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EMPREENDEDORISMO

PROF. EDUARDO ROCHA


Unidade 1
O perfil empreendedor
BIBLIOGRAFIA

O Segredo de Luisa Empreendedorismo


Fernando Dolabela José Carlos Assis
(2008) Dornelas (2012)
Capítulo 1 Capítulos 1 e 2
CONCEITOS DE
EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo é o envolvimento de
pessoas e processos que, em conjunto,
levam à transformação de ideias em
oportunidades. E a perfeita
implementação destas oportunidades leva
à criação de negócios de sucesso.

Dornelas (2008)
DEFINIÇÕES DE
EMPREENDEDOR
 Para Joseph Schumpeter (1949), empreendedor é aquele
que destrói a ordem econômica existente pela introdução
de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas
de organização ou pela exploração de novos recursos e
materiais.
 Para ele, empreendedor é aquele que cria novos negócios
ou inova dentro de negócios já existentes.
 Aquele que aproveita oportunidades para criar mudanças,
mobiliza recursos externos e valoriza a diversidade de
conhecimento e de experiência para alcançar objetivos
(Peter Drucker)

Dornelas (2008)
DEFINIÇÕES DE
EMPREENDEDOR
 Para Kirzner (1973) empreendedor é aquele que cria um
equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em
ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica
oportunidades na ordem presente.
 Para Filion (1991) empreendedor é uma pessoa que
imagina, desenvolve e realiza visões.
 Todos os autores são enfáticos em afirmar que o
empreendedor é um exímio identificador de
oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às
informações, pois sabe que suas chances aumentam
conforme aumenta seu conhecimento.

Dornelas (2008) / Fernando Dolabela (1999)


DEFINIÇÕES DE
EMPREENDEDOR

 Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-


se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao
empreendedor:
1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo
que faz.
2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa,
transformando o ambiente social e econômico onde
vive.
3. Aceita assumir riscos calculados e a possibilidade de
fracassar.

Dornelas (2008)
DEFINIÇÕES DE
EMPREENDEDOR

 No livro “O Segredo de Luísa” temos os seguintes


exemplos do que seja um empreendedor:
 Indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja.
 Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações,
assumindo riscos.
 Empregado que introduz inovações em uma organização,
provocando o surgimento de valores adicionais.
 Contudo, não se considera empreendedor uma pessoa que,
simplesmente, adquire ume empresa e não introduza
nenhuma inovação, mas somente gerencie o negócio.

Fernando Dolabela (1999)


IMPORTÂNCIA DO
EMPREENDEDORISMO
 É importante estudarmos os conceitos de
empreendedorismo por que a maior parte dos negócios
criados no país é concebida por pequenos empresários.
 No Brasil, as micro e pequenas empresas são responsáveis
por 57,3% dos empregos formais e respondem por
aproximadamente 2,2% das exportações e 20% do PIB.
 O empreendedorismo é fator determinante para a
geração dessas empresas e para impulsionar o
crescimento econômico sustentável, necessários em
países emergentes.

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PRINCIPAIS BARREIRAS PARA A
PROPAGAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
NO BRASIL
 Alto custo e dificuldade de acesso dos empresários ao capital.
 Políticas governamentais que impõem alta carga tributária,
elevados encargos trabalhistas e excesso burocrático-regulatório.
 Um sistema educacional insuficiente tanto para preparação de
mão de obra quanto para desenvolvimento do espírito e das
habilidades do empreendedorismo entre os estudantes.
 A forte cultura de buscar um emprego na esfera pública e nas
grandes empresas privadas.
 A falta de bons programas de apoio ao empreendedorismo.
 Pouca integração entre as iniciativas empreendedoras
existentes e pouca divulgação sobre o tema.

