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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DA MARINHA

GUIA DE GESTÃO PARA OBTENÇÃO


NO PAÍS
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DA MARINHA

GUIA DE GESTÃO PARA OBTENÇÃO


NO PAÍS

ELABORAÇÃO: EQUIPE DO PROGRAMA NETUNO


VERSÃO 1.3
RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE 2023.
DEIXE A IMPRENSA LOCAL OU REGIONAL SABER DO LANÇAMENTO DE SU
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

1. PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO
2. SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA
3. GESTÃO DO CONTRATO
4. OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL
5. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA DO BRASIL
6. OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL
7. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL
8. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA DO BRASIL
9. OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL
10. OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL
11. OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

CONCLUSÃO

ANEXOS

AS 20 ETAPAS PARA:

A. OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL


B. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA DO BRASIL
C. OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL
D. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL
E. OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA DO BRASIL
F. OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL
G. OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL
GUIA DE GESTÃO PARA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATO
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
Este guia possui a finalidade de familiarizar a todos os militares e servidores civis da
Marinha do Brasil com os procedimentos necessários para exercer a Gestão Contratual
dos Acordos Administrativos sob responsabilidade da Força.
A atividade de Gestão Contratual está inserida dentro de um contexto mais amplo, aqui
denominado como Ciclo de Obtenção para um melhor entendimento dos militares e civis
que participam da atividade de Gestão dos contratos da Marinha do Brasil.
A figura abaixo almeja demonstrar a este profissional uma visão geral do referido ciclo,
onde está inserido a Etapa de Gestão do Contrato:

Figura: O ciclo de obtenção

Para uma melhor compreensão dos militares e servidores civis tripulantes da MB e que
exercem a atividade de Fiscalização de Contratos, as dez fases apresentadas acima são
realizadas, basicamente, por profissionais de três áreas inseridas nos serviços de
Intendência prestados para a Força.
GUIA DE GESTÃO PARA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE
CONTRATOS
INTRODUÇÃO

A figura abaixo ilustra de maneira macro o papel de cada atividade dentro do ciclo
apresentado acima:

Figura: Os três papéis macros do ciclo de obtenção

Os três papéis macros do ciclo de obtenção são descritos da seguinte forma:


a. a OBTENÇÃO realiza a compra (por meio dos contratos, foco deste manual);
b. a FINANÇAS aloca crédito orçamentário e realiza o pagamento; e
c. o ABASTECIMENTO determina as necessidades e distribuição.

Este manual possui seu foco em orientar e atribuir responsabilidades aos agentes
responsáveis pela condução da sexta etapa do ciclo (Gestão do Contrato). Contudo,
visando a uma melhor eficácia de todo o ciclo, faz-se essencial apresentar orientações
sobre as demais etapas afetas à atividade de obtenção.
Esta necessidade se justifica pelo fato de que nenhum contrato administrativo poderá ter
seu objeto alterado, apenas acrescido ou suprimido, e, desta forma, apenas o fiel
cumprimento de todas as cláusulas do contrato não garante à Marinha do Brasil que
aqueles recursos financeiros, empregados em determinado contrato, estão sendo
aplicados da maneira mais eficaz.
A razão disto é que o Contrato não é o fim, mas sim o meio para que os recursos
financeiros alocados à Marinha do Brasil possam ser apropriados contabilmente em
recursos materiais, por exemplo.
Nota-se que os contratos são fundamentais para o crescimento da Marinha e dos seus
recursos, contudo não possuem flexibilidade administrativa ou capacidade de manobra.

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GUIA DE GESTÃO PARA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE
CONTRATOS
INTRODUÇÃO

As cláusulas ali estabelecidas devem ser cumpridas e os recursos financeiros já estariam


alocados. Neste sentido, para uma melhor compreensão dos contratos e para garantir
uma otimização da execução de recursos financeiros da Força, é salutar que o presente
manual de procedimentos apresente também as demais fases da atividade de
OBTENÇÃO, com a finalidade de se garantir a melhor contratação possível.
De maneira resumida, toda organização tem necessidades que precisam ser supridas
para o seu funcionamento. A Fase de Planejamento da Obtenção existe para que todos
os requisitos de otimização dos recursos financeiros da Marinha sejam atendidos, por
meio do futuro contrato. Nesta fase, serão realizados os estudos técnicos preliminares que
servirão de base para a definição das condições a serem cumpridas no momento
seguinte: a Fase da Seleção da Melhor proposta.
A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve ser
realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar o
contrato. Esta fase é pública e deve abranger as condições previamente estabelecidas por
meio do planejamento.
A Fase da Gestão de Contratos é a última das principais fases do ciclo de obtenção. Os
contratos possuem como uma das partes a União (Ente Jurídico), que por delegação é
assinado, normalmente, pelo Diretor/Comandante da OM (sempre por quem exercer a
função de Ordenador de Despesas). A outra parte, normalmente, trata-se da empresa que
apresentou a melhor proposta durante a fase da seleção da melhor proposta.
A figura abaixo almeja sintetizar as três principais fases do ciclo de obtenção, apontando
seus agentes responsáveis mais comuns na MB:

Figura: As três principais fases do ciclo de obtenção

Assim, dentro de um contexto de centralização na Marinha do Brasil, é importante


ressaltar que este guia é destinado prioritariamente aos profissionais da área técnica,
normalmente tripulantes das OM centralizadas e Unidades Gestoras Responsáveis (UGR)
pelos créditos orçamentários.

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GUIA DE GESTÃO PARA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE
CONTRATOS
INTRODUÇÃO

Os procedimentos aqui descritos foram estruturados em três capítulos, para possibilitar o


fácil entendimento dos profissionais que não possuem familiaridade com a pesada e
complexa legislação da área de obtenção.
O capítulo inicial terá foco no planejamento das contratações, para que o leitor possa
compreender sua importância ao longo de todo o processo. Uma vez que nesta fase serão
determinadas as necessidades da organização e se estabelecerá a melhor estratégia de
obtenção. Cabe ressaltar a importância da efetiva participação, já nesta fase inicial, do
fiscal do futuro contrato.
O segundo capítulo abordará a seleção da melhor proposta, realizada pela área de
Intendência, ou seja, por profissionais específicos, distintos daqueles que são o público-
alvo desta publicação.
O capítulo três destacará a gestão dos contratos. Entende-se que, após a seleção da
melhor proposta ter sido realizada pela área de Intendência, o momento é de efetivamente
realizar a fiscalização do contrato, com a finalidade de se receber o objeto discriminado
nas condições estabelecidas durante o planejamento.
A partir dos capítulos iniciais, serão vistas as particularidades de cada tipo de contrato:
 os contratos de compra;
 os contratos de serviços por demanda;
 os contratos de obra;
 os contratos de serviços contínuos;
 os contratos de serviços contínuos (MDO);
 os contratos de soluções de TIC;
 os contratos de saúde; e
 os contratos decorrentes de dispensa eletrônica.

Olá, eu sou o Netuninho!


Aparecerei ao longo deste manual para fornecer dicas,
orientações e destaques importantes para a compreensão do
conteúdo.
E lembre-se: a solução para a boa condução dos seus
trabalhos sobre este tema passa pelos caminhos de uma boa
GESTÃO.

Para saber mais sobre as ferramentas de gestão citadas ao longo do manual,


consulte o site do Programa Netuno.
Visite: http://netuno.dadm.mb/
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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

INTRODUÇÃO
O Planejamento da obtenção é a fase de estudos, de pensar antes de agir.
Estabelecer premissas, listar todos os fatos pertinentes relacionados ao que se
deseja contratar e fazer um exame abreviado de toda a situação vigente. Estudar
tudo sobre as características do objeto e também sobre o mercado que ele pertence.

1. O PLANO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL (PEO)


1. Caso o objeto a ser adquirido/contratado não possua relação com os processos da OM,
deve-se demonstrar o total alinhamento de tal objeto ao PEO. Sendo assim, o emprego
de recursos públicos deve ser destinado para a administração da OM ou para o
atendimento dos seus objetivos estratégicos. No atual contexto, os órgãos de controle
interno e externo exigem que os créditos orçamentários sejam empregados, atendendo
a legislação vigente, de maneira eficiente e eficaz, ou seja, que venha a proporcionar
entregas e resultados estratégicos para o órgão responsável pelos recursos.

Atenção Equipe de Planejamento:


Suas necessidades devem estar alinhadas aos Objetivos
Estratégicos contidos no PEO de sua OM. Lembre-se de
submeter o PEO à aprovação do seu COMIMSUP!
Para saber mais sobre o PEO, visite:
http://netuno.dadm.mb/?q=PEO.

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

2. Normalmente, a formalização da demanda já foi realizada na fase anterior, pelo setor


solicitante, e caberá a uma equipe de planejamento estabelecer a melhor estratégia e
as condições de contratação do objeto necessário.

2. O PLANO ANUAL DE CONTRATAÇÕES (PAC)


1. Cada OM da MB possui seu próprio Programa de Aplicação de Recursos (PAR).
2. As Unidades Gestoras Responsáveis (UGR) que são OM Apoiadas (OMAp) devem
informar suas necessidades de contratações descritas no seu PAR, pretendidas para o
exercício financeiro seguinte, logo após a última reunião de Conselho de Gestão do
ano, para as Unidades Gestoras Executoras (UGE) que são OM apoiadoras e
responsáveis por consolidar o Plano Anual de Contratações (PAC).
3. Este documento possui a finalidade de consolidar informações sobre todos os itens que
a OM Centralizadora planeja contratar no exercício subsequente.
4. No PAC deverá constar, também, a ordem de prioridade de cada processo, com a
finalidade de otimizar os trabalhos da UGE para atender as demandas, ao longo do
exercício seguinte, em apoio às UGR.
5. As despesas rotineiras das UGR, assim como as contratações passíveis de serem
aditadas, poderão constar perenemente no documento, necessitando apenas da
atualização de valores e das despesas discricionárias intencionadas por parte das
UGR.
6. Ao final de cada exercício financeiro, o percentual de processos executados
(quantidade de processos contida no PAC/total de processos executados) servirá de
indicador para mensurar o nível de planejamento. No que tange ao emprego dos
créditos orçamentários sob a responsabilidade de cada OM da Força, deverão ser
considerados os valores inicialmente planejados e os efetivamente contratados.

Para saber mais sobre o Plano Anual de Contratações, acesse o DECRETO Nº


10.947, DE 25 DE JANEIRO DE 2022

Ou clique aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-


2022/2022/decreto/D10947.htm

3. A EQUIPE DE PLANEJAMENTO
1. O Planejamento de Obtenção deverá ser realizado por uma equipe técnica, composta
por militares técnicos (que podem ser do setor requisitante), que estudará o objeto a
ser contratado. Importante que nesta equipe não estejam militares ou servidores civis
que venham a realizar a condução das sessões públicas por ocasião da fase seguinte,
a Seleção do Fornecedor.
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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

2. Não há uma quantidade de integrantes previamente definida, porém a Equipe deverá


possuir, pelo menos, três componentes, designados em Portaria, contendo o líder e os
demais membros e suplentes, que responderão nos casos de ausência do membro
titular. A equipe deverá dispor de, no mínimo, um elemento do setor requisitante.
3. A Equipe designada para realizar o planejamento do processo deverá acompanhá-lo
até o momento da assinatura do contrato. Ocasião, então, que uma nova Portaria
deverá ser assinada pela autoridade competente que assinará o Acordo
Administrativo, onde será designada a Equipe de Fiscalização que exercerá a Gestão
do Contrato.

Ressalta-se que a coincidência entre as Equipes de planejamento e fiscalização,


caso seja possível, deve ser encorajada para o bem do processo.

4. Neste sentido é essencial que a Equipe de Planejamento tenha sempre dois


questionamentos norteadores de suas ações, por ocasião do planejamento: “qual é o
objeto?” e, não menos importante, “quanto ele custa?”.

4. DO PLANEJAMENTO ATÉ O CONTRATO


1. Uma vez designada a equipe de planejamento, será realizada uma primeira reunião
de coordenação, pelo líder desta equipe, sobre os dois questionamentos acima.
Assim, chega-se ao momento em que cada membro da equipe passa a conhecer as
fases para se alcançar a contratação almejada e os procedimentos necessários.
2. Apresenta-se, abaixo, uma figura que demonstra de maneira macro as três fases
necessárias para que haja um contrato:

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

3. Como o foco deste capítulo do guia é tratar sobre o planejamento, vamos, a partir de
agora, apresentar os procedimentos necessários para que a fase de Planejamento
atinja seu objetivo.
4. Em virtude de estarmos diante de um processo administrativo, devemos seguir
algumas orientações para que possamos responder às duas perguntas norteadoras
do planejamento.

5. OS CINCO PASSOS RUMO AO CONTRATO


1. Dentre as orientações a serem seguidas, está o cumprimento de cinco passos
básicos e essenciais para que possamos, ao final, garantir que a nossa Equipe de
Planejamento possua domínio na especificação do Objeto a ser contratado e do seu
valor de mercado. São eles:
a. PASSO 1: Designação da Equipe de Planejamento;
b. PASSO 2: Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
c. PASSO 3: Gerenciamento de Riscos;
d. PASSO 4: Valor Estimado; e
e. PASSO 5: Consolidação dos estudos preliminares.
2. É fundamental, por meio de um bom planejamento, não apenas conhecer as
características técnicas do objeto, mas também o seu valor de mercado, para que
seja possível avaliar qual será o melhor caminho a seguir para se alcançar a proposta
mais vantajosa, dentro dos parâmetros estabelecidos nesta fase inicial.
3. Com a finalidade de nortear os trabalhos iniciais, sempre com foco na contratação da
proposta mais vantajosa, será apresentada uma lista de documentos necessários e
comuns aos processos, nesta fase, a serem gerados por meio de estudos elaborados
pela área técnica.

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

4. A apresentação de cada um será subdividida em:


a. FINALIDADE;
b. RESPONSÁVEL; e
c. CONTEÚDO.

As informações contidas nestes documentos a serem apresentados serão os


pilares ao longo de todo o processo de Obtenção nas fases seguintes e, portanto,
essenciais para uma contratação bem especificada e de melhor controle pela
fiscalização por ocasião do recebimento do objeto.

5.1 PASSO 1: DESIGNAÇÃO DA EQUIPE DE


PLANEJAMENTO
1. FINALIDADE: Indicar os profissionais que serão responsáveis pela condução de toda a
fase de planejamento. Inicialmente, deverá ser preenchido o Documento de
Formalização da Demanda (DFD), pelo setor requisitante.
No caso das OMAp, após a definição da equipe pela Autoridade Competente da UGR,
deverá ser encaminhado o DFD para a OM apoiadora, que poderá ser assinado por um
Chefe de Departamento/Superintendente, desde que haja menção ao número da
Portaria da OM.
2. RESPONSÁVEL: A escolha dos profissionais que conduzirão todo o Planejamento
deve ser realizada pelo Diretor/Comandante da OM responsável – UGR – pelos
recursos a serem empregados, por meio de Portaria.
3. CONTEÚDO: O que irá materializar a designação da equipe é o DFD e a formalização
será por meio de Portaria, conforme descrito acima. A equipe de planejamento deverá
possuir um líder e seu suplente indicados com a finalidade que sejam, para aquele
determinado processo, o Ponto Ostensivo de Contato (POC) de toda área técnica junto
ao setor que conduzirá a sessão pública na fase seguinte.
4. Importante ressaltar que o líder da equipe de planejamento designado terá duas
atribuições principais ao longo de todo o processo, até o momento da assinatura
contratual:
a. atender demandas complementares e realizar as retificações, quando for o caso,
apontadas pelo parecerista da AGU ao processo; e
b. acompanhar e responder dúvidas técnicas de fornecedores apresentadas após a
publicação do processo, subsidiar o pregoeiro ou o agente de contratação nas
respostas dos recursos interpostos, quando demandado, assim como analisar a
proposta do licitante melhor classificado, a fim de verificar se está de acordo com o
objeto requerido.

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

5.2 PASSO 2: ESTUDOS TÉCNICOS PRELIMINARES


1. FINALIDADE: Os dados obtidos durante estes estudos servirão de base para a
elaboração do Projeto Básico/Termo de Referência, documentos que deverão conter a
discriminação detalhada do Objeto a ser contratado e, por isso, deverão ser
minuciosos.
Por meio deste documento, a Equipe de Planejamento vai formalizar seu estudo e
sustentar suas justificativas técnicas, com vistas a comprovar a viabilidade da
contratação pública e o objetivo estratégico que se almeja alcançar com ela.
Importante ressaltar que se trata de um estudo e, portanto, não possui limites de
páginas e não precisa ser sucinto e nem obedecer a regras de formatação de trabalhos
acadêmicos. A Equipe de Planejamento deve focar na elaboração desse estudo, pois é
através dele que a equipe conhecerá cada vez mais seu objeto e, consequentemente,
construirá argumentos robustos para justificar o emprego de recursos públicos sob
responsabilidade da OM.
2. RESPONSÁVEL: O responsável pelo Estudo Técnico Preliminar deve ser o Líder da
Equipe de Planejamento e o documento deverá ser aprovado pela pelo seu Chefe de
Departamento/Superintendente que, em tese, seria, dentro da Organização
Administrativa de cada OM, o militar ou servidor civil com maior experiência e
conhecimento técnico do objeto da contratação.
3. CONTEÚDO: O conteúdo deste estudo é a base de todo o processo de contratação. A
Equipe de Planejamento deve buscar conhecer seu objeto para melhor discriminá-lo. A
discriminação do objeto resultante desse estudo servirá de apoio para o preenchimento
do Objeto do Futuro contrato e as condições e regras inseridas neste estudo vão
garantir a segurança técnica por ocasião da execução do objeto a ser contratado.

Na elaboração deste estudo, a Equipe de Planejamento, além


de conhecer melhor o objeto necessário e o mercado que
está inserido, também deverá alinhar as justificativas de
realizar a contratação com o PEO da sua OM.
Para isso, basta dizer qual o objetivo estratégico do referido
documento que a execução daquele objeto atende.

4. Por se tratar de um estudo, não há um modelo fixado dentro da legislação vigente.


No caso da MB, as OM Centralizadoras, UGE responsáveis por conduzir a sessão
pública atinente à fase seguinte do processo (fase de deleção do fornecedor), deverão
orientar suas OM apoiadas para que neste estudo, além da perfeita discriminação do
objeto, estejam todos os dados e justificativas necessárias a serem lançados no
sistema de compras eletrônico que esteja vigorando, tais como CATMAT, CATSERV,
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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

justificativas para não realização de Intenção de Registro de Preços, justificativas para


não usar a modalidade pregão eletrônico, entre outras informações pertinentes,
conforme o caso.

Existe um modelo fixado por meio do ETP Digital, normatizado pela IN 40/2020, porém é
facultativo para MB, por não fazermos parte do SISG.
Por mais que seja facultativo para a MB, é um modelo regulamentado, padronizado.
Ficaria mais fácil para o "operador". Por isso, recomenda-se a sua utilização.

5. Os itens mínimos para lançamento do processo no portal de compras deverão ser


atualizados pelas OM centralizadoras, sempre que necessário, e disponibilizados para
suas OM apoiadas. Por se tratar de um Estudo, a Equipe de Planejamento não deve se
limitar aos itens mínimos orientados pela OM apoiadora, quanto mais completo o
Estudo Técnico Preliminar melhor será todas as demais fases. Importante que a Equipe
de Planejamento tenha um tempo mínimo necessário para estudo, conforme a
complexidade e relevância do objeto para a MB.

5.3 PASSO 3: GERENCIAMENTO DE RISCOS


1. FINALIDADE: O Gerenciamento de Riscos é um processo que consiste na identificação
dos principais riscos que possam comprometer a efetividade do Planejamento da
Contratação, da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que impeçam o
alcance dos resultados que atendam às necessidades da contratação. Deverá conter a
avaliação dos riscos identificados, consistindo na mensuração da probabilidade de
ocorrência e do impacto de cada risco. O Mapa de Riscos é o documento que
materializa todo o gerenciamento de riscos da contratação desenvolvido pela Equipe de
Planejamento.
2. RESPONSÁVEL: O responsável pelo Mapa de Riscos deve ser o Líder da Equipe de
Planejamento e o documento deverá ser aprovado pelo seu Chefe de
Departamento/Superintendente que, em tese, seria o militar ou servidor civil com maior
experiência e conhecimento técnico do objeto para que realize a aprovação, dentro do
setor administrativo de cada OM.
3. CONTEÚDO: Atualmente, não há obrigatoriedade de seguir um modelo único, desde
que o Mapa de Riscos demonstre o gerenciamento de riscos da contratação
pretendida. Para isso, deverá contemplar o tratamento dos riscos considerados
inaceitáveis por meio da definição das ações para reduzir a probabilidade de ocorrência
dos eventos ou suas consequências. Para os riscos que persistirem inaceitáveis após o
tratamento, devem ser definidas ações de contingência para o caso de os eventos
correspondentes aos riscos se concretizarem. Sempre deverá ser definido
explicitamente os responsáveis pelas ações de tratamento dos riscos e das ações de
contingência.

