Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
www.CursosAbrafordes.com.br
Curso Empreendedorismo
Lição 01: Fundamentos do Empreendedorismo
Embora empreendedorismo seja um tema amplamente discutido nos dias atuais, seu conteúdo, ou
seja, o que ele representa, varia muito de um lugar para outro, de país para país, de autor para
autor.
Isso porque, embora tenha se originado a partir de pesquisas em economia, o empreendedorismo (*)
recebeu fortes contribuições da psicologia e da sociologia, o que provocou diferentes definições para
o termo e, como conseqüência, variações em seu conteúdo.
• Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio (1999). Empreendedor: que empreende; ativo, arrojado,
cometedor. 2. Aquele que empreende.
• Grande Dicionário Enciclopédico Larousse (1983). Chefe de uma empresa. Chefe de uma empresa
especializada na construção, nos trabalhos públicos, nos trabalhos de habitação. Pessoa que,
perante contrato de uma empresa, recebe remuneração para executar determinado trabalho ou
aufere lucros de uma outra pessoa, chamada mestre-de-obras.
• Robert Dicionário (1963). Aquele que empreende qualquer coisa. Pessoa que se encarrega da
execução de um trabalho por contrato empresarial. Toda pessoa que dirige um negócio por sua
própria competência e que coloca em execução os diversos fatores de produção, tendo em vista
vender os produtos ou serviços.
• Dicionário Webster (1970). Pessoa que organiza e gere um negócio, assumindo o risco em favor do
lucro.
• Dicionário de Ciências Sociais (1964). "O termo empreendedor denota a pessoa que exercita total
ou parcialmente as funções de: iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mudanças no negócio
da empresa; e/ou assumir os riscos nessa operação, que decorrem da natureza dinâmica da
sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro, e que não pode ser convertido em certos custos
através de transferência, cálculo ou eliminação."
(*) PENSADORES
• Mercado valoriza quem sabe empreender (inovadores, inquietos, que quebram paradigmas, sabem
reconhecer e operacionalizar oportunidades,..)
• imagem social,
• capital social
• preparo e autoconfiança,
• ser comunicativo,
• apoio da família,
• muito dinheiro.
“Empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos e tem uma visão futura
da organização”.
Eles possuem algo que os diferencia das demais pessoas? Sabe-se que o empreendedor possui
atitudes e comportamentos que contribuem para o sucesso nos negócios, mas não se pode afirmar
com certeza que uma pessoa com tais características irá alcançar sucesso como empreendedor.
Desde 1980, as maiores empresas citadas pela revista Fortune eliminaram 5 milhões de empregos.
Na mesma época mais de 34 milhões de empregos foram criados nas pequenas empresas.
● O empreendedor tem uma pessoa como modelo, que o influencia: Também o meio em que vive é
determinante para a decisão da criação do próprio negócio. Se a pessoa pertence a uma
comunidade onde o empreendedorismo é uma prática comum entre seus habitantes, ele tem mais
possibilidades de criar seu próprio negócio.
● Tem iniciativa própria: Sabe tomar decisões corretas na hora certa, tem autoconfiança, autonomia,
otimismo e necessidade de realização.
● Trabalha sozinho: Embora seja especialista em formar equipes. Planejam cada passo de seu
negócio até a apresentação de plano a investidores, tendo sempre a visão de seu futuro negócio.
● O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. Ele aprende com os resultados
negativos.
● Tem grande energia. É um trabalhador incansável.Trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana ,
comprometendo até seus relacionamentos e a saúde.
● Sabe fixar metas e alcança-las. Luta contra padrões impostos, tem capacidade para ocupar espaços
deixados por outros.
● Tem alto comprometimento e acredita no que faz. Acredita que pode fazer a diferença.
● Cria feedback sobre seu comportamento. Utiliza estas informações para o seu aprimoramento
● É um líder, Sabe valorizar estimar e recompensar seus funcionários e é respeitado por eles. Cria
um sistema próprio de relação com empregados.
● É orientado para resultado em longo prazo, para o futuro. Aceita o dinheiro como uma das medidas
de seu desempenho.
● São bem relacionados (networking). Amizades que possam ser utilizados como suporte para
alcançar objetivos.