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GERENTES TRADICIONAIS X
EMPREENDEDORES

Temass Gerentes tradicionais Empreendedores


Promoção e outras Independência, oportunidade
Motivação
recompensas tradicionais da para criar algo novo e ganhar
pessoals empresa dinheiro
Longo prazo. Sobreviver e
Referência de Curto prazo, orçamentos
atingir 5 a 10 anos de
tempo semanais, mensais, etc.
crescimento do negócio

Atividade Delega e supervisiona Envolvem-se diretamente

Geralmente concorda com seus Seguem seus sonhos para tomar


Decisões superiores decisões

Como vê o risco Com cautela Assumem riscos calculados

Membros da família possuem


Histórico Membros da família trabalham
pequenas empresas ou já
familiar em grandes empresas
criaram algum negócio

Dornelas (2008)
EMPREENDEDOR X
INTRA-EMPREENDEDOR
 Para Filion (1991) empreendedor é uma pessoa que imagina,
desenvolve e realiza visões.
 Intra-empreendedor é aquele profissional que "a partir de
uma ideia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da
empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em
transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário
deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor,
para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma
ideia transformada em realidade".
 Nos dois, a maior característica e a de planejador: situam-se
onde estão e para onde desejam ir, com planejamento e
processo de acompanhamento, adequando à realidade
sempre que for necessário.
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PERFIL DO EMPREENDEDOR
DE SUCESSO

 O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o


influencia.
 Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo,
necessidade de realização.
 Trabalha sozinho.
 Tem perseverança e tenacidade, obstinação.
 O fracasso é considerado um resultado como outro
qualquer. Ele aprende com os resultados negativos, com
os próprios erros.
 Tem grande energia. É um trabalhador incansável.

Fernando Dolabela (1999)


PERFIL DO EMPREENDEDOR
DE SUCESSO

 Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões


impostos.
 Tem forte intuição.
 Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz.
 Sabe buscar, utilizar e controlar recursos.
 É um sonhador realista
 É líder. Cria um sistema próprio de relações com
empregados.
 É orientado para resultados, para o futuro, para o longo
prazo.

Fernando Dolabela (1999)


PERFIL DO EMPREENDEDOR
DE SUCESSO

 Conhece muito bem o ramo em que atua.


 Preocupa-se em aprender a aprender, porque sabe que no
seu dia-a-dia será submetido a situações que exigem a
constante apreensão de conhecimentos que não estão nos
livros.
 O empreendedor não é um aventureiro. Assume riscos
moderados e calculados. Gosta do risco, mas faz tudo para
minimizá-lo.
 É inovador e criativo.
 Mantém alto nível de consciência do ambiente em que
vive, usando-a para detectar oportunidades de negócio.

Fernando Dolabela (1999)


HABILIDADES DE UM
EMPREENDEDOR
 As habilidades requeridas de um empreendedor podem
ser classificadas em três áreas:
1 – Técnicas – envolvem saber escrever, saber ouvir, captar
informações, ser um bom orador, ser um bom vendedor,
ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir
know-how técnico na sua área.

2 – Gerenciais – incluem áreas envolvidas na criação,


desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa:
marketing, administração, finanças, produção, RH, estratégia, etc.
3 – Pessoais – como as já abordadas: assumir riscos, ser inovador,
orientado a mudanças, etc.

Dornelas (2008)
FATORES DE SUCESSO
 Faça o que lhe dá energia. Divirta-se.
 Diga “posso fazer” em lugar de “não posso” ou “talvez”.
 Qualquer coisa é possível se você acredita que pode fazer.
 Veja o copo meio cheio, e não o copo meio vazio.
 Seja insatisfeito com o jeito como as coisas estão e
procure melhorá-las.
 Faça coisas de forma diferente.
 Não assuma riscos desnecessários, mas assuma riscos
calculados se considerar que a oportunidade é certa para
você.

Dornelas (2008)
FATORES DE SUCESSO
 Os negócios fracassam; os empreendedores de sucesso
aprendem. Mas tente manter baixo o custo do
aprendizado.
 Faça da oportunidade e dos resultados sua obsessão.
 Fazer dinheiro é mais divertido que gastá-lo.
 Uma equipe constrói um negócio. Um só indivíduo ganha a
vida.
 Tenha orgulho de suas realizações. Isso é contagiante!

