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Fundamentos em

Perícia
Criminal
Procedimentos Periciais no Local do Crime
A perícia em locais de crime deve ser minuciosa!
E deve seguir os seguintes procedimentos:

 Avaliar se o local de crime está devidamente isolado e preservado;


 Observar minunciosamente o local do crime antes de entrar
no
espaço;
Reunir com a equipe de peritos para analisarem e definirem a
melhor forma de iniciar o processamento do local. No local do crime
deve haver no mínimo dois peritos para executar o trabalho;
 Escolher o método de busca de vestígios: linha, linha cruzada,
espiral ou quadrante.
 Marcar (enumerar) os vestígios encontrados;
Procedimentos Periciais no Local do Crime
 Anotar, registrar e documentar todos vestígios encontrados,
meio
por de: fotografia, descrição narrativa (escrita, áudio ou vídeo), e
croqui da cena;
Coletar os vestígios de acordo com as técnicas adequadas para
preservar as características de cada item, seja ele biológico, físico ou
químico;
 Após a coleta, reunir com a equipe para checar se o trabalho
realizado até então foi suficiente;
 Encaminhar o material coletado para análise pericial em laboratório
de criminalística;
 Cumprir a cadeia de custódia;
 Liberar o local.

A cadeia de custódia tem uma importância fundamental na perícia em


locais de crime, pois a documentação cronológica dos
vestígios poderá ser utilizada como prova.
Principais Equipamentos Utilizados pela
Perícia no Local do Crime
Principais Equipamentos Utilizados pela
Perícia no Local do Crime

Para executar a perícia em locais de crime em ambiente físico, os


peritos contam com uma maleta composta com os seguintes materiais
e ferramentas:

Cianoacrilato e pós diversos para revelação de impressões digitais ,


lâminas, fitas adesivas e outros materiais para a coleta de
impressões digitais;
Lanternas com diferentes comprimentos de onda para visualizar
vestígios latentes (não visíveis a olho nú)
 Luminol e outros materiais para testes e identificação de
sangue;
 Trena digital;
 Paquímetro;
 GPS;
 Embalagens para coleta e transporte de vestígios;
Principais Equipamentos Utilizados pela
Perícia no Local do Crime

 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para cada tipo de


ocorrência (luva, máscara, óculos, jaleco, etc.);
 Lupa;
 Pincéis, pinças, tesoura;
 Escalas;
 Marcadores de vestígios;
 Pranchetas e canetas;
 Reagentes para análise e identificação de entorpecentes;
 Materiais para suporte;
 Máquina fotográfica;
 Notebook.
Principais Equipamentos Utilizados pela
Perícia no Local do Crime
Principais Equipamentos Utilizados pela
Perícia no Local do Crime
Princípios Fundamentais da Perícia Criminal:
Princípio da Observação
Todo contato deixa um vestígio! Em locais (cenas) de crime, a
investigação e a busca dos vestígios nem sempre é missão de fácil
execução, sabendo-se que, em muitos casos, alguns elementos
somente podem ser detectados através de análises microscópicas, ou
mesmo, aparelhos de altíssima precisão. Os peritos devem usufruir da
evolução e pesquisa do instrumental científico capaz de detectar esses
vestígios, ou mesmo, micro-vestígios.

Princípio da Análise
A análise pericial deve sempre seguir o método científico! A perícia
científica visa definir como o fato ocorreu (teoria), através de uma
criteriosa coleta de dados (vestígios e indícios), que permitem que
sejam estabelecidas hipóteses sobre como se desenvolveu o fato. É
esse o método científico que baseiam as condutas periciais, a análise é
sempre obrigatória para a produção de provas (devem ser
comprovadas), sejam análises diretas ou complementares.
Princípios Fundamentais da Perícia Criminal:
Princípio da Interpretação
Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos! Este
princípio, também chamado de Princípio da Individualidade, preconiza
que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus, ou
sejam: a identificação genérica, a específica e a individual, sendo que
os exames periciais deverão sempre alcançar este último grau, que a
torna inconfundível e individualizado.

Princípio da Descrição
O resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e
deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita. Os
resultados dos exames periciais, sempre baseados em princípios
científicos, não podem variar pela passagem do tempo. Os resultados
da perícia, devem ser descritos de uma forma bem clara,
racionalmente disposta e fundamentada. Aplica-se aqui o visum et
repertum isto é, o Perito observa, percebe e descreve o que processou
em sua mente do fato observado e apresentado à perícia.
Princípios Fundamentais da Perícia Criminal:
Princípio da Documentação
Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local
de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer
um histórico completo e fiel de sua origem.