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

Para saber mais sobre Gerenciamento de Riscos, acesse:

http://netuno.dadm.mb/?q=riscos

5.4 PASSO 4: VALOR ESTIMADO


1. FINALIDADE: A finalidade neste passo é a Equipe de Planejamento demonstrar o valor
de mercado do objeto que se pretende contratar. Este valor será o valor estimado a ser
empregado na fase seguinte pela Área de Intendência para servir de base aos lances a
serem ofertados por ocasião da condução da Sessão Pública. Uma planilha de preços
deverá consolidar toda a pesquisa de mercado realizada pela Equipe de Planejamento.
2. RESPONSÁVEL: O responsável pela Planilha de Preços deve ser o Líder da Equipe de
Planejamento e o documento deverá ser aprovado pelo seu Chefe de
Departamento/Superintendente que, em tese, seria, dentro da Organização
Administrativa de cada OM, o militar ou servidor civil com maior experiência e
conhecimento técnico do objeto para que realize a aprovação.
3. CONTEÚDO: Mais um documento que não possui um modelo de uso obrigatório.
Caberá à OM Centralizadora orientar suas OM apoiadas no melhor modelo que julgue
pertinente receber as informações conforme o objeto a ser licitado. Uma vez a UGE
elaborando um modelo padrão a ser seguido pelas suas OM apoiadas facilitará a
análise das informações e o trâmite do documento dentro de cada setor da Marinha do
Brasil obedecendo as características de cada área de obtenção em todo o território
nacional.
4. Com a finalidade de auxiliar na compreensão da Equipe de Planejamento no tipo de
planilha a ser elaborada, conforme o objeto, apresenta-se a imagem a seguir com
algumas definições conceituais importantes:

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

a. ORÇAMENTO–Preço do objeto sem condições de contratação estipuladas.


b. PROPOSTA–Preço do objeto com condições de contratação estipuladas (Ex: Local de
entrega e Prazo).
c. PESQUISA–Conjunto de preços do objeto de fornecedores diferentes nas mesmas
condições de contratação estipuladas.
d. MAPA COMPARATIVO DE PREÇOS (MCP) –Conjunto de preços de uma pesquisa
com um valor estimado resultante de uma metodologia aplicada (Ex: Média aritmética,
Mediana, Média harmônica...). Mais usual e atende a maioria dos processos de
obtenção na Marinha do Brasil.
e. PECFOP –Sobre os preços do MCP ou de Tabela de Custos de conhecimento público,
EX: SINAPI, insere-se percentuais de BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)
estipulados previamente pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Empregado
normalmente em obras e deve ser realizado por profissionais de Engenharia ou
Arquitetura com CREA.
5. Dentre as possibilidades acima apresentadas (MCP e PECFOP), o modelo a ser
orientado pelas OM centralizadoras deverá conter, no mínimo, as seguintes
informações:
a. identificação do agente responsável pela cotação;
b. caracterização das fontes consultadas;
c. série de preços coletados;
d. método matemático aplicado para a definição do valor estimado; e
e. justificativas para a metodologia utilizada, em especial para a desconsideração de
valores inexequíveis, inconsistentes e excessivamente elevados, se aplicável.
6. Para realizar a pesquisa de preços, a Equipe de Planejamento deverá seguir, sempre
que possível, a Instrução Normativa vigente (IN 65/2022).

Ressalta-se importante a Equipe de Planejamento explicitar no documento a ser entregue


(MCP ou PECFOP) como atingiu o valor estimado ao final, pois isso poderá ser fruto de
questionamentos na fase pública de certame licitatório. A Equipe deverá estar capacitada a
responder os questionamentos com argumentos sólidos com base nos estudos realizados
no planejamento.

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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

5.5 PASSO 5: CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS


PRELIMINARES
1. Como resultados de seus estudos e pesquisas ao final do passo 04, a Equipe de
Planejamento já possui respostas sobre a perfeita definição do objeto a ser contratado,
como também quanto custa esse objeto, ou seja, seu valor de mercado.
2. Neste passo atual caberá à Equipe de Planejamento consolidar todos os dados nos
documentos que será entregue aos profissionais da Área de Intendência para condução
da Fase de Seleção do Fornecedor, sob as regras e condições estabelecidas pela
Equipe de Planejamento.
3. Não há mais necessidade de estudo ou de pesquisas. Nesse momento, a Equipe de
Planejamento deverá apenas preencher os documentos de ordem técnica do processo,
com a finalidade de que haja a autorização para abertura de processo licitatório, por
parte de quem possuir a competência para tal. Normalmente, essa competência, na
MB, é do Diretor da OM Centralizadora.
4. É importante que haja orientações da OM centralizadora sobre toda a documentação
que julgue pertinente receber das OMAp, os seus modelos, conforme o processo, e a
legislação que ampare aquele processo, tendo em vista que, hoje em dia, existem
diversos diplomas legais que podem dar amparo a um processo de seleção da melhor
propostas, tais como: Lei de Licitações, Lei das Estatais, Lei de Inovação, entre outros
que são empregados na MB atualmente.
5. A figura a seguir ilustra as possibilidades para a equipe de planejamento seguir após o
pleno domínio do objeto que deseja e seu valor:

6. Para a escolha do caminho (diploma legal e modalidade) a ser escolhido, sugere-se


que haja uma linha de comunicação constante entre as OM Centralizadas e suas
centralizadoras, principalmente nos objetos de maior complexidade e relevância
estratégica para a Marinha. Salienta-se que o responsável técnico do objeto é a OM
Centralizada e o responsável pelo processo de Obtenção é a OM Centralizadora, não
esquecendo, porém, que a eficácia da contratação é de responsabilidade de ambos.
7. Independentemente do caminho (diploma legal) a ser escolhido pela Equipe de
Planejamento, ela deverá confeccionar os seguintes documentos a serem entregues no
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CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

Setor de Intendência da OM Centralizadora, para realização da fase seguinte (Seleção


do Fornecedor):
a. Projeto Básico, Termo de Referência ou documento similar;
b. Termo de Aprovação do Projeto Básico/Termo de Referência;
c. Declaração de Adequação Orçamentária; e o
d. Parecer Técnico do Titular da OM Centralizada.

Quanto ao Projeto Básico, Termo de Referência ou documento similar, deverá ser


empregado um dos modelos disponibilizados pela Advocacia Geral da União (AGU) no site
do governo federal “GOV.BR” conforme o tipo do processo escolhido.

8. O Projeto Básico, Termo de Referência ou documento similar será reflexo dos estudos
preliminares realizados anteriormente, por possuir os dados levantados por ocasião do
referido estudo, tais como características técnicas e valores. Trata-se do documento de
maior relevância técnica a constar no futuro instrumento convocatório para a sessão
pública da fase seguinte, portanto deverá ser assinado, ao menos, pelo
Superintendente/Chefe de Departamento subordinado diretamente ao Imediato/Vice-
Diretor, conforme organograma da OM centralizada.
9. Os demais documentos e planilhas elaboradas pela Equipe de Planejamento, Estudos
Técnicos Preliminares, Mapa de Riscos, MCP/PECFOP etc. deverão ser anexados a
este documento conforme modelo da AGU e orientações pontuais da OM
Centralizadora de como prefere receber a documentação.
10. Como os próprios nomes nos remetem, esses documentos visam a ser a base do
processo (quando “Projeto Básico”) ou ser a referência (quando “Termo de
Referência”), pois em um único documento podemos comprovar tanto a viabilidade
Técnica como Financeira de um processo que, após análise dos autos, recebendo um
parecer jurídico favorável de um parecerista da AGU, está apto a ser autorizado pela
Autoridade Competente e publicado.
11. A figura a seguir ilustra melhor sobre esses três pilares do planejamento de obtenção
(Viabilidade Técnica, Financeira e Parecer Jurídico Favorável), culminando na
autorização para publicação.

11
CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA OBTENÇÃO

12. Quanto ao Termo de Aprovação do Projeto Básico/Termo de Referência, caberá a OM


Centralizadora orientar como prefere formalizar a referida autorização: em termo com
modelo próprio ou ao final do documento.
13. Quanto à Declaração de Adequação Orçamentária, trata-se da comprovação, por parte
da UGR, da disponibilidade orçamentária que irá suportar os gastos que a futura
contratação irá proporcionar ao orçamento da União. O modelo e as condições também
devem ser orientados pela OM Centralizadora, em virtude do Ordenador de Despesa
do processo estar nessa OM.
14. Quanto ao Parecer Técnico do Titular da OM Centralizada, trata-se de uma síntese em
que o Diretor da OM que designou a Equipe de Planejamento emite seu parecer
favorável à contratação do objeto discriminado no processo e as condições
estabelecidas por sua Equipe.
15. Em virtude da centralização administrativa vigente na MB, normalmente o Diretor da
UGE não possui competência para promover o juízo de conveniência e oportunidade de
todas as contratações, haja vista que elas almejam atender a necessidades para a
administração da OM ou para alcance dos objetivos estratégicos contemplados no PEO
de cada OM Apoiada.
16. Neste sentido, esse documento, além possibilitar uma maior segurança técnica ao
objeto, também possibilita o total alinhamento do emprego de recursos orçamentários
da Marinha do Brasil com o Planejamento Estratégico de cada OM, aprovado pelos
respectivos COMIMSUP.

A Portaria de Designação da Equipe de Planejamento deve ser o primeiro documento da


fase de Planejamento e este Parecer Técnico, também de autoria do Titular da OM apoiada,
deve ser o último antes da Fase de Seleção do Fornecedor. Com o fim de dar celeridade ao
processo, caberá ao Titular da OM apoiada apenas ser o responsável por mais um
documento: O Termo de indicação da Equipe de Fiscalização, a ser emitido pela autoridade
competente para assinar o contrato.

17. A Responsabilidade da Equipe de Planejamento não se encerra no momento da


entrega da documentação acima na Área de Intendência. O líder da Equipe e demais
membros deverão acompanhar o processo até o momento da assinatura do contrato.
Até mesmo a entrega do Termo de Indicação da futura Equipe de Fiscalização deverá
ser realizada pela Equipe de Planejamento, no momento que for solicitado pela Área de
Intendência.
18. Por ocasião da assinatura de todos os contratos, a autoridade competente,
simultaneamente, também deve assinar a Portaria de Fiscalização, momento este em
que se inicia a Fase da Gestão do Contrato.

12
CAPÍTULO 2
SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda a fase de seleção da melhor proposta, que se inicia com o fim
do planejamento, com o encaminhamento do Termo de Referência ou Projeto Básico
ao setor de licitações e encerra-se com a publicação do resultado de julgamento
após adjudicação e homologação.

A SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA


1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve ser
realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
planejar a licitação e fiscalizar o contrato. Esta fase é pública e deve conter
condições previamente estabelecidas por meio do planejamento.

Na MB, a capacitação dos pregoeiros e agentes de


contratação responsáveis por esta fase do ciclo de obtenção é
realizada pelo CIANB.

Acesse: http://www.cianb.mb/

1
CAPÍTULO 2
SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA

Para saber mais sobre esta fase, estude a IN 05/2017, que dispõe sobre as regras e
diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução
indireta no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e
fundacional.

Acesse pelo link:

https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-
informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-
26-de-maio-de-2017-atualizada

Figura 1 – Fluxograma de seleção de modalidade licitatória NLL

Fonte: AMORIM, VICTOR (2021, p. 123)

Obs: Alguns normativos já estão sendo substituídos. A IN 05/2017, inclusive, já


teve parte dela substituída, sendo uma tendência crescente. Pelos últimos eventos
que participamos com a AGU, estão confeccionando uma nova IN para substituí-
la, muito em virtude das inovações da NLL.
Fique atento a essa novidade!

2
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda a gestão do tempo como assunto principal da gestão do
contrato, citando como é estruturada a equipe de fiscalização do contrato e
estabelecendo técnicas de gerenciamento de um projeto para melhor conduzir o
contrato.

1. O TERMO “CONTRATO”
1. Inicialmente, cabe ressaltar que a menção a palavra contrato neste capítulo contempla
também, sempre que cabível, seus substitutos formais, demonstrados na figura abaixo:

1
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

2. A GESTÃO DO TEMPO
1. Ao ser designada, diferentemente da Equipe de Planejamento, que possuí dois
questionamentos norteadores de suas ações (“Qual é o Objeto?” e “Quanto Custa?”), a
Equipe de Fiscalização deve nortear suas ações por apenas um questionamento,
porém muito mais complexo de ser respondido: “Como fazer a Gestão do Tempo?”.
Esta dúvida acompanha o pensamento de toda a equipe durante o período em que
estiverem exercendo as atividades atinentes à fiscalização.

2. Vejamos o porquê. Todo contrato possui três pilares, são as variáveis: O OBJETO, o
CUSTO e o TEMPO estabelecido pelas partes para que o objeto ali discriminado seja
executado por determinado valor.
3. Entende-se, a princípio, que o Fiscal, normalmente técnico do objeto contratado, esteja
capacitado para dominar a variável OBJETO e todas as suas particularidades,
principalmente se participou dos estudos técnicos preliminares durante a Fase de
Planejamento.
4. Quanto à variável CUSTO, deve-se entender que não pode ser alterada a menos que
fatos supervenientes, que demandem o reequilíbrio econômico das condições
inicialmente acordadas, venham a ocorrer durante a execução do objeto, ou por
situações previstas em cláusulas contratuais, como reajustes e repactuações.
5. Mas e o TEMPO? No contrato é estabelecido o período de execução do objeto e de
vigência do contrato, cujas diferenças serão abordadas neste capítulo, porém não é
estabelecido em nenhum contrato da administração todas as “minuciosas” atribuições
que a Equipe de Fiscalização deve se ater para zelar pelo cumprimento de todas as
suas cláusulas.

2
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

No entanto, todos os dias e até mesmo em vários momentos


do dia, dependendo do tipo de contrato, a Equipe de
Fiscalização estará sendo demandada para que cumpra
determinado prazo. Corroborando ainda para que a pergunta
acima seja norteadora da Equipe de Fiscalização, pode-se
afirmar que a atividade de fiscalização de contratos trata-se de
um encargo colateral de militares e servidores civis e,
portanto, além das atribuições que aqui serão abordadas,
deverão possuir uma perfeita gestão de seu tempo para
que não sejam alcançados na nobre e essencial atividade de
fiscalizar os documentos, que são meios de crescimento da
Força.

6. Em alguns contratos tem prevista cláusula que referencia o Termo de Referência onde
constam informações sobre fiscalização.
7. Entendemos que, quando falamos de reequilíbrio econômico, estamos englobando
"revisão", "reajuste", "repactuação". E o custo/tempo podem ser influenciados por
alterações unilaterais no contrato, promovidos pela Administração.

3. CONHECENDO A EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO


1. Em virtude da grande variedade de áreas de conhecimento que um contrato pode
demandar para a sua fiscalização, é importante que sejam conhecidos os quatro
principais membros da Equipe designada em Portaria da autoridade competente e suas
principais atribuições:
2. O GESTOR DO CONTRATO e substituto: Responsável pela coordenação das
atividades relacionadas à fiscalização técnica, administrativa e setorial, bem como dos
atos preparatórios à instrução processual e ao encaminhamento da documentação
pertinente ao setor de contratos da área de Intendência para formalização dos
procedimentos quanto aos aspectos que envolvam a prorrogação, alteração,
reequilíbrio, pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre
outros;

3
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

3. O FISCAL TÉCNICO e substituto: Responsável pelo acompanhamento com o objetivo


de avaliar a execução do objeto nos moldes contratados e, se for o caso, aferir se a
quantidade, qualidade, tempo e modo da prestação dos serviços estão compatíveis
com os indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no ato convocatório,
para efeito de pagamento conforme o resultado;
4. O FISCAL ADMINISTRATIVO 1 e substituto: Responsável pelo acompanhamento dos
aspectos administrativos contratuais quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e
trabalhistas, bem como quanto às providências tempestivas nos casos de
inadimplemento; e
5. O FISCAL SETORIAL e substituto: Responsável pelo acompanhamento da execução
do contrato nos aspectos técnicos e2 administrativos quando a prestação dos serviços
ocorrer concomitantemente em setores distintos ou em unidades desconcentradas de
um mesmo órgão ou entidade.

Esses são os principais fiscais de um contrato. Porém pela natureza dos contratos da
Marinha do Brasil ser de orçamento público é importante ressaltar que todas as
contratações são passíveis de serem fiscalizadas pelo usuário dos serviços prestados, por
meio da publicidade desses contratos. Nada impede também que a autoridade
competente, em virtude da importância e relevância de determinado contrato, designe
mais de um fiscal do mesmo tipo, técnico e/ou administrativo.

6. Na indicação de servidor devem ser considerados a compatibilidade com as atribuições


do cargo, a complexidade da fiscalização, o quantitativo de contratos por servidor e a
sua capacidade para o desempenho das atividades.
7. As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual devem ser realizadas de
forma preventiva, rotineira e sistemática, podendo ser exercidas por servidores, equipe
de fiscalização ou único servidor, desde que, no exercício dessas atribuições, fique
assegurada a distinção dessas atividades e, em razão do volume de trabalho, não
comprometa o desempenho de todas as ações relacionadas à Gestão do Contrato.

1 No recente Decreto de Agente de Contratação, fiscalização etc, Decreto nº 11.246, de 27


de outubro de 2022, já não cita mais o Fiscal Administrativo apenas para contratos de
mão-de-obra exclusiva, assim como já ocorria na prática. Não há dúvidas que suplanta o
conceito apresentado pela IN 05/2017.
2 A conjunção "ou" era utilizada na IN 05/2017. Mas agora há uma diferença, pois o
Decreto nº 11.246/22 utiliza a conjunção "e".
4
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

4. UM CONTRATO, UM PROJETO
1. Todos os membros de uma Equipe de Fiscalização ao serem designados para
exercerem a Fiscalização de um Contrato devem considerar esse trabalho como um
Projeto. Este Projeto tem início, meio e fim. Portanto a pergunta mais importante a ser
respondida pelos fiscais, “como fazer a Gestão do Tempo?”, começa a ganhar
similaridade com a Gerência de Projetos.

ATENÇÃO EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO!


Seu contrato é um projeto com início, meio e final.
Cabe à equipe de fiscalização agir como Gerentes de Projeto!
Ao final, a Marinha do Brasil terá mais um Objeto entregue!

2. Os projetos se diferem de processos por terem seus tempos perfeitamente


delimitados. Neste sentido, para facilitar a compreensão de todas as principais
atribuições da Equipe de Fiscalização, vamos dividi-las em três partes, obedecendo a
cronologia dos fatos de um contrato e sempre em analogia a uma gerência de projetos.
A figura a seguir ilustra, então, as principais fases do projeto de fiscalização de um
contrato:

5
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

5. O INÍCIO DO PROJETO DE FISCALIZAÇÃO DE UM


CONTRATO
1. Para a Equipe, o projeto se inicia quando cada um recebe a notificação pela sua
chefia direta que foi selecionado para exercer a atividade de fiscalização de um
determinado contrato. Importante que seja pela sua chefia direta pois a fiscalização
do contrato será a partir daquele momento uma atividade a mais para ele e seu
chefe, como responsável pela sua avaliação deve estar ciente na nova atribuição,
embora suas atividades no projeto serão coordenadas pelo Gestor do contrato.
2. Passaremos, a partir deste momento, a esclarecer cada etapa da fase inicial do
projeto:

a. TERMO DE INDICAÇÃO: para o exercício da função, o gestor e fiscais deverão ser


cientificados, expressamente, da indicação e respectivas atribuições antes da
formalização do ato de designação.
A indicação deve ser realizada pelo Diretor da UGR. Na indicação de servidor devem
ser considerados a compatibilidade com as atribuições do cargo, a complexidade da
fiscalização, o quantitativo de contratos por servidor e a sua capacidade para o
desempenho das atividades.
b. TERMO DE CONFLITO: Após dar ciência no Termo de indicação o Fiscal deverá
assinar o Termo de Não conflitos de interesses de sua parte perante o contrato que
irá fiscalizar.
O conflito de interesses ocorre independentemente da existência de lesão ao
patrimônio público ou de recebimento de vantagem financeira pelo agente público ou
terceiro. Basta que o confronto existente entre o interesse público e privado traga
prejuízo para o interesse coletivo ou influencie, de maneira imprópria, o desempenho
da função pública.

6
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

O Fiscal não deve ter nenhuma ligação ao fornecedor de melhor proposta que será o
contratado.

c. ASSINATURA CONTRATUAL: Neste momento a autoridade competente para a


assinatura do contrato deve assinar simultaneamente 3 à assinatura do contrato a
Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

O Setor de Contratos da OM Centralizadora deverá o mais breve possível notificar a


todos os membros da Equipe de Fiscalização e encaminhar a eles as cópias dos
documentos essenciais da contratação pelo setor de contratos, a exemplo dos Estudos
Preliminares, do ato convocatório e seus anexos, do contrato, da proposta da contratada,
da garantia, quando houver, e demais documentos indispensáveis à fiscalização.

A partir do momento da assinatura dessa Portaria, a responsabilidade da Equipe de


Planejamento na condução do processo é substituída pela Equipe de Fiscalização.
Importante ressaltar que o Gestor deve coordenar o projeto e desde o início
estabelecer rotinas de verificações, tornando assim a Gestão do Tempo algo
plenamente executável em meio as atribuições de cada membro da Equipe.
Nas contratações que não gerem contrato, e sim instrumento equivalente
(Autorização de Compra, Ordem de Execução de Serviços, etc.), não haverá Gestor
da Contratação, ficando assim o Fiscal Técnico mais antigo responsável pela
coordenação das atividades.
d. GARANTIA CONTRATUAL: é o primeiro documento a ser providenciado pela Equipe
de Fiscalização. Tão logo seja assinado o contrato é importante que o Gestor seja
sempre o contato da Administração Pública junto ao preposto indicado pela empresa.
Ao Fiscal caberá sempre a medição da execução do objeto e relatar o andamento ao
Gestor, sempre sugerindo ações por parte da Administração perante o contratado,
como aplicação de sanções administrativas e aditamentos, devidamente motivados.

A Garantia deverá ficar em cofre do Agente Financeiro da OM Centralizadora, a quem


cabe verificar sua veracidade e executá-la sob determinação do Ordenador de Despesas.

e. REUNIÃO INICIAL: Trata-se do primeiro encontro de toda a Equipe de Fiscalização


com os representantes da empresa contratada.

3 A assinatura pode acontecer previamente também. O que, de fato, não pode ocorrer é a
assinatura posterior, uma vez que, caso ocorra, a responsabilidade neste meio tempo será
da autoridade responsável pela designação (art. 8º,§ 6º, Decreto nº 11.246/22)
7
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

Neste momento deverão ser repassadas todas as obrigações contratuais, inclusive o


cronograma físico-financeiro anexo à proposta da empresa por ocasião da sessão
pública.
Deverá ser estipulado pelo Gestor do contrato todas as normas de circulação de
pessoal contratado na OM, sempre que o contrato envolver a necessidade de
entrada de pessoal.

Deverão ser estabelecidos os meios de contato da empresa com o Gestor do Contrato.


Não deverá ser repassado seu número telefônico particular e o tratamento junto às
empresas contratadas deverá ser o mais respeitoso, cordial e formal possível.