Dornelas (2008)
É POSSÍVEL ENSINAR
EMPREENDEDORISMO?

 Até alguns anos atrás, acreditava-se que o


empreendedorismo era inato, ou seja, que o
empreendedor nascia com um diferencial e era
predestinado ao sucesso nos negócios.
 Pessoas sem essas características eram desencorajadas a
empreender.
 Hoje em dia, esse discurso mudou e, cada vez mais,
acredita-se que o processo empreendedor pode ser
ensinado e aprendido por qualquer pessoa e que o
sucesso é decorrente de uma gama de fatores internos e
externos ao negócio.

Dornelas (2008)
O PROCESSO EMPREENDEDOR

1 – Identificar 2 – Desenvolver 3 – Captar os 4 – Gerenciar a


e avaliar o plano de recursos empresa
oportunidades negócios necessários criada

•Criação e abrangência •Estilo de gestão


da oportunidade •Fatores críticos de
•Recursos pessoais
•Valores percebidos sucesso
1. Sumário Executivo •Recursos de amigos
e reais da oportunidade •Identificar problemas
•Riscos e retornos 2. A empresa e parentes
•Angels atuais e potenciais
3. O plano de mkt •Implementar um
da oportunidade •Capitalistas de risco
•Oportunidade versus 4. O plano financeiro
•Bancos sistema de controle
5. Anexos •Profissionalizar a
habilidades e metas •Governo
pessoais •Incubadoras gestão
•Situação dos •Entrar em novos
competidores mercados

Dornelas (2008)
MODELOS ECONÔMICOS

Velho Modelo econômico Novo Modelo econômico


 Dirigido pelos modelos  Dirigido por novos modelos
clássicos de negócios
 Retornos pequenos  Retornos maiores
 Muitas barreiras de  Poucas barreiras de
entrada entrada
 Economias de escala  Valorização do ser humano
 Ativos físicos  Ativos intelectuais
Força de trabalho (poder  Poder do conhecimento
dos músculos)

http://www.slideshare.net
TEORIA X E TEORIA Y
DE MC GREGOR

 Douglas Mc Gregor (1906 – 1964) compara dois estilos


opostos e antagônicos de administrar.
 De um lado, um estilo baseado na teoria tradicional,
mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X),
e de outro lado, um estilo baseado nas concepções
modernas a respeito do comportamento humano (a que
denominou Teoria Y).

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 126


A TEORIA X

 É a concepção tradicional de administração e baseia-se em


convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento
humano, a saber:
O homem é indolente e preguiçoso por natureza: evita o
trabalho ou trabalha o mínimo possível, em troca de
recompensas salariais ou materiais.
 Falta-lhe ambição: não gosta de assumir responsabilidades e
prefere ser dirigido e sentir-se seguro nessa dependência.
 A sua própria natureza leva-o a resistir às mudanças, pois
procura sua segurança e pretende não assumir riscos.
 A sua dependência torna-o incapaz de autocontrole e
autodisciplina: ele precisa ser dirigido e controlado pela
administração.
Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 126
A TEORIA X

 Para a Teoria X, a administração caracteriza-se pelos


seguintes aspectos:
A administração promove a organização dos recursos da
empresa (dinheiro, materiais, equipamentos e pessoas) no
interesse exclusivo de seus objetivos econômicos.
 A administração é um processo de dirigir os esforços das
pessoas, incentivá-las, controlar suas ações e modificar o seu
comportamento para atender às necessidades da empresa.
 Como as pessoas são basicamente motivadas por incentivos
econômicos (salários), a empresa utiliza a remuneração como
um meio de recompensa (para o bom trabalhador) ou punição
(para aquele que não se dedica à realização de sua tarefa).

