando-as em negócios geradores de lucro.

EMPREENDEDOR: em sua visão, o empreendedor tem um sonho e direciona todas as suas forças
para realizá-lo com o apoio da educação, do trabalho e da resiliência, sempre com muita ética.

INTRAEMPREENDEDOR: já o intraempreendedor, quando dentro de uma organização, auxilia a


empresa a empreender quando percebe oportunidades e busca desenvolver negócios lucrativos a
partir delas para a organização. Para isso, ele precisa olhar “o mundo lá fora” e coletar informações
sobre clientes, mercado, produtos, concorrentes, fornecedores, dentre outros.

O intraempreendedor possui um papel imprescindível para o crescimento e sustentabilidade das


empresas.

Quando a empresa possui um intraempreendedor, ela tem mais evidência. Isso permite mais
credibilidade e fortalecimento de sua marca. O empreendedor realizando o mesmo papel com sua
empresa, conseguirá os mesmos objetivos, permitindo que a organização tenha maior
competitividade por meio de uma vantagem competitiva, ou seja, o seu diferencial. Esse tipo de
ação é chamada de estratégia empreendedora.

Empresas que trabalham com esse tipo de estratégia, usam a inovação para trazerem produtos e
serviços diferentes ao mercado e acabam tendo maior visibilidade.

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Fatores que influenciam e fomentam o empreendedorismo no Brasil
Um dos fatores que mais estimulam tal prática é viver sob constantes momentos de crise.

O conhecimento é fundamental para um empreendedor de sucesso.

Um grande empreendedor deve ter como base de sua empresa três pilares importantes:
- Conhecimento;
- Resultado;
- Lucro.

Quem são os novos empreendedores?


Os empreendedores de sucesso passam a vida estudando, aprimorando seus conhecimentos e
buscando informações para colocar em prática seu projeto.

O empreendedor atual precisa buscar muito mais informações do que o empreendedor de antes,
devido a livre concorrência e à alta competitividade das empresas.

É preciso ter conhecimento para sobreviver no mercado, entender o segmento dentro do qual se
atua, conhecer o cliente, seus gostos e comportamentos, bem como seus concorrentes e quais
estratégias estão sendo desenvolvidas por eles e saber quais são os fornecedores que podem
permitir que seu produto e serviço tenham mais qualidade e diferencial de mercado.

Saber como realizar parcerias produtivas e estar atualizado com a economia do país, bem como a
cultura das pessoas que consumirão o produto, os fatores climáticos que podem influenciar sua
produção, quais as legislações possíveis que sua empresa deve seguir para evitar o pagamento de
multas e perder dinheiro, dentre outros.

Do ponto de vista socioeconômico de acordo com pesquisas realizadas pelo CONAJE (Confederação
Nacional de Jovens Empresários):

- 65% são homens e 35% são mulheres;


- Sudeste 49,5%; sul 21,9%; nordeste 15,6%; centro-oeste 8,8% e: norte 4,3%;
- 97% dos empreendedores têm de 26 a 35 anos; os outros 3% são pessoas de 18 a 20;
- 73% tem ensino superior e 9% tem apenas ensino médio;
- 57,9% optam pela área de serviços e 10,1% preferem a área de comércio.

O EMPREENDEDORISMO FEMININO
Têm conquistado grande representatividade nesse segmento.um dos fatores para isso é o fato de
muitas sustentarem a casa atualmente. O relatório especial de empreendedorismo feminino no
brasil, publicado em 2019, informou que nos últimos dois anos o número de mulheres que
sustentam a família subiu de 38% para 45%. Outro fator é que elas querem ficar mais perto dos
filhos sem deixar de trabalhar. Há também os casos das que optam por isso para aumentar a renda
familiar ou para ter independência financeira.

9,3 milhões de mulheres estão a frente de um negócio atualmente, com representatividade de 34%
dos negócios formais e informais.

Essas mulheres também são mais jovens e possuem níveis de escolaridade maior, se comparadas aos
homens. Porém o salário ainda é inferior ao masculino.

Outro obstáculo diz respeito ao acesso ao crédito e linhas de financiamento. Elas possuem menos
acessos, e pagam juros maiores quando conseguem crédito, mesmo com um índice de inadimplência
menor.

O relatório aponta ainda que as mulheres empreendedoras representam 48% das MEIs
(Microempresas Individuais) e que a maioria, ou seja, 55,4%, realiza sua atividade laboral em casa.
O relatório faz menção a uma pesquisa realizada pelo GEM em 2018, que comparou a proporção de
mulheres entre empreendedoras iniciais em 49 países e constatou que o Brasil ficou em 7° lugar no
ranking.

Segundo um estudo, 96% das empreendedoras possuem um único trabalho, o que possibilita maior
dedicação ao seu negócio.

A maior concentração das mulheres é na área da moda, beleza e alimentação.

Está centrado mais na necessidade de ter uma renda e na falta de preparo para iniciar um
empreendimento.

Pesquisas feitas pela Instituição Rede Mulher Empreendedora entre 2016, 2017 e 2018 revelam que
as mulheres empreendedoras ainda precisam desenvolver algumas habilidades, como saber delegar
tarefas e funções, bem como aprender a desenvolver um planejamento financeiro. Por outro lado,
são muito otimistas o que torna tudo à sua volta melhor, vivem se capacitando para entender
melhor do seu negócio e possuem um bom networking (relacionamento).

O EMPREENDEDORISMO DIGITAL
Conforme o IBGE pesquisas realizadas em 2016 apontavam para o percentual de 69,3% dos
brasileiros com acesso à internet. Esse número vem aumentando gradativamente, ao mesmo tempo
que aumenta o número de pessoas que compram celulares, pois os aplicativos facilitam o acesso às
lojas virtuais.

A internet cada vez mais cessível e simplificada, vem promovendo a entrada de novos
empreendedores nesse setor. Consequentemente, a ampliação das possibilidades neste ambiente
está cada vez mais forte no empreendedorismo digital:

- Podemos definir empreendedorismo digital como um ato de criar e desenvolver um negócio


que funcione essencialmente na internet de forma digital, e que tenha a maioria de seus
processos e procedimentos realizados nesse ambiente, tendo a tecnologia como
instrumento essencial de inovação para performance, sustento e perenidade do negócio.

Os negócios virtuais têm obtido muitas facilidades que promovem o empreendimento. O espaço
virtual otimiza os negócios virtuais pois possui alguns princípios importantes, tais como:

- Baixo investimento inicial para começar e operacionalizar o negócio;


- Facilidade de acesso à internet;
- Maior dinamismo nas negociações on-line, evitando encontros enfadonhos;
- Alta escalabilidade: a alta conectividade do ambiente virtual é capaz de acessar pessoas
diferentes, em diferentes locais do mundo inteiro e, consequentemente, maiores transações
negociais e maior lucratividade.

Mas o brasil ainda tem muito a crescer no quesito inovação. Conforme o IGI (Índice Global de
Inovação) de 2018, o Brasil ocupa 64° lugar no ranking mundial. O 1° lugar ficou com a suíça, que
ocupa a mesma posição pelo sétimo ano consecutivo.