● Conhece muito bem o ramo em que atua. Procuram aprender continuamente. Este conhecimento
pode ser obtido através de publicações, cursos, feira ou através de conselhos de outras pessoas.
● Capacidade para assumir riscos moderados. O empreendedor não é um aventureiro, ele assume
riscos calculados.
● Tem alta tolerância a ambigüidade (indefinição) e à incerteza. É hábil em definir a partir do
indefinido.
● Mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive. É comprometido com a geração de
empregos e dinamizando a economia e inovando sempre buscando soluções para melhorar a vida
das pessoas.
Bibliografia:
No jogo dos negócios é muito importante que você identifique suas reais características
empreendedoras, pois um grande número de pessoas tem buscado iniciar negócios próprios, sem, no
entanto, apresentar comportamento adequado. É importante estar consciente de quais são suas
qualidades e suas deficiências. Uma análise de suas experiências práticas, capacidade e
personalidade ajudarão a enfrentar qualquer situação.
Persistência
§ Age diante de um obstáculo;
§ Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir metas e objetivos.
Comprometimento
§ Faz sacrifícios pessoais ou despende esforços extraordinários para completar uma tarefa;
§ Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo
prazo, acima do lucro a curto prazo.
§ Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou
que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
Estabelecimento de metas
§ Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
Busca de informações
§ Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes;
Independência e autoconfiança
§ Busca autonomia em relação a normas e controles de outros;
§ Expressa confiança na sua própria capacidade de complementar uma tarefa difícil ou de enfrentar
um desafio.
Dificilmente vamos encontrar um empreendedor com todas estas características. Elas representam
apenas um referencial que lhe possibilita uma auto-avaliação, a partir da qual você terá condições de
definir seus pontos fortes e fracos e optar por um programa de aperfeiçoamento pessoal, visando,
principalmente, desenvolver aspectos de sua personalidade necessários ao seu bom desempenho.
DESAFIOS
“A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho”. Seu coração trepidava com
emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles. ‘Por que será que a emoção de voar
precisa começar com o medo de cair? “- pensou. Esta pergunta eterna estava sem resposta para ela.
Como na tradição da espécie, seu ninho localizava-se no alto de uma saliência, num rochedo
escarpado. Abaixo, havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes. A despeito
de seus medos, a águia sabia que era tempo. Sua missão materna estava praticamente terminada.
Restava uma última tarefa: o empurrão. A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata.
Enquanto os filhotes não descobrissem suas asas, não haveria objetivos em suas vidas. Enquanto não
aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águias. O empurrão era o
maior presente que a águia-mãe tinha para dar-lhes, era seu supremo amor. E por isso, um a um, ela
empurrou, e todos voaram!”
(Autor desconhecido)
Todos nós somos seres dotados de capacidades potenciais que podem ser desenvolvidas e
aprimoradas. Muitas vezes, esse potencial só é desenvolvido quando nos deparamos com uma
situação difícil, que nos impõe uma postura mais arrojada. Por isso, mesmo que você se depare com
dificuldades ao longo do curso, persista em seu objetivo. Assim como os filhotes da águia, é preciso
vencer as dificuldades e os medos, para depois voar.
Bem, agora que você sabe como se comporta um empreendedor. Vamos fixa alguns conceitos:
3. O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
O ato de empreender em nosso país foi desprezível até a proclamação da república. Do período
colonial e imperial não se tem dados efetivos de ações empreendedoras. Podem-se notar algumas
tentativas empresariais, mas todas recaíam nos interesses do Rei de Portugal ou nos interesses dos
familiares do Imperador.
Com o fim da escravatura o conceito de trabalho foi modificado. De algo destinado a escravos e sem
remuneração para uma atividade humana, remunerada e também estratégica.
A proclamação da republica, no ano seguinte ao processo de libertação dos escravos, permitiu que
surgisse o pensamento liberal, as iniciativas empreendedoras e a criação de empregos.
Surge então o fenômeno de imigração. Os primeiros imigrantes eram europeus. Trouxeram sua
cultura e principalmente a habilidade em lidar com dinheiro e negócios. As regiões Sul e Sudeste do
Brasil ainda apresentam influencia cultural dos europeus.