Este princípio, baseado na CADEIA DE CUSTÓDIA da prova material,


visa proteger, seguramente, a fidelidade da prova material, evitando a
consideração de provas forjadas, incluídas no conjunto das demais,
para provocar a incriminação ou a inocência de alguém. Todo o
caminho do vestígio deve ser sempre documentado em cada passo,
com documentos oficiais que o oficializem, de modo a não pairarem
dúvidas sobre tais elementos probatórios.
Diferentes Métodos de Coleta de
Vestígios no Local do Crime
Métodos de Coleta de Vestígios
Atenção!!!

As coletas em locais de crimes imediatos ou mediatos, ou ainda,


relacionados, devem ser realizados por Peritos Criminais, e estes por
sua vez, ao realizarem a coleta ficam impedidos de realizar os exames
laboratoriais, a fim de não influenciar os resultados!!
Os peritos que realizam a coleta devem aguardar a analise das
amostras e elaborar o laudo pericial qual fará parte do exame de
identificação requisitado. É indispensável o uso de EPIs !!!

Somente serão recebidas para análises biológicas de identificação


humana as amostras coletadas que obedeceram as normas
estabelecidas.
Métodos de Coleta
Ao longo do tempo, foram surgindo novas formas de recolha dos
vestígios. Cada técnica é desenvolvida de forma a evitar danos e
contaminação. Entre as técnicas existem:

Recolha manual - Esta técnica, perante vestígios macroscópicos, deve


ser sempre a escolhida. Estes itens podem ser recolhidos, quer
manualmente, quer com o auxílio de pinças, este último no caso de
cabelos, fragmentos e vidro. Esta técnica deve ser utilizada,
preferencialmente, em detrimento de outras técnicas mais evasivas,
tendo como vantagens, o fato de não ser necessário o dispêndio de
muito tempo, bem como o fato de ser uma técnica precisa.
Relativamente às desvantagens, é necessário ter em consideração
possíveis contaminações, sendo apropriado o uso de luvas.
Métodos de Coleta
Remoção integral do objeto - No caso de se tratar de grandes itens, de
o material estar impregnado de vestígios, de o vestígio ser de difícil
acesso ou mesmo no caso onde o levantamento do vestígio pode
conduzir à sua destruição, o objecto deve ser removido para o
laboratório forense.

Utilização da pipeta - Poças de líquido são facilmente recolhidas,


através do uso de uma pipeta. Esta técnica é particularmente útil para
fluidos corporais.

Fita adesiva - Esta técnica é utilizada para a recolha de material


microscópico de uma variedade de superfícies e consiste na aplicação
de uma fita adesiva na superfície em análise, permitindo a fixação dos
materiais, e a posterior análise, através da sua colocação, em
fragmento de vidro ou em plástico rígido.
Métodos de Coleta
Varrimento - Este método é particularmente útil para recolher material
de variadíssimos locais, principalmente os de difícil acesso e os que
possuem grandes quantidades de material. É também bastante
utilizado em casos de acidentes que envolvam veículos onde estão
presentes largas quantidades de destroços.

Aspiração - Através da aspiração, o perito vai ter acesso a material


microscópico proveniente de roupas, veículos, entre outros. Esta
técnica, contudo, necessita de alguma ponderação no seu uso, uma vez
que o material recolhido é de difícil identificação, bem como o facto de
a sua análise requerer o dispêndio de longos períodos de tempo.

Raspagem - Esta técnica consiste na raspagem cuidadosa da superfície


onde se encontram os vestígios, com o auxílio de lâminas de bisturi,
entre outras, para recipientes.
Métodos de Coleta
Swab - Através da utilização de um cotonete seco, conseguem recolher-
se partículas microscópicas que vão ser, posteriormente, separadas do
cotonete, no laboratório. A utilização de um cotonete húmido (soro
fisiológico ou água destilada) vai possibilitar a recolha de fluidos
corporais. A utilização de material humedecido apresentava-se,
anteriormente, como problemática, uma vez que a concentração do
sangue, nas técnicas eletroforéticas, era ainda um fator importante.
Porém, com a utilização do DNA PCR (amplificação) esse facto já não
representa um problema.

Corte - Pode haver necessidade de cortar e remover a área onde se


encontra o vestígio.