Um dos motivos desse ranking é o baixo investimento na área de Pesquisa de Ciência, Tecnologia e
Inovação, que recebe 1% do PIB. Países como Estados Unidos, por exemplo, possuem investimento
de 2,7 do PIB, quase três vezes maior que o do Brasil.
Referências de Polos Tecnológicos no Brasil:

- Recife: Porto digital;


- Porto Alegre: TecnoPuc;
- Belo Horizonte: San Pedro Valley;
- São José dos Campos: Parque tecnológico;
- Florianópolis: Capital da Inovação;
- Santa Rita do Sapucaí: Vale da Eletrônica;
- Campinas: Fundação UNICAMP;
- São José dos Campos: ITA.

Os parques tecnológicos têm objetivo de reunir universidades e empresas em um espaço em comum


para desenvolver produtos e serviços inovadores.

Empresas que fazem parte disso são chamadas de empresas incubadoras. Elas favorecem a ação
empreendedora e o desenvolvimento nas principais áreas importantes para o negócio: gestão
empresarial e tecnologia, marketing e vendas, contabilidade, apoio jurídico, dentre outras.

Startups
Utilizam amplamente as inovações tecnológicas de ponta, acelerando consideravelmente os
empreendimentos ligados à tecnologia.

Está exclusivamente voltado para a modalidade de empreendedorismo digital. Pode ser considerada
como um modelo de negócio inovador, rápido, dinâmico, que tenha escalabilidade e com propósito
de gerar muita lucratividade para o empreendedor.

Podem atrair investidores que acreditam na sua ideia. Esses investidores são chamados de
investidores anjos. Além disso, esse modelo de empresa é iniciado em um ambiente de incertezas,
ou seja, em ambientes em que não existe a possibilidade de saber se a ideia vai dar certo ou não. Por
isso, a lucratividade da empresa pode ser impactada.

A facilidade consiste na abrangência de pessoas que ele pode atingir a um custo muito baixo
(escalabilidade).

DESCREVENDO E DEFININDO: (EMPREENDEDORES E INRAEMPREENDEDORES)


Para os dois, o requisito básico é desenvolver produtos e serviços para atender os clientes. Ambos
precisam analisar o mercado, as pessoas, as tendencias e projetar suas ideias desenvolvendo
soluções para a empresa que beneficiem a sociedade.

Clientes
Devemos tratar o cliente como se fôssemos seu médico em mesa de cirurgia: com maior cuidado e
atenção possível para que tudo ocorra bem.

- CONSUMIDORES: são definidos como aqueles que compram produtos e serviços de uma
empresa para o uso próprio ou de terceiros. Quem consome o produto ou serviço adquirido
é classificado como usuário.
- CLIENTES: realizam a mesma ação dos consumidores, mas com maior frequência.
O cliente é o maior motivador do negócio da empresa. Não existe empresa sem cliente.

O lucro da empresa é muito importante, mas mais importante ainda é quando as duas partes
ganham, ou seja, empresa e cliente, pois com esta ação ela acaba por fidelizá-los. E como fazer com
que o cliente ganhe também? É de extrema importância que a empresa:

- Adote um comportamento e uma postura ética;


- Baseados em princípios e com responsabilidade social;
- Entregue o que o produto divulgou em suas ações de marketing;
- Não faça propagandas enganosas que frustrem o cliente.

Quando se tem um pensamento voltado para a responsabilidade social, coisas importantes são
levadas em consideração, como:

- Ética;
- Qualidade de produtos e serviços;
- Bom atendimento;
- Atendimento pós venda, dentre outros.

É importante atender as necessidades dos clientes/consumidores. Conhecê-los, comportamentos,


necessidades e desejos é de extrema importância.

Quando a empresa consegue classificar e separar seus clientes, ela consegue entregar melhor os
produtos e serviços. Pode classificar fatores de afinidade. Em marketing, essa ação é chamada de
segmentação que consiste na seleção ou separação de clientes fatores de maior
familiaridade/afinidade. (idade, localização, profissão, faixa salarial, comportamento, hábitos,
hobbies, tamanho da família, religião, personalidade, etc.)

Para entendermos as necessidades dos clientes, é necessário analisar a questão do desejo, que está
direcionado para a obtenção de uma satisfação referente à compra. Os desejos podem ser
despertados e estimulados pelas empresas.

Porque as empresas perdem clientes?

- Mal atendimento: 66%


- Insatisfação: 14%
- Concorrência: 10%
- Influência de terceiros: 5%
- Mudam-se: 4%
- Morrem: 1%

Fornecedores
Permitem que a empresa delegue algumas atividades para criar parcerias. Podem ser de diversas
áreas, como de matéria-prima ou um insumo para a fabricação e produção de mercadoria, mão de
obra terceirizada, serviços de cobrança, etc. Podemos terceirizar outras áreas, tais como marketing,
produção, dentre outras.

A terceirização:

- Também conhecida pela expressão inglesa outsourcing;


- Tem sido uma estratégia utilizada pelas empresas com o objetivo de transferir à outras
empresas, atividades “meio”;
- Ou seja, atividades que ajudam a viabilizar a atividade principal da empresa;
- Essa ação permite que a empresa direcione seu foco para outras atividades “fins”, ou seja, a
atividade final;
- Quando a empresa opta por esta ação de descentralização, podemos falar que ele está
criando parcerias com outras empresas.

As parcerias são muito importantes. Atualmente, as empresas têm utilizado esse tipo de estratégia
para, além de otimizar seus processos, promover ações de marketing e atrair novos clientes.

Precisa estar atento ao controle dos processos envolvidos na parceria. É importante conhecer o
fornecedor, analisar seu histórico de mercado, se ele trabalha com produtos de qualidade, é ético,
etc. A importância dessas informações influencia diretamente na marca da empresa.

As empresas optam pela terceirização para terem mais autonomia e qualidade em seus produtos e
serviços com uma redução de custo e otimização de tempo para analisar outras atividades “fins” da
empresa.

Concorrentes
São chamadas assim as empresas que vendem produtos e serviços semelhantes, dividindo um
segmento de mercado. É importante que o empreendedor conheça os seus concorrentes, o que
estão fazendo, quais estratégias estão desenvolvendo, quais os diferenciais de seus produtos ou
serviços, qual o percentual de marketing share (participação de mercado), dentre outros.

A partir desta “análise de concorrência” pode-se averiguar quem é o concorrente mais direto e que
pode ser uma ameaça.

- Pontos principais dos concorrentes como preço, qualidade, localização, serviço de entrega,
garantia estendida, atendimento, dentre outros;
- Avaliar a estrutura do concorrente, se é mais enxuta ou não, como o quadro de funcionários
e as áreas importantes da organização;
- Analisar quais necessidades apresentadas pelos clientes que não estão sendo atendidas pelo
concorrente para que se possa criar um produto ou serviço com o objetivo de atendê-las.

CONCORRÊNCIA DESLEAL: prática ilícita com o intuito de ganhar clientes e prejudicar seus
concorrentes. (plágio, difamação, uso da estratégia do concorrente para atrair a clientela)

Unidade 03
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Para sobrevier e se sustentar, toda empresa precisa de um. O empreendedor precisa se planejar.
Este serve para auxiliar o empreendedor a tomar decisões estratégicas.

Se trata de um conhecimento que deve ser contínuo, constante e aplicado às decisões estratégicas
que a empresa deve tomar.

O empreendedor deve estar em constante aprendizado para planejar e administrar a sua empresa.

Ele deve desenvolver estratégias que atendam cada objetivo da empresa.

Considera-se o planejamento estratégico como um documento formal que contém os planos e ações
desenvolvidas para cada objetivo a ser realizado. A empresa pode ter um geral ou um par cada meta
que ela pretende alcançar.