Após a reunião inicial, que deve ocorrer no prazo de até dez dias da assinatura, o
contrato entra na sua fase intermediária. Vamos a partir de agora ressaltar algumas
orientações pertinentes a essa fase do contrato.

6. O MEIO DO PROJETO DE FISCALIZAÇÃO DE UM


CONTRATO
1. O meio do projeto conta com as etapas de Registro de Ocorrência, Manutenção das
Condições, Pagamentos Parciais e Aditamento. Vamos ver individualmente cada uma
delas:

a. REGISTRO DE OCORRÊNCIA: Contra fatos não há argumentos. Sendo assim, os


fatos devem ser registrados. Todos os membros da equipe de fiscalização devem
possuir seus livros de anotações diárias de todos os fatos pertinentes ao contrato,
com a finalidade de servir de argumentos, no futuro, quando tiverem de se posicionar
sobre uma possível aplicação de sanção, sobre um aditamento contratual ou sobre a
necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro.

8
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

Ao sair de férias, todas as suas anotações deverão ser passadas ao respectivo substituto
para que não haja perda de continuidade no acompanhamento de todos os fatos
pertinentes ao contrato.

A ausência de funcionários em uma obra, o atraso, a falta de material, a data de


entrega de uma nota fiscal, toda documentação entregue no setor de contratos e um
material entregue não condizente com a especificação da Equipe de Planejamento
são exemplos de ocorrências que devem ser registradas.
b. MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES: Importante a Equipe de Fiscalização estar
sempre verificando todas as condições de habilitação da contratada.
O cronograma físico-financeiro deverá ser verificado diuturnamente pelos fiscais para
garantir, não apenas a execução do objeto sem transtornos administrativos, como
também evitar aditamentos de prazo sem motivação superveniente para tal.
c. PAGAMENTOS PARCIAIS: Os pagamentos parciais de eventos cumpridos dentro do
cronograma físico-financeiro devem ser priorizados pela fiscalização e a emissão de
notas fiscais devem ser previamente acertadas entre o Gestor do Contrato e o
preposto da empresa, após o aceite dos fiscais.

Após o recebimento de notas fiscais o gestor deverá providenciar o aceite pelos fiscais e
seu encaminhamento ao setor de execução financeira o mais breve possível.

O trâmite de liquidação e pagamento do título de crédito na execução financeira


possui diversas variáveis que não estão ao alcance da equipe de execução
financeira e isso pode levar ao atraso no pagamento e um processo de apuração de
responsabilidades. Em virtude disso, é importante a Equipe de Fiscalização estar
preparada para o envio da nota fiscal para a execução financeira em ato contínuo ao
seu recebimento.
d. ADITAMENTO: Ao longo da execução contratual, a Equipe de fiscalização pode
começar a constatar um atraso do serviço por fatos supervenientes e que a empresa
contratada não tenha ensejado motivos para isso.
Exemplo disso é a ocorrência de uma pandemia, uma greve geral, um estado de
calamidade, uma constatação de necessidade de acréscimo do objeto que não teve
condições de ser estimado pela Equipe de Planejamento, dentre outros.
Neste contexto, faz-se necessário um aditamento contratual dentro dos limites e
condições estabelecidas pela legislação vigente. O maior óbice para toda equipe de
fiscalização nestes casos é justamente o tempo. A minuta de um aditamento
contratual, na maioria dos casos, deve ser remetido para apreciação da AGU e isso
exige uma atenção maior da Equipe de Fiscalização que decidir aditar um contrato,
pois aditamentos contratuais somente podem ser assinados dentro do período de
vigência dos mesmos.

9
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

Cabe aqui uma breve explicação sobre a diferença entre tempo de execução e tempo
de vigência:
Tempo de execução: refere-se ao tempo que a contratada possui para executar o
OBJETO.
Tempo de vigência: refere-se ao tempo total de existência do CONTRATO. Dentro
do tempo de vigência está o tempo de execução.

7. O FINAL DO PROJETO DE FISCALIZAÇÃO DE UM


CONTRATO
1. O final do projeto conta com o Termo de Recebimento Provisório (TERP), Termo de
Recebimento Definitivo (TERD) e Arquivamento:

a. TERP: O contrato não se encerra por meio do final de sua vigência e sim pela atuação
da equipe de Fiscalização. Uma vez terminada a execução do objeto a empresa
contratada notificará a Equipe de Fiscalização.
A partir daí, teremos o recebimento provisório que será realizado pelo fiscal técnico,
fiscal administrativo, fiscal setorial ou equipe de fiscalização, nos seguintes termos:
i. elaborar relatório circunstanciado, em consonância com as suas atribuições,
contendo o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências na execução do
contrato e demais documentos que julgarem necessários, devendo encaminhá-los ao
gestor do contrato para recebimento definitivo; e
ii. quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório circunstanciado
deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências na execução
do contrato, em relação à fiscalização técnica e administrativa e demais documentos
que julgar necessários, devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para recebimento
definitivo.

10
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

b. TERD: Após a emissão do TERP, o recebimento definitivo será realizado pelo gestor do
contrato, ato que concretiza o ateste da execução dos serviços, obedecerá às
seguintes diretrizes:
i. realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação apresentada pela
fiscalização técnica e administrativa e, caso haja irregularidades que impeçam a
liquidação e o pagamento da despesa, indicar as cláusulas contratuais pertinentes,
solicitando à contratada, por escrito, as respectivas correções;
ii. emitir termo circunstanciado para efeito de recebimento definitivo dos serviços
prestados, com base nos relatórios e documentação apresentados; e
iii. comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura com o valor exato
dimensionado pela fiscalização com base no Instrumento de Medição de Resultado
(IMR), conforme o caso.
c. Arquivamento: Os fiscais deverão elaborar relatório final acerca das ocorrências da
fase de execução do contrato, após a conclusão da prestação do serviço, para ser
utilizado como fonte de informações para as futuras contratações.

Ressalta-se que os processos de aplicação de sanções administrativas poderão ocorrer em


até cinco anos após o término do contrato e o livro de ocorrências e o relatório final da
Equipe de Fiscalização deverá servir de fonte consulta para sanar eventuais dúvidas sobre
fatos ocorridos à época da execução contratual.

Caso o fiscal julgue pertinente poderá solicitar a instrução processual de seu relatório e
seu respectivo arquivamento sob responsabilidade do setor de contratos.

8. SOLUÇÕES DIGITAIS PARA GESTÃO DO TEMPO


1. Como foi visto, gerenciar um contrato é, basicamente, gerenciar a variável TEMPO,
pois as variáveis OBJETO e CUSTO já foram definidas em etapas anteriores e não
estão sob o domínio da área técnica dos profissionais envolvidos.
2. Há algumas soluções digitais disponibilizadas pela Equipe do Programa Netuno que
podem auxiliar os Fiscais a gerenciarem seus contratos mais robustos, como o Open
Project, sistema de gerenciamento de projeto baseado na web para colaboração de
equipe independente da localização.

11
CAPÍTULO 3
GESTÃO DO CONTRATO

Para saber mais sobre o Open Project e outras ferramentas auxiliares, visite

http://netuno.dadm.mb/?q=solucoesdigitais

9. AS PARTICULARIDADES DE CADA TIPO DE


CONTRATO NA MARINHA DO BRASIL
1. Os três primeiros CAPÍTULOS deste Guia foram focados em procedimentos comuns a
todos os tipos de contratos da Marinha do Brasil em suas três fases macros
(Planejamento, Seleção da Melhor Proposta e Gestão do Contrato).
2. A partir do próximo capítulo serão apresentadas as particularidades de cada tipo de
contrato conforme o seu objeto. Porém a apresentação destes tipos de contratação
será ainda dividida nas três fases supramencionadas, para um melhor entendimento da
sequência cronológica de cada contratação.

12
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA
DO BRASIL

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de compra, que se inicia na fase
de planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor
proposta e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, é realizada a aquisição remunerada de bens para
fornecimento de uma só vez ou parceladamente, considerada imediata aquela com
prazo de entrega de até 30 (trinta) dias da ordem de fornecimento, nestes casos e
quando não resultem obrigações futuras, inclusive quanto à assistência técnica,
independentemente de seu valor, pode ser utilizado um documento equivalente ao
contrato (carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra etc.).

4.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE COMPRA

1. Pensar na contratação de um bem requer um conhecimento aprofundado do


objeto a ser contratado, das possíveis soluções de mercado, daquelas que mais
se adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na Organização Militar.
2. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
3. Além do DFD, deverão ser providenciados os outros documentos especificados
no capítulo 1.
1
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

4.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE COMPRA

1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão


disponibilizadas abaixo algumas observações sobre como contratar o
fornecimento de bens:
a. A contratação de bens acontecerá por meio de um processo licitatório ou por uma
contratação direta – que pode ser por dispensa ou inexigibilidade de licitação. Ou
seja, a definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar diretamente na
forma como a Administração fará a contratação.

Veja um exemplo:
O bem que preciso só uma empresa no mercado consegue
oferecer. Logo, é uma situação de inviabilidade de
competição: vou realizar uma contratação direta por
inexigibilidade.
Agora, vamos imaginar que, na verdade, o bem pode ser
fornecido por algumas empresas, mas não ultrapassa o
valor limite para contratação direta por valor. Neste caso,
posso optar por realizar um processo licitatório ou a
contratação.

2
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

b. Com base na Nova Lei de Licitações (NLL), a modalidade licitatória utilizada para
aquisição de bens comuns é o pregão e bens especiais é a concorrência. Pode
ser utilizado também o diálogo competitivo.
c. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do bem contratado. Por essa razão,
sabendo que a dispensa/licitação ocorrerá, é importante que a especificação do
que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim distorções durante a
contratação, que vão impactar no objeto adquirido.
d. Um procedimento auxiliar que também poderá ser utilizado é o Sistema de
Registro de Preços (SRP), que é o conjunto de procedimentos para realização,
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras.
e. Neste ponto ainda cabe ressaltar que a Equipe de planejamento deverá
acompanhar a Sessão Pública a fim de sanar dúvidas do licitante, assim como
analisar a proposta do melhor classificado para verificar se está de acordo com o
objeto solicitado.

4.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE COMPRA

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.

Para maiores detalhes e especificações do que cada um dos componentes da equipe


de fiscalização deve fazer, leia o capítulo 3.
O Anexo A contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser
estabelecidas para a gestão de contratos de compra.

2. A fiscalização de um contrato de bens tem suas peculiaridades. Cabe ressaltar


que no caso de instrumento equivalente não é necessária a designação de um
Gestor, pela simplicidade do objeto, sendo necessário apenas indicar os fiscais.
3
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

As pontuações feitas aqui não esgotam o tema, e devem ser analisadas a cada
caso, pois nos contratos de compra de bens comuns muitas não serão
necessárias, mas trazem à tona os pontos mais importantes, que todos os
militares responsáveis pela fiscalização devem saber. Vamos lá?

4.3.1 Fiscalização inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo e setorial (se houver) e preposto da empresa
contratada. Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de
contrato, ponto a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o
bom andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e
deverá ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de
autos principais) e aos autos da fiscalização;
b. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando
à contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, aparelho telefônico as datas importantes do contrato, de
forma que tenha de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem durante a
gestão contratual;

DICA

Não sabe conduzir uma reunião? Não sabe como


acompanhar prazos e tarefas?
Aprenda nos cursos do Programa Netuno!
O Estágio de Conselho de Gestão oferece técnicas de
condução de reuniões, com ferramentas de otimização do
tempo e da informação.

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http://netuno.dadm.mb/?q=cursos

c. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos.

4
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

d. Emitir atestados. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções
administrativas, caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o
atestado de capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento à
eventuais penalidades aplicadas durante o período de contração;
e. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes a consultas e a
realização de medição; e
f. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)
a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
 Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus apostilamentos
e termos aditivos;
 Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços atualizada;
e
 Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
b. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices.
c. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial,
registrando em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as
ocorrências.

4.3.2 Fiscalização durante a execução do contrato


1. Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização
da execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas
condutas recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
2. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização
técnica, administrativa e setorial. Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais
substitutos; ele quem deve organizar a tabela de serviço de fiscalização, atento
às licenças, férias e outros afastamentos; reunir os SITREP e organizar as
informações nos autos; dentre outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com a autoridade superior
5
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

competente;
c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às verificações das condições de
habilitação do contratado – que deverá se manter durante toda relação;
d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,
apoiado por sua equipe;
e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios das entregas parciais realizadas;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos; e
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto.

3. O Fiscal Técnico deverá:


a. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;
b. Recorrer ao gestor na presença de dificuldades. Caso algo estiver “garrando” e o
fiscal sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer,
deve recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam
achar uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;
c. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (administrativo e setorial, se
houver), a elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e
documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na
execução contratual; e
d. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
técnico.

4. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de apostilamentos
e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do pagamento, além de
verificar as garantias contratuais e as glosas (que são situações de rejeição do
objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório;

6
CAPÍTULO 4
OS CONTRATOS DE COMPRA NA MARINHA DO BRASIL

c. Não negligenciar os prazos de execução e de vigência. Perder esses prazos pode


acarretar prejuízos logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do
contrato e problemas futuros sérios. Principalmente o de vigência! Esse é para ter
atenção redobrada;
d. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (técnico e setorial, se houver), a
elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e documentos
comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na execução
contratual; e
e. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

5. O Fiscal Setorial deverá:


a. Fazer tudo aquilo que um fiscal técnico e um fiscal administrativo precisa fazer.
Ou seja, ele será 2 em 1.

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!
Acesse:
http://www.dadm.mb/e http://www.cianb.mb/

7
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR
DEMANDA NA MARINHA

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de serviços por demanda, que se
inicia na fase de planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da
melhor proposta e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, os serviços são executados por tempo certo e
determinado, limitados, geralmente, ao exercício financeiro. Só será autorizado
extrapolar o exercício financeiro se for projeto previsto no plano plurianual. O serviço
é uma atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade,
intelectual ou material, de interesse da Administração.
Importante ressaltar que, assim como os serviços contínuos e contínuos com
dedicação exclusiva de mão de obra, todas as contratações tratam de serviços,
tendo muitas condutas recomendáveis comuns entre esses tipos de contratos.

5.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE


SERVIÇOS POR DEMANDA

1. Pensar na contratação de um serviço por demanda requer um conhecimento


aprofundado do objeto a ser contratado, das possíveis soluções de mercado,
daquelas que mais se adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na
Organização Militar.
2. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.

1
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

3. Levando em consideração que a lógica, apresentada pela Nova Lei de Licitações


e Contratos Administrativos (NLL), é a segregação de funções e gestão por
competências, não será obrigatoriamente o setor requisitante o responsável pela
elaboração dos demais documentos que irão sustentar uma futura seleção de
fornecedores pela Administração Naval. Na presença de um setor técnico, caberá
a este realizar a especificação do objeto, uma vez que detém o conhecimento
para alcançar o sucesso da contratação.
4. Mas quais são os documentos que teremos que desenvolver e quais são seus
objetivos? Abaixo, ressaltamos alguns dos documentos que farão parte de um
planejamento para contratação de um serviço por demanda, com uma breve
explicação sobre cada um destes, de quem é a responsabilidade de elaboração e
o informativo que instrui como deverá ser confeccionado. Vamos lá?

Documento Setor responsável Norma balizadora


Documento de Formalização Setor requisitante Art. 8
de Demanda (DFD) -
DECRETO Nº 10.947, DE
documento que contém o
25 DE JANEIRO DE 2022
detalhamento da
Art. 10, Instrução Normativa
necessidade da Área
SGD/ME no01/2019
Requisitante da solução a ser
atendida pela contratação
Estudo Técnico Preliminar - Setor técnico / Setor Art. 18,§§ 1º, 2º e 3º da
documento constitutivo da requisitante Nova Lei de Licitações e
primeira etapa do Contratos Administrativos e
planejamento de uma Instrução Normativa SEGES
contratação que caracteriza o no 58/2022
interesse público envolvido e
a sua melhor solução e dá
base ao anteprojeto, ao
termo de referência ou ao
projeto básico a serem
elaborados caso se conclua
pela viabilidade da
contratação
Termo de Referência - Setor técnico / Setor Instrução Normativa
documento necessário para a Requisitante SEGES/ME no 81/2022
contratação de bens e
serviços, que deve conter
parâmetros e elementos
descritivos

Mas lembre-se que a lista completa dos documentos consta no Capítulo 1 deste Guia!

2
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

5.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA

1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no Capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão


disponibilizadas abaixo algumas observações sobre como contratar serviços por
demanda.
a. A contratação de serviços por demanda acontecerá por meio de um processo
licitatório ou por uma contratação direta – que pode ser por dispensa ou
inexigibilidade de licitação. Ou seja, a definição do objeto, feita pela área técnica,
vai impactar diretamente na forma como a Administração fará a contratação.

Veja um exemplo:
O serviço por demanda que preciso que seja realizado só
uma empresa no mercado consegue oferecer. Logo, é uma
situação de inviabilidade de competição: vou realizar uma
contratação direta por inexigibilidade.
Agora, vamos imaginar que na verdade o serviço pode ser
realizado por algumas empresas, mas não ultrapassa o valor
limite para contratação direta por valor. Neste caso, posso
optar por realizar um processo licitatório ou a contratação.

3
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

b. Com base na NLL, a modalidade licitatória utilizada para aquisição de bens e


serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de
maior desconto, será o pregão. Aqui, não temos mais o valor da contratação
impactando na modalidade escolhida, apenas a natureza do objeto;
c. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do serviço contratado. Por essa
razão, sabendo que a licitação ocorrerá, caso não seja contratação direta, por
meio de critérios de julgamento de menor preço ou maior desconto, é importante
que a especificação do que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim
distorções durante a contratação, que vão impactar no objeto adquirido; e
d. Um procedimento auxiliar que também poderá ser utilizado é o Sistema de
Registro de Preços (SRP), que é o conjunto de procedimentos para realização,
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras.
3. Neste ponto ainda cabe ressaltar que a Equipe de planejamento deverá
acompanhar a Sessão Pública a fim de sanar dúvidas do licitante, assim como
analisar a proposta do melhor classificado para verificar se está de acordo com o
objeto solicitado.

5.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.

Para maiores detalhes e especificações do que cada um dos componentes da equipe


de fiscalização deve fazer, leia o Capítulo 3.
O Anexo B contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser
estabelecidas para a gestão de contratos de serviços por demanda.

2. A fiscalização de um contrato de serviço por demanda tem suas peculiaridades.


As pontuações feitas aqui não esgotam o tema, mas trazem à tona os pontos
mais importantes, que todos os militares responsáveis pela fiscalização devem
saber. Vamos lá?

4
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

5.3.1 Fiscalização inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo e setorial (se houver) e preposto da empresa
contratada. Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de
contrato, ponto a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o
bom andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e
deverá ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de
autos principais) e aos autos da fiscalização;
b. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando
à contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, aparelho telefônico as datas importantes do contrato, de
forma que tenha de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem durante a
gestão contratual;

DICA

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acompanhar prazos e tarefas?
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c. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos;

5
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

d. Emitir atestados. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções
administrativas, caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o
atestado de capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento a
eventuais penalidades aplicadas durante o período de contração;
e. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes à consultas e a
realização de medição; e
f. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)
a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
 Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus
apostilamentos e termos aditivos;
 Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços
atualizada; e
 Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
b. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices;
c. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial,
registrando em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as
ocorrências.

5.3.2 Fiscalização durante a execução do contrato


1. Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização
da execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas
condutas recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
2. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização
técnica, administrativa e setorial. Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais
substitutos; ele quem deve organizar a tabela de serviço de fiscalização, atento
às licenças, férias e outros afastamentos; reunir os SITREP e organizar as
informações nos autos; dentre outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com a autoridade superior competente;

6
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às normas de segurança do trabalho, às


verificações das condições de habilitação do contratado – que deverá se manter
durante toda relação contratual – e ao material e mão de obra utilizada na
execução do serviço. Um bom edital especifica qual é o material, a forma e quem
pode realizar determinado serviço. Ou seja, é preciso ler o contrato e seus
apêndices – cobre isso dos seus fiscais, gestor!
d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,
apoiado por sua equipe;

Para saber mais sobre as atividades de Gerenciamento de Riscos, leia o passo 3 do


Capítulo 1 deste Guia.

E para maiores informações, acesse:


http://netuno.dadm.mb/?q=riscos

e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da
empresa na execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos
definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um
ponto que deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da
melhor proposta;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos; e
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto.

3. O Fiscal Técnico deverá:


a. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;
b. Emitir notificações para a correção do serviço inadequadamente prestado,
estipulando um prazo razoável para que a empresa possa corrigi-lo. Não adianta
cobrar da contratada um prazo que claramente será descumprido. Além de não
atingir seu propósito, coloca a credibilidade da fiscalização em dúvida;
c. Recorrer ao gestor na presença de dificuldades. Caso algo estiver “garrando” e o
fiscal sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer,
deve recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam
achar uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;

7
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

d. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (administrativo e setorial, se


houver), a elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e
documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na
execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e
aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que
deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor
proposta; e
e. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter técnico.

4. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de
apostilamentos e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do
pagamento, além de verificar as garantias contratuais e as glosas (que são
situações de rejeição do objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de
pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório. Essa verificação se dará por
meio da emissão dos documentos comprobatórios pertinentes. A faina fica um
pouco mais complicada no caso dos contratos com dedicação exclusiva de mão
de obra, como veremos posteriormente;
c. Não negligenciar os prazos de execução e de vigência. Perder esses prazos pode
acarretar prejuízos logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do
contrato e problemas futuros sérios. Principalmente o de vigência! Esse é para ter
atenção redobrada;
d. Examinar a regularidade no recolhimento das contribuições fiscais, trabalhistas e
previdenciárias. Aqui, nesse tipo de contrato, as certidões negativas são mais que
suficientes para resolver o problema;
e. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (técnico e setorial, se houver), a
elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e documentos
comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na execução
contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e aferidos. Ou
seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que deve ser
discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor proposta; e
f. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

5. O Fiscal Setorial deverá:


a. Fazer tudo aquilo que um fiscal técnico e um fiscal administrativo precisa fazer.
Ou seja, ele será 2 em 1.
8
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!
Acesse:
http://www.dadm.mb/e http://www.cianb.mb/

5.4UM CASO HIPOTÉTICO


1. Vamos pensar em um caso hipotético para nos ajudar a elucidar todos esses
conhecimentos? Vamos imaginar que precisamos realizar um serviço de
manutenção predial em um hospital naval. Como aconteceria?