Posteriormente vieram outras raças e cabe destacar aqui um capitulo importante sobre os japoneses
que se tornaram reféns nos EUA e acabaram por optar em vir trabalhar em nosso país. E assim
encontramos uma gigantesca massa de orientais em algumas cidades do estado de São Paulo.
Nesse período ainda temos um processo industrial precário. E dessa influencia restou-nos uma
habilidade de país montador por excelência. Podemos influenciar na mudança de um projeto, mas,
não elaboramos um projeto na integra. O nosso parque industrial vive dos sobrevive daquilo que
outras nações dispensam. Falta-nos um pouco de maturidade técnica para criar modelos. Somos
excelentes reprodutores de modelos e feitores de moldes.
A formação de nossa mão de obra ocorreu em escolas técnicas que ofereciam cursos destinados aos
interesses das empresas multinacionais e agora com a modernização em nível global essas mesmas
escolas não conseguem alunos para cursos que não despertam interesse e procura pela indústria
moderna.
Atualmente o nosso quadro é um pouco mais otimista. Somos uma miscigenação racial. Essa
diversidade formatou um povo alegre, mas sem noção política e econômica. Assim não fomos hábeis
em desenvolver negócios. Os poucos que se destacam são isoladamente diferenciados da maioria. O
que pensamos em termos de empreendedorismo ainda passa pela possibilidade de um bom emprego,
carteira assinada ou talvez um cargo público.
O quadro pode ser mudado em longo prazo quando se passa a ensinar nas escolas as noções de
empreendedorismo. No Brasil temos o seguinte quadro:
ESCOLAS DE NÍVEL SUPERIOR
FGV 1981
USP 1984
UFSC 1992
UFPE 1992
UNINOVE 2000 (cursos gerencias)
O contexto até aqui verificado pode ser melhor analisado quando consideramos que os fatores
históricos explicam um outro fenômeno que pode ser observado em alguns indivíduos de nossa
sociedade. Os especialistas chamam de “Síndrome do empregado”. Veja algumas características de
que se enquadra nesse perfil:
A pessoa...
É dependente, no sentido de que necessita de alguém para se tornar produtivo, para trabalhar.
Descuida de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua
especialidade.
Não é auto suficiente: exige supervisão e espera que alguém lhe ofereça o caminho.
Não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a
evolução do setor.
Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender e especializar-se somente no
que existe.
Raramente é agente de inovações: não é criativo, não gera mudanças e não muda a si mesma.
Mais faz do que aprende, executando de acordo com o que foi mandado.
Não tem a preocupação em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicação.
Tem medo do erro (que é punido em nosso sistema de ensino e em nossa sociedade) e não o toma (o
erro) como fonte de aprendizado.
4. DESENVOLVIMENTO DE
EMPREENDEDORES – APRENDER A
EMPREENDER
Num mercado tão dinâmico como o atual é necessário a elaboração de processos que estimulem o
aprendizado e capacitações da população economicamente ativa.
Tais processos são aplicados aos empreendedores. Não importa se é na criação de uma empresa ou
na inovação de um processo, pois o que se torna importante é a preparação para inovar e
transformar uma situação em algo lucrativo.
Convencional Empreendedor
Ênfase no conteúdo, que é visto como meta Ênfase no processo – aprender a aprender
Apropriação do aprendizado pelo
Conduzido e dominado pelo instrutor
participante
O instrutor como facilitador.
O instrutor repassa o conhecimento
Os participantes geram conhecimento
Aquisição de informações “corretas”
de uma vez por todas O que se sabe pode sofrer mudanças
Currículo e sessões fortemente programadas Sessões flexíveis e voltadas a necessidades
Objetivos do ensino são impostos Objetivos do aprendizado são negociados
Rejeição ao desenvolvimento de conjecturas Conjecturas e pensamento divergente são
e pensamento divergente vistos como parte do processo criativo
Ênfase no pensamento analítico e linear Envolvimento de todo o cérebro, aumento da
usando a parte esquerda do cérebro racionalidade
Conhecimento teórico amplamente
Conhecimento teórico e abstrato
complementado por experimentos
Encorajar a comunidade em exercer
Resistência à influencia da comunidade
influencias
Ênfase no mundo exterior.