Estudos revelam que muitas empresas, principalmente as menores, não utilizam o planejamento
estratégico, muitas vezes por não o conhecerem ou por achá-lo muito complexo.

ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: recolher informações ⇾ estabelecer uma meta ⇾ alocar


recursos ⇾ implementação ⇾ avaliar o progresso.

Tem o objetivo de ordenar as ideias dos empreendedores ou administradores da empresa, de forma


que possa criar uma visão do caminho que se deve seguir, o qual chamamos de estratégia. Em
outras palavras, o objetivo do planejamento estratégico é orientar as decisões para que elas possam
trazer resultados positivos para a organização.

Para a empresa sobreviver, ela deve cativar o cliente de forma cada vez mais especial e diferenciada,
olhando para os fatores decisivos que tornarão sua proposta atraente.

Existem muitas formas defendidas por vários autores para estabelecer o planejamento estratégico,
no entanto, o que mais abrange a estratégias são os seguintes pontos:

- Analisar os aspectos internos, entendendo quais são os pontos fortes e fracos da


organização;
- Estabelecimento de estratégias: para atingir os objetivos e obter resultados;
- Verificar o campo de atuação: o que a empresa está fazendo com o campo que está
atuando;
- Análise ambiental: verificar quais são as oportunidades e ameaças do ambiente da empresa;

Também tem fatores importantes para o desenvolvimento da estratégia da organização:

- Análise dos aspectos internos;


- Orientação versus campus de atuação;
- Análise do ambiente;
- Estratégia vigente.

Não existe ordem para colocar em prática esses pontos acima. O importante é que sejam analisados
e praticados.

Outro fator importante é a definição da missão da empresa.

Na análise dos aspectos internos organizacionais, precisamos identificar quais são os fatores de
sucesso da empresa em seu segmento. São conhecidos como Fatores Críticos de Sucesso (FCS) e são
determinantes para a vantagem competitiva de uma organização. EX: excelente serviço de entrega,
variedade de produtos ofertados, ótimo atendimento ao cliente, dentre outros.
PONTOS PARA ANÁLISE DOS ASPECTOS INTERNOS: Determinação dos FSC ⇾ Comparação dos FSC
com os concorrentes ⇾ pontos fortes e fracos ⇾ estratégias (aumentar pontos fortes e diminuir
pontos fracos).

Existe uma relação de pontos fracos que podem ser atribuídos a qualquer organização, como atraso
de entrega, falta de flexibilização na forma de pagamento...

Por conta disso, a formulação do planejamento estratégico depende do estudo das variáveis
internas e externas para que a empresa possa tomar decisões mais assertivas. Esta ação,
denominada também diagnóstico organizacional, precisa da informação de cada área da organização
e levar em conta os dados das variáveis para tomada de decisão.

// MODELO DE DECISÕES ESTRATÉGICAS - Metas Alternativas

- Negócio: expansão- diversificação (nova frente de negócios, aquisições); retração; novos


produtos; desativação de produtos etc.
- Mercado: crescimento nos mercados onde atua; conquistar novos mercados; seleção de
mercados; redução de atuação; novos enfoques mercadológicos etc.
- Competição: negociar fatias de mercado, melhorar a qualidade dos produtos competitivos,
lançar novos produtos, competir com preços mais baixos etc.
- Finanças: aumentar capital, projetar novos investimentos, reduzir custos, aumentar a
produtividade, otimizar recursos, novas aplicações tecnológicas.
- Organização: reestruturar a organização (total ou em algumas áreas), racionalizar o trabalho,
centralizar/ descentralizar, novo enfoque gerencial, novas especializações, mudanças nas
instalações etc.
- Lucro: projeção de taxas de lucratividade.

Análise de mercado
A nova era é uma nova sociedade. Deixamos de ser uma sociedade meramente globalizada ou uma
aldeia global, para nos transformarmos em uma sociedade tecnotrônica, tecnológica, digital e
disruptiva, o que exige ainda mais do empreendedor, que precisa ser atualizado e trazer soluções
rápidas para atender as demandas dos clientes.

Ele deve buscar informações importantes para complementar o seu conhecimento, que podem ser
adquiridas por meio de uma análise de mercado que deve estar alinhada com os princípios e valores
dessa nova era.

Assim, é possível afirmar que estamos na era da 4° revolução industrial, ou seja, as demandas atuais
são muito diferentes daquelas de anos passados. A revolução tecnológica, um dos fatores
primordiais desta revolução, deve ser acompanhada bem de perto, uma vez que é por meio dela que
novos comportamentos, hábitos e necessidades dos consumidores surgem. Portanto, deve-se estar
atento a esse fenômeno.

Por conta disso, a análise do mercado tem como principal objetivo:

- Analisar esses dados, de clientes e concorrentes para auxiliar na tomada de decisões


estratégicas;
- Também permite determinar a atratividade de um mercado para os participantes atuais e
potenciais;
- Isso quer dizer que, com base nestas informações, é possível mensurar o prazo de retorno
sobre o investimento no mercado fornecendo ao empreendedor informações importantes
para a tomada de decisão;

Seguem abaixo informações para direcionar melhor a compreensão sobre os dados que o
empreendedor pode obter por meio da análise de mercado:

- Mercado: preço mais baixo, surgimento de nichos, soluções de sistemas, novas aplicações,
tendências do consumidor e tecnologia;
- Tamanho e crescimento: características, tendências de vendas e concorrentes;
- Lucratividade: área de negócios, intensidade da concorrência, ameaças de novos entrantes e
produtos substitutos;
- Estrutura de custo: principais componentes de custo versus os tipos de concorrentes;
- Sistema de distribuição: canais de venda;
- Tendências: comportamento do consumidor, inovações, etc;
- Fatores chave do sucesso: vantagem competitiva, estratégia e competência dos
concorrentes.

Outro fator importante é o nível total de vendas. Precisa-se desenvolver uma estratégia de vendas
de produtos ou serviços para ter a participação de mercado. Para isso, é primordial conhecer o
mercado no qual se atua e também entender a sua dimensão. Com essas informações pode-se
analisar se deve investir no segmento por meio de estratégias que tragam lucros para a empresa ou
se deve investir em outro negócio.

Análise de cenários
Vamos nos basear no livro marketing business to business de Pasquale.
A análise de cenários é uma técnica usada por administradores e empreendedores com o intuito de
auxiliar a empresa a visualizar o futuro, permitindo um melhor preparo para a elaboração de suas
estratégias.

Para isso, as empresas devem conhecer seus concorrentes, o que eles estão fazendo de diferente e
qual estratégia usam para atrair novos clientes.

 Está relacionada a eventos futuros.

Possíveis acontecimentos:

- Sociais;
- Políticos;
- Econômicos;
- Demográficos;
- Culturais;
- Legais;
- Ecológicos;
- Tecnológicos.

Com base no cenário em que as pessoas vivem correndo e atrasadas, muitas empresas começaram a
diversificar seu canal de vendas por meio da internet e aplicativos, proporcionando rapidez,
comodidade, flexibilidade e conforto ao cliente.

O empreendedor deve ser amigo do cliente, criar laços para melhor surpreendê-lo. Assim, é possível
analisar as informações fornecidas pelos clientes em relação aos seus hábitos de compra e gostos.
Isso permite pensar em futuros negócios que sejam rentáveis para a empresa e que surpreendam o
cliente.