Precisamos realizar
um serviço de
manutenção predial!
Aqui, estamos
verificando uma
necessidade.
Logo, faremos o
Documento de
Formalização da
Demanda (DOD).

Os documentos
do planejamento
serão elaborados
pelo setor
técnico/setor
requisitante

9
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

Com os
documentos do
planejamento em
mãos, a área de
intendência vai
selecionar a
empresa
fornecedora

Contrato assinado,
agora é hora de
executar! Equipe
de fiscalização,
entrar em ação!

Fiscais técnicos de Registro


olho em todas as fotográfico
etapas da e filmagens
execução do são muito
Preposto da serviço! úteis!
empresa
acompanhando a
execução do Fiscal
serviço! administrativo
verificando a
papelada!

10
CAPÍTULO 5
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MARINHA

Gestor
fazendo o
recebimento
definitivo
Fiscais
fazendo o
recebimento
provisório

Todos os
compromissos
contratuais
honrados?
Hora de pagar
e encerrar
formalmente o
contrato.
BZ,
vencemos!

11
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA
DO BRASIL

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de obra, que se inicia na fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, é considerada toda atividade estabelecida, por força de
lei, como privativa das profissões de arquiteto e engenheiro que implica intervenção
no meio ambiente por meio de um conjunto harmônico de ações que, agregadas,
formam um todo que inova o espaço físico da natureza ou acarreta alteração
substancial das características originais de bem imóvel.

6.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE OBRA

1. Pensar na contratação de uma obra requer um conhecimento aprofundado dos


projetos da OM, das possíveis soluções de mercado, daquelas que mais se
adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na Organização Militar.
2. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
3. Nos casos de contratações de obra, o Projeto Básico é o documento que
contempla o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de
precisão adequado para definir e dimensionar a obra ou o serviço, ou o complexo
de obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações

1
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

dos estudos técnicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica e o


adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite
a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os elementos a seguir.
4. O Projeto Executivo também é necessário. Ele é por definição o conjunto de
elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, com o
detalhamento das soluções previstas no projeto básico, a identificação de
serviços, de materiais e de equipamentos a serem incorporados à obra, bem
como suas especificações técnicas, de acordo com as normas técnicas
pertinentes.
5. Cabe ressaltar que é possível a contratação integrada ou semi-integrada, onde o
contratado também é responsável por elaborar os projetos básicos e executivos,
ou apenas o executivo, respectivamente.

Nos estudos técnicos preliminares das contratações de


obra, a fim proporcionar economia ao contratante, na forma
de redução de despesas correntes, deve ser estuda a
utilização do contrato de eficiência, onde o contratado é
remunerado com base em percentual da economia gerada.

6. A Matriz de Alocação de Riscos recebe grande importância e relevância neste


tipo de contrato. Os riscos deverão ser alocados entre contratante e contratado,
mediante indicação daqueles a serem assumidos pelo setor público ou pelo setor
privado ou daqueles a serem compartilhados, e poderão constar no contrato. Nos
casos de contratos de grande vulto, ou seja, acima de R$ 200.000.000,00, é
obrigatório que a Matriz seja incluída no contrato.
7. A mesma definirá o equilíbrio econômico-financeiro inicial do acordo em relação a
eventos supervenientes e deverá ser observada na solução de eventuais pleitos
das partes, considerando que quando atendidas as condições do contrato e da
matriz de alocação de riscos, será mantido o equilíbrio econômico-financeiro,
renunciando as partes aos pedidos de restabelecimento do equilíbrio
relacionados aos riscos assumidos, salvo algumas exceções previstas em Lei.

Conforme citado, como a Matriz de alocação de riscos


definirá o equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato, os riscos deverão ser quantificados para fins de
projeção dos reflexos de seus custos no valor estimado da
contratação.

2
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

6.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE OBRA

1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão disponibilizadas


abaixo algumas observações sobre como contratar obras.
a. A contratação de obra será feita por meio de um processo licitatório ou por uma
contratação direta – que pode ser por dispensa ou inexigibilidade de licitação. Ou
seja, a definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar diretamente na
forma como a Administração fará a contratação.

Veja um exemplo:
A obra que preciso só uma empresa no mercado consegue
oferecer. Logo, é uma situação de inviabilidade de
competição: vou realizar uma contratação direta por
inexigibilidade.

Agora, vamos imaginar que na verdade o bem pode ser


fornecido por algumas empresas, mas não ultrapassa o valor
limite para contratação direta por valor, neste caso, posso
optar por realizar um processo licitatório ou a contratação.

3
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

b. Com base na NLL, a modalidade licitatória utilizada para obra será a


concorrência. Aqui, não temos mais o valor da contratação impactando na
modalidade escolhida, apenas a natureza do objeto.
c. Um procedimento auxiliar que também poderá ser utilizado é o Sistema de
Registro de Preços (SRP), que é o conjunto de procedimentos para realização,
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras.

Caso a Administração demande uma obra, porém ainda


é preciso desenvolver uma ou mais alternativas capazes
de atender às suas necessidades, pode ser utilizada a
modalidade Diálogo Competitivo, prevista na Lei nº
14.133/2021.

d. Neste ponto ainda cabe ressaltar que a Equipe de planejamento deverá


acompanhar a Sessão Pública a fim de sanar dúvidas do licitante, assim como
analisar a proposta do melhor classificado para verificar se está de acordo com o
objeto solicitado.

6.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE OBRA

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.

4
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

Para maiores detalhes e especificações do que cada um dos componentes da equipe


de fiscalização deve fazer, leia o Capítulo 3.
O Anexo C contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser
estabelecidas para a gestão de contratos de obras.

2. A fiscalização de um contrato de obra tem suas peculiaridades. As pontuações


feitas aqui não esgotam o tema, mas trazem à tona os pontos mais importantes,
que todos os militares responsáveis pela fiscalização devem saber. Vamos lá?

6.3.1 Fiscalização inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo e setorial (se houver) e preposto da empresa
contratada. Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de
contrato, ponto a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o
bom andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e
deverá ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de
autos principais) e aos autos da fiscalização;
b. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando
à contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, ou aparelho telefônico, as datas importantes do contrato, de
forma que tenha o histórico de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem
durante a gestão contratual.
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5
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

c. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos.

d. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções administrativas,


caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o atestado de
capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento à eventuais
penalidades aplicadas durante o período de contração;
e. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes a consultas e a
realização de medição; e
f. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)
a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
 Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus apostilamentos e
termos aditivos;
 Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços atualizada;
 Relação dos empregados terceirizados, com suas respectivas funções; e
 Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
b. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices;
c. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial,
registrando em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as
ocorrências.

6
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

6.3.2 Fiscalização durante a execução do contrato


1. Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização
da execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas
condutas recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
2. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização
técnica, administrativa e setorial. Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais
substitutos; ele quem deve organizar a tabela de serviço de fiscalização, atento
às licenças, férias e outros afastamentos; reunir os sitreps e organizar as
informações nos autos; dentre outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com à autoridade superior
competente;
c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às normas de segurança do trabalho, às
verificações das condições de habilitação do contratado – que deverá se manter
durante toda relação contratual – e ao material e mão de obra utilizada na
execução do serviço. Um bom edital especifica qual é o material, a forma e quem
pode realizar determinado serviço. Ou seja, é preciso ler o contrato e seus
apêndices – cobre isso dos seus fiscais, gestor;
d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,
apoiado por sua equipe;

Para saber mais sobre as atividades de Gerenciamento de Riscos, leia o passo 3 do


Capítulo 1 deste Guia.

E para maiores informações, acesse:


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e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da
empresa na execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos
definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um
ponto que deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da
melhor proposta;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos;
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto;

7
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

h. Receber a nota fiscal/fatura e conferir os dados antes de atestá-las, solicitando


que a contratada promova eventuais correções identificadas; e
i. Encaminhar, sempre que recebida nota fiscal/fatura, o processo de pagamento ao
setor competente para o pagamento com antecedência suficiente para que não
ocorram atrasos. Utilize como referência o dia de pagamento previsto no contrato.

3. O Fiscal Técnico deverá:


a. Verificar a qualidade dos serviços prestados, por intermédio de Instrumentos de
Medição de Resultado ou similar. Antes de encaminhar a documentação ao fiscal
administrativo, deve verificar os seguintes aspectos do contrato:
 Resultados alcançados em relação ao contrato, com a verificação da qualidade e
prazos;
 Quantidade e qualidade dos recursos materiais utilizados;
 Adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
 Cumprimento das demais obrigações previstas no contrato; e
 Caso esteja se valendo da fiscalização pelo público usuário, verificar os níveis de
satisfação.
b. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;
c. Emitir notificações para a correção do serviço inadequadamente prestado,
estipulando um prazo razoável para que a empresa possa corrigi-lo. Não adianta
cobrar da contratada um prazo que claramente será descumprido. Além de não
atingir seu propósito, coloca a credibilidade da fiscalização em dúvida;
d. Recorrer ao gestor sempre que necessário. Se algo estiver “garrando” e o fiscal
sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer, deve
recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam achar
uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;
e. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (administrativo e setorial, se
houver), a elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e
documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na
execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e
aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que
deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor
proposta;
f. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
técnico; e
8
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

g. Encaminhar, após o ateste provisório, toda documentação produzida ao fiscal


administrativo.

4. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de
apostilamentos e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do
pagamento, além de verificar as garantias contratuais e as glosas (que são
situações de rejeição do objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de
pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório. Essa verificação se dará por
meio da emissão dos documentos comprobatórios pertinentes;
c. Verificar, antes de encaminhar a documentação ao gestor, a comprovação da
regularidade fiscal, constatada através de consulta "on-line" ao Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF;
d. Não negligenciar o prazo de vigência. Perder esse prazo pode acarretar prejuízos
logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do contrato e
problemas futuros sérios.
e. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (técnico e setorial, se houver), a
elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e documentos
comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na execução
contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e aferidos. Ou
seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que deve ser
discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor proposta;
f. Conferir se as condições de pagamento do contrato foram obedecidas e o valor
cobrado é o previsto no contrato; e
g. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

5. O Fiscal Setorial deverá:


a. Fazer tudo aquilo que um fiscal técnico e um fiscal administrativo precisa fazer.
Ou seja, ele será 2 em 1.

6. Além das funções do Gestor e Fiscais, vale ressaltar alguns aspectos importantes
trazidos pela NLL em relação aos contratos de obra:
a. O edital poderá exigir a prestação da garantia na modalidade seguro-garantia e
prever a obrigação de a seguradora, em caso de inadimplemento pelo contratado,
assumir a execução e concluir o objeto do contrato;

9
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

b. Na contratação que previr a conclusão de escopo predefinido, como nos casos de


obra, o prazo de vigência será automaticamente prorrogado quando seu objeto
não for concluído no período firmado no contrato;

No caso acima, quando a não conclusão ocorrer por culpa do contratato deverão ser
aplicadas as devidas sanções e/ou a OM poderá optar pela extinção do contrato.

c. Em caso de impedimento, ordem de paralisação ou suspensão do contrato, o


cronograma de execução será prorrogado automaticamente pelo tempo correspondente
e, caso ocorra por mais de 1 (um) mês, a Administração deverá divulgar, em sítio
eletrônico oficial e em placa a ser afixada em local da obra de fácil visualização pelos
cidadãos, aviso público de obra paralisada, com o motivo e o responsável pela
inexecução temporária do objeto do contrato e a data prevista para o reinício da sua execução;
d. É permitida a contratação de terceiros para assistir e subsidiar o Gestor e os Fiscais
com informações pertinentes a essa atribuição. Ainda, o fiscal do contrato será
auxiliado pelos órgãos de assessoramento jurídico e de controle interno da
Administração, que deverão dirimir dúvidas e subsidiá-lo com informações relevantes
para prevenir riscos na execução contratual;
e. A Administração terá o dever de explicitamente emitir decisão sobre todas as
solicitações e reclamações relacionadas à execução dos contratos no prazo de de 1
(um) mês para decidir, admitida a prorrogação motivada por igual período, salvo
disposição legal ou cláusula contratual que estabeleça prazo específico;
f. O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses:
 suspensão de execução do contrato, por ordem escrita da Administração, por prazo
superior a 3 (três) meses;
 repetidas suspensões que totalizem 90 (noventa) dias úteis, independentemente do
pagamento obrigatório de indenização pelas sucessivas e contratualmente imprevistas
desmobilizações e mobilizações e outras previstas; e
 atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos
ou de parcelas de pagamentos devidos pela Administração por despesas de obras,
serviços ou fornecimentos.
 O recebimento definitivo pela Administração não eximirá o contratado, pelo prazo
mínimo de 5 (cinco) anos, admitida a previsão de prazo de garantia superior no edital e
no contrato, da responsabilidade objetiva pela solidez e pela segurança dos materiais e
dos serviços executados e pela funcionalidade da construção, da reforma, da
recuperação ou da ampliação do bem imóvel, e, em caso de vício, defeito ou
incorreção identificados, o contratado ficará responsável pela reparação, pela
correção, pela reconstrução ou pela substituição necessárias.

10
CAPÍTULO 6
OS CONTRATOS DE OBRA NA MARINHA DO BRASIL

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!

Acesse:
http://www.dadm.mb/ e http://www.cianb.mb/

11
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS
CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de serviços contínuos, que se
inicia na fase de planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da
melhor proposta e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, os serviços que desejamos atender são aqueles que, se
interrompidos, podem comprometer a continuidade de atividades essenciais e cuja
contratação costuma perdurar por mais de um exercício financeiro.
Não se discute se o objeto A ou objeto B pode ser contratado como serviço contínuo.
A continuidade do serviço retrata, na verdade, a permanência de uma necessidade
pública a ser satisfeita de maneira prolongada no tempo. Então, não
necessariamente o que é enquadrado como serviço contínuo para uma OM será
para outra.
Importante ressaltar que, assim como os serviços por demanda e continuados com
dedicação exclusiva de mão de obra, todas as contratações tratam de serviços,
tendo muitas condutas recomendáveis comuns entre esses tipos de contratos.

7.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE


SERVIÇOS CONTÍNUOS

1. Pensar na contratação de um serviço contínuo requer um conhecimento


aprofundado do funcionamento da OM, das possíveis soluções de mercado,
daquelas que mais se adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na
Organização Militar.

1
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

2. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da


demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
3. Levando em consideração que a lógica, apresentada pela Nova Lei de Licitações
e Contratos Administrativos (NLL), é a segregação de funções e gestão por
competências, não será obrigatoriamente o setor requisitante o responsável pela
elaboração dos demais documentos que irão sustentar uma futura seleção de
fornecedores pela Administração Naval. Na presença de um setor técnico, caberá
a este realizar a especificação do objeto, uma vez que detém a o conhecimento
para alcançar o sucesso da contratação.
4. Como, normalmente, os serviços de natureza continuada envolvem diversos
setores de uma OM, é importante que haja o diálogo entre os integrantes da
tripulação e os militares responsáveis pelo planejamento. Assim, fica mais fácil
precisar o que de fato é necessário contratar, facilitando a escolha futura do
melhor fornecedor possível.
5. Mas quais são os documentos que teremos que desenvolver e quais são seus
objetivos? Abaixo, listamos quais são os documentos que farão parte de um
planejamento para contratação de um serviço por demanda, com uma breve
explicação sobre cada um destes, de quem é a responsabilidade de elaboração e
o informativo que instrui como deverá ser confeccionado. Vamos lá?

Documento Setor responsável Norma balizadora


Documento de Formalização Setor requisitante Art. 8
de Demanda (DFD) -
DECRETO Nº 10.947, DE
documento que contém o
25 DE JANEIRO DE
detalhamento da necessidade
2022Art. 10, Instrução
da Área Requisitante da
Normativa SGD/ME no
solução a ser atendida pela
01/2019
contratação
Estudo Técnico Preliminar - Setor técnico / Setor Art. 18,§§ 1º, 2º e 3 º da
documento constitutivo da requisitante Nova Lei de Licitações e
primeira etapa do Contratos Administrativos e
planejamento de uma Instrução Normativa SEGES
contratação que caracteriza o no 58/2022
interesse público envolvido e a
sua melhor solução e dá base
ao anteprojeto, ao termo de
referência ou ao projeto básico
a serem elaborados caso se
conclua pela viabilidade da
contratação

2
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

Termo de Referência - Setor técnico / Setor Instrução Normativa


documento necessário para a Requisitante SEGES/ME no 81/2022
contratação de bens e
serviços, que deve conter
parâmetros e elementos
descritivos

7.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS

1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no Capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão disponibilizadas


abaixo algumas observações sobre como contratar serviços contínuos:
a. A contratação de serviços contínuos será feita por meio de um processo licitatório
ou por uma contratação direta – que pode ser por dispensa ou inexigibilidade de
licitação. Ou seja, a definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar
diretamente na forma como a Administração fará a contratação.
b. Com base na NLL, a modalidade licitatória utilizada para aquisição de bens e
serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de
maior desconto, será o pregão. Aqui não temos mais o valor da contratação
impactando na modalidade escolhida, apenas a natureza do objeto;

3
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

c. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do serviço contratado. Por essa


razão, sabendo que a licitação ocorrerá, caso não seja contratação direta, por
meio de critérios de julgamento de menor preço ou maior desconto, é importante
que a especificação do que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim
distorções durante a contratação, que vão impactar no objeto adquirido; e

Entender como funcionam as contratações de serviços, de forma geral, facilita entender


todas as formas de serviços: contínuos, contínuos com mão de obra com dedicação
exclusiva e por demanda.
Observe a Orientação Normativa nº 10, de 1º de abril de 2009:
“A ADVOGADA-GERAL DA UNIÃO, no uso das atribuições que lhe conferem os
incisos I, X, XI e XIII, do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de
1993, considerando o que consta do Processo nº 00688.000777/2016-68, resolve
expedir a presente orientação normativa, de caráter obrigatório a todos os órgãos
jurídicos enumerados nos arts. 2º e 17 da Lei Complementar nº 73, de 1993:
PARA FINS DE ESCOLHA DAS MODALIDADES LICITATÓRIAS CONVENCIONAIS
(CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇOS E CONVITE), BEM COMO DE
ENQUADRAMENTO DAS CONTRATAÇÕES PREVISTAS NO ART. 24, I E II, DA LEI Nº
8.666/1993, A DEFINIÇÃO DO VALOR DA CONTRATAÇÃO LEVARÁ EM CONTA O
PERÍODO DE VIGÊNCIA CONTRATUAL E AS POSSÍVEIS PRORROGAÇÕES. NAS
LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE E SOCIEDADES COOPERATIVAS, O VALOR DE R$ 80.000,00 (OITENTA MIL
REAIS) REFERE-SE AO PERÍODO DE UM ANO, OBSERVADA A RESPECTIVA
PROPORCIONALIDADE EM CASOS DE PERÍODOS DISTINTOS.
O que deve ser considerado é o desembolso por ano, então se um contrato tem a
previsão de durar 2 anos pode ser previsto 2x o valor limite da dispensa. Essa situação
está citada no modelo de TR para serviços já na NLL, item 1.2:
Vigência X Valores para fins de Dispensa de pequeno valor: Atentar para o disposto no
art. 75, §1º segundo o qual serão observados para os fins de aferição dos valores para a
dispensa do art. 75, I e II o “somatório do que for despendido no exercício financeiro
pela respectiva unidade gestora”. Desse modo, o referencial temporal passa a ser o
gasto efetivo no período anual.
Deve-se observar o quanto foi efetivamente dispendido no exercício financeiro com
objetos na mesma natureza (75, §1º, II) pela Unidade Gestora e então somar com o que
se espera gastar, efetivamente, com o contrato. Tal soma, em tese e na prática, não
pode ultrapassar o limite de dispensa para que seja possível o seu uso. Tal cálculo
permite, por exemplo, contratos de cinco anos com valor total muito maior do que o
limite para dispensa, desde que o dispêndio anual não o seja.

4
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

d. Um procedimento auxiliar que também poderá ser utilizado é o Sistema de


Registro de Preços (SRP), que é o conjunto de procedimentos para realização,
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras.

7.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.

Para maiores detalhes e especificações do que cada um dos componentes da equipe


de fiscalização deve fazer, leia o Capítulo 3.
O Anexo D contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser
estabelecidas para a gestão de contratos de serviços continuados.

2. A fiscalização de um contrato de serviço contínuo tem suas peculiaridades. As


pontuações feitas aqui não esgotam o tema, mas trazem à tona os pontos mais
importantes, que todos os militares responsáveis pela fiscalização devem saber.
Vamos lá?

7.3.1 Fiscalização Inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo e setorial (se houver) e preposto da empresa
contratada. Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de
contrato, ponto a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o
bom andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e
deverá ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de
autos principais) e aos autos da fiscalização;

5
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

b. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando


à contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, aparelho telefônico as datas importantes do contrato, de
forma que tenha de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem durante a
gestão contratual.

Nos contratos de serviços contínuos, este acompanhamento se reveste de maior


importância justamente pela possibilidade de poder prorrogar o contrato por até 10
(dez) anos. Ou seja, se a faina for bem-feita, só será preciso fazer novo processo
licitatório depois de 10 anos, ou quando a relação já não for mais vantajosa para a
Administração Naval;

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c. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos.

d. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções administrativas,


caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o atestado de
capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento à eventuais
penalidades aplicadas durante o período de contração;
e. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes a consultas e a
realização de medição; e

6
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

f. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)


a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
 Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus apostilamentos e
termos aditivos;
 Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços atualizada; e
 Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
b. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices;
c. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial,
registrando em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as
ocorrências.