Molde - Principalmente em casos de pegadas ou marcas de pneus, é


vantajoso efetuar o molde dessa marca e encaminhá-la para o
laboratório.
Vestígios no Local do Crime
Vestígios no Local do Crime
O local do crime é composto por vestígios.
Quanto à sua origem, os vestígios podem ser classificados em:

Químicos: resultantes de transformações da matéria. São comuns em


locais de explosão e de processamento de drogas.

Físicos – Mecânicos: Aqueles em que não ocorre a modificação da


matéria, mas somente uma mudança de forma, sob a influência de
forças em corpos rígidos ou maleáveis.

Biológicos – Fisiológicos: Amostras biológicas, ex: secreções corporais,


sangue, etc.
Atenção aos Vestígios Biológicos no
Local do Crime
Alguns vestígios são facilmente identificados pela sua forma, porque
são bastante específicos (ex.: um fio de cabelo, um botão de roupa,
etc.) ou porque guardam uma relação muito clara com o seu agente
provocador (ex.: estojo de munição de arma de fogo). Outros somente
são identificados após criteriosas análises de laboratório (ex.: amostra
de pó branco).

Para estas análises laboratoriais produzirem um resultado fidedigno, os


vestígios biológicos precisam de maior atenção!
A COLETA, TRANSPORTE e o ARMAZENAMENTO dos vestígios biológicos
devem ser realizados com mais cuidado para a preservação da amostra
e consequentemente um resultado confiável.
Coleta, Armazenamento e Transporte

FLUIDOS LÍQUIDOS

COLETA: Colher o fluido com swab previamente identificado.

ARMAZENAMENTO: na própria embalagem do swab em freezer (≤ -


20ºC), protegido da luz solar, até encaminhar ao Laboratório.

TRANSPORTE: em caixa plástica térmica com gelo reciclável, de forma


ordenada. Encaminhar material com requisição de exames.
Coleta, Armazenamento e Transporte

FLUIDOS SECOS IMPREGNADOS EM MATERIAL MÓVEL

COLETA: Secar (se necessário), em temperatura ambiente, sem


utilização de fontes de calor artificial ou exposição ao sol. Embalagem:
Individual em envelopes, sacos de papel ou caixas de papelão
fechados. NUNCA se deve utilizar embalagens plásticas ou potes de
vidro fechado que possam reter umidade. Identificar e lacrar.

ARMAZENAMENTO: Local protegido de luz solar (e outras fontes de


calor excessivo) e da umidade até enviar ao Laboratório.

TRANSPORTE: Temperatura ambiente. Encaminhar material com


requisição de exames
Coleta, Armazenamento e Transporte

FLUIDOS SECOS IMPREGNADOS EM SUPERFÍCIES IMÓVEIS -


SUPERFÍCIE NÃO ABSORVENTE

COLETA: Umedecer o swab em soro fisiológico ou água destilada


estéril e colher o material FRICCIONANDO O SWAB, previamente
identificado.

ARMAZENAMENTO: na própria embalagem do swab em freezer (≤ -


20ºC) até encaminhar ao Laboratório.

TRANSPORTE: em caixa plástica térmica com gelo reciclável, de forma


ordenada. Encaminhar material com requisição de exames
Coleta, Armazenamento e Transporte

FLUIDOS SECOS IMPREGNADOS EM IMÓVEIS -


SUPERFÍCIES SUPERFÍCIE ABSORVENTE

COLETA: Retirar a mancha com o auxílio de tesoura ou outro


instrumento adequado previamente limpo com álcool 70%. Deixar
secar a temperatura ambiente. Embalagem: Individual em envelopes
ou sacos de papel fechados. NUNCA se deve utilizar embalagens
plásticas ou potes de vidro fechado que possam reter umidade.
Identificar e lacrar.

ARMAZENAMENTO: Local protegido de luz solar (e outras fontes de


calor excessivo) e da umidade até enviar ao Laboratório.

TRANSPORTE: Temperatura ambiente Encaminhar material com


requisição de exames. 1 2 3 4
Coleta, Armazenamento e Transporte

PELOS E CABELOS

COLETA: Com auxilio de pinça estéril / descartável.


EMBALAGEM:
envelope de papel Identificado e lacrado.

ARMAZENAMENTO: Local protegido de luz solar (e outras fontes de


calor excessivo) e da umidade até enviar ao Laboratório.

TRANSPORTE: Temperatura ambiente. Encaminhar material com


requisição de exames
Coleta, Armazenamento e Transporte

PRESERVATIVOS

COLETA: Se houver fluido, atar a extremidade com um


EMBALAGEM: Sacos nó.
lacradas. plásticos ou placas de petri identificadas e

ARMAZENAMENTO: em geladeira (2-8ºC) até encaminhar ao


Laboratório.