Para elaborar uma análise de cenário eficaz, é preciso levar em consideração alguns itens
importantes:

- Quanto maior for o número de informações sobre o cenário futuro do negócio em análise,
mais dados o empreendedor terá;
- Avaliar todas as possíveis oportunidades que podem ser geridas, conforme as informações
coletadas;
- Verificar quais são as áreas de maior interesse para gerir as oportunidades;
- Considerar todas as incertezas e gerar alternativas sobre elas;
- As informações coletadas devem ser sistematizadas para que o empreendedor possa
analisá-las, avaliá-las e interpretá-las quando achar necessário;
- Todos os conceitos, percepções e pontos de vista sobre a análise das informações devem ser
respeitados e analisados;
- Analisar possíveis preocupantes situações futuras;
- Cruzar as informações, ou seja, dados econômicos, comportamentos, tendências, dentre
outros;
- Evitar buscar as alternativas de concorrentes. Caso contrário, a empresa não será inovadora;
- Examinar alternativas estratégicas dos concorrentes para saber o que ele está fazendo de
diferente que pode influenciar na estratégia da empresa, como um novo produto ou serviço
que aumente a sua participação de mercado;
- Elaborar planos e estratégias flexíveis à luz das incertezas.
O planejamento estratégico depende muito da análise de cenários para ter credibilidade, pois
permite que o responsável tenha mais confiança na sua formulação e aplicação.

Utilidade da análise de cenários:

- Compreender os aspectos favoráveis e não favoráveis à introdução ou manutenção de um


produto ou serviço em um determinado macroambiente.
- Efetuar o planejamento em bases de elevada realidade.
- Criar consciência empresarial sobre os aspectos macroambientais desfavoráveis e imutáveis,
bem como sobre aqueles que a empresa poderá modificar.
- Consolidar as oportunidades do planejamento com base nas oportunidades presentes no
macroambiente.
- Criar um alinhamento estratégico entre os macroambientes e o produto ou serviço em
planejamento;
- Auxiliar nas definições de ações para o sucesso do planejamento.

As marcas que acompanharem a mudança de cenários conseguirão oferecer produtos sempre


atrativos, diferenciados e personalizados aos seus clientes e potenciais clientes, considerando que
essa estratégia é fundamental para que a empresa não entre em falência.

Uma das características para o planejamento é pensar sobre variáveis importantes do segmento das
empresas e possíveis variáveis que podem afetar a gestão organizacional, como:

- Grandes turbulências: mudanças fortes no governo, queda de ministros, guerras, reformas e


novas leis;
- Grandes incertezas: inflação, deflação, maior desemprego, queda ou aumento de consumo,
aumento ou queda de juros, greves, taxado dólar etc;
- Grandes ambiguidades: desemprego alto e maior consumo devido a baixos juros na
poupança ou estocagem por receio de inflação;
- Dados estatísticos ótimos: são considerados ótimos devido a seriedade da fonte de
informações;
- Dados estatísticos questionáveis: não utilizar para decisões no PE devido à baixa
credibilidade da fonte;
- Grave elevação de custos: taxas de importação ou exportação, escassez por elevada
demanda, difícil mão de obra, etc;
- Grande escassez de matéria-prima: entressafra, falta de base por razões ecológicas ou de
produção e importação restrita por lei;
- Fortes intervenções do estado: novas regras fiscais ou tributárias, proibições de venda ou
produção;
- Fortes intervenções sociais: greves, pressões de grupos étnicos, religiosos, sindicatos e
proteção ao meio ambiente;
- Graves deficiências tecnológicas: tecnologia ainda desconhecida, muito cara, ausente no
Brasil, necessidade de contratar estrangeiros.
- Fortes modificações no nível do consumo: devido ao modismo, o consumo cairá ou
aumentará.

Análise ambiental (micro e macroambiente)


 É uma análise do ambiente no qual a empresa está inserida.
 Dividida em análise do macroambiente e análise do microambiente.
Análise do macroambiente:

Composta pelas variáveis de fora da empresa, ou seja, variáveis externas que influenciam o
ambiente interno da organização.

As variáveis externas incontroláveis são as variáveis econômicas, sociais, culturais, demográficas,


políticas, tecnológicas, legais e ecológicas. São chamadas assim porque a empresa não possui
controle sobre ela.

- Econômicas: crescimento do PIB, balança comercial, taxa de inflação, taxa de juros,


estabilidade monetária, mercado de capitais, distribuição de renda etc;
- Sociais: estrutura socioeconômica, condições de vida, estilo de vida, sistema de valores,
estrutura política etc;
- Culturais: níveis de escolaridade, grau de alfabetização, características da orientação
educacional, veículos de comunicação etc;
- Demográficos: densidade populacional, mobilidade populacional, taxa de crescimento
demográfico, composição da população;
- Políticas: fatores de poder, partidos políticos, sindicatos, instituições religiosas, forças
armadas, empresas multinacionais e empresas estatais, política tributária, de distribuição de
renda, de relações externas, segurança nacional, estatização, etc;
- Tecnológica: capacidade de aquisição e desenvolvimento da tecnologia, proteção de
patentes, ritmo de mudança tecnológica, orçamento de pesquisa e desenvolvimento,
transferência de tecnologia, etc;
- Legais: legislação (tributária, trabalhista, comercial).
- Ecológicas: índices (poluição sonora, atmosférica, hidrológica, visual); legislação sobre o uso
do solo e meio ambiente.

Essa análise também nos permite analisar quem são os concorrentes, quais são as suas estratégias
de competição e quem pode entrar ou sair do mercado.

Análise do microambiente

 As variáveis podem influenciar os públicos internos e externos da empresa. Pode interferir


na qualificação da mão de obra e do atendimento, nas regras e políticas internas e no
relacionamento com o cliente:
- Externo: consumidores/clientes, fornecedores, distribuidores, governo, sindicatos,
associações de classe, veículos de comunicação, concorrentes, comunidade e outros.
- Interno: acionistas, diretores, gerentes e operários.

As variáveis do microambiente são chamadas de controláveis. Estão na mão da empresa para tomar
ações para mudar ou manter as variáveis, e suas estratégias influenciam diretamente tanto dentro
da organização, quanto fora.

Aprendendo a construir matriz swot


 É uma matriz simples utilizada pelas organizações como base do planejamento estratégico;
 A sigla vem das palavras strenghts, weaknesses, opportunities e threats.
 Tem o objetivo de analisar o ambiente externo (ameaças e oportunidades) e o interno
(forças e fraquezas) da organização.

A análise do ambiente externo é composta pelas variáveis de oportunidades e ameaças. Com base
nessas informações é possível desenvolver estratégias organizacionais.

As forças ou pontos positivos de uma empresa pode ser:

- Excelente atendimento ao cliente;


- Localização privilegiada;
- Forma de pagamento facilitada;
- Entrega rápida de mercadoria;
- Atendimento exclusivo de pós-venda;
- Qualidade de produto;
- Marca forte e consolidada;
- Colaboradores bem treinados e capacitados;
- Bom clima organizacional de trabalho.

As fraquezas e pontos fracos são tudo o que repercute de forma negativa. Alguns deles são:

- Alto índice de reclamação;


- Demora na entrega de mercadoria;
- Atendimento ruim ao cliente;
- Problemas de qualidade na execução do produto/serviço;
- Falta de capacitação.

A importância da criatividade e da inovação para a criação de produtos e serviços


- Inovação: é a criatividade colocada em prática e proporciona bons negócios.
- Criatividade: começa com uma ideia. Nesse sentido, é possível dizer que a inovação é
responsável por colocar essa ideia em prática.