Experiência interior serve de contexto para
A experiência interior é considerada
o aprendizado. Sentimentos incorporados à
imprópria ao ambiente educacional
ação
A educação é um processo que ocorre por A educação é um processo continuo, dentro
tempo determinado e fora da escola
Erros são encarados como fonte de
Erros não são aceitos
conhecimento
1. O conceito de si – todos nós temos uma idéia formada a nosso respeito. Muitas vezes somos
compelidos a manter certa modéstia ou a falta dela. Entretanto devemos considerar o que temos
de pontos fortes e mostrá-los ao mundo. Os pontos fracos devem ficar guardados e tratados de
modo a serem superados ou vencidos.
2. Perfil do empreendedor – como já foi visto, os empreendedores possuem comportamento
especifico. Se aquelas qualidades não são totalmente enquadradas em seu modo de agir então
pelo menos considere aquelas que se aproximam, que fazem fronteira sobre suas ações
freqüentes e assim inicia-se a definição de perfil de empreendedor em você.
3. Depoimentos – há uma série de reportagens em revistas e na TV. Muitas histórias de sucesso
através dos tempos. Analise-os e veja o que faria se estivesse no lugar de certos inventores ou
administradores.
4. Entrevistas – procure falar com pessoas que são ativas e inovadoras. O comercio está cheio
desses profissionais. Tente entender o funcionamento de certas lojas. Como sobrevivem a mais de
15 anos na praça, onde apresentam diferencial de atendimento. Essa modalidade de entrevistar
pessoas vai nos dar a idéia de ações empreendedoras num mercado competitivo.
5. Desenvolvimento da criatividade – antes de qualquer atitude deve-se entender que todos os
seres humanos são criativos. Existem diferenças no tempo em que cada um manifesta essa
criatividade. É necessário treinar o tempo gasto em apresentações criativas. Trata-se de um
processo mental em resolver problemas do modo mais rápido possível.
6. Processo visionário e aproveitamento de oportunidades – sempre que possível compare
ações de terceiros com suas ações, num mesmo problema. Tente guardar na memória o que se
fazia no passado e se faz agora. Projete suas ações no futuro. Há profissões e serviços que
desaparecerão e novos serviços surgirão como novos problemas, portanto, ganha quem souber
vender soluções para o futuro.
7. A rede de relações e o padrinho – todo ser humano deve saber que é um ser gregário, ou seja,
que vive em grupo e necessita dos outros ao seu redor. No processo de empreendedorismo é
necessário manter uma rede de pessoas influentes e questionadoras, que acrescentem em idéias e
motivação. Assim também se faz necessário a idéia de um padrinho. Um empreendedor que atua
no mesmo ramo e disponha-se a ser um conselheiro durante todo o processo de um plano de
negócios.
Para facilitar a compreensão do aprender, vamos considerar o aprendizado como uma fórmula onde:
O aprendizado é constante e deve ser treinado. Aqueça seus neurônios e bons negócios.
Oportunidade
Capacidade de identificar, agarrar e transformar uma situação em algo lucrativo, durante certo
tempo e dar continuidade nesse processo de transformação e lucratividade.
Criatividade
Resultado do treinamento das resoluções mentais para resolver situações desafiadoras em tempo,
espaço e condições adversas.
Bloqueios da Criatividade → Insistir no resultado das seguintes expressões → resposta certa, isso não
tem lógica, siga as normas, seja prático, evite dúvidas, é proibido errar, brincar é falta de
criatividade, não seja bobo, eu não sou criativo.
Vamos dar um exemplo onde um jogador de futebol perde um gol fácil aos trinta segundos do
primeiro tempo. Este profissional é tomado de uma tristeza e lamenta-se profundamente, ignorando
que se mantiver o espírito de luta novas oportunidades irão surgir.
Para um empreendedor é preciso acreditar que as oportunidades não passam mas aparecem
de modo diferente e desafiador. Segundo Whitney Young Jr. “é melhor estar preparado para uma
oportunidade e não ter nenhuma do que ter uma oportunidade e não estar preparado”.