TRANSPORTE: em caixa plástica térmica com gelo reciclável, de forma


ordenada.
Resumo – Coleta e Armazenamento dos
Vestígios mais Presentes no Local de Crime
Material Úmido

Todo o material úmido que for coletado deve permanecer em


embalagem plástica por no máximo duas horas, com o objetivo de
evitar a contaminação por microrganismos e afins, o material úmido
deve ser seco antes de seu acondicionamento final
Resumo – Coleta e Armazenamento dos
Vestígios mais Presentes no Local de Crime
Fluidos Líquidos - Como sangue, esperma e saliva
Devem ser colhidos com gaze ou swab (haste longa, flexível, com ponta
de algodão). Secar em temperatura ambiente em local ventilado e
abrigado da luz solar, e acondicionados de maneira isolada em
envelope de papel escuro ou na própria embalagem do swab, e de
preferência armazenados em congelador a -20°C, ou não sendo
possível em geladeira a 4°C.

Fluidos Líquidos - Urina


Devem ser coletados com seringa ou pipeta plástica e
depois
transferidos para um frasco próprio e armazenados sob-refrigeração.
Resumo – Coleta e Armazenamento dos
Vestígios mais Presentes no Local de Crime
Fluidos Líquidos Contidos em Vestes ou em Objetos
Quando ainda estiverem umedecidos, deverão secar em temperatura
ambiente em local ventilado e protegido da luz solar, e acondicionados
em envelopes de papel escuro, ou caixa de papelão própria e
armazenadas sob-refrigeração.

Fluidos Secos (como sangue, esperma, urina, saliva, etc.)


Quando houver vestígios de material biológico seco, em pequenas
áreas de vestes ou objetos pequenos, quando possível devem ser
enviados em sua totalidade.
Resumo – Coleta e Armazenamento dos
Vestígios mais Presentes no Local de Crime

Quando esses vestígios estão dispostos em grandes objetos ou em


superfícies que não são absorventes, como locais metálicos, pareces e
móveis, o material é retirado com uma lâmina de bisturi ou espátula
própria para raspagem.

Ou ainda é possível usar um swab umedecido em água destilada estéril


(onde após coleta deve secar o material em temperatura ambiente). Se
o vestígio estiver em objetos que possam ser cortados, a mancha
deverá ser recortada com tesoura ou bisturi. Após a coleta, o material
deverá ser acondicionado de maneira isolada em envelope de papel
escuro ou caixa de papel própria e armazenado sob-refrigeração.
Quando há Uso do Luminol
Processo de utilização do Luminol:

1. Primeiro é preciso reconhecer o local onde se


passou o crime. O Luminol é líquido, é preciso
então borrifadores especiais para aplicá-lo nas
possíveis áreas onde pode haver resquícios
sanguíneos;

2. A reação química ocorre quando as


substâncias presentes no Luminol entram em
contato com o sangue, mais precisamente com
as partículas de ferro existentes na hemoglobina
(uma proteína do sangue).
Através desta reação as marcas de sangue se
tornam visíveis e radiantes, gerando uma
intensa luz azul de maior visibilidade em
ambiente escuro. O processo químico
responsável por esta façanha é chamado de
quimiluminescência, é similar ao que faz vaga-
lumes brilharem.

Esse procedimento é muito importante porque


a partir das manchas de sangue é possível
sugerir uma dinâmica do que aconteceu no dia
do crime.
Com a ajuda do Luminol se consegue detectar
até traços de DNA que permitem o
reconhecimento tanto das vítimas como de
culpados.

Observação importante: Mesmo que o


assassino lave cuidadosamente o local do crime
ou que tenham se passado até seis anos, é
possível identificar os mínimos vestígios de
sangue em praticamente qualquer tipo de
superfície, até mesmo as lisas como azulejos.
Por exemplo, se uma pia tiver sido lavada várias
vezes com fortes produtos de limpeza após
sangue ter circulado em seu interior, em apenas
5 segundos o Luminol é capaz de identificar os
vestígios.
Uso do Luminol no Local do Crime
Uso do Luminol no Local do Crime
Coleta de Mancha Quimioluminescente
após passar Luminol

MANCHA QUIMIOLUMINESCENTE - APÓS LUMINOL

SUPERFÍCIE NÃO ABSORVENTE

COLETA: colher o material FRICCIONANDO O SWAB,


identificado. previamente

ARMAZENAMENTO: na própria embalagem do swab em freezer (≤ -


20ºC) até encaminhar ao Laboratório.