Através da criatividade o empreendedor identifica uma oportunidade e cria meios para persegui-la e
concretizá-la.

PRINCIPAIS TIPOS DE ORGANIZAÇÃO


- Ramo de atividade: diz respeito à área na qual a empresa pretende atuar; está relacionada
aos produtos e serviços da empresa.
- O ramo de atividade pode se concentrar em três categorias, que podem se dividir
em inúmeras subcategorias:
- Indústria
- Comércio
- Serviços
Uma empresa além de seu ramo de atividade, pode ser pública ou privada.

- Empresas públicas são geridas pelo estado e dividas em estatal e governamental.


- Empresas privadas podem pertencer a diversos segmentos e funcionar de maneiras
variadas.

Em relação ao tamanho e ao capital da empresa, podemos dividi-las entre micro e pequenas


empresas e empresas de grande porte.

Indústria, comércio e serviços


- Indústria: é o ramo de atividade voltado para elaboração de um produto, transformando a
matéria-prima em produto final para o consumidor. Dentro do ramo industrial, podem
existir muitas atividades relacionadas a essa produção.
- Comércio: as empresas vendem produtos desenvolvidos pela indústria ou serviços. Elas
podem ser varejistas ou atacadistas e suas atividades são diversas, podendo atender a
diversos segmentos.
- Serviços: as empresas não entregam a mercadoria, mas sim um “trabalho” que atende às
necessidades do cliente. Nesse ramo, o produto é intangível, e a interação com o cliente
ocorre na hora da compra

Governamental ou estatal
 É o tipo de empresa que pertence ao governo e é controlada total ou parcialmente por
algum nível de governo municipal, estadual ou federal.

O objetivo de criar esse tipo de empresa é administrar os recursos estratégico do país, garantindo
que a população tenha acesso a eles.

- Estatais: possuem administração indireta; embora sejam do governo, não são administradas
por ele. O governo delega tarefas e atividades para as estatais, que pode ocorrer via
nomeação de cargo ou concurso público; pertencem ao estado, mas o governo não pode ser
o dono totalitário. Eles abrem a empresa para acionistas privados, e podem receber ganhos
por ela. Existem dois tipos de estatais:
- EMPRESA PÚBLICA: pertence integralmente ao governo, ou seja, ele é dono
de 100% das ações da empresa, sendo sua administração totalmente
pública. A justiça federal, neste caso, é nomeada a responsável por qualquer
irregularidade apresentada pela empresa. Exemplos: caixa econômica
federal e os correios.
- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: neste caso, o estado não é o único dono
dessas estatais, ou seja, são abertas para acionistas privados com ações
comercializadas na bolsa de valores. Os acionistas participam da
administração da empresa por meio de votação e têm direito a participação
nos lucros. O estado também pode ser dono total da empresa, mas suas
ações podem ser comercializadas na bolsa de valores e lucros para
acionistas onde parte majoritárias das ações é do governo. Exemplos:
Petrobrás e banco do Brasil.
Empresa não governamental
ONGS são organizações não governamentais sem fins lucrativos. Não pertencem ao Estado,
mas ofertam serviços sociais que de assistência para a sociedade.

De acordo com o Sebrae, ONGs são associações civis sem fins lucrativos de direito privado,
interesse público e que possui algumas características:

- As associações solidárias são realizadas de forma mútua e filantrópica;


- Trabalha com livre adesão e autonomia de voluntários associados à ONG;
- As iniciativas de origem privada não visam lucros;
- As iniciativas na área pública não são realizadas pelo governo;
- Os princípios são pactuados com os associados da ONG, que orientam suas
atuações;

Uma OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas que
atuam em áreas típicas do setor público com interesse social e podem ser financiadas pelo
Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos.

Está prevista no ordenamento jurídico, portanto pode fazer parcerias e convênios com todos
os níveis de governo e órgãos públicos, permitindo que as doações realizadas possam ser
abatidas no Imposto de Renda.

Nem toda ONG é uma OSCIP, mas toda OSCIP é uma ONG. Isso ocorre porque a figura ONG
não existe na forma jurídica, ela é uma associação. É usada apenas para identificar empresas
do terceiro setor que atuam sem fins lucrativos com o objetivo de realizar interesses
públicos.

A OSCIP tem reconhecimento jurídico legal porque possui exigências legais na prestação de
serviços, que deve seguir prestando contas de todo o dinheiro público recebido.

MODELO DE EMPRESAS: INDIVIDUAL, MICROEMPRESAS, PEQUENAS EMPRESAS E


EMPRESAS DE GRANDE PORTE
Existe um perfil de empresa alinhado para cada negócio. Veja os possíveis tipos e formatos
jurídicos para as empresas.

- INDIVIDUAL: exerce em nome próprio uma atividade, não tem sociedade e a


responsabilidade é ilimitada, ou seja, responde com seus bens pelas obrigações
assumidas. Pode exercer atividade industrial, comercial ou de prestação de serviços,
mas não de profissional intelectual. Possui faturamento anual de até R$ 360.000,00;
- MEI- MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL: é o empresário com receita bruta de até
R$ 81.000,00 optante pelo Simples Nacional e SIMEI;
- EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI): ação individual
sem sócio com responsabilidade limitada;
- SOCIEDADE EMPRESARIAL: é possível a atuação coletiva entre dois ou mais sócios,
sendo sua responsabilidade limitada ao capital social;
- SOCIEDADE SIMPLES: é possível a atuação coletiva entre dois ou mais sócios, sendo
sua responsabilidade ilimitada.
O porte da empresa pode ser definido como microempresa, empresa de pequeno porte e
sem enquadramento. Também temos as empresas de grande porte, nacionais e
multinacionais.

 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: este modelo de empresa é voltado para o empreendedor


que deseja abrir o próprio negócio sozinho, ou seja, sem constituir sociedade. A
única pessoa responsável pela empresa é o próprio dono. Seus bens individuais
passam a estar à disposição da empresa. Se a empresa contrair dívidas, os bens
estarão à disposição para saudá-las e vice-versa, quando adquiridas dívidas pessoais.
Outro fato importante é que o nome comercial da empresa deve ser composto pelo
nome inteiro do dono, ou com abreviações, podendo ou não acrescentar outro
nome que indique o seu ramo de atividade ou produtos. Pode ser enquadrado como
microempresa;
 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI): tem um faturamento de até R$
81.000.00. Possui CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica) e pode emitir nota
fiscal normalmente. Pagando as taxas regularmente, tem direito ao auxílio-doença e
licença-maternidade. Também trabalha sozinho e por conta, sem sociedade;
 EMPRESA INDIVIDUAL DE REPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI: a empresa está sob
responsabilidade de uma pessoa, mas seus bens e capitais não estão disponíveis
para a empresa se contrair dívida. Para abrir esse tipo de empresa, exige-se que o
empreendedor tenha um capital social 100 vezes maior do que o salário mínimo
vigente no país na época da abertura da empresa. O empresário só pode constituir
apenas uma EIRELI em seu nome e as normas são as mesmas que regem as
sociedades limitadas;
 SOCIEDADE LIMITADA (LTDA): se enquadram nesta modalidade de empresa aquelas
que possuem dois sócios e oferecem bens e serviços de maneira organizada. Para
abrirem este formato de empresa, os sócios precisam comparecer à Junta Comercial
de seu estado e realizar uma inscrição. Devem elaborar em contrato social,
definindo claramente que são os membros da sociedade, participação e distribuição
de lucros entre eles. Nesta modalidade, as contas da empresa são separas das
contas pessoais dos sócios. Cada membro possui uma limitação de responsabilidade
de acordo com o capital social aplicado de cada sócio. Assim, respondem de maneira
limitada referente as dívidas contraídas pela empresa;
 SOCIEDADE ANÔNIMA: nesta modalidade, utiliza-se as ações para distribuir o capital
social da empresa. Os sócios são chamados de acionistas e suas responsabilidades
dentro das organizações variam conforme o número de ações que têm. Neste caso,
25% dos lucros classificados como dividendos são divididos entre os acionistas. O
restante deve ser destinado para uma reserva da empresa. Ela pode ser uma
empresa de capital aberto com ações negociadas na bolsa de valores, ou de capital
fechado, que não negocia na bolsa de valores.
 SEM FINS LUCRATIVOS: trata-se de empresas que trabalham com ações sociais e não
visam lucro.
 MICROEMPRESA (ME): deve ter faturamento bruto de 360 mil ou menos por ano e
podem utilizar a tributação Simples Nacional;
 EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP), MÉDIO E GRANDE PORTE: são empresas com
rendimento acima de 360 mil e de até R$ 3.600.000,00. em relação ao tamanho, é
possível dizer que, no ramo do comércio e de serviços, as empresas pequenas
possuem de 10 a 49 funcionários, as de tamanho médio contam com 50 a 99
funcionários e as de grande porte possuem mais de 100 pessoas trabalhando;