7.3.2 Fiscalização mensal e rotineira do contrato


1. Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização
da execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas
condutas recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
2. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização
técnica, administrativa e setorial. Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais
substitutos; ele quem deve organizar a tabela de serviço de fiscalização, atento
às licenças, férias e outros afastamentos; reunir os SITREP e organizar as
informações nos autos; dentre outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com à autoridade superior
competente;
c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às normas de segurança do trabalho, às
verificações das condições de habilitação do contratado – que deverá se manter
durante toda relação contratual – e ao material e mão de obra utilizada na
execução do serviço. Um bom edital especifica qual é o material, a forma e quem
pode realizar determinado serviço. Ou seja, é preciso ler o contrato e seus
apêndices – cobre isso dos seus fiscais, gestor;
d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,
apoiado por sua equipe;

7
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

Para saber mais sobre as atividades de Gerenciamento de Riscos, leia o passo 3 do


Capítulo 1 deste Guia.

E para maiores informações, acesse:


http://netuno.dadm.mb/?q=riscos

e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da
empresa na execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos
definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um
ponto que deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da
melhor proposta;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos;
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto;
h. Receber a nota fiscal/fatura e conferir os dados antes de atestá-las, solicitando
que a contratada promova eventuais correções identificadas; e
i. Encaminhar, mensalmente, o processo de pagamento ao setor competente para
o pagamento com antecedência suficiente para que não ocorram atrasos. Utilize
como referência o dia de pagamento previsto no contrato.

3. O Fiscal Técnico deverá:


a. Verificar a qualidade dos serviços prestados, por intermédio de Instrumentos de
Medição de Resultado ou similar.
b. Antes de encaminhar a documentação ao fiscal administrativo, deve verificar os
seguintes aspectos do contrato:
 Resultados alcançados em relação ao contrato, com a verificação da qualidade e prazos;
 Quantidade e qualidade dos recursos materiais utilizados;
 Adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
 Cumprimento das demais obrigações previstas no contrato; e
 Caso esteja se valendo da fiscalização pelo público usuário, verificar os níveis de
satisfação.
c. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;
8
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

d. Emitir notificações para a correção do serviço inadequadamente prestado,


estipulando um prazo razoável para que a empresa possa corrigi-lo. Não adianta
cobrar da contratada um prazo que claramente será descumprido. Além de não
atingir seu propósito, coloca a credibilidade da fiscalização em dúvida;
e. Recorrer ao gestor sempre que necessário. Se algo estiver “garrando” e o fiscal
sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer, deve
recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam achar
uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;
f. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (administrativo e setorial, se
houver), a elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e
documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na
execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e
aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que
deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor
proposta; e
g. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter técnico.

4. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de apostilamentos
e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do pagamento, além de
verificar as garantias contratuais e as glosas (que são situações de rejeição do
objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório. Essa verificação se dará por
meio da emissão dos documentos comprobatórios pertinentes. A faina fica um
pouco mais complicada no caso dos contratos com dedicação exclusiva de mão
de obra, como veremos posteriormente.
c. As seguintes informações devem ser verificadas habitualmente, principalmente
antes de pagamentos e se expirar o prazo de validade ou não seja possível
realizar a consulta no SICAF:
 Certidão Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívidas Ativa da União;
 Certificado de Regularidade do FGTS – CRF; e
 Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT.
d. Não negligenciar o prazo de vigência. Perder esse prazo pode acarretar prejuízos
logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do contrato e
problemas futuros sérios. Aqui, não se preocupa tanto com o prazo de execução,
pois este tende a ser igual ao de vigência! Ou seja, todas as alterações
contratuais, inclusive a prorrogação, devem acontecer ainda durante a vigência
do contrato;

9
CAPÍTULO 7
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MARINHA DO BRASIL

e. Examinar a regularidade no recolhimento das contribuições fiscais, trabalhistas e


previdenciárias. Aqui, nesse tipo de contrato, as certidões negativas são mais que
suficientes para resolver o problema;
f. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (técnico e setorial, se houver), a
elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e documentos
comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na execução
contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e aferidos. Ou
seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que deve ser
discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor proposta;
g. Conferir se as condições de pagamento do contrato foram obedecidas e o valor
cobrado é o previsto no contrato; e
h. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

5. O Fiscal Setorial deverá:


a. Fazer tudo aquilo que um fiscal técnico e um fiscal administrativo precisa fazer.
Ou seja, ele será 2 em 1.

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!

Acesse:
http://www.dadm.mb/ e http://www.cianb.mb/

10
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS
CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de serviços contínuos, que se
inicia na fase de planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da
melhor proposta e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, os serviços que desejamos atender são aqueles que, se
interrompidos, podem comprometer a continuidade de atividades essenciais e cuja
contratação costuma perdurar por mais de um exercício financeiro. Ademais, o
modelo de execução exige, entre outros requisitos, que:
 Os empregados do contrato fiquem à disposição nas dependências do contratante
para a prestação dos serviços;
 O contratado não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis de
uma contratação para execução simultânea de outros contratos; e
 O contratado possibilite a fiscalização pelo contratante quanto à distribuição,
controle e supervisão dos recursos humanos alocados aos seus contratos.
Não se discute se o objeto A ou objeto B pode ser contratado como serviço contínuo.
A continuidade do serviço retrata, na verdade, a permanência de uma necessidade
pública a ser satisfeita de maneira prolongada no tempo. Então, não
necessariamente o que é enquadrado como serviço contínuo para uma OM será
para outra.
Importante ressaltar que, assim como os serviços por demanda e continuados, todas
as contratações tratam de serviços, tendo muitas condutas recomendáveis comuns
entre esses tipos de contratos. Porém, no caso do MDO, a fiscalização administrativa
deverá ser reforçada, como veremos logo mais.

1
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

8.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE


SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

2. Pensar na contratação de um serviço contínuo requer um conhecimento


aprofundado do funcionamento da OM, das possíveis soluções de mercado,
daquelas que mais se adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na
Organização Militar.
3. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
4. Levando em consideração que a lógica, apresentada pela Nova Lei de Licitações
e Contratos Administrativos (NLL), é a segregação de funções e gestão por
competências, não será obrigatoriamente o setor requisitante o responsável pela
elaboração dos demais documentos que irão sustentar uma futura seleção de
fornecedores pela Administração Naval. Na presença de um setor técnico, caberá
a este realizar a especificação do objeto, uma vez que detém a o conhecimento
para alcançar o sucesso da contratação.
5. Como, normalmente, os serviços de natureza continuada envolvem diversos
setores de uma OM, é importante que haja o diálogo entre os integrantes da
tripulação e os militares responsáveis pelo planejamento. Assim, fica mais fácil
precisar o que de fato é necessário contratar, facilitando a escolha futura do
melhor fornecedor possível.
6. Mas quais são os documentos que teremos que desenvolver e quais são seus
objetivos? Abaixo, listamos quais são os documentos que farão parte de um
planejamento para contratação de um serviço por demanda, com uma breve
explicação sobre cada um destes, de quem é a responsabilidade de elaboração e
o informativo que instrui como deverá ser confeccionado. Vamos lá?

2
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

Documento Setor responsável Norma balizadora


Documento de Oficialização Setor requisitante Art. 8
Formalização de Demanda
DECRETO Nº 10.947, DE
(DODDFD) - documento que
25 DE JANEIRO DE
contém o detalhamento da
2022Art. 10, Instrução
necessidade da Área
Normativa SGD/ME no
Requisitante da solução a
01/2019
ser atendida pela
contratação
Estudo Técnico Preliminar - Setor técnico / Setor Art. 18,§§ 1º, 2º e 3 º da
documento constitutivo da requisitante Nova Lei de Licitações e
primeira etapa do Contratos Administrativos e
planejamento de uma Instrução Normativa SEGES
contratação que caracteriza no 58/2022
o interesse público
envolvido e a sua melhor
solução e dá base ao
anteprojeto, ao termo de
referência ou ao projeto
básico a serem elaborados
caso se conclua pela
viabilidade da contratação
Termo de Referência - Setor técnico / Setor Instrução Normativa
documento necessário para Requisitante SEGES/ME no 81/2022
a contratação de bens e
serviços, que deve conter
parâmetros e elementos
descritivos

As normas citadas, tanto do ETP quanto do TR, fazem referência aos documentos de
forma digital; agora, como é uma IN da SEGES, que é o Órgão Central dos SISG,
entende-se ser facultativo para as FFAA. Neste ponto, vale ressaltar que se pode
"aproveitar" o conteúdo da norma, mas não a necessidade de utilizar o sistema
informatizado.

Entender como funcionam as contratações de serviços,


de forma geral, facilita entender todas as formas de
serviços: contínuos, contínuos com mão de obra com
dedicação exclusiva e por demanda.

3
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

8.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

1. A seleçãoda melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no Capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão disponibilizadas


abaixo algumas observações sobre como contratar serviços contínuos:
a. A contratação de serviços contínuos será feita por meio de um processo licitatório
ou por uma contratação direta – que pode ser por dispensa ou inexigibilidade de
licitação. Ou seja, a definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar
diretamente na forma como a Administração fará a contratação;
b. Com base na NLL, a modalidade licitatória utilizada para aquisição de bens e
serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de
maior desconto, será o pregão. Aqui não temos mais o valor da contratação
impactando na modalidade escolhida, apenas a natureza do objeto;
c. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do serviço contratado. Por essa
razão, sabendo que a licitação ocorrerá, caso não seja contratação direta, por
meio de critérios de julgamento de menor preço ou maior desconto, é importante
que a especificação do que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim
distorções durante a contratação, que vão impactar no objeto adquirido; e

4
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

d. Um procedimento auxiliar que também poderá ser utilizado é o Sistema de


Registro de Preços (SRP), que é o conjunto de procedimentos para realização,
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras.

8.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE SERVIÇOS


CONTÍNUOS (MDO)

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.

Para maiores detalhes e especificações do que cada um dos componentes da equipe


de fiscalização deve fazer, leia o Capítulo 3.
O Anexo E contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser
estabelecidas para a gestão de contratos de serviços contínuos (MDO).

2. A fiscalização de um contrato de serviço contínuo MDO tem suas peculiaridades.


As pontuações feitas aqui não esgotam o tema, mas trazem à tona os pontos
mais importantes, que todos os militares responsáveis pela fiscalização devem
saber. Vamos lá?

5
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

8.3.1 Fiscalização inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo e setorial (se houver) e preposto da empresa
contratada. Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de
contrato, ponto a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o
bom andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e
deverá ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de
autos principais) e aos autos da fiscalização;

DICA

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b. Solicitar, ainda no primeiro mês da prestação do serviço, em meio magnético à


contratada a relação dos empregados terceirizados de todo contrato
administrativo, com nome completo, número de CPF, função exercida, salário,
adicionais, gratificações, benefícios recebidos (quantidade e valor: vale-
transporte, auxílio-alimentação, dentre outros) e horário do posto de trabalho.
Importante ressaltar que se houver novas admissões de empregados
terceirizados que venham prestar serviço no decorrer da vigência contratual, o
mesmo procedimento deve ser adotado. As informações devem ser
encaminhadas aos fiscais do contrato;
c. Solicitar à contratada as Carteiras de Trabalho e Previdência Social – CTPS;
d. Solicitar os exames médicos admissionais dos empregados da contratada que
prestarão os serviços;
e. Solicitar a procuração da empresa, com todos os dados pessoais, funcionais e
competências, do seu representante (preposto);
f. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando à
contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, aparelho telefônico as datas importantes do contrato, de
forma que tenha de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem durante a
gestão contratual.
6
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

Nos contratos de serviços contínuos, este acompanhamento se reveste de maior


importância justamente pela possibilidade de poder prorrogar o contrato por até 10
(dez) anos. Ou seja, se a faina for bem-feita, só será preciso fazer novo processo
licitatório depois de 10 anos, ou quando a relação já não formais vantajosa para a
Administração Naval.

g. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos.

h. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções administrativas,


caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o atestado de
capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento a eventuais
penalidades aplicadas durante o período de contração;
i. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes a consultas e a
realização de medição; e
j. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)
a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
 Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus apostilamentos e
termos aditivos;
 Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços atualizada;
 Relação dos empregados terceirizados, com suas respectivas funções; e
 Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
b. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices;
c. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial, registrando
em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as ocorrências.

7
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

3. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Conferir todas as anotações nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social
(CTPS) dos empregados e verificar se elas coincidem com o informado pela
empresa e pelo empregado. Atenção especial deve ser dada para a data de início
do contrato de trabalho, a função exercida, a remuneração (importante que esteja
corretamente discriminada em salário-base, adicionais e gratificações) e todas as
eventuais alterações dos contratos de trabalho;
b. Comparar o número de terceirizados por função com o previsto em contrato;
c. Verificar se os salários estão compatíveis com o contrato e na Convenção
Coletiva de Trabalho da Categoria (CCT); e
d. Procurar saber se existem eventuais obrigações adicionais constantes na CCT
para a empresa terceirizada.

8.3.2 Fiscalização mensal e rotineira do contrato


1. Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização
da execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas
condutas recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
2. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização
técnica, administrativa e setorial. Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais
substitutos; ele quem deve organizar a tabela de serviço de fiscalização, atento
às licenças, férias e outros afastamentos; reunir os SITREP e organizar as
informações nos autos; dentre outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com a autoridade superior competente;
c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às normas de segurança do trabalho, às
verificações das condições de habilitação do contratado – que deverá se manter
durante toda relação contratual – e ao material e mão de obra utilizada na
execução do serviço. Um bom edital especifica qual é o material, a forma e quem
pode realizar determinado serviço. Ou seja, é preciso ler o contrato e seus
apêndices – cobre isso dos seus fiscais, gestor! Fica a dica;
d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,
apoiado por sua equipe;
Para saber mais sobre as atividades de Gerenciamento de Riscos, leia o passo 3 do
Capítulo 1 deste Guia.

E para maiores informações, acesse:


http://netuno.dadm.mb/?q=riscos

8
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da
empresa na execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos
definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um
ponto que deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da
melhor proposta;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos;
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto;
h. Receber a nota fiscal/fatura e conferir os dados antes de atestá-las, solicitando
que a contratada promova eventuais correções identificadas; e
i. Encaminhar, mensalmente, o processo de pagamento ao setor competente para
o pagamento com antecedência suficiente para que não ocorram atrasos. Utilize
como referência o dia de pagamento previsto no contrato.

3. O Fiscal Técnico deverá:


a. Verificar a qualidade dos serviços prestados, por intermédio de Instrumentos de
Medição de Resultado ou similar.
b. Antes de encaminhar a documentação ao fiscal administrativo, deve verificar os
seguintes aspectos do contrato:
 Resultados alcançados em relação ao contrato, com a verificação da qualidade e
prazos;
 Quantidade e qualidade dos recursos materiais utilizados;
 Adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
 Cumprimento das demais obrigações previstas no contrato; e
 Caso esteja se valendo da fiscalização pelo público usuário, verificar os níveis de
satisfação.
c. Verificar, no controle mensal de funcionários terceirizados, encaminhada pela
empresa contratada, se há correspondência entre os recursos humanos utilizados
e a quantidade e formação profissional exigidas no contrato;
d. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;

9
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

e. Emitir notificações para a correção do serviço inadequadamente prestado,


estipulando um prazo razoável para que a empresa possa corrigi-lo. Não adianta
cobrar da contratada um prazo que claramente será descumprido. Além de não
atingir seu propósito, coloca a credibilidade da fiscalização em dúvida;
f. Recorrer ao gestor sempre que necessário. Se algo estiver “garrando” e o fiscal
sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer, deve
recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam achar
uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;
g. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (administrativo e setorial, se
houver), a elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e
documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na
execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e
aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que
deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor
proposta;
h. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
técnico; e
i. Encaminhar, após o ateste provisório, toda documentação produzida ao fiscal
administrativo.

4. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de apostilamentos
e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do pagamento, além de
verificar as garantias contratuais e as glosas (que são situações de rejeição do
objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório. Essa verificação se dará por
meio da emissão dos documentos comprobatórios pertinentes;
c. As seguintes informações devem ser verificadas habitualmente, principalmente
antes de pagamentos e se expirar o prazo de validade ou não seja possível
realizar a consulta no SICAF:
 Certidão Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívidas Ativa da
União;
 Certificado de Regularidade do FGTS – CRF; e
 Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT.
d. Verificar, antes de encaminhar a documentação ao gestor, os seguintes
documentos:
 comprovação da regularidade fiscal, constatada através de consulta "on-line" ao
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF;
10
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

 verificar o número de dias e horas trabalhados no controle mensal de funcionários


terceirizados. Para isso, é necessário confrontar as informações com as folhas de
ponto dos empregados por ponto eletrônico ou meio que não seja padronizado.
Em caso de faltas ou horas trabalhadas a menor, deve ser feita glosa da fatura;
e. Cobrar da empresa que sejam enviados os seguintes documentos para
conferência e posterior encaminhamento, junto com os demais documentos
gerados pela fiscalização, ao gestor para recebimento definitivo:
 Comprovante de pagamento de salário do mês anterior ao da prestação dos
serviços e de auxílios do mês vigente, quando devidos;
 Cópia do protocolo de envio de arquivos emitido pela conectividade social (GFIP),
com o código NRA coincidente ao código constante no Arquivo SEFIP;
 Cópia da Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) e da Guia de Previdência Social
(GPS), com autenticação mecânica ou acompanhada do comprovante de
recolhimento bancário ou do comprovante emitido pela internet. Não será
considerado válido o agendamento de pagamento; e
 Cópia da relação dos trabalhadores constantes do arquivo SEFIP (Relação de
funcionários).
f. Verificar se o pagamento de salários e as demais verbas cabíveis, do mês
anterior ao da prestação de serviços, estão em dia;
g. Não negligenciar o prazo de vigência. Perder esse prazo pode acarretar prejuízos
logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do contrato e
problemas futuros sérios. Aqui, não se preocupa tanto com o prazo de execução,
pois este tende a ser igual ao de vigência! Ou seja, todas as alterações
contratuais, inclusive a prorrogação, devem acontecer ainda durante a vigência
do contrato;
h. Examinar a regularidade no recolhimento das contribuições fiscais, trabalhistas e
previdenciárias. Aqui, nesse tipo de contrato, as certidões negativas são mais que
suficientes para resolver o problema;
i. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais (técnico e setorial, se houver), a
elaborar o relatório da fiscalização, com todas as informações e documentos
comprobatórios da avaliação do desempenho da empresa na execução
contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos definidos e aferidos.
j. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um ponto que deve ser
discutido com os militares responsáveis pela seleção da melhor proposta;
k. Conferir se as condições de pagamento do contrato foram obedecidas e o valor
cobrado é o previsto no contrato; e
l. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

11
CAPÍTULO 8
OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO) NA MARINHA

5. O Fiscal Setorial deverá:


a. Fazer tudo aquilo que um fiscal técnico e um fiscal administrativo precisa fazer.
Ou seja, ele será 2 em 1.

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!

Acesse:
http://www.dadm.mb/ e http://www.cianb.mb/

12
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA
MARINHA DO BRASIL

INTRODUÇÃO

Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato de soluções de TIC, que se inicia
na fase de planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da
melhor proposta e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.
Nesta espécie de contrato, o objeto pode ser definido como o conjunto de bens e/ou
serviços que apoiam processos de negócio mediante a conjugação de recursos de
TIC, que se adequam à definição de pelo menos uma das categorias a seguir:
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE TIC;
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTAÇÃO DE SISTEMAS;
HOSPEDAGEM DE SISTEMAS;
SUPORTE E ATENDIMENTO A USUÁRIO DE TIC;
INFRAESTRUTURA DE TIC;
COMUNICAÇÃO DE DADOS;
SOFTWARE E APLICATIVOS;
IMPRESSÃO E DIGITALIZAÇÃO;
CONSULTORIA EM TIC;
COMPUTAÇÃO EM NUVEM;
INTERNET DAS COISAS – IoT;
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E PRIVACIDADE; e
ANÁLISE DE DADOS, APRENDIZADO DE MÁQUINA E INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL.

1
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

9.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE


SOLUÇÕES DE TIC

1. Pensar na contratação de soluções de TIC requer um conhecimento aprofundado


dos projetos da OM, das possíveis soluções de mercado, daquelas que mais se
adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na Organização Militar.
1. Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda, com as informações básicas capazes de nutrir adequadamente um
processo licitatório. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que
levaram ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
2. No caso de contratações de soluções de TIC, diferente do citado no capítulo 1,
existem modelos disponibilizados no site do Ministério da Economia, em Governo
Digital, que apesar de não serem obrigatórios, norteiam a Equipe de
Planejamento.
3. Quanto a Equipe de Planejamento, as nomenclaturas trazidas sobre o tema
também divergem das outras contratações, sendo composta da seguinte forma:
a. Integrante Técnico: servidor representante da Área de TIC, indicado pela
autoridade competente dessa área;
b. Integrante Administrativo: servidor representante da Área Administrativa, indicado
pela autoridade competente dessa área; e
c. Integrante Requisitante: servidor representante da Área Requisitante da solução,
indicado pela autoridade competente dessa área.

Dúvidas sobre o planejamento para contratação de


soluções de TIC poderão ser verificados na Instrução
Normativa em vigor, elaborada pela Secretária de Governo
Digital do Ministério da Economia para órgãos e entidades
integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de
Tecnologia da Informação - SISP do Poder Executivo
Federal.

2
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

9.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC

1. A seleção da melhor proposta pode ou não conter um processo licitatório e deve


ser realizada por profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que irão
fiscalizar o contrato, conforme detalhado no Capítulo 2 deste guia.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção. Sua participação será sob demanda formal e você
será orientado sobre os prazos a serem observados para atendimento de
esclarecimentos, respostas de recursos e/ou impugnações dos fornecedores
interessados em participar do certame licitatório.

2. Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão disponibilizadas


abaixo algumas observações sobre como contratar soluções de TIC:
d. A contratação de soluções de TIC será feita por meio de um processo licitatório
ou por uma contratação direta – que pode ser por dispensa ou inexigibilidade de
licitação. Ou seja, a definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar
diretamente na forma como a Administração fará a contratação. Exemplo: o bem
que preciso só uma empresa no mercado consegue oferecer. Logo, é uma
situação de inviabilidade de competição: vou realizar uma contratação direta por
inexigibilidade.
Agora, vamos imaginar que na verdade o bem pode ser fornecido por algumas
empresas, mas não ultrapassa o valor limite para contratação direta por valor.
Neste caso, posso optar por realizar um processo licitatório ou a contratação;
e. Com base na NLL, a modalidade licitatória utilizada para soluções de TIC comuns
é o pregão e especiais é a concorrência. Aqui, não temos mais o valor da
contratação impactando na modalidade escolhida, apenas a natureza do objeto; e
f. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do bem contratado. Por essa razão,
sabendo que a dispensa/licitação ocorrerá, é importante que a especificação do
que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim distorções durante a
contratação, que vão impactar no objeto adquirido.

3
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

g. Caberá à Equipe de Planejamento da Contratação, durante a fase de Seleção do


Fornecedor:
 analisar as sugestões feitas pelas Áreas de Licitações e Jurídica para o Termo de
Referência ou Projeto Básico e demais documentos de sua responsabilidade;
 apoiar, em sua área de atuação, o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na
resposta aos questionamentos ou às impugnações dos licitantes; e
 apoiar, em sua área de atuação, o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na
análise e julgamento das propostas e dos recursos apresentados pelos licitantes e
na condução de eventual verificação de Amostra do Objeto.

9.3 GESTÃO DE CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.
2. Diferente do citado no Capítulo 3, as definições trazidas sobre a fiscalização
também divergem das outras contratações, sendo composta da seguinte forma
(poderão ser os mesmos servidores que realizaram o planejamento da
contratação):
a. Gestor do Contrato: servidor com atribuições gerenciais, preferencialmente da
Área Requisitante da solução, designado para coordenar e comandar o processo
de gestão e fiscalização da execução contratual, indicado por autoridade
competente;
b. Fiscal Técnico do Contrato: servidor representante da Área de TIC, indicado
pela autoridade competente dessa área para fiscalizar tecnicamente o contrato;
c. Fiscal Administrativo do Contrato: servidor representante da Área
Administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o
contrato quanto aos aspectos administrativos; e
d. Fiscal Requisitante do Contrato: servidor representante da Área Requisitante
da solução, indicado pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o
contrato do ponto de vista de negócio e funcional da solução de TIC.

4
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

O Anexo F contempla um passo a passo com as 20 etapas que deverão ser


estabelecidas para a gestão de contratos de soluções de TIC.

3. A fiscalização de um contrato de soluções de TIC tem suas peculiaridades. As


pontuações feitas aqui não esgotam o tema, e devem ser analisadas a cada caso,
pois nos contratos de soluções de TIC comuns muitas não serão necessárias,
mas trazem à tona os pontos mais importantes, que todos os militares
responsáveis pela fiscalização devem saber. Vamos lá?

9.3.1 Fiscalização Inicial


1. O Gestor, após a assinatura do contrato, deverá:
a. Promover uma reunião inicial com todos os envolvidos na execução contratual:
fiscais técnico, administrativo, requisitante e preposto da empresa contratada.
Neste primeiro contato, deverá ser realizada a leitura do termo de contrato, ponto
a ponto, de forma que haja os esclarecimentos necessários para o bom
andamento da execução contratual. Essa reunião será registrada em ata e deverá
ser juntada aos autos do processo de contratação (que vamos chamar de autos
principais) e aos autos da fiscalização. Nela também deverá ser entregue, por
parte da contratada, do Termo de Compromisso e dos Termos de Ciência;
b. Acompanhar os prazos de entrega estabelecidos no contrato/edital, notificando
à contratada para exposição de motivos ou providências, nos casos de eventuais
irregularidades. Importante que o militar preencha em sua agenda física, da
unidade de trabalho, aparelho telefônico as datas importantes do contrato, de
forma que tenha de fácil acesso e tenha ferramentas que o auxiliem durante a
gestão contratual.
DICA

Não sabe conduzir uma reunião? Não sabe como


acompanhar prazos e tarefas?
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condução de reuniões, com ferramentas de otimização do
tempo e da informação.

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c. Encaminhar, por meio de Ordens de Serviço ou de Fornecimento de Bens ou


conforme definido no Modelo de Execução do Contrato, as demandas a serem
atendidas pela Contratada;

5
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

d. Autuar o processo. Como a fiscalização de contratos é um processo


administrativo, todos os documentos gerados devem ser autuados. Ou seja,
deve-se montar uma pasta, com todos os documentos organizados
cronologicamente, de forma que fique claro tudo que aconteceu durante a
fiscalização. Assim, qualquer pessoa que olhar o processo, saberá o que
aconteceu e quem foi o responsável.

E cuidado! Não confunda com a autuação que o setor de contratos/obtenção da sua


OM fará do contrato. São dois processos que se complementam, mas são distintos.

e. Caso a empresa esteja fazendo um bom trabalho, sem sanções administrativas,


caberá ao gestor, caso seja provocado pela contratada, emitir o atestado de
capacidade técnica. Ou seja, o gestor precisa estar atento à eventuais
penalidades aplicadas durante o período de contração;
f. Cadastrar os fiscais e seus substitutos, assim que designados, nos Sistemas
SIAFI e SIASG, de forma que seja possível o acesso destes a consultas e a
realização de medição; e
g. Solicitar ao setor responsável pela gestão de contratos (normalmente, obtenção)
a expedição de nova Portaria de designação de fiscal sempre que houver a
necessidade de mudança do fiscal ou do seu substituto.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Criar uma pasta eletrônica com cópia dos principais documentos da contratação,
como, por exemplo:
b. Termo contratual e, no decorrer da vigência contratual, os seus apostilamentos e
termos aditivos;
c. Proposta de preços com a planilha de custos e formação de preços atualizada;
d. Relação dos empregados terceirizados, com suas respectivas funções; e
e. Outros documentos capazes de auxiliar em casos de dúvidas.
f. Conhecer a proposta comercial da contratada, além de ler de forma cuidadosa
todo o contrato e seus apêndices;
g. Iniciar o acompanhamento da execução do objeto, de forma presencial,
registrando em seu livro de fiscalização e no Comprasnet-Contratos todas as
ocorrências.

6
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

9.3.1 Fiscalização durante a execução do contrato


Aqui, a ideia é facilitar a faina de cada um dos envolvidos durante a fiscalização da
execução contratual. Então, para facilitar o entendimento, serão pontuadas condutas
recomendadas aos membros da equipe de fiscalização.
1. O Gestor deverá:
a. Manter o controle e a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização.
Logo, é ele que deve cobrar que haja fiscais substitutos; ele quem deve organizar
a tabela de serviço de fiscalização, atento às licenças, férias e outros
afastamentos; reunir os sitreps e organizar as informações nos autos; dentre
outras atividades;
b. Verificar todas as informações apresentadas pela sua equipe de fiscalização,
servindo como uma forma de verificação cruzada e garantidor do cumprimento
contratual, sendo responsável pelo contato com a autoridade superior competente;
c. Cobrar que seus fiscais estejam atentos às normas de segurança do trabalho, às
verificações das condições de habilitação do contratado – que deverá se manter
durante toda relação contratual – e ao material e mão de obra utilizada na
execução do serviço;

Um bom edital especifica qual é o material, a forma e quem pode realizar determinado
serviço. Ou seja, é preciso ler o contrato e seus apêndices – cobre isso dos seus fiscais,
gestor!

d. Coordenar a atualização do relatório de riscos durante a gestão do contrato,


apoiado por sua equipe;

Para saber mais sobre as atividades de Gerenciamento de Riscos, leia o passo 3 do


Capítulo 1 deste Guia.

E para maiores informações, acesse:


http://netuno.dadm.mb/?q=riscos

e. Emitir o relatório da fiscalização, com as avaliações feitas pelos fiscais, com todas
as informações e documentos comprobatórios da avaliação do desempenho da
empresa na execução contratual, sempre se valendo de indicadores objetivos
definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da contratação, esse é um
ponto que deve ser discutido com os militares responsáveis pela seleção da
melhor proposta;
f. Realizar o recebimento definitivo do objeto, por meio de um termo (documento)
que garanta o atendimento das exigências estabelecidas em contratos;
g. Adotar as providências necessárias para formalização do processo administrativo
de responsabilização visando sancionamentos, que será conduzido pelo setor
competente para tal, de acordo com o caso concreto;

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CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

h. Receber a nota fiscal/fatura e conferir os dados antes de atestá-las, solicitando


que a contratada promova eventuais correções identificadas; e
i. Encaminhar, mensalmente, o processo de pagamento ao setor competente para
o pagamento com antecedência suficiente para que não ocorram atrasos. Utilize
como referência o dia de pagamento previsto no contrato.

2. O Fiscal Técnico deverá:


a. Verificar a qualidade dos serviços prestados, por intermédio de Instrumentos de
Medição de Resultado ou similar. Antes de encaminhar a documentação ao fiscal
administrativo, deve verificar os seguintes aspectos do contrato:
b. Resultados alcançados em relação ao contrato, com a verificação da qualidade e
prazos;
c. Quantidade e qualidade dos recursos materiais utilizados;
d. Adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
e. Cumprimento das demais obrigações previstas no contrato; e
f. Caso esteja se valendo da fiscalização pelo público usuário, verificar os níveis de
satisfação.
g. Anotar no histórico de gerenciamento do contrato todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, com a descrição do que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados. Importante ressaltar que
todas as observações feitas devem, preferencialmente, conter a rubrica do
preposto da empresa, reforçando a validade do lançamento;
h. Emitir notificações para a correção do serviço inadequadamente prestado,
estipulando um prazo razoável para que a empresa possa corrigi-lo. Não adianta
cobrar da contratada um prazo que claramente será descumprido. Além de não
atingir seu propósito, coloca a credibilidade da fiscalização em dúvida;
i. Recorrer ao gestor sempre que necessário. Se algo estiver “garrando” e o fiscal
sentir que não sabe o que fazer, ou que não pode mais decidir o que fazer, deve
recorrer ao gestor do contrato, em tempo hábil, para que juntos possam achar
uma solução ou levar o caso ao Comandante/Diretor da OM;
j. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais fiscais, a elaborar o relatório da
fiscalização, com todas as informações e documentos comprobatórios da
avaliação do desempenho da empresa na execução contratual, sempre se
valendo de indicadores objetivos definidos e aferidos. Ou seja, durante o
planejamento da contratação, esse é um ponto que deve ser discutido com os
militares responsáveis pela seleção da melhor proposta;
k. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
técnico; e

8
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

l. Encaminhar, após o ateste provisório, toda documentação produzida ao fiscal


administrativo.

3. O Fiscal Administrativo deverá:


a. Auxiliar o gestor no controle dos prazos contratuais, confecção de apostilamentos
e de termos aditivos, acompanhamento do empenho e do pagamento, além de
verificar as garantias contratuais e as glosas (que são situações de rejeição do
objeto e não pagamento, não caracterizando retenção de pagamento);
b. Verificar, de forma cíclica e rotineira, se a empresa mantém as condições de
habilitação previstas no edital do processo licitatório. Essa verificação se dará por
meio da emissão dos documentos comprobatórios pertinentes;
c. As seguintes informações devem ser verificadas habitualmente, principalmente
antes de pagamentos e se expirar o prazo de validade ou não seja possível
realizar a consulta no SICAF:
 Certidão Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívidas Ativa da
União;
 Certificado de Regularidade do FGTS – CRF; e
 Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT.
d. Verificar, antes de encaminhar a documentação ao gestor, a comprovação da
regularidade fiscal, constatada através de consulta "on-line" ao Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF;
e. Não negligenciar o prazo de vigência. Perder esse prazo pode acarretar prejuízos
logísticos e financeiros para a MB, encerramento precoce do contrato e
problemas futuros sérios. Aqui, não se preocupa tanto com o prazo de execução,
pois este tende a ser igual ao de vigência! Ou seja, todas as alterações
contratuais, inclusive a prorrogação, devem acontecer ainda durante a vigência
do contrato;
f. Auxiliar o gestor, com a ajuda dos demais, a elaborar o relatório da fiscalização,
com todas as informações e documentos comprobatórios da avaliação do
desempenho da empresa na execução contratual, sempre se valendo de
indicadores objetivos definidos e aferidos. Ou seja, durante o planejamento da
contratação, esse é um ponto que deve ser discutido com os militares
responsáveis pela seleção da melhor proposta;
g. Conferir se as condições de pagamento do contrato foram obedecidas e o valor
cobrado é o previsto no contrato; e
h. Realizar o recebimento provisório do objeto contratado, por meio de um termo
(documento) detalhado, que comprove o cumprimento das exigências de caráter
administrativo.

9
CAPÍTULO 9
OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MARINHA DO BRASIL

4. O Fiscal Requisitante deverá:


a. Avaliar a qualidade dos serviços realizados ou dos bens entregues e justificativas,
a partir da aplicação das listas de verificação e de acordo com os critérios de
aceitação definidos em contrato, em conjunto com o Fiscal Técnico do Contrato;
b. Identificar não conformidade com os termos contratuais, em conjunto com o
Fiscal Técnico do Contrato;
c. Encaminhar as demandas de correção à contratada, caso disponha de delegação
de competência do Gestor do Contrato;
d. confeccionar e assinar o Termo de Recebimento Definitivo, com base nas
informações produzidas no recebimento provisório, na avaliação da qualidade dos
serviços realizados ou dos bens entregues e na conformidade e aderência aos
ternos contratuais, em conjunto com o Fiscal Técnico do Contrato;
e. verificar a manutenção da necessidade, economicidade e oportunidade da
contratação, com apoio do Fiscal Técnico do Contrato;
f. verificar a manutenção das condições definidas nos Modelos de Execução e de
Gestão do contrato, em conjunto com o Fiscal Técnico do Contrato; e
g. apoiar o Gestor do Contrato na manutenção do Histórico de Gestão do Contrato.

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!

Acesse:
http://www.dadm.mb/ e http://www.cianb.mb/

10
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA
DO BRASIL

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda as particularidades de um Termo de Credenciamento, tendo em
vista que, no âmbito do Sistema de Saúde da Marinha (SSM), compete à Diretoria de
Saúde Marinha (DSM), na qualidade de Órgão de Direção Especializada (DE),
planejar e supervisionar as atividades técnicas e gerenciais do SSM. Desta forma, a
fim de atingir seu propósito, a DSM disponibiliza, em seu site, publicações, modelos,
planilhas de mapeamento de serviços, adestramentos, dentre outros documentos
pertinentes, visando orientar e padronizar os procedimentos a serem realizados
pelas Organizações Médico-Hospitalares (OMH) e Organizações Militares de
Facilidade Médicas (OMFM) que estejam direta ou indiretamente vinculadas ao
SSM.
Este capítulo também tem por objetivo consolidar os conceitos e procedimentos
considerados necessários ao aprimoramento da atividade de Gestão e Fiscalização
dos Contratos firmados com Organizações de Saúde extra-MB, no que tange aos
aspectos assistenciais, administrativos e financeiros.
Para os efeitos deste Guia, serão adotadas as seguintes definições (por ordem
alfabética):
1. Assistência Médico-Hospitalar (AMH): conjunto de atividades relacionadas com a
prevenção de doenças, com a conservação ou recuperação da saúde e com a
reabilitação dos pacientes. Abrange os serviços dos profissionais de saúde, o
fornecimento e a aplicação de meios, os cuidados e os demais atos médicos e
paramédicos (praticados pela enfermagem e outros profissionais de saúde,
auxiliares ou colaboradores, sob orientação médica).
2. Auditoria Médica: de acordo com a Resolução nº 1614/2001 do CFM, é o ato
médico que se encontra sob a égide do preceituado no Código de Ética Médica
que controla e avalia os recursos e procedimentos adotados em tratamentos
médicos, visando sua resolubilidade e melhoria na qualidade da prestação dos
serviços.
3. Comissão Especial de Credenciamento (CEC): militar(es) ou servidor(es) civil
designados, por Portaria, para receber e avaliar os documentos das OSE que
desejem ser Credenciadas.
4. Conta Aberta: oposto do pacote. Os itens são lançados conforme o(s)
procedimento(os) realizados e todos os insumos utilizados. A conta é

1
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

apresentada detalhadamente com os respectivos valores que serão cobrados.


5. Glosa: instrumento de regulação que tem o significado de cancelamento ou
recusa parcial ou total de um procedimento ou utilização de um material, por
serem considerados em não-conformidade com o estabelecido em contrato com
os convênios ou operadoras de saúde. Refere-se aos itens que o auditor não
aprova para pagamento.
6. Guia Farmacêutico Brasíndice: publicação com informações de preços de
Medicamentos e Produtos para a Saúde.
7. Organização Militar com Facilidades Médicas (OMFM): qualquer OM da MB
responsável pela administração da prestação de AMH em sua respectiva área de
abrangência, detentora de crédito em projeto específico do Plano de Ação.
8. Organização de Saúde Extra-MB (OSE): toda e qualquer Organização de Saúde
não pertencente ao Sistema de Saúde da Marinha.
9. Organização Militar Hospitalar (OMH): Organização Militar de Saúde responsável
pela Execução da AMH prestada em determinada área, aparelhada de pessoal e
material com a finalidade de receber pacientes para diagnóstico e/ou tratamento,
seja em regime de internação ou ambulatorial. As OMH estão classificadas em
unidades de saúde com ou sem área de abrangência administrativa, para
prestação da AMH.
10. Organização Militar Para-Hospitalar (OMPH): instalação de saúde com funções
paralelas ou correlatas às desempenhadas pelo hospital, capacitada a executar,
parcialmente, a finalidade hospitalar, tais como: ambulatórios navais,
departamentos, divisões, serviços e seções de saúde.
11. Planilha de OSE por Objeto: planilha disponibilizada pela DSM para detalhamento
dos dados referentes às OSE credenciadas pelas OMH/OMFM, tais como,
vigência, endereço e especialidade médica. A Planilha de OSE por Objeto é
disponibilizada na página da DSM na intranet.
12. Planilha para Consulta de Editais e UCO: planilha disponibilizada na página da
DSM, na intranet, com a finalidade de facilitar a consulta dos dados específicos
pelo serviço de auditoria, tais como, o valor de UCO e o ano da Tabela de
Referência, referentes aos Editais vigentes.
13. Profissional de Saúde Autônomo (PSA): profissional que não possui vínculo
empregatício com empresa e tem autonomia profissional e financeira para
exercer a profissão.
14. Pacote: procedimento gerenciado - prestação do serviço com um preço fixo – ou
seja, agrupa a maior parte dos itens da conta, ou todos os itens da conta em
apenas um item. O processo de Faturamento-Auditoria-Glosa é simplificado.
15. Preposto: empregado da empresa incumbido, formalmente, de representá-la junto
à OM onde o contrato é executado, cabendo a ele: gerenciar a execução do
contrato; receber orientações e documentos pertinentes; prestar as informações

2
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

que se fizerem necessárias; e providenciar a regularização de pendências


apresentadas pelo Gestor/Fiscal do Contrato.
16. Revista Simpro Hospitalar: publicação com informações de preços de
Medicamentos e Produtos para a Saúde, servindo de referência para
negociações entre hospitais e operadoras, parâmetro para faturamento, análise
de contas médicas e cotações de preços.
17. Sistema de Regulação: diretrizes realizadas pela DSM para regular a atenção à
saúde e executar ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e
vigilância dos serviços médico-hospitalares.
18. Sistema de Saúde da Marinha (SSM): conjunto organizado de recursos humanos,
materiais, financeiros, tecnológicos e de informações, destinado a prover as
atividades de saúde na Marinha do Brasil.
19. Tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM): serve como parâmetro para determinar os métodos e procedimentos
do campo de atuação diagnóstico e terapêutico. Seu objetivo é garantir uma
remuneração adequada para os serviços prestados em ambas as áreas.
20. Termo Aditivo: documento decorrente de acordo administrativo ou de outro
documento decorrente de ato administrativo Permissão de Uso que, assinado
pelas partes ou partícipes, altera condições previamente ajustadas em acordo ou
ato ainda em vigor.
21. Termo de Credenciamento: formalização contratual dos serviços que serão
realizados pela OSE credenciada. É confeccionado com base no objeto descrito
no Projeto Básico do Edital e tem a finalidade de especificar as cláusulas e
obrigações de uma determinada OSE. Ressalta-se, também, que deve existir um
Termo de Credenciamento para cada serviço específico, tais como, Termo de
Credenciamento para serviço de Análises Clínicas e Termo de Credenciamento
para serviço de remoção.
22. Unidade de Custo Operacional (UCO): unidade estabelecida pela Tabela
CBHPM, que incorpora depreciação de equipamentos, manutenção, mobiliário,
imóvel, aluguéis, folha de pagamento e outras despesas comprovadamente
associadas aos procedimentos médicos. Este custo foi calculado para os
procedimentos de SADT de cada Especialidade. Custos operacionais referentes a
acessórios e descartáveis serão ajustados diretamente e de comum acordo entre
as partes.

3
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

10.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE


SOLUÇÕES DE SAÚDE

1. Particularidades do credenciamento:
a. A contratação de OSE decorre de procedimento específico denominado
Credenciamento, no qual, diferentemente dos Processos Licitatórios, não há
licitante vencedor.
b. Não há formalização da contratação mediante o instrumento denominado
“Contrato”.
c. Em substituição ao Contrato, poderá ser utilizada a Guia de Apresentação do
Usuário (GAU) ou, ainda, a Nota de Empenho (NE) emitida em favor da OSE
Credenciada.
d. Todas as OSE que atenderem aos requisitos estabelecidos pela OMH/OMFM
estarão aptas a serem Credenciadas.
e. O Credenciamento dar-se-á por intermédio de documento denominado “Termo de
Credenciamento”, nomenclatura atribuída no âmbito da MB. Dessa forma, não há
previsão do referido documento nos normativos afetos a contratações públicas.
f. Não se exige a indicação prévia dos recursos orçamentários para que seja
celebrado “Termo de Credenciamento”.
g. Apenas a OSE credenciada, com o respecivo Termo de Credenciamento
publicado em DOU, poderá prestar os serviços aos usuários do SSM.
h. A critério da OMH/OMFM, o Edital de Credenciamento e seus anexos
(documentos que estabelecem os critérios de Credenciamento) poderão ter
vigência indeterminada.
i. O Edital cuja vigência seja indeterminada deverá prever instrumentos de
periódica avaliação para que exija que os credenciados mantenham o
cumprimento dos requisitos, inclusive habilitatórios, exigidos no instrumento
convocatório.