TRANSPORTE: em caixa plástica térmica com gelo reciclável, de forma


ordenada. Encaminhar material com requisição de exames
Coleta de Mancha Quimioluminescente
após passar Luminol
MANCHA QUIMIOLUMINESCENTE - APÓS LUMINOL

SUPERFÍCIE ABSORVENTE

COLETA: RECORTAR a mancha com o auxílio de tesoura ou outro


instrumento adequado previamente limpo com álcool 70%. Deixar
secar a temperatura ambiente. NUNCA ENVIAR O TECIDO/OBJETO
INTEIRO. Embalagem: Individual em envelopes de papel fechados,
Identificado e lacrado.

ARMAZENAMENTO: Local protegido de luz solar (e outras fontes de


calor excessivo) e da umidade até enviar ao Laboratório.

TRANSPORTE: Temperatura ambiente. Encaminhar material


com
requisição de exames.
Coleta de Vestígio em Indivíduos
Coleta de Vestígios em Indivíduos
Cada vestígio, mesmo que coletado de algum indivíduo, e não do local
do crime, deve ser fotografado, ter a sua origem descrita em um
relatório individual onde indique a data e a natureza da ocorrência, o
local a forma e as condições da coleta, a hora em que fora coletado e
quando possível estimar quando tempo após a ocorrência do crime
fora realizada a coleta, e também a forma utilizada para o
acondicionamento e preservação da amostra.

Em cadáveres ou em pessoas vivas, a coleta de material biológico deve


ser realizada por um Médico Legista, como menciona o artigo quinto, e
que em pessoas vivas, deve haver um termo de consentimento
expresso coletadas que obedeceram as normas estabelecidas.
Coleta de Vestígios em Indivíduos
Coleta em vivos

Antes de realizar a coleta, o individuo (suspeito ou um familiar da


vítima que será identificada), devem fornecer por escrito seu
consentimento em doar a amostra, assinando o Termo de Coleta de
Material Biológico, que segue junto com as amostras para análise. São
colhidos em torno de 5,0ml de sangue, em duplicata, através de
punção venosa de sangue periférico, com seringa hipodérmica
descartável e transferida para tubos plásticos com EDTA, devidamente
identificados e armazenados em congelador a -20°C.
Coleta de Vestígios em Indivíduos
Coleta em Cadáveres

As amostras são coletadas, quando possível, por punção cardíaco, ou


direto na cavidade cardíaca ou ainda de vaso de grosso calibre, a fim de
evitar contaminação ou de este, estar degradado para análise. E em
cadáveres carbonizados, em decomposição ou já decompostos pode-se
usar como amostras fragmentos que estejam em melhores condições,
fios de cabelo ou ainda coágulos retidos em cavidade de órgãos ocos.
Coleta de Vestígios em Indivíduos
Tecidos, Órgãos, Dentes e Ossos novos ou antigos, deverão ser
retirados os fragmentos ou partes inteiras com a utilização de pinças, e
acondicionados isoladamente em frasco próprio ou em envelope de
papel ou caixa de papelão, e armazenados em congelador a -20°C. VI.
Pêlos e Cabelos deverão ser coletados com pinças, e de preferência
coletar amostras que contenham o bulbo (raiz do cabelo), e quando
úmidos, deverão secar em temperatura ambiente ao abrigo da luz
solar, e acondicionadas isoladamente em envelope de papel escuro e
armazenadas sob-refrigeração.
Casos de Rejeição do Material Biológico
Critérios para rejeição do material enviado ao laboratório:

Material não identificado ou com problemas na identificação: Ilegível


ou discrepante com o documento enviado;
 Material não acompanhado de documento requisitante;
 Dados incompletos no documento requisitante
 Vestes armazenadas em embalagens plásticas;
 Material submetido ao luminol sem identificação da
quimioluminescente.
região
 Coleta e encaminhamento de vestígios biológicos de vítimas
de
violência sexual:
Sêmen é a rincipal evidência em crimes sexuais.
biológica Individualização de evidência
biológica para
o confronto compossível(eis) suspeito(s).
Modelo de Etiqueta

Todo material coletado, devera ser embalado em embalagem


apropriada a preservação e ao transporte e devidamente identificado,
com etiquetas apropriadas para envio aos laboratórios do Instituto de
Criminalística.
Modelo de Requisição de Exame

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