Unidade 04
 DEFINIR A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE NEGÓCIOS PARA A TOMADA DE DECISÕES.

(plano de negócios é conhecido como business plan)

* VISÃO DE FUTURO

O sucesso, a sustentabilidade e a perenidade de qualquer empreendimento dependem da visão a


longo prazo.

Empreendedores consideram como plano de vida. É necessário encontrar respostas para várias
perguntas:

- Quais são as oportunidades e os nichos de mercado que podem ser explorados?


- Quais são os produtos e serviços com concorrentes?
- O que eles têm de diferencial e quais suas deficiências?
- Quais produtos e serviços que possuem demanda de mercado?
- Quem são e como são os clientes deste segmento? Qual a ideia de valor para eles?
- Como criar valor para o cliente? Como ser competitivo?
- Quais os fornecedores potenciais?
- Quais os concorrentes e como eles agem?
- Quais os riscos do negócio?
- Qual o potencial e prazo para que o negócio tenha sustentabilidade?

Isso pode dar um direcionamento do que fazer para o empreendedor, a quem atender, o que vender
de que forma vender, etc.

*INFORMAÇÃO NUNCA É DEMAIS. Mas a fonte deve ser segura e confiável

MERCADO DE OFERTA: o que possui muitos produtos para oferecer, mas não tem muita procura
pelos consumidores. São necessárias estratégias de promoção.

MERCADO DE DEMANDA/PROCURA: muitas pessoas procuram um produto e a empresa não tem


para atender essa demanda. Para diminuir essa procura, as empresas costumam aumentar os preços
dos produtos.

ANÁLISE DE MERCADO CONCORRENTE: permite que o empreendedor desenvolva produtos


*diferenciados*.

MERCADO FORNECEDOR: por meio dele as empresas desenvolvem e finalizam seus produtos.

PESQUISA DE MERCADO: levantamento e investigação de fenômenos durante o processo de compra


e venda.
PESQUISA DE FORNECEDORES ou CLIENTES: todas as pesquisas possíveis para trazer informações
importantes que direcione as ações do empreendedor.

A pesquisa de mercado é muito importante para a obtenção de informações relacionadas ao perfil


de concorrente, dos clientes...

"Vale a pena investir em pesquisas de mercado, tanto para sondar a concorrência e o que ela está
oferecendo quanto para conhecer melhor os seus futuros clientes e o que eles querem."

Busca de informação pode ser de duas formas:

- PESQUISA DIRETA OU FONTE DIRETA DE INFORMAÇÕES: entrevistas/questionários pessoais


diretamente com os clientes e fornecedores.
- PESQUISA INDIRETA OU FONTE DE INFORMAÇÃO INDIRETA: coletadas por pesquisas do
IBGE, revistas técnicas especializadas, empresas especializadas em pesquisa de mercado,
opiniões, indicações, etc.

A fonte direta é mais adequada por ser mais próxima do cliente.

É possível decidir com o que vai trabalhar (serviços ou produtos) após identificação do negócio, da
análise de mercado e da definição do mercado do qual se deseja atuar.

*O cliente e a empresa possuem formas diferentes de definir os preços.

Fatores primordiais para colocar a ideia em prática:

- ESCOLHA DO TIPO DE ATIVIDADE: experiências sobre o ramo de atividade escolhido e quis


competências ainda precisam ser adquiridas;
- RECURSOS FINANCEIROS: analise a viabilidade do negócio, o recurso financeiro que precisa
para investir e o retorno sobre o investimento, ou seja, em quanto tempo o
empreendimento poderá lhe proporcionar retorno financeiro;
- RELAÇÃO ENTRE EXPERIENCIA PESSOAL E PROFISSIONAL: Importante ter o alinhamento
entre as duas experiências que irão proporcionar mais conhecimentos e informações para o
desenvolvimento de estratégias. Caso isto não aconteça, é importante que o empreendedor
busque como alternativa fontes de informação sobre o negócio;
- ANALISE O MERCADO: antes de tomar qualquer decisão, analise criteriosamente o mercado,
como o perfil do cliente, os fornecedores, estratégias de concorrentes, dentre outros;
- ADMINISTRAÇÃO: é preciso saber administrar o seu negócio, olhar e avaliar os recursos
financeiros para que seu empreendimento tenha sucesso;
- FAÇA ECONOMIAS: analise todas as possibilidades que possam gerar economias,
principalmente no início de empreendimento. Observe os processos e métodos e busque
evitar custos e despesas desnecessárias.

As empresas possuem três condições para tomarem decisões estratégicas:

CONDIÇÃO DE INCERTEZA: a empresa tem pouco conhecimento e informação do que pode


acontecer.
RISCO: tem conhecimento do que pode acontecer e de como deverá agir. Mas ainda são
possibilidades e que podem gerar diversas interpretações.

CONDIÇÃO DE CERTEZA: conhecimento dos fatos e de como eles irão acontecer.

O RISCO é uma possibilidade de perda e pode ser classificado como:

- RISCO ECONÔMICO: é a consequência de fatores referentes ao negócio da empresa, como


atividade, operação, produto ou serviço, demanda de produtos, dentre outros;
- RISCO FINANCEIRO: está relacionado ao modo como os recursos financeiros do capital de
terceiros são empregados e como são remunerados aos acionistas.

Quando o primeiro é alto, é importante buscar reduzir o financeiro. O grande desafio é manter o
equilíbrio entre eles.

Retorno financeiro=lucro> possibilidade de ganho: o grande desafio é aumentar o lucro, diminuindo


os custos. > cortar despesas desnecessárias

RISCOS E POTENCIALIDADES DOS NEGÓCIOS:

RISCOS: ameaças relacionadas com a concorrência; desvantagens em relação aos concorrentes;


dificuldade de fornecimento e abastecimento; retração do mercado consumidor; perfil inadequado
do produto/serviço.