4
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

j. É admissível que o edital de credenciemento se submeta a alterações no curso


de sua vigência, inclusive nos preços e demais termos e condições dos serviços
prestados, que vincularão os credenciados mediante cláusula do edital prevendo
que salvo pedido de descredenciamento, a celebração do Termo de
Credenciamento implica no aceite de suas eventuais alterações supervenientes.

10.2 OS CINCO PASSOS DOS TRÂMITES


ADMINISTRATIVOS E DOCUMENTOS GERADOS

É importante conhecer os trâmites administrativos e


os documentos gerados para as contratações de
credenciamento. Vamos resumir em 05 passos.
Vamos lá?

1. Elaboração dos documentos pela OMFM/OMH

5
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

2. Encaminhamento dos documentos à Diretoria de Saúde da Marinha

Após a retificação dos documentos, conforme as orientações da DSM, a


OMH/OMFM submeterá o processo à apreciação jurídica da AGU, a qual
apresentará as recomendações para que o processo transcorra dentro da
legalidade.

3. Encaminhamento dos documentos à Advocacia-Geral da União (AGU)

Após a retificação dos documentos, conforme as orientações da AGU, a


OMH/OMFM publicará o Edital e seus anexos, bem como as Portarias de
designação da Comissão Especial de Credenciamento e do Gestor/Fiscal do
Contrato.

4. Publicação dos documentos

As cópias do Edital assinado, seus anexos, Projeto Básico, extrato do DO


com apublicação do Edital e os Termos de Credenciamentoou Termos
Aditivos assinados deverão ser encaminhadas para a DSM.

6
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

5. Credenciamento das OSE

10.3 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA PARA


CONTRATOS DE SAÚDE

1. A seleção da melhor proposta não ocorrerá no credenciamento, tendo em vista


que todas as OSE interessadas que atendenrem aos requisitos estabelecidos no
Edital serão credenciados. A verificação e avaliação dos documentos das OSE
que desejem ser credenciadas serão realizadas pela Comissão Especial de
Credenciamento.

Relembrando: na MB, a capacitação dos pregoeiros


e agentes de contratação responsáveis por esta fase
do ciclo de obtenção é realizada pelo CIANB.

Acesse: http://www.cianb.mb/

7
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

10.4 GESTÃO DE CONTRATOS DE SAÚDE

1. Concomitantemente à assinatura do Contrato ou emissão de documento que o


substitua, a autoridade competente, assessorada pelo setor requisitante, deverá
designar, por intermédio de Portaria, o Gestor, os fiscais de contrato e seus
substitutos.
2. Por ocasião da designação, a autoridade competente deverá certificar-se que os
gestores e fiscais atendem a determinados requisitos, conforme figura a seguir:

3. Não há preferência em relação a postos ou patentes na indicação do


Gestor/Fiscal do contrato.
4. A critério da autoridade competente, as funções de Fiscal Técnico e Fiscal
Administrativo poderão ser desempenhadas pelo mesmo militar ou servidor civil.
5. Preferencialmente, o Fiscal Técnico deverá ser militar ou servidor civil qualificado

8
CAPÍTULO 10
OS CONTRATOS DE SAÚDE NA MARINHA DO BRASIL

em Auditorias Médico-Hospitalares.
a. Não havendo militar ou servidor civil qualificado, a autoridade competente
poderáprovidenciar a repectiva qualificação junto ao CIANB1.

Após a designação do Gestor, Fiscal do Contrato e seus substitutos, a autoridade


que os designou deverá certificar-se que, os fiscais receberam cópias dos
documentos essenciais da contratação, a exemplo dos Estudos Preliminares, do
ato convocatório e seus anexos, do contrato, da proposta da contratada, da
garantia, quando houver, e demais documentos indispensáveis à fiscalização.

6. Em atendimento ao princípio da segregação de funções, não são acumuláveis as


seguintes funções:
a. Gestor e Fiscal de Contrato;
b. Agente Financeiro e Gestor/Fiscal de Contrato;
c. Ordenador de Despesas e Gestor/Fiscal de Contrato;
d. Autoridade competente para assinatura do Contrato e Gestor/Fiscal de Contrato;
e. Membros da Comissão Especial de Credenciamento (MCEC), Gestor/Fiscal de
Contrato;
f. MCEC e autoridade competente para assinatura do Contrato;e
g. MCEC e Ordenador de Despesas.

Nos casos em que a estrutura da OM não permitir o atendimento da segregação


de funções, a autoridade competente deverá fazer constar do processo as
justificativas pertinentes.

7. Recomenda-se que não haja hierarquia funcional entre o Gestor/Fiscal de


Contrato.

Relembrando: no Manual de Fiscalização de Contratos


Administrativos, elaborado pela DAdM, com o auxílio
do CIANB, existem modelos para facilitar a faina dos
membros da equipe de fiscalização! Ele está disponível
nas páginas da intranet das OM acima citadas! Dê uma
conferida lá!

Acesse:
http://www.dadm.mb/ e http://www.cianb.mb/

_______________________________
1 submeter as faturas ao COMIMSUP, a fim de que sejam auditadas, é uma prática observada atualmente.
Os seus resultados não tem sido efetivos, e, por isso, desencorajamos essa ação.

9
CAPÍTULO 11

OS CONTRATOS DECORRENTES DE
DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda o ciclo de vida de um contrato firmado a partir da utilização do
sistema de Dispensa Eletrônica, que se inicia na fase de planejamento da
contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta e encerra-se ao
final da fase de gestão do contrato, assim como os contratos precedidos de Processo
Licitatório. Entretanto, a Dispensa Eletrônica possui procedimentos mais céleres e
quantidade reduzida de documentos.
Conforme já visto nos Capítulos anteriores, as obtenções, em regra, são precedidas
de processo licitatório, mas há hipóteses em que é possível a realização de
contratação sem a necessidade de realização de licitação (Contratação Direta), em
decorrência de situações específicas, ou pelo baixo valor a ser contratado (valor
aumentado a cada 1º de Janeiro de cada ano, por intermédio de Decreto). Importante
citar que em decorrência do baixo valor, por vezes, utilize-se a Nota de Empenho
como documento equivalente ao Contrato.
As Contratações Diretas são concretizadas por intermédio do sistema de Dispensa
Eletrônica, que deve ser utilizado para a Contratação Direta (inexigibilidade ou
dispensa de licitação) de obras, bens e serviços, incluídos os serviços de
engenharia.

Os procedimentos para a operacionalização do sistema de Dispensa Eletrônica estão


estabelecidos no Manual do Sistema de Dispensa Eletrônica, disponível no Portal de
Compras do Governo Federal.
Acesse: Manual do Sistema de Dispensa Eletrônica

Nesse ponto, devemos evidenciar que as Contratações Diretas se dividem em:


Licitação dispensada Licitação dispensável Licitação inexigível

A lei de licitação ordena a A lei de licitação autoriza que não Não há viabilidade em
não realização de seja realizado o procedimento estabelecer critérios de
procedimento licitatório. licitatório. competição entre os
fornecedores.
A OM não tem o poder de A OM pode escolher se irá (ou
decidir, sendo obrigada a não) realizar processo licitatório. Ex: fornecedor exclusivo de
não licitar. determinada peça de motor de
Ex: obtenções consideradas de
embarcação
pequeno valor – art. 75 da Lei nº
14.133/21
** A Dispensa Eletrônica é utilizada, apenas, nos casos de Licitação Dispensável ou Inexigível.

1
CAPÍTULO 11
OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

Importante lembrar que, como o sistema de Dispensa Eletrônica é uma ferramenta


nova, as OM Centralizadoras (OMC) dos processos de obtenção, deverão definir
formalmente se operacionalizarão as Dispensas Eletrônicas ou se deixarão a cargo
das OM Apoiadas. Caso as OMC optem por realizar as Dispensas Eletrônicas,
deverão normatizar, também, quais os procedimentos necessários e respectivos
documentos que comporão as etapas que antecedem a realização da Dispensa
Eletrônica.

4.1 PLANEJAMENTO PARA CONTRATOS DE COMPRA

Pensar na contratação de um bem requer um conhecimento aprofundado do objeto a


ser contratado, das possíveis soluções de mercado, daquelas que mais se
adequam à necessidade e aos recursos disponíveis na Organização Militar.
Logo, caberá ao setor requisitante providenciar o documento de formalização da
demanda (DFD) ou documento de oficialização da demanda (DOD) – quando se
tratar de soluções de tecnologia da informação e comunicação, com as
informações básicas capazes de nutrir adequadamente o processo de Seleção do
Fornecedor. Ou seja, será necessário apresentar as necessidades que levaram
ao pedido, a motivação para contratar e o que se deseja alcançar com tal
contratação.
Além do DFD, deverão ser providenciados os outros documentos:
 Obrigatórios: Comprovação de que a demanda está contemplada no
PAR (a ser aprovado ao início de cada ao pelo Conselho de
Gestão), pesquisa e justificativa dos preços; e
 Quando couber: Estudo Técnico Preliminar (ETP); Matriz de
Gerenciamento de Riscos, Termo de Referência, Projeto Básico ou
Executivo.
Apesar de não serem obrigatórios, esses documentos podem ser elaborados
pelo setor requisitante de acordo com a complexidade do objeto.

2
CAPÍTULO 11
OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

Por ocasião da definição do objeto, o setor requisitante ou a equipe de planejamento


deverão consultar ao Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), de modo
a adequá-lo ao catálogo eletrônico de padronização estabelecido pelo
“Compras.gov.br”. No emprego das minutas que compõem o catálogo
(anteprojeto, termo de referência ou projeto básico, etc.) é vedada a alteração da
especificação do objeto, sendo permitida a edição ou complementação de
campos como: quantitativos, prazo de execução, entre outros.
A não utilização do catálogo eletrônico de padronização é situação excepcional,
devendo ser justificada por escrito e anexada ao respectivo processo de
contratação.

4.2 SELEÇÃO DA MELHOR PROPOSTA

1. A fase externa será de competência do Setor de Obtenção (Área de Intendência)


da OM (ou da OM Centralizadora): inserção no PNCP dos documentos
pertinentes, conforme Instruções Normativas vigentes e modelos de documentos
atualizados, disponibilizados no sitio da AGU.
A seleção da melhor proposta deve ser realizada por profissionais capacitados para
tal e distintos daqueles que irão fiscalizar o contrato.

Mas se você é membro das Equipes de Planejamento ou de Fiscalização, não se


preocupe! Esta fase de seleção da melhor proposta será conduzida por outros
profissionais da área de Obtenção.

Visando melhorar essa relação com a área de intendência, serão disponibilizadas


abaixo algumas observações sobre como contratar por licitação dispensável ou
inexigível:
a. A definição do objeto, feita pela área técnica, vai impactar diretamente na forma
como a Administração fará a contratação.

3
CAPÍTULO 11
OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

Veja um exemplo:
O bem que eu preciso só é oferecido por uma empresa no mercado.
Logo, é uma situação de inviabilidade de competição: vou realizar uma
contratação direta por inexigibilidade.
Agora, vamos imaginar que, na verdade, o bem pode ser fornecido por
algumas empresas, mas não ultrapassa o valor limite para contratação
direta por valor. Neste caso, posso optar por uma a contratação por
licitação dispensável.

b. Com base na Nova Lei de Licitações (NLL), a Dispensa Eletrônica (licitação


dispensável ou licitação inexigível) poderá ser utilizada para aquisição de bens
(duráveis ou não duráveis), obras e serviços, incluídos os serviços de engenharia.
c. Muitas das vezes, se reclama da qualidade do bem contratado. Por essa razão,
sabendo que a dispensa/inexigibilidade ocorrerá, é importante que a
especificação do que se quer esteja muito bem-feita, evitando assim distorções
durante a contratação, que vão impactar no objeto adquirido; e
É de competência do Setor de Obtenção/Licitação (área de Intendência), o
julgamento e habilitação das propostas vencedoras.
Caberá à autoridade superior adjudicar o objeto e homologar o procedimento
realizado pelo Obtenção/Licitação (área de Intendência). Entende-se como
autoridade superior, o Ordenador de Despesas da OM ou outra autoridade que
detenha designação formal para a prática deste ato.
Neste ponto ainda cabe ressaltar que a Equipe de planejamento ou setor requisitante
deverá acompanhar a Sessão Pública, a fim de sanar dúvidas dos fornecedores
em disputa, assim como analisar a proposta do melhor classificado para verificar
se está de acordo com o objeto solicitado.

4.3 GESTÃO DOS CONTRATOS

4
CAPÍTULO 11
OS CONTRATOS DECORRENTES DE DISPENSA ELETRÔNICA NA MARINHA DO
BRASIL

1. A regra é que, a partir deste momento, tenhamos um contrato ou instrumento


hábil. Esse documento será o guia dos gestores e fiscais de contratos
especialmente designados para aquela contratação.
A depender do objeto contratado, as Gestão e Fiscalização dos Contratos
observarão o disposto nos Capítulos anteriores.
Ressalta-se que o fornecedor estará sujeito às sanções administrativas similares
àquelas descritas nos processos licitatórios (Lei Geral de Licitações) e em outras
legislações aplicáveis, sem prejuízo da eventual anulação da nota de empenho
de despesa ou da rescisão do instrumento contratual.

Lembre-se:
Para melhor guiar seus processos, a AGU disponibiliza
uma Lista de Verificação e os modelos de todos os
documentos necessários para uma contratação direta
segura.
Acesse: Lista de Verificação e Modelos

5
GUIA DE GESTÃO PARA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATO
INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO
Diferente do que pode se imaginar, um contrato (acordo administrativo) não se inicia no
ato de sua assinatura, mas sim no seu planejamento. Assim, este guia foi escrito com a
finalidade de familiarizar a todos os militares e servidores civis da MB com os
procedimentos necessários para exercer a gestão dos contratos sob responsabilidade da
MB.
O material atribuiu foco para orientar os profissionais da área técnica, normalmente
tripulantes das OM centralizadas e UGR de créditos orçamentários, para o fácil
entendimento de quem não possui familiaridade com a pesada e complexa legislação da
área de obtenção.

Aqui estão algumas dicas importantes:


- Capacitação é o segredo para manter atualizada a equipe de
planejamento e fiscalização de contratos. Fique sempre atentos
aos cursos oferecidos pelo CIANB na área de Licitações;
Visite: http://www.cianb.mb/
- O site da DAdM sempre terá conteúdo atualizado sobre o
tema “Licitações e Contratos”.
Visite: http://www.dadm.mb/ e
https://licitacoescontratos.dadm.mb/
- O site do Programa Netuno também terá sempre conteúdo
atualizado sobre o tema “Gestão”, fundamental para bem
conduzir as atividades de licitações e contratos.
Visite: http://netuno.dadm.mb/
- Mantenha contato conosco para tirar dúvidas e oferecer
sugestões para mehoria dos nossos serviços.
Email: programanetuno@marinha.mil.br

Programa Netuno:
uma nova logomarca; um programa mais simples e objetivo,
conectado às necessidades do pessoal da MB.
ANEXO A
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
COMPRA NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de compras, discriminando os
procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos responsáveis. Os
documentos básicos necessários a serem elaborados foram destacados em forma de
checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que abrange uma reunião inicial
para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 4, ou seja, inicia-se na fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


Realizar reuniões e promover brainstorm com a finalidade
Líder da Equipe de de conhecer o objeto a ser contratado e o mercado de
Zero
Planejamento fornecedores. O foco da Equipe nesta etapa será a
discriminação correta do objeto e também o seu valor de
mercado.

1
ANEXO A
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE COMPRA NA MB

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Definido o objeto e seu alinhamento com o Planejamento
Estratégico Organizacional (PEO) da OM Centralizada
requisitante, nesta etapa deverá ser produzida toda a
documentação pertinente à fase de planejamento. Em
proveito dos 5 passos estabelecidos no Capítulo 1 deste
Guia, a Equipe de Planejamento estaria realizando os 4
primeiros passos por meio da “Etapa Zero” e o quinto
passo nesta “Etapa 01”, ou seja, confecção da
documentação necessária.
Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Líder da Equipe de Planejamento no que tange aos documentos básicos
01
Planejamento necessários durante a fase de planejamento das
contratações de compra na Marinha do Brasil.
 Documento de Formalização da Demanda (DFD);
 Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
 Mapa de Riscos;
 Mapa Comparativo de Preços (MCP); e
 Termo de Referência (TR).
Após a elaboração da documentação, deverá ser
promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
04 próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
Setor de Obtenção
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado
da União – AGU).

2
ANEXO A
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE COMPRA NA MB

Emissão de Parecer Jurídico

05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um


advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU.

Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite


07 ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Planejamento
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


A seleção da melhor proposta pode ou não conter um
processo licitatório e deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente
08 O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
de Contratação
prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

Termo de Indicação e Termo de Conflito


Encaminhar por CP a documentação solicitada pelo
Encarregado do Setor de Obtenção da OM Centralizadora,
Líder da Equipe de incluindo:
10
Planejamento  Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Centralizada; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

3
ANEXO A
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE COMPRA NA MB

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

15 Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
Gestor do Contrato conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

Nesse tipo de contratação a indicação


de um Gestor pode ser dispensada,
pela simplicidade do objeto, sendo
necessário apenas indicar os fiscais.

4
ANEXO A
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE COMPRA NA MB

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
Gestor do Contrato contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
17
aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 Gestor do Contrato pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
20
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos
previstos nos Capítulos 1 a 4 que, para melhores entendimentos dos conceitos,
deverão ser consultados.

5
ANEXO B
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
SERVIÇOS POR DEMANDA NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de serviço por demanda,
discriminando os procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos
responsáveis. Os documentos básicos necessários a serem elaborados foram
destacados em forma de checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que
abrange uma reunião inicial para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 5, ou seja, inicia-se na fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


A Equipe de Planejamento deve possuir conhecimento
Líder da Equipe de técnico a respeito do objeto a ser contratado e, além da
Zero sua discriminação completa, deverá estabelecer prazos de
Planejamento
execução do objeto e vigência contratual compatíveis com
o serviço demandado. Para tanto, deverá realizar reuniões
e brainstorm para conhecer o objeto e o mercado.

1
ANEXO B
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MB

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Nesta etapa inicial deve ser realizada uma pesquisa de
preços sobre o serviço a ser contratado sempre pautando
o prazo a ser estipulado na minuta do Termo de
Referência / Projeto Básico.
Deve ser verificado o alinhamento do objeto com o
Planejamento Estratégico Organizacional (PEO) da OM
Centralizada requisitante.
A Equipe de Planejamento produzirá toda a documentação
pertinente à fase de planejamento. Em proveito dos 5
passos estabelecidos no Capítulo 1 deste Guia, a Equipe
de Planejamento estaria realizando os 4 primeiros passos
por meio da “Etapa Zero” e o quinto passo nesta “Etapa
01”, ou seja, confecção da documentação necessária.
Líder da Equipe de Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
01 Planejamento checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Planejamento no que tange aos documentos básicos
necessários.
É importante  Documento de Formalização da Demanda (DFD);
que o prazo de  Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
vigência seja
 Mapa de Riscos;
superior ao
prazo de  Mapa Comparativo de Preços (MCP); e

execução.  Termo de Referência (TR).


Cabe ressaltar também a importância da elaboração
Recomenda-se criteriosa do Cronograma Físico-Financeiro, que será
uma diferença anexo do TR.
de 90 dias Após a elaboração da documentação, deverá ser
entre eles! promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora.
Vamos lá??! Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

2
ANEXO B
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MB

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
04
Setor de Obtenção próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (AGU).

Emissão de Parecer Jurídico


05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um
advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU.
Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite
07 ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Planejamento
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


A seleção da melhor proposta pode ou não conter um
processo licitatório e deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente
08 O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
de Contratação
prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

Encaminhar por CP a documentação solicitada, incluindo:


 Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Líder da Equipe de
10 Centralizada; e
Planejamento
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

3
ANEXO B
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MB

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
15 Gestor do Contrato conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

4
ANEXO B
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS POR DEMANDA NA MB

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
Gestor do Contrato contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
17
aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 Gestor do Contrato pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
20
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos
previstos nos Capítulos 1 a 3 e 5 que, para melhores entendimentos dos conceitos,
deverão ser consultados.

5
ANEXO C
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
OBRAS NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de obras, discriminando os
procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos responsáveis. Os
documentos básicos necessários a serem elaborados foram destacados em forma de
checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que abrange uma reunião inicial
para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 6, ou seja, inicia-sena fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


Para esse tipo de contratação, a Equipe de Planejamento
Líder da Equipe de deve conhecer o objeto a ser contratado e a Tabela
Zero SINAPI de preços de referência, bem como a composição
Planejamento
do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas). O foco da
Equipe nesta etapa será a discriminação correta do objeto
e também os valores de referência estipulados.

1
ANEXO C
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE OBRAS NA MB

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Nesta etapa deverá ser produzida toda a documentação
pertinente à fase de planejamento. Em proveito dos 5
passos estabelecidos no Capítulo 1 deste Guia, a Equipe
de Planejamento estaria realizando os 4 primeiros passos
por meio da “Etapa Zero” e o quinto passo nesta “Etapa
01”, ou seja, confecção da documentação necessária.
Ao se formalizar a demanda, deve ser atestado o
alinhamento do objeto com o Planejamento Estratégico
Organizacional (PEO) da OM Centralizada requisitante.
Líder da Equipe de Para facilitar a execução, apresenta-se abaixo um
Planejamento checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Planejamento no que tange aos documentos básicos
01 É possível a necessários para esta fase da contratação de obras.
contratação
 Documento de Formalização da Demanda (DFD);
integrada ou
semi-integrada,  Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
onde a  Mapa de Riscos;
contratada é  Planilha Estimativa de Custos e Formação de
responsável por Preços (PECFOP);
elaborar os
 Projeto Básico (PB); e
projetos básicos
e executivos, ou  Projeto Executivo (PE).
apenas o Após a elaboração da documentação, deverá ser
executivo, promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
respectivamente.
de Obtenção da OM Centralizadora.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Retificação e atendimento das novas solicitações
apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do
04 O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
Setor de Obtenção
próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado

2
ANEXO C
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE OBRAS NA MB

da União – AGU).