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 126


A TEORIA X

 A Teoria X representa o típico estilo de administração da


Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de
Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber em diferentes
estágios da teoria administrativa.
 Busca desmotivar a iniciativa individual, aprisionar a
criatividade e estreitar a atividade profissional através do
método e da rotina de trabalho.
 A Teoria X força as pessoas a fazerem exatamente aquilo
que a organização pretende que elas façam,
independentemente de suas opiniões ou objetivos pessoais.

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 126


TEORIA Y

 É a moderna concepção de administração de acordo com a


Teoria Comportamental.
 A Teoria Y baseia-se em concepções e premissas atuais e sem
preconceitos a respeito da natureza humana, a saber:
 As pessoas têm motivação, potencial desenvolvimento, padrões
de comportamento e capacidade para assumir
responsabilidades.
 O funcionário deve exercitar autodireção e autocontrole a
serviço dos objetivos que lhes são confiados pela empresa.
 O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos
meios de obter a dedicação e o esforço de alcançar os objetivos
empresariais.

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 127


TEORIA Y

 Continuação:
O homem aprende a aceitar e a procurar responsabilidade.
 A fuga à responsabilidade, a falta de ambição e a preocupação
exagerada com a segurança pessoal são consequências da
experiência insatisfatória de cada pessoa, e não uma
característica humana inerente a todas as pessoas.
 A capacidade de imaginação e criatividade na solução de
problemas empresariais é amplamente distribuída entre as
pessoas.

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 128


TEORIA Y

 A administração segundo a Teoria Y caracteriza-se pelos


seguintes aspectos:
A motivação, potencial de desenvolvimento, capacidade de
assumir responsabilidade, de dirigir o comportamento para os
objetivos da empresa são fatores presentes nas pessoas. Eles
não são criados nas pessoas pela administração.
 É responsabilidade da administração proporcionar condições
para que as pessoas reconheçam e desenvolvam, por si mesmas,
essas características.
 A tarefa essencial da administração é criar condições
organizacionais e métodos de trabalho através dos quais as
pessoas possam melhor atingir seus objetivos pessoais através de
seus esforços em direção aos objetivos da empresa.
Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 128
TEORIA Y

 A Teoria Y é aplicada nas empresas através de um estilo de


direção baseada em medidas inovadoras e humanistas:

Descentralização das
decisões e delegação
de responsabilidades

Ampliação do cargo
Auto avaliação do
para maior significado
desempenho
do trabalho

Participação nas
decisões e
administração
consultiva

Idalberto Chiavenato – TGA Vol. II (2001) – Pág. 129


O CONCEITO DE SI

 Conceito de si é a forma como cada um vê a si próprio,


ou seja, a forma segundo a pessoa se vê.
 Alinhado ao conceito de si vem o empreendedorismo
onde, o quanto antes o empreendedor começa atuar na
área em que escolheu mais chance tem de se atualizar ao
mercado em questão, tendo mais tempo para pensar e
gerir o futuro empreendimento.
 O conceito de si pode mudar de acordo com os sonhos e
vontades do profissional.
 Esse conhecimento tem também uma parte valorativa,
que é a autoestima.

http://pt.wikipedia.org
FEEDBACK

 Feedback é o procedimento que consiste no provimento


de informação a uma pessoa sobre o seu desempenho,
conduta, ou ação, objetivando reorientar ou estimular
comportamentos futuros mais adequados.
 No processo de desenvolvimento da competência
interpessoal o feedback é um importante recurso porque
permite que nos vejamos como somos vistos pelos outros.
 Tenha uma postura positiva no sentido de acreditar que
as informações contribuirão para o seu crescimento
pessoal. Demonstre prontidão para mudar.

http://pt.wikipedia.org
FEEDBACK

Seja neutro
Seja aplicável

Ao dar feedback é Seja específico


Tenha forma importante que
adequada ele

Tenha
comunicação
Seja objetivo direta

Fernando Dolabela (1999)


FEEDBACK

Demonstrar
disposição para
Ser receptivo ouvir

Ao receber
feedback sua Expressar
conduta deverá aceitação

Analisar o
transmissor
Revelar
confiança no
transmissor

Fernando Dolabela (1999)

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