POTENCIALIDADES: oportunidades de mercado; vantagens quanto aos concorrentes; facilidades de


fornecimentos; expansão do mercado consumidor; perfil excelente de produto/serviço.

“para as empresas otimizarem as chances de sucesso no mercado, é necessário muita informação,


conhecimento e foco”

A estratégia da empresa deve estar sempre focada no cliente.

Geralmente eles buscam por produtos de qualidade e com um preço acessível.

A IMPORTANCIA DO PLANO DE NEGÓCIO ESTÁ NO FATO DE QUE COM ELE O EMPREENDEDOR PODE
ANALISAR TODAS AS ÁREAS DO SEU EMPREENDIMENTO, DESDE O CENÁRIO, ATÉ MESMO OS
FUTUROS CLIENTES. TEM O PRINCIPAL OBJETIVO DE DEFINIR AS METAS DO EMPRESÁRIO. ISSO FARÁ
COM QUE O EMPREENDEDOR TENHA MAIS CONTROLE SOBRE SUA EMPRESA.

 EXPLICAR E IDENTIFICAR AS ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS

***estudo baseado no manual do SEBRAE “Como elaborar um plano de negócios” ***

// 1. principais pontos que devem estar relacionados no plano de negócios.


É importante seguir as seguir os seguintes passos para a elaboração do plano de negócios:

- Missão da empresa: está relacionada à razão da existência da empresa;


- Resumo dos principais pontos do plano de negócios: ao descrever o plano de negócios, é
importante que o empreendedor tenha em mente as informações importantes, tais como o
que é o negócio, quais os principais produtos e/ou serviços, quem são seus principais
clientes, localização da empresa, o montante do capital a ser investido, o faturamento
mensal, o lucro que se espera obter do negócio e em quanto tempo espera que o capital
investido retorne;
- Setores de atividade: estão relacionados ao negócio ou setor que a empresa irá atuar
(indústria, agropecuária, comércio, prestação de serviços, etc);
- Fontes de recursos: refere-se à capitação de recursos para investimento na empresa. Podem
ser recursos próprios, de terceiro ou de ambos. O empreendedor pode recorrer a bancos,
investidores, dentre outros;
- Capital social: refere-se a todos os recursos investidos na empresa pelo proprietário e sócios
se ela tiver;
- Dados dos empreendedores: informação do empreendedor ou do administrador do
empreendimento destacando os conhecimentos, habilidades e experiências. Além dos
administradores, aqui poderão conter os dados dos sócios, caso a empresa os tenha.
- Enquadramento tributário: se a empresa é optante pelo simples nacional ou não. E quais os
tributos fiscais que ela precisa pegar. Tem a ver com o seu porte e segmento.
- Forma jurídica: refere-se à constituição formal da empresa (Microempreendedor individual,
empresário individual, empresa individual de responsabilidade limitada, sociedade limitada);
- Dados do empreendimento: nome da empresa, número do CNPJ ou o CPF.

// 2. análise do mercado

Considerada uma das análises mais importantes.

Dividido em três partes:

- Estudo dos clientes


- Estudo dos concorrentes
- Estudo dos fornecedores

// 3. Plano de marketing

Por meio dele que os produtos e serviços serão divulgados. Permite a comunicação entre empresa e
clientes, define qual a melhor estratégia de vendas dos produtos e serviços e quais os canis de
distribuição mais adequado.

Desenvolvido em cinco fases:

- Descrição dos principais produtos e serviços: refere-se ao detalhamento do que se é


vendido, como tamanho, cor, espécie, marca, modelo, sabores, dentre outros;
- Preço: valor financeiro do produto. Deve-se considerar os custos envolvidos para a
elaboração do produto e o lucro que a empresa deseja obter com sua vida. Além disso, é
necessário analisar o quanto o cliente está disposto a pagar e o valor praticado no mercado
pelos concorrentes.
- Estratégias promocionais: refere-se às estratégias de divulgação dos produtos e serviços,
evidenciando ao cliente seus diferenciais. algumas estratégias utilizadas são: propaganda
em meios de comunicação, internet, amostras grátis, mala direta, folhetos e catões de visita,
catálogos, carro de som e faixas, brindes e sorteios, dentre outros.
- Estrutura de comercialização: diz respeito aos canis de distribuição, também conhecidos
como canis de vendas, ou seja, é parte que elabora como o cliente terá acesso ao seu
produto. Pode ser por meio de equipe de vendas, e-commerce, aplicativos, representantes
dentre outros;
- Localização do negócio: refere-se à definição de ponto de vendas. Com a facilidade da
internet, muitos empreendimentos acabam nascendo nas próprias casas dos
empreendedores, que realizam a comercialização de seus produtos via internet.

// 4. plano operacional

- Layout ou arranjo físico: é a distribuição do espaço físico da empresa, como departamentos,


setores, instalações, mercadorias, dentre outros. A importância de uma boa distribuição e
organização do espaço físico é promover a produtividade, evitar desperdícios e retrabalhos,
facilidade de localização, dentre outros.
- Capacidade produtiva/comercial/serviços: refere-se à análise de como atender os clientes e
a capacidade produtiva da empresa.
- Processos operacionais: descrição das atividades organizacionais, passo a passo, incluindo as
áreas e departamentos da empresa.
- Necessidade de pessoal: refere-se à contratação de pessoas para desenvolver os serviços da
empresa.

// 5. plano financeiro

Sua composição engloba investimento fixo, capital de giro e investimentos pré-operacionais.


Também deve ter planejamento financeiro detalhado para o período em que o negócio ainda não
estiver dando lucro.

 Tudo que a empresa precisa comprar para o empreendimento funcionar:


- Capital de giro: recursos necessários para o funcionamento da empresa, como compra de
matérias-primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas;
- Estimativa do estoque inicial: produtos iniciais indispensáveis para a produção.
 Caixa mínimo: reserva inicial de caixa para o movimento financeiro da empresa até que a
empresa tenha lucro;
 Investimentos pré-operacionais: gastos realizados pela empresa antes do início de suas
atividades;
 Investimento total (resumo): todo o valor investido no negócio;
 Estimativa do faturamento mensal da empresa: o quanto a empresa vai faturar por mês com
a venda de seus produtos;
 Estimativa do custo unitário de matéria-prima, materiais diretos e terceirizações: cálculo do
custo com materiais (matéria-prima + embalagem) para cada unidade fabricada;
 Estimativa dos custos de comercialização: todos os gastos para efetivar a venda dos
produtos, incluindo pagamentos e comissões da equipe de vendas;
 Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou/ mercadorias vendidas: nesta etapa a
empresa deve apurar o CMD- Custos com Materiais Diretos (para a indústria) ou o CMV-
Custo de Mercadorias Vendidas (para o comércio).
 Estimativa dos custos com mão de obra: todos os custos que envolvem o colaborador na
empresa. Os salários, pagamentos dos benefícios legais, encargos sociais, etc;
 Estimativa do custo com depreciação: análise dos custos envolvendo a depreciação de
maquinários por conta de idade e da necessidade de substituição. É o reconhecimento da
perda de valor do bem;
 Estimativa dos custos fixos operacionais mensais: refere-se ao pagamento das
obrigatoriedades da empresa, independentemente dos resultados financeiros que ela
obteve, tais como, água, luz, contador, dentre outros;
 Demonstrativo de resultados: refere-se à prevenção de lucro ou prejuízo;
 Indicadores de viabilidade:
- Ponto de equilíbrio: o quanto a empresa precisa faturar para honrar seus custos;
- Lucratividade: lucro da empresa referente às vendas de produtos e serviços;
- Rentabilidade: medo o retorno do capital investido pelos sócios.
 Prazo de retorno do investimento: indicador informando o tempo que a empresa terá
retorno sobre aquilo que investiu.