“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada
oportunidade”.
Winston Churchill
A boa oportunidade deve ser analisada sob alguns prismas: a compatibilidade com o
empreendedor, sua carga de valores éticos e morais, preferências, visões de mundo e sonhos. É
preciso confrontar as exigências sugeridas pela oportunidade e as forças e fraquezas individuais.
Lista de erros a evitar:
. Esta geringonça tem inconvenientes demais para ser levada a sério como meio de
comunicação. Ela não tem nenhum valor para nós.
6. IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES
NUMA ANÁLISE DE MERCADO
Como já vimos, oportunidade é a capacidade de identificar, agarrar e transformar uma situação
qualquer em algo lucrativo. Para realizar a identificação de uma oportunidade é necessário que o
empreendedor liberte-se de alguns valores e conceitos prévios a respeito de oportunidade. Também
é necessário diferenciar oportunidade de oportunismo. São condições distintas para movimentar um
negócio qualquer. Ser oportunista não é pecado, mas valer-se dessa prática também não garante
lucro por muito tempo. O oportunismo vicia e limita a criatividade de quem o pratica, portanto faça a
sua escolha.
A predisposição consiste em aproveitar todo e qualquer ensejo para observar negócios. Através do
fato de se dispor previamente a olhar para o mundo, o empreendedor pode identificar
oportunidades. Ir a feiras, convenções, congressos e manter-se informado via rede e demais canais
de publicações a respeito são atitudes que completam a empreitada.
A escolha diante da diversidade – descubra o que ainda não foi satisfeito. Onde há descontentamento
há oportunidade de negócio. Ao olhar para as ofertas de mercado é possível descobrir o que ainda
não foi ofertado ou descobrir as críticas feitas pelo mercado consumidor.
Análise de tendências – a mudança é um processo constante e de certo modo imperativo. Ela não
consulta os envolvidos para ocorrer, pois simplesmente ocorre.
É vital que se desenvolva algum tipo de mecanismo capaz de observar e registrar o que acontece ao
nosso redor. A partir desse registro é que criamos um relatório sobre tendências de mercado em
criar novos negócios.
Devemos considerar que os negócios ocorrem em ciclos. São períodos de crescimento, estagnação e
desaparecimento. Os três momentos antecedem ao que chamamos de tendência.
Derivação da ocupação atual – As oportunidades podem estar escondidas na área em que atuamos e
que por cansaço ou acomodação não percebemos o potencial de negócios ali embutidos. A maioria
dos empreendedores de sucesso conhece muito bem o ramo em que atuam e ao derivarem a partir
do conhecido acabam montando um novo negocio com algum sucesso.
Animais domésticos e produtos afins – sobram ações ecologicamente corretas e outras nem tanto
para adquirir e preservar animais domésticos. O mercado de saúde e alimentação para bichos está
longe da exaustão.
Controle da poluição – A água é uma substancia de três átomos apenas e quimicamente não oferece
perigo em situação normal, mas quando misturada pode ser letal. A matéria, enquanto conceito
científico pode e deve ser reciclada, portanto nova oportunidade de mercado.
● Desconhecimento do mercado
● Erro na estimativa das necessidades financeiras
● Falta da diferenciação
● Desobediência à lei
● Falta de critérios para escolha de sócios ou a base de escolha é emocional.
● Localização definitivamente inadequada para implantar um negócio
7. O EMPREENDEDOR INTERNO
Para conceituarmos o intraempreendedor é necessário considerar que, entende-se por empresa uma
unidade socioeconômica que visa lucro através de produção e venda de bens e serviços.
As empresas podem ser públicas ou privadas e ainda as organizações chamadas de terceiro setor ou
as “ONG’s”.
DIFERENCIAIS SITUACIONAIS
● Poder centralizado na figura de uma única pessoa. Todos os procedimentos passam pelo aval dele.
● Expectativas. Os demais elementos de uma organização de um dono apenas apresentam a
síndrome do empregado e espera sempre as decisões partirem da figura patronal. Qualquer
tentativa de empreender pode sofrer críticas e bloqueios de criatividade. Os canais de acesso
dependem da forma de apresentar idéias e do momento de serem apresentadas pois há variação de
humor todos os dias.
