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PÚBLICO ALVO
1. ABREVIATURAS E SIGLAS
AF – Antropologia forense
IML – Instituto médico legal
IPM – Intervalo post mortem
2. RESULTADOS ESPERADOS
Elaboração de um laudo antropológico com qualidade técnica e científica no qual se possa
estabelecer um nexo causal, ou não, com o delito em apuração e a possível identidade da vítima.
3. MATERIAL
- Sala de necropsia com iluminação natural;
- Pia para lavagem das mãos, sabonete, toalhas de papel para secagem das mãos;
- Luvas cirúrgicas;
- Aventais;
- Gorros;
- Máscaras;
- Propés;
- Foco;
- Mesa de necropsia;
- Lupa de bancada;
- Mesa para estudo antropológico;
- Fita métrica;
- Paquímetro;
- Compasso de espessura;
- Tábua osteométrica de Broca;
- Transferidor ou goniômetro;
- Envelopes para acondicionamento de projéteis de arma de fogo;
- Cabo e lâminas de bisturi;
- Pinças dente de rato e hemostáticas curvas e retas;
- Tesouras curvas e retas;
- Ruginas;
- Costótomo;
- Serra de crânio ou serrote;
- Martelo;
- Talhadeira;
- Espátulas;
- Pás, picaretas, ancinhos
- Pincéis;
- Peneira de diversas graduações;
- Formol a 10% para fixação de fragmentos ósseos para exame histopatológico;
- Panela com capacidade para, pelo menos, 50 litros e comprimento de, pelo menos, 50
centímetro de altura;
- Fogão ou ebulidor;
- Local seguro para guarda de projéteis;
- Livro de registro de material coletado;
- Máquina fotográfica;
- Equipamento de informática para digitação e impressão dos laudos.
4. PROCEDIMENTOS
4.1. Ações preliminares
4.2. Exames
O método para estimativa do IPM mais aceito pela comunidade internacional é o baseado
na atividade entomológica.
Independente da possibilidade da realização de um exame entomológico pelo especialista,
o perito responsável pelo laudo antropológico deve tecer considerações sobre o IPM, ressaltando-
se a sua subjetividade.
As considerações devem ser baseadas principalmente no grau de decomposição dos
tecidos do cadáver e associadas ao micro e macro ambientes onde ele foi depositado. Deve-se
observar:
- presença de tecidos moles íntegros;
- decomposição dos tecidos moles. Quando os tecidos moles estão decompostos, anotar os
segmentos nos quais estas alterações são observadas: cefálico, torácico, abdominal, membros;
- verificar a presença ou não de cartilagens;
- quando as cartilagens e os tecidos moles estiverem completamente ausentes, observar se
os ossos apresentam-se secos ou com drenagem de material gorduroso nas epífises;
- avaliar o grau de decomposição das superfícies articulares e das diáfises;
- avaliar o grau de degeneração e fragilidades ósseas, que termina na perda das epífises e
decomposição das diáfises.
4.2.3. Exame laboratorial
A pesquisa da estatura pode ser realizada por meio das medidas dos ossos longos, sendo o
fêmur aquele que oferece melhor resultado.
Sugere-se o uso da tabela de Trotter e Gleser (1951) e Mellega (2004), Anexo 3 e Anexo 4
respectivamente.
A lateralidade pode ser estimada por meio da comparação entre as medidas observadas na
clavícula, úmero e rádio, conforme protocolo sugerido pelo LAF-CEMEL, tabela do Anexo 11.
Quando houver indivíduo suspeito de ser a vítima, confrontar as informações trazidas pelos
familiares (odontograma, radiografias, fotografias, etc) com as dados obtidos no exame
antropológico.
Podem ser utilizados como exames auxiliares ao estudo antropológico, a critério do perito
responsável: estudo de sobreposição fotográfica, reconstituição facial forense e exame
histopatológico.
5. PONTOS CRÍTICOS
Ausência de serviços de antropologia forense em determinados Estados.
Ausência de profissionais (peritos oficias e técnicos) que se dediquem a este exame.
Ausência do especialista em antropologia forense no local do encontro de ossada.
Falta de isolamento do local.
Localização e remoção inadequadas e incompletas dos remanescentes ósseos realizadas
por pessoas sem capacitação técnica.
Frequente mistura de ossos de diferentes indivíduos no momento da remoção e nos
próprios institutos.
Ausência dos instrumentais necessários para a realização dos exames antropológicos.