// 6. construção de cenários

Uma análise de tendências com base em informações do mercado para a criação de novos produtos
e serviços que respondam de forma rápida e eficiente às demandas do mercado.

// 7. Avaliação estratégica

Refere-se à análise da estratégia utilizando a matriz F.O.F.A ou S.W.O.T.: ferramenta utilizada para
detectar pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. Assim, com base nestas informações, a
empresa pode criar e desenvolver estratégias que a direcionem e auxiliem sua participação de
mercado.

// 8. Avaliação do plano de negócios

Ver se este está alinhado e se responde as dúvidas da empresa. O plano de negócios não tem o
objetivo de garantir sucesso da empresa, mas auxilia na tomada de decisões para que a empresa
busque seus resultados e alcance seus objetivos.

GESTÃO ESTRATÉGICA: ferramenta que norteia as organizações rumo ao patamar que pretendem
chegar- por meio de orientações primordiais para que elas alcancem resultados.

 É o processo sistemático de gerenciamento para acompanhar as ações que


geram oportunidades de crescimento ao empreendimento e que precisam ser
monitoradas e avaliadas.
- É importante que definam os rumos que pretendem seguir.
- Toda empresa deve estar preparada para situações não positivas que possam surgir.
- Devem estar atentos para o comportamento de seus clientes.

Definindo missão, visão e valores

 Missão: essência da organização, ou seja, o motivo pelo qual ela existe e seu propósito.
 Visão: lugar onde ela quer chegar.
 Valores: identidade da empresa. Suas crenças e a forma como ela se posicionam no
mercado.

Diferenças entre missão e visão:

- Missão: inclui o negócio da empresa;


o É o ponto de partida;
o É o documento de identidade da empresa;
o Identifica “quem somos”;
o Dá o rumo a empresa;
o É orientadora;
o Tem o foco do presente para o futuro;
o Tem vocação para a eternidade
- Visão:
o É o sonho do negócio;
o É o lugar para onde vamos;
o É o passaporte para o futuro;
o Projeta “quem desejamos ser”;
o Fornece energia para a empresa;
o É inspiradora;
o Tem o foco no futuro;
o É mutável, conforme os desafios.

Esses três fatores direcionam o planejamento estratégico da organização

FONTES DE FINANCIAMENTO

Um projeto de viabilidade financeira busca saber quando a empresa se torna rentável e lucrativa a
partir do volume de vendas que ela realiza. Algumas perguntas podem nortear o empreendedor em
seu levantamento de informações:

- Qual o seu volume de vendas? Quanto se vende?


- Qual o volume de compras? E quanto se compra?
- Qual o capital inicial para o investimento para começar a produção?
- Quais e quantas máquinas, equipamentos e materiais são necessários para a elaboração do
produto?
- Qual o tamanho do nosso quadro pessoal?
- Qual o tamanho do espaço físico necessário?

A empresa precisa conhecer dois tipos de custos:

- Fixos: são os inalterados, como aluguéis, seguros, depreciação, etc.


- Variáveis: são custos diretamente relacionados com o volume de produção da empresa ou a
sua atividade, como materiais, matérias-primas, salários e encargos sociais, etc.

Somente através da análise destes é possível calcular o ponto de equilíbrio da empresa (break-even-
point). Por meio dessa análise a empresa consegue saber o quanto precisa vender para se tornar
lucrativa e evitar o prejuízo.

Em investimentos novos, não se tem ponto de equilíbrio.


O empreendedor pode buscar o capital inicial para começar a operacionar a sua empresa pelos
seguintes meios:

- Capital próprio: investimento próprio ou de acionistas da empresa;


- Capital de terceiros: empréstimos, debêntures, ações;
- Participação acionária: o empreendedor que estiver disposto a vender parte de seu negócio
pode contar com investimento de acionistas;
- Investimento coletivo: captação de recursos de investidores e empreendedores pela
internet;
- Fundo de investimento: pessoas jurídicas investem em uma empresa por acreditar em seu
potencial lucrativo;
- Investimento-anjo: pessoas dispostas a investirem em um projeto, contribuindo para o
desenvolvimento da empresa na sua fase de início;
- Agências de fomento: dependendo do modelo do negócio, como pesquisa e inovação, é
possível obter linhas de crédito por meio de agências de fomento;
- Se o empreendimento estiver localizado nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, e Norte, ainda
é possível contar com Fundos Constitucionais;
- Fintech's: uma outra opção recente no mercado é buscar o capital investido nas Fintech’s
(financeiras tecnológicas) que foram criadas com o objetivo de dar créditos a pessoas
jurídicas e físicas a juros menores do que as instituições financeiras;
- BNDES: alguns investimentos a longo prazo também podem ser conseguidos com o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- CNPq e Finep: os negócios que buscam promover inovação ou lidam com alguns tipos de
pesquisa podem tentar obter crédito pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) e pela finep (Financiadora de Estudos e Projetos), além das
agências de fomento estaduais;
- PNMPO: Atividades produtivas de pequeno porte também podem contar com a liberação de
crédito do PNMPO (Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado);
- Proger: Esse tipo de crédito é ideal para empresas que buscam modernizar ou crescer;
- Instituições bancárias: créditos em bancos e instituições financeiras;

APRESENTANDO SEU EMPREENDIMENTO AO MERCADO


É necessário ter uma boa equipe e esta deve ser preparada. O empreendedor deve saber:

 Quem são as pessoas que vão trabalhar com ele: pois deve orientá-las e prepará-las, tanto
para desenvolver o produto quanto para atender os futuros clientes.
 Quem são as pessoas capazes de impulsionar seu negócio: por isso é importante realizar um
processo seletivo para esta finalidade. Além disso, identificar e trazer os talentos para a
organização são fatores que permitem que a empresa tenha vantagem competitiva sobre o
atendimento, dentre outros.

Quanto mais colaboradores engajados e comprometidos, mais garantido está o sucesso da empresa
e o sucesso dos colaboradores.
// Preparação da produção

- Necessita-se de local adequado para o desenvolvimento do produto ofertado ao mercado, e


verificar tudo que é necessário para a finalização do produto.

// fatores de localização industrial e localização comercial

- INDUSTRIAL: proximidade de mão de obra, proximidade dos mercados, proximidade de


transporte, infraestrutura energética, incentivos fiscais, custo do terreno, facilidade de
localização, adequação do local infraestrutura;
- COMERCIAL: proximidade dos clientes, facilidade de acesso, facilidade de transporte,
facilidade de estacionamento, infraestrutura para recreação, adequação do local,
visibilidade, baixos custos imobiliários, baixos custos condominiais, aparência do local.

O ideal é que se unifique esses fatores.

// Preparação do marketing

É preciso analisar onde serão apresentados e disponibilizados estes produtos, se espaço físico ou
virtual. Isso é tarefa para a equipe de marketing:

- Leiaute;
- Iluminação;
- Disponibilização de produtos;
- Organização;
- Banheiros;
- Escritório;
- Estacionamento;
- Cozinha, dentre outros.

// Preparação das finanças

Não se deve misturar as finanças pessoais com as da empresa.

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