Emissão de Parecer Jurídico


05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um
advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU

Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite


07 ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Planejamento
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


Esta etapa deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
08
de Contratação prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

Termo de Indicação e Termo de Conflito


Encaminhar por CP a documentação solicitada pelo
Encarregado do Setor de Obtenção da OM Centralizadora,
Líder da Equipe de incluindo:
10
Planejamento  Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Centralizada; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

3
ANEXO C
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE OBRAS NA MB

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
15 Gestor do Contrato conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

4
ANEXO C
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE OBRAS NA MB

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
Neste tipo de contratação os percentuais de aditamento
são maiores, em virtude da maior imprevisibilidade dos
custos de execução do objeto.
Dentro da rotina de acompanhamento definida pelo
Gestor, deverá a equipe estabelecer linhas de
comunicação entre seus membros e, conforme o
17 Gestor do Contrato cronograma físico-financeiro estabelecido em contrato e a
execução do objeto, decidir por um possível aditamento
contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


18 Gestor do Contrato O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do
20 por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos previstos
nos Capítulos 1 a 3 e 6 que, para melhores entendimentos dos conceitos, deverão ser
consultados.
5
ANEXO D
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de serviços contínuos,
discriminando os procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos
responsáveis. Os documentos básicos necessários a serem elaborados foram
destacados em forma de checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que
abrange uma reunião inicial para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 7, ou seja, inicia-se na fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


O foco da Equipe nesta etapa será o enquadramento do
Líder da Equipe de serviço como contínuo, ou seja, caso interrompido pode
Zero comprometer a continuidade de atividades essenciais e
Planejamento
cuja contratação costuma perdurar por mais de um
exercício financeiro, bem como a discriminação correta do
objeto e também o seu valor de mercado.

1
ANEXO D
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MB

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Nesta etapa cabe uma especial atenção a definição do
prazo de vigência máxima a ser estipulado, podendo ser
de até 10 anos, caso previsto em edital e mantidas as
condições de vantajosidade.
A Equipe de Planejamento deverá produzir toda a
documentação pertinente à fase de planejamento. Em
proveito dos 5 passos estabelecidos no Capítulo 1 deste
Guia, a Equipe de Planejamento estaria realizando os 4
primeiros passos por meio da “Etapa Zero” e o quinto
passo nesta “Etapa 01”, ou seja, confecção da
documentação necessária.
Líder da Equipe de
01 Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
Planejamento
checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Planejamento no que tange aos documentos básicos
necessários durante a fase de planejamento das
contratações de compra na Marinha do Brasil.
 Documento de Formalização da Demanda (DFD);
 Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
 Mapa de Riscos;
 Mapa Comparativo de Preços (MCP); e
 Termo de Referência (TR).
Após a elaboração da documentação, deverá ser
promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
04 próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
Setor de Obtenção
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado
da União – AGU).

2
ANEXO D
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MB

Emissão de Parecer Jurídico

05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um


advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU

Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite


07 ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Planejamento
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


A seleção da melhor proposta pode ou não conter um
processo licitatório e deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente
08 O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
de Contratação
prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

Encaminhar por CP a documentação solicitada pelo


Encarregado do Setor de Obtenção da OM Centralizadora,
incluindo:
Líder da Equipe de
10  Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Planejamento
Centralizada; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

3
ANEXO D
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MB

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
15 Gestor do Contrato conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

4
ANEXO D
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS NA MB

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
Gestor do Contrato contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
17
aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 Gestor do Contrato pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
20
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos
previstos nos Capítulos 1 a 3 e 7 que, para melhores entendimentos dos conceitos,
deverão ser consultados.

5
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de serviços contínuos,
discriminando os procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos
responsáveis. Os documentos básicos necessários a serem elaborados foram
destacados em forma de checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que
abrange uma reunião inicial para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 8, ou seja, inicia-sena fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


Neste tipo de contratação o Fiscal Administrativo deverá
ser capacitado no domínio das parcelas de obrigações
Líder da Equipe de
Zero afetas à legislação trabalhista cuja proposta vencedora
Planejamento
deverá conter e devidamente fiscalizada a partir do início
da execução do objeto.

1
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

O foco da Equipe nesta etapa será o enquadramento do


serviço como contínuo, ou seja, caso interrompido pode
comprometer a continuidade de atividades essenciais e
cuja contratação costuma perdurar por mais de um
exercício financeiro.

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Definido o objeto e seu alinhamento com o Planejamento
Estratégico Organizacional (PEO) da OM Centralizada
requisitante, nesta etapa deverá ser produzida toda a
documentação pertinente à fase de planejamento. Em
proveito dos 5 passos estabelecidos no Capítulo 1 deste
Guia, a Equipe de Planejamento estaria realizando os 4
primeiros passos por meio da “Etapa Zero” e o quinto
passo nesta “Etapa 01”, ou seja, confecção da
documentação necessária.
Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Líder da Equipe de Planejamento no que tange aos documentos básicos
01
Planejamento necessários durante a fase de planejamento das
contratações de compra na Marinha do Brasil.
 Documento de Formalização da Demanda (DFD);
 Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
 Mapa de Riscos;
 Mapa Comparativo de Preços (MCP); e
 Termo de Referência (TR).
Após a elaboração da documentação, deverá ser
promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

2
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
04 próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
Setor de Obtenção
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado
da União – AGU).

Emissão de Parecer Jurídico

05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um


advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU
Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite
07 ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Planejamento
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


A seleção da melhor proposta pode ou não conter um
processo licitatório e deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente
08 O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
de Contratação
prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

Encaminhar por CP a documentação solicitada pelo Enc.


do Setor de Obtenção da OM Centralizadora, incluindo:
Líder da Equipe de
10  Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Planejamento
Centralizada; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.
3
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

Manutenção das Condições


Nesta etapa, o Fiscal Administrativo deve ser atentar aos
aspectos relacionados à legislação trabalhista a ser
comprovado pela empresa contratada.
O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
15 Gestor do Contrato manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

4
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
Importante ressaltar que nos casos em que não forem
executadas algumas parcelas não renováveis (rescisão
trabalhista, afastamento de gestante, etc.), o valor do
acordo após o aditamento poderá ser até mesmo inferior
ao valor inicial, em virtude da não ocorrência desta
parcelas provisionadas inicialmente.
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
17 Gestor do Contrato acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 Gestor do Contrato pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do
20 por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

5
ANEXO E
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTÍNUOS (MDO)

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos
previstos nos Capítulos 1 a 3 e 8 que, para melhores entendimentos dos conceitos,
deverão ser consultados.

6
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE
SOLUÇÕES DE TIC NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de serviços contínuos,
discriminando os procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos
responsáveis. Os documentos básicos necessários a serem elaborados foram
destacados em forma de checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que
abrange uma reunião inicial para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 9, ou seja, inicia-sena fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado


As contratações de soluções de TIC deverão ser
Líder da Equipe de precedidas de pesquisa nos “Catálogos de Soluções de
Zero TIC” do Ministério da Economia.
Planejamento

1
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MB

A Equipe de Planejamento deverá realizar reuniões e


promover brainstorm com a finalidade de conhecer o
objeto a ser contratado e o mercado de fornecedores. O
foco da Equipe nesta etapa será a discriminação correta
do objeto e também o seu valor de mercado.

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Definido o objeto em consonância com os padrões de
soluções de TIC estipulados, e seu alinhamento com o
Planejamento Estratégico Organizacional (PEO) da OM
Centralizada requisitante, nesta etapa deverá ser
produzida toda a documentação pertinente à fase de
planejamento. Em proveito dos 5 passos estabelecidos no
Capítulo 1 deste Guia, a Equipe de Planejamento estaria
realizando os 4 primeiros passos por meio da “Etapa Zero”
e o quinto passo nesta “Etapa 01”, ou seja, confecção da
documentação necessária.
Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
Líder da Equipe de checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
01 Planejamento no que tange aos documentos básicos
Planejamento
necessários durante a fase de planejamento das
contratações de compra na Marinha do Brasil.
 Documento de Oficialização da Demanda (DOD);
 Estudos Técnicos Preliminares (ETP);
 Mapa de Riscos;
 Mapa Comparativo de Preços (MCP); e
 Termo de Referência (TR) / Projeto Básico (PB).
Após a elaboração da documentação, deverá ser
promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Líder da Equipe de
03
Planejamento Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
 Parecer Técnico do Titular da OM centralizada.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora.

2
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MB

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


Encarregado do O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
04 próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
Setor de Obtenção
(bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado
da União – AGU).

Emissão de Parecer Jurídico

05 AGU Nesta etapa a documentação será apreciada por um


advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06
Setor de Obtenção Equipe de Planejamento, realizando considerações
técnicas de obtenção sempre que julgar necessário.

Adequação da Documentação
Atendimento das necessidades apontadas no Parecer
Jurídico da AGU.
Líder da Equipe de
07 Após a adequação da documentação, promover o trâmite
Planejamento
ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas, Esclarecimentos e Recursos


A seleção da melhor proposta pode ou não conter um
processo licitatório e deve ser realizada por profissionais
capacitados para tal e distintos daqueles que irão fiscalizar
o contrato.
Pregoeiro / Agente
08 O Líder da Equipe de Planejamento deverá sanar dúvidas,
de Contratação
prestar esclarecimentos e responder recursos no prazo
estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com a homologação pela autoridade
competente.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo
Encarregado do Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento para
09
Setor de Obtenção entrega da documentação necessária para assinatura
contratual e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais).

3
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MB

Neste tipo de contratação existe a figura do “Fiscal


Requisitante do Contrato” que deverá ser indicado pela
OM Centralizada requisitante.
Deverá ser encaminhada por CP a documentação
Líder da Equipe de solicitada pelo Encarregado do Setor de Obtenção da OM
10 Centralizadora, incluindo:
Planejamento
 Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Centralizada; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Encarregado do Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora)
11 realize a formalização dos seguintes documentos:
Setor de Obtenção
 Minuta Contratual; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual

12 Gestor do Contrato Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a


garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
estipulado no instrumento convocatório.

Reunião Inicial
13 Gestor do Contrato Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
designada em Portaria e os representantes da contratada.

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
14 Gestor do Contrato e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

4
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MB

Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
15 Gestor do Contrato conforme o caso.
Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato.

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 Gestor do Contrato (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
Gestor do Contrato contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
17
aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 Gestor do Contrato pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Gestor do Contrato Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

5
ANEXO F
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS DE SOLUÇÕES DE TIC NA MB

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do
20 por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

Mas lembre-se que este passo a passo é uma síntese dos procedimentos básicos
previstos nos Capítulos 1 a 3 e 9 que, para melhores entendimentos dos conceitos,
deverão ser consultados.

6
ANEXO G
20 ETAPAS PARA OS CONTRATOS
DECORRENTES DE DISPENSA
ELETRÔNICA NA MB

INTRODUÇÃO
Este anexo aborda as 20 etapas para um contrato de compras, discriminando os
procedimentos executados em cada uma delas e os respectivos responsáveis. Os
documentos básicos necessários a serem elaborados foram destacados em forma de
checklist. Foi incluída no início uma “Etapa Zero”, que abrange uma reunião inicial
para execução dos procedimentos preliminares.
Foi mantida a mesma estrutura utilizada no Capítulo 4, ou seja, inicia-se na fase de
planejamento da contratação, prossegue para a fase de seleção da melhor proposta
e encerra-se ao final da fase de gestão do contrato.

O “passo a passo” a seguir pode ser utilizado tanto por uma OM que não possua
Setor de Obtenção, ou equivalente, e é apoiada nesse serviço por uma OM
Centralizadora, quanto por uma OM que possua um Setor de Obtenção próprio, ou
equivalente.

1 PASSO A PASSO

Fase de Planejamento da Contratação

Etapa Responsável Procedimento

Discriminação do Objeto e seu Valor de Mercado

Líder da Equipe de Realizar reuniões e promover brainstorm com a finalidade


Zero Planejamento/ Setor de conhecer o objeto a ser contratado e o mercado de
Requisitante fornecedores. O foco da Equipe nesta etapa será a
discriminação correta do objeto e também o seu valor de
mercado.

1
ANEXO G
20 ETAPAS PARA A DISPENSA ELETRÔNICA NA MB

Elaboração da Documentação da Fase de


Planejamento
Definido o objeto e seu alinhamento com o Planejamento
Estratégico Organizacional (PEO) da OM Centralizada
requisitante, nesta etapa deverá ser produzida toda a
documentação pertinente à fase de planejamento. Em
proveito dos 5 passos estabelecidos no Capítulo 1 deste
Guia, a Equipe de Planejamento estaria realizando os 4
primeiros passos por meio da “Etapa Zero” e o quinto
passo nesta “Etapa 01”, ou seja, confecção da
documentação necessária.
Para facilitar o entendimento, apresenta-se abaixo um
checklist com a finalidade de auxiliar a Equipe de
Planejamento no que tange aos documentos básicos
Líder da Equipe de necessários durante a fase de planejamento das
01 Planejamento/ Setor contratações de compra na Marinha do Brasil.
Requisitante
 Documento de Formalização da Demanda (DFD);
 Estudos Técnicos Preliminares (ETP), quando
couber;
 Mapa de Riscos, quando couber;
 Mapa Comparativo de Preços (MCP); e
 Termo de Referência (TR), Projeto Básico (PB) ou
Projeto Executivo (PE), quando couber.
Após a elaboração da documentação, deverá ser
promovida sua tramitação, por meio de comunicação
padronizada (CP) ou meio eletrônico equivalente, ao Setor
de Obtenção da OM Centralizadora/ Setor de Obtenção da
OM.

Análise Inicial
Encarregado do Deverá ser apreciada a documentação básica citada na
02 etapa anterior e restituída para retificação, bem como o
Setor de Obtenção
atendimento às novas solicitações que se fizerem
necessárias.

Adequação da Documentação e Inclusão do Parecer


Técnico
Atendimento das necessidades de retificação e novas
solicitações apontadas durante a Análise Inicial.
Nesta etapa deverá ser incluído o seguinte documento:
Líder da Equipe de
03 Planejamento/ Setor  Parecer Técnico do Titular da OM centralizada/
Requisitante /Titular da OM ou autoridade designada
formalmente.
Após a reunião dos documentos adequados, reenviá-los
ao Setor de Obtenção da OM Centralizadora/ Setor de
Obtenção da OM.

2
ANEXO G
20 ETAPAS PARA A DISPENSA ELETRÔNICA NA MB

Trâmite para Nota Técnica e Parecer Jurídico


O processo deverá ser autuado, numerado com um NUP
Encarregado do próprio e remetido para emissão de Nota Técnica
04
Setor de Obtenção (bacharel em Direto da MB) e Parecer Jurídico (advogado
da União – AGU). Nos casos de Dispensa de Licitação por
valor, essa etapa será suprimida.

Emissão de Parecer Jurídico


Nesta etapa a documentação será apreciada por um
05 AGU advogado da União, que emitirá um parecer jurídico a
respeito do processo. Nos casos de Dispensa de Licitação
por valor, essa etapa será suprimida.

Considerações Técnicas
Encarregado do Promover o trâmite da documentação para o Líder da
06 Equipe de Planejamento/Setor Requisitante, realizando
Setor de Obtenção
considerações técnicas de obtenção sempre que julgar
necessário.

Atendimento das necessidades apontadas no Parecer


Jurídico da AGU.
Líder da Equipe de Após a adequação da documentação, promover o trâmite
07 Planejamento/ Setor ao Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Requisitante Centralizadora para que seja autorizada a abertura do
processo licitatório pela autoridade competente, o que
marca o início da fase de seleção da melhor proposta.

Fase de Seleção da Melhor Proposta

Dúvidas e Esclarecimentos
A seleção da melhor proposta deve ser realizada por
profissionais capacitados para tal e distintos daqueles que
Responsável pela irão fiscalizar o contrato.
Dispensa Eletrônica O Líder da Equipe de Planejamento/ Setor Requisitante
08
/ Agente de deverá sanar dúvidas e prestar esclarecimentos no prazo
Contratação estipulado pela legislação vigente, sob orientação do
pregoeiro / agente de contratação.
Esta etapa se encerra com o julgamento e habilitação das
propostas vencedoras.

Documentação para Assinatura do Acordo


Administrativo ou documento equivalente (Nota de
Empenho)
Deverá orientar o Líder da Equipe de Planejamento ou
Encarregado do
09 Setor Requisitante para entrega da documentação
Setor de Obtenção
necessária para assinatura contratual/ emissão da Nota de
Empenho e emissão da Portaria de Designação da Equipe
de Fiscalização (gestor e fiscais), quando couber.

3
ANEXO G
20 ETAPAS PARA A DISPENSA ELETRÔNICA NA MB

Termo de Indicação e Termo de Conflito


Encaminhar por CP a documentação solicitada pelo
Encarregado do Setor de Obtenção da OM
Líder da Equipe de Centralizadora/Setor de Obtenção da OM, incluindo:
10 Planejamento/ Setor  Termo de Indicação, assinado pelo Titular da OM
Requisitante Centralizadora / Titular da OM ou autoridade
designada formalmente; e
 Termos de Conflito, assinados pelos membros da
Equipe de Fiscalização.

Assinatura Contratual
Promover o trâmite processual com a finalidade de que a
Autoridade Competente (Titular da OM Centralizadora /
Encarregado do Titular da OM ou autoridade designada formalmente)
11
Setor de Obtenção realize a formalização dos seguintes documentos:
 Minuta Contratual/Emissão de Nota de Empenho; e
 Portaria de Designação da Equipe de Fiscalização.

Fase de Gestão do Contrato

Garantia Contratual
Deverá ser providenciada pelo Gestor / substituto a
Gestor do Contrato/ garantia contratual junto à contratada dentro do prazo
12
Fiscal do Contrato estipulado no instrumento convocatório (esta etapa poderá
ser suprimida, a depender da contratação e
discricionariedade da autoridade competente).

Reunião Inicial
Deverá ocorrer em até 10 dias após a assinatura do
Gestor do Contrato/ contrato com a presença de toda a Equipe de Fiscalização
13
Fiscal de Contrato designada em Portaria e os representantes da contratada
(esta etapa, a depender da contratação, poderá ser
exercida, apenas, pelo Fiscal do Contrato).

Registro de Ocorrências
O Gestor deverá estabelecer junto aos fiscais uma rotina
de acompanhamento da execução do objeto contratado.
Os fiscais deverão apresentar ao Gestor, por ocasião
desta rotina, os respectivos Livros de Registro de
Ocorrências discriminando fatos pertinentes à contratação
Gestor do Contrato/
14 e que possam subsidiar possíveis aplicações de sanções
Fiscal do Contrato administrativas, assim como aditamentos contratuais. Tais
registros servirão como atenuantes ou agravantes,
conforme o caso em tela.
Cabe ressaltar também que por meio do Livro de Registro
de Ocorrências o trabalho dos fiscais poderá ser avaliado
de acordo com o nível de detalhamento e precisão das
informações registradas.

4
ANEXO G
20 ETAPAS PARA A DISPENSA ELETRÔNICA NA MB

Manutenção das Condições


O Gestor do contrato deve exigir da contratada a
manutenção das condições de habilitação, assim como o
perfeito cumprimento do cronograma físico financeiro,
conforme o caso.
Gestor do Contrato/
15 Ressalta-se que o Gestor deve coordenar as ações da
Fiscal do Contrato
Equipe de Fiscalização e entrar em contato junto ao
preposto indicado pela contratada para sanar eventuais
inconsistências na execução do contrato (esta etapa, a
depender da contratação e discricionariedade da
autoridade competente, poderá ser exercida pelo Fiscal do
Contrato).

Pagamentos Parciais
O Gestor deverá supervisionar o trabalho de fiscalização
e, após o aceite dos fiscais na execução dos eventos
Gestor do Contrato/ contratuais, promover o trâmite dos títulos de crédito
16 (notas fiscais) certificados pelos fiscais para o setor
Fiscal do Contrato
responsável pelo pagamento. Deverá ser observado o
prazo de pagamento estipulado pelo contrato.
Virtude trâmite de execução financeira, o envio da referida
documentação deverá ocorrer ato contínuo à certificação.

Aditamento
A Equipe de Fiscalização, dentro da rotina de
acompanhamento definida pelo Gestor, deverá
estabelecer linhas de comunicação entre seus membros e,
conforme o cronograma físico-financeiro estabelecido em
Gestor do Contrato/ contrato e a execução do objeto, decidir por um possível
17
Fiscal do Contrato aditamento contratual, ou não.
Ressalta-se que aditamentos contratuais possuem
trâmites administrativos que demandam tempo e que
qualquer alteração contratual a ser promovida por este
instrumento deve ser formalizada ainda dentro do prazo de
vigência contratual.

Termo de Recebimento Provisório (TERP)


Gestor do Contrato/ O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
18 pela Equipe de Fiscalização tão logo haja a notificação
Fiscal do Contrato
formal da empresa sobre o término da execução do objeto
contratado.

Termo de Recebimento Definitivo (TERD)


O Gestor deverá coordenar a emissão deste documento
pela Equipe de Fiscalização tão logo a referida equipe
Gestor do Contrato/ julgue o objeto apto a ser recebido definitivamente pela
19 Administração Pública. Ato contínuo, deverá encaminhar a
Fiscal do Contrato
documentação necessária para pagamento no setor
responsável, assim como, encaminhar cópia de todos os
registros e documentação referente ao contrato para o
setor de obtenção.

5
ANEXO G
20 ETAPAS PARA A DISPENSA ELETRÔNICA NA MB

Arquivamento
Os atos do processo poderão ser alvo de questionamento
Encarregado do
20 por órgãos de controle interno e externo ao longo dos anos
Setor de Obtenção seguintes. Portanto, cabe ao Encarregado do Setor de
Obtenção promover o perfeito arquivamento desta
documentação.

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