● Administração confunde-se com a pessoa. Isso ocorre quando a pessoa é desorganizada ou movida
pela tradição quando age. São traços de personalidade que o individuo carrega consigo e aplica na
empresa em que é o dono.
● Custo Brasil. Nosso país é sensível aos movimentos internacionais. Tanto de economia quanto de
produção e consumo movem a economia e os mercados brasileiros. Dessa forma uma crise no
exterior altera o humor de nossas empresas. É preciso estar atento e não se deixar contaminar.
Esses movimentos são especulativos e oportunistas.
● Empresas pequenas e de um empreendedor a frente dos negócios implica na ausência de uma
administração profissional constante. Não há lugar para pedir socorro e inovar nesse clima carece
de habilidades ligadas a tenacidade e a perseverança.
Ciladas a evitar:
· Ir além e não contar ao mundo – muitos profissionais trabalham com muita dedicação ao
time que pertencem, mas sua função não vista pelos demais. Trata-se de um trabalho importante que
não aparece. É preciso se fazer notar, divulgar aos pares que fez e obter feedback. Se não for deste
modo o profissional só aparece nos momentos das falhas. É o que chamo de síndrome do extintor.
(ninguém se importa e na hora do incêndio ele não tem o direito de falhar e quando acontecem todos
dizem que não prestava).
· Manter-se no “mínimo necessário” - este é o conhecido “fazer o feijão com arroz”. Embora
seja necessário fazer o mínimo, torna-se dispensável o colaborar que se dedica a este único tópico
profissional. Em muitas áreas do serviço público tais ações são comuns por falta profissionalismo,
mas sobra “funcionalismo”. Há muitas razões para se explicar o fato e destaco uma delas: não se
ousa para evitar conflitos.
· Guardar as idéias para si – Nossa cultura tem a figura do chefe que tem medo da “sombra”
e por conta desse fato não agimos. Neste caso resta-nos a re-ação. Esta ultima é muito cara em todos
os sentidos. A ação é preventiva e custa pouco mas a reação é cara tem uma falsa impressão de cura
e coloca-nos em posição inferiorizada.
Para ser intra-empreendedor é preciso deixar o coração de lado e agir nos preceitos racionais. A
empresa é sempre muito maior que nossas paixões ou amores. Por maior dedicação que tenhamos a
empresa pode optar por fazer cortes ao diminuir custos. O cliente e os fornecedores precisam de
nosso trabalho profissional. Sejamos afetivos no sentido de respeito e bons modos mas paixão por
este ou aquele departamento não. Aposte suas fichas naquilo que tem de melhor. Divulgue essas
idéias buscando “segundas” opiniões. Arrume energia, pois muitos irão conspirar no sentido oposto.
Não é uma guerra intencional, mas uma cultura de quem deseja ser o melhor passa a ser
estereotipado. Assim são chamados os CDF’s na escola e depois outros nomes na empresa.
Lição 08: Plano de Marketing
8. PLANO DE MARKETING NO
EMPREENDEDORISMO
O conceito: O marketing é o conjunto das idéias e ações que visam descobrir necessidades, carência
e valores de um mercado-alvo e adaptar-se para satisfazê-lo de forma mais eficaz e eficiente que os
seus concorrentes.
O plano: É obrigatório para qualquer empresa competitiva ter mensagens claras de marketing. O
tipo de mensagem a ser transmitida ao consumidor deve motivá-lo a comprar produtos ou serviços
de quem emite mensagens adequadas.
A cada dia os consumidores são mais seletivos e procuram aquilo que satisfaça não apenas uma
necessidade imediata, mas que contribua para uma sensação global e duradoura de bem estar.
● Preço: deve estar de acordo com o mercado e com o valor que o consumidor está disposto a pagar.