1 - PREÂMBULO
Deve constar a hora, o dia, o mês, o ano e a cidade em que a perícia é realizada, o nome da
autoridade requisitante do exame, o (s) Perito (s) Oficial (is) - médico ou cirurgião dentista –
incumbido (s) da perícia, o nome do Diretor do IML que designou o (s) perito (s), o nome do exame
solicitado e, quando possível, a qualificação do indivíduo procurado.
2 – QUESITOS
2.5 - A morte foi produzida com o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel ou de que poderia resultar perigo comum?
3 – HISTÓRICO
Os dados importantes do histórico estarão na guia de requisição de necropsia, na
ocorrência policial e poderão ser complementados com informações coletadas pelo perito.
4 - DESCRIÇÃO
4.1 - Descrição geral com ênfase nas alterações tafonômicas:
5 - DISCUSSÃO
5.1 - Materiais e metodologia de análise:
6 - CONCLUSÃO
Expressão sucinta do que foi minuciosamente estudado e discutido.
7. REFERÊNCIAS
1- Bulletins et mémoires de la Société d’Anthropologie de Paris; Numéro 17 (3-4) (2005)
2005(3-4) P. Murail, J. Bruzek, F. Houët et E. Cunha; DSP: A tool for probabilistic sex diagnosis using
worldwide variability in hip-bone measurements.
2- Brooks, S., Suchey, J. M. Skeletal age determination based on the os pubis: a com-
parison of the Acsadi-Nemeskeri and Suchey-Brooks methods. Hum. Evol. 5:227–
238, 1990.
3- AMERICAN JOURNAL OF PHYSICAL ANTHROPOLOGY 110:303–323 (1999) First Rib
Metamorphosis: Its Possible Utility for Human Age-at-Death Estimation. CHARLES A. KUNOS.
4- J Forensic Sci, September 2010, Vol. 55, No. 5 doi: 10.1111/j.1556-4029.2010.01415.x
PAPER Available online at: interscience.wiley.com; PHYSICAL ANTHROPOLOGY; Kristen M. Hartnett,
Ph.D. ; Analysis of Age-at-Death Estimation Using Data from a New, Modern Autopsy Sample— Part
II: Sternal End of the Fourth Rib.
5- Lovejoy, C. O., Meindl, R. S., Prysbeck, T. R., Mensforth, R. P. Chronological
metamorphosis of the auricular surface of the ilium: a new method for the determi-
nation of
adult skeletal age at death. Am. J. Phys. Anthropol. 68:15–28, 1985.
6- Buckberry, J. L., Chamberlain, A. Age Estimation from the auricular surface of the
ilium:
a revised method. Am. J. Phys. Anthropol. 119:231–329, 2002.
7- Lamendin, H., Baccino, E., Humbert. J. F., Tavernier, J. C., Nossintchouk, R.,
Zerilli, A. A
simple technique for age estimation in adult corpses: the two criteria
dental method. J. Forensic
Sci. 37:1373–1379, 1992.
8- Meindl, R. S., Lovejoy, C. O. Ectocranial suture closure: a revised method for the
determination of skeletal age at death based on the lateral-anterior sutures. Am. J. Phys.
Anthropol. 68:57–66, 1985.
8. GLOSSÁRIO
Ante mortem: antes da morte.
Cocção: cozinhar.
Diáfise: corpo do osso longo.
Energia vulnerante: são os instrumentos ou meios capazes de provocar lesões.
Epífise: extremidades distal e proximal de um osso longo.
Fise: núcleo de crescimento de um osso longo.
Inumar: enterrar.
Inumação secundária: reinumação ou inumação primária violada.
Lateralidade: lado predominante (destro ou sinistro).
Nexo causal: quando se verifica o vínculo entre a conduta do agente e o resultado ilícito.
Nexo temporal: quando se verifica relação de temporalidade entre a conduta do agente e o
resultado ilícito.
Peri mortem: imediatamente antes, durante ou logo após a morte.
Post mortem: após a morte.
Tamisar: peneirar.
9. ANEXOS
ANEXO 1 – Estudo do sexo: características da pelve
ANEXO 2 – Estudo do sexo: características do crânio
4- glabela ( ) Projetada ( )
( ) Discreta
Índices:
Obs: A maior medida corresponde ao lado dominante, com a exceção do comprimento máximo
clavicular.
ANEXO 12 – Fluxograma
Realização da perícia