Sugestões de avaliação:
❍ Nível de preço praticado
❍ Reação dos clientes em função do preço
❍ Política de descontos e promoções
❍ Política de preços em relação à concorrência
❍ Redução de custos para diminuir preço
● Produto: É aquilo que temos para vender, produto ou serviço. Quando nos referimos ao produto,
devemos levar em conta o seu aspecto (embalagem), sua qualidade e seus benefícios. Exemplos de
itens que podem ser avaliados:
❍ Razão pela qual esse produto/serviço é consumido
❍ Tipos de produtos que concorrem em vendas
● Ponto: o produto deve ser convenientemente distribuído para que possa estar disponível quando o
consumidor resolver adquiri-lo. Entre vários aspectos a serem analisados, sugerimos alguns
abaixo:
❍O produto é vendido em áreas rurais ou urbanas
❍Tipo de ponto de venda onde é vendido o produto
❍Tipos de canais de distribuição
Podemos definir oferta como pessoas ou empresas que desejam vender bens e serviços e procura
como o ato de pessoas ou empresas desejarem comprar bens ou serviços.
1. Mercado consumidor
2. Mercado concorrente
3. Mercado fornecedor
1. Mercado Consumidor
O sucesso de uma empresa depende do que ela definiu como cliente, mercado-alvo, público alvo.
Esta definição permitirá identificar segmentos de mercado e os respectivos caminhos a seguir para
atender ao cliente.
Pessoa física: faixa etária, renda, sexo, profissão, estado civil, tamanho da família, grupo étnico,
escolaridade, etc.
Pessoa jurídica: setor, ramo de atividade, número de anos em operação, faturamento, número de
empregados, número de filiais, etc.
Descrição geográfica → Planejamento de atendimento mediante a área geográfica. Isto pode variar
do condomínio onde se mora até o planeta onde habitamos.
A psicologia tem auxiliado muito a entender o mercado consumidor. Não se trata do diagnóstico de
consumo, mas da análise sobre as razões que motivam pessoas a comprar determinados produtos.
Descrição dos fatores decisivos para a compra:
● Preço?
● Prazo de pagamento?
● Desconto?
● Qualidade detectada pelo cliente?
● Marca?
● Embalagem?
● Local de compra?
● Garantia?
1. Mercado concorrente
Este mercado é composto - pelas pessoas ou empresas que oferecem mercadorias ou serviços
semelhantes àqueles oferecidos pela empresa que representamos, ao mercado consumidor.
A concorrência incentiva na melhoria dos serviços prestados pelas empresas. Aprende-se muito
observando o mercado concorrente. Devem-se estabelecer prioridades e planejar a melhor maneira
de obter essas informações de forma que possam ser analisados os seguintes critérios:
Identifique seus concorrentes ao perceber quem estará disputando a preferências dos mesmos
clientes que você.
No caso de uma loja de roupas, não é obrigatório que todas as lojas de roupas sejam
necessariamente concorrentes.
Tamanho dos concorrentes: Estimar o volume de vendas dos principais concorrentes, inclusive o
líder de mercado.
Posição competitiva: Os concorrentes podem ser avaliados apenas pelo fato de que seu produto ou
serviço é melhor. Contudo outros fatores interferem na sua competitividade frente à concorrência.
Talvez eles tenham capacidade de conseguir melhores preços juntos aos fornecedores em função do
volume de compras, ou a marca deles é mais antiga, conhecida e os clientes optem pela
credibilidade em vez do preço.
● Qualidade: atributos inerentes ao produto, tais como durabilidade, satisfação das necessidades,
comodidade de embalagem, imagem das empresas no mercado com relação a este quesito.
● Preço: qual a importância do preço para os clientes? Qual a posição de seus preços com relação a
seus concorrentes em média (em %). São mais altos ou mais baixos? Como isso irá afetar o
desempenho das vendas?
● Conveniência: Facilidade de acesso aos produtos, horários de atendimento, serviços de assistência
técnica, etc.
Fatores estratégicos
● Metas do concorrente: O concorrente está satisfeito com sua posição atual? Possui metas bem
definida? Nossas ações interferirão no alcance destas metas levando os concorrentes a tomar
atitudes defensivas ou retaliações?
● Recursos financeiros: capacidade dos concorrentes em conseguir recursos junto a instituições
financeiras
● Poder de barganha: qual a capacidade de nossos principais concorrentes de conseguir condições
mais favoráveis nas negociações junto a fornecedores e clientes?
● Parcerias estratégicas: as empresas instaladas no mercado alvo apresentam uma convivência
pacífica entre elas, regulamentada por acordos (formais e informais) ou ao contrario, há uma
disputa entre elas visando melhorar o seu posicionamento estratégico? Como poderá tirar proveito
dessas disputas entre as empresas líderes? Você representará uma ameaça para as empresas
instaladas? Existe possibilidade de eles fazerem acordos estratégicos para barrar sua entrada no
mercado?
● Posição no mercado: O principal concorrente é um líder consolidado que procura manter sua
posição? É uma empresa agressiva que deseja aumentar sua participação no mercado? Em que se
baseia a liderança desse concorrente?
1. Mercado Fornecedor
Este mercado é formado pelo conjunto de pessoas ou empresas que abastece de matéria-prima,
equipamentos, mercadorias e outros materiais necessários ao funcionamento de nossa empresa.
Neste mercado alguns passos são importantes para selecionar e estruturar o lado comprador do
nosso negócio:
Assim o consumo de cerveja nos EUA, por exemplo, cresceu 2% acumulado nos últimos 5 anos e
deverá crescer apenas 2% nos próximos cinco anos.
No Japão, 35 prefeituras exigem um atestado que diga que você tem onde colocar seu carro para
que um concessionário possa vender um automóvel novo a você – problema de espaço vital.
Esses mercados maduros - EUA, Europa e Japão - onde se encontram as empresas igualmente
maduras - IBM, Toyota, Electrolux, etc. - precisam de mercados emergentes - onde o crescimento do
consumo seja maior do que o incremento vegetativo da população.
... Brasil, Índia e China. Mas não nos iludamos muito com a China. A China tem 76% de sua
população em campesinato. A Índia 72% e o Brasil apenas 22%.
Assim, o país pronto para consumir produtos ocidentais de alguma tecnologia que não seja bicicleta,
alfanje, etc. é o Brasil e por extensão o Mercosul.
Por isso estão todos aqui e querendo investir mais e mais aqui. O mercado brasileiro, segundo dados
da AC Nielsen, cresceu nos últimos 5 anos:
Ø 3 milhões de geladeiras
Nós também não temos consciência de que o Brasil representa 42% do PIB da América Latina
incluindo o México e seu PIB representa 13,3% do PIB total dos países em desenvolvimento,
incluindo a China. E que:
É preciso compreender que as empresas multinacionais estão investindo aqui porque o Brasil é o 5o.
País do mundo em Poder de Compra com mais de US$1trilhão de dólares em Purchasing Power
Parity.
Pense nisso. Passe para uma consciência crítica a respeito do Brasil. Se formos 33 milhões de
pobres somos também 120 milhões de "não-pobres" e isso quer dizer muita coisa num mundo de
mercados maduros.
E, acredite, dentro de mais alguns anos - 3 ou 4 - teremos no Brasil juros internacionais. Isso
significa que poderemos ir ao banco para que ele financie o nosso crescimento a juros decrescentes
de 10-12% ao ano e não ao mês.
Como a empresa brasileira é a mais "líquida" do mundo (não deve muito a bancos, pois se dever
quebra), o crescimento será exponencial, uma vez que todas as pesquisas mundiais mostram ser o
brasileiro o mais "empreendedor" dos povos.
E juros internacionais também farão com que o consumidor brasileiro possa consumir mais, dever
mais, criando um círculo virtuoso de crescimento do mercado.
Daí a razão de todos os bancos internacionais estarem comprando ou expandido suas ações de
varejo no Brasil. Agora é o momento de acreditar e investir lembrando que o futuro do Brasil é maior
que o seu passado.
O Brasil é um cálice de vinho com metade cheia e metade vazia. Mas é importante não vermos só a
parte vazia desse cálice. Ela existe e é grave. Mas existe uma parte cheia que está atraindo a
atenção do mundo inteiro.
u aD�nr(���p� uma disputa entre elas visando melhorar o seu posicionamento
estratégico? Como poderá tirar proveito dessas disputas entre as empresas líderes? Você
representará uma ameaça para as empresas instaladas? Existe possibilidade de eles fazerem
acordos estratégicos para barrar sua entrada no mercado?