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TRAUMATOLOGIA FORENSE
Sistema Tegumentar
Derme
Características:
Composta de tecido conjuntivo (fibras colágenas e
elastina)
Aproximadamente 90% da massa da pele
Vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e termina-
ções nervosas, folículos pilo-sebáceos e glândulas
sudoríparas.
Função: Resistência e elasticidade da pele
Hipoderme (tecido celular subcutâneo)
Características Camada de tecido conjuntivo frouxo que conecta a
derme com a fáscia dos músculos subjacentes.
É o mais extenso órgão sensorial do corpo Adipócitos
15% do peso corporal total Raízes das glândulas sebáceas e sudoríparas
Contém 20% do total de água do corpo Função: Proteção contra choques mecânicos, iso-
Pilosa lamento térmico, reserva energética.
Classificação (seca, oleosa e mista)
Elasticidade (linhas de fenda) PELE - ESTRUTURA
VASCULARIZAÇÃO
Funções
¼ sistema circulatório situa-se na pele (cerca de
Proteção 240 km)
Secreção Componentes arterial e venoso
Absorção Organizados em 2 plexos paralelos à superfície
Termorregulação cutânea
Percepção
Camadas PELE - FISIOLOGIA
TERMOREGULAÇÃO
Epiderme: células epiteliais
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Medicina Legal – Aulas 03 a 06 (Parte I)
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Necessária para manutenção de processos bioquí- coagulação, presença abundante de leucócitos, etc.
micos vitais Reação Vital.
Temperatura ideal < 37º C Post- Mortem- são lesões que ocorrem após a mor-
Dependente de fatores como metabolismo / exercí- te, não possuem Reação Vital.
cio / emoções/ alimentação … …
LESÕES FEITAS EM VIDA
IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE VULNERANTE
INFILTRAÇÃO HEMORRÁGICA
O objetivo do perito – legista é, através da análise COAGULAÇÃO DO SANGUE NOS LOCAIS DE
da lesão , fornecer dados para identificar o agente LESÃO
vulnerante e, após a reunião de outros elementos RETRAÇÃO DOS TECIDOS seccionados
de investigação, estabelecer a eventual dinâmica Crostas nas escoriações
do fato e, até mesmo, a autoria envolvida no caso. Espectro equimótico
Traumatologia forense Cicatrizes nas feridas
Calo nos ossos fraturados
OFENSAS À INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE Mosaico sanguinolento nos pulmões
PRODUZIDAS POR Energias:
AGENTES MECÂNICOS
de ordem mecânica;
de ordem física; Ação/atuação: agem por contato e diretamente so-
de ordem química; bre a superfície atingida, atuando por:
de ordem físico-química; Somente Pressão
de ordem bioquímica; Pressão e Deslizamento
de ordem biodinâmica; e Choque, acompanhado ou não de deslizamento
de ordem mista. Teremos três tipos de lesão simples:
Punctória
AGENTES MECÂNICOS Incisa
Contusa
São agentes que atuam pela energia mecânica
Essa energia modifica o estado inercial (repouso ou FORMAS DE AÇÃO
movimento) de um corpo em agente agressor e
produzindo lesões em todo ou em parte do outro
corpo.
AGENTES PERFURANTES
(feridas punctórias)
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Agentes Cortantes
AGENTES CORTANTES
Ponto de saída de ferida incisa é superficial chama-
Atuam por pressão e deslizamento (pressão e des- da cauda de saída, cauda de escoriação ou cauda
locamento), de forma linear ou oblíqua, sobre a pele de rato.
ou tecido dos órgãos, com “gume afiado”, atingindo
a superfície em ângulos variados, produzindo feri-
das incisas ou ferimentos incisos.
Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi,
lâminas metálicas afiladas, papel, estilhaços de
vidros, capim-navalha e outros.
Ferida chamada arco de violino
Ação Cortante.
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ESGORJAMENTO
Ação Cortante
DECAPITAÇÃO
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EVISCERAÇÃO
Castração
Lesões incisas
SACA BOCADO
Decapitação
AGENTES CONTUNDENTES
AGENTES CONTUNDENTES
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Algumas Lesões
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Espectro equimótico
BOSSAS
Equimose
FERIDA CONTUSA – HEMATOMA
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Lesões contusas
Lesões contusas
Encravamento
Encravamento: penetração de objeto afiado e
consistente em qualquer parte do corpo. Ação
direta ou indireta.
ENCRAVAMENTO: requer agente comprido, has-
te, barra metálica, lança, perfurocontundente
alongado, haste. Com entrada no corpo. Se for Escalpelamento
pelos órgãos sexuais ou próxima: empalamento.
Escalpelamento Escalpe: remoção (avulsão) do couro cabeludo.
Índios retiravam o ESCALPO
Ferida Contusa.
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Ação Perfurocortante
Lesões Mistas
INSTRUMENTOS PERFUROCORTANTES
EXEMPLOS
1. de um só gume: faca, canivete, espada,
baioneta, hastes da tesoura
2. de dois gumes: punhal, faca vazada
3. de três ou mais gumes: triangulares, lima
LESÕES PERFUROINCISAS
Provocadas por instrumentos de ponta e gume que
atuam pela perfuração e cortam pelas suas bordas
afiadas os planos atingidos
Agem por pressão e secção
Tem gravidade variável, de acordo com o agente e
LESÕES MISTAS com os órgãos atingidos
Características:
Lesão em botoeira (casa de botão)
Lesões biconvexas (punhal)
Na forma do agente
Lesões perfuroincisas
Instrumentos perfurocortantes
Os instrumentos perfurocortantes são aqueles ge-
ralmente dotados de ao menos uma ponta e pelo
menos uma lâmina ou gume. Inicialmente o instru-
mento pérfuro-cortante age afastando as fibras e
facilitando a penetração, para depois seccioná-las.
O melhor exemplo de instrumento pérfuro-cortante
são as facas. FERIDAS: CASA DE BOTÃO/BICONVEXA
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Instrumentos perfurocontundentes
Ação Perfurocontundente.
Ação Cortocontundente.
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Lesões cortocontusas
Lesões por precipitação.
CALOR
Modalidade
contato direto
efeitos: queimaduras
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IRRADIAÇÃO SOLAR
Sistema Nervoso
INSOLAÇÃO:
ação da temperatura do calor ambiental em locais
abertos (raramente em espaços confinados)
INTERMAÇÃO:
decorre do excesso de calor ambiental
lugares mal arejados,
quase sempre confinados ou pouco abertos e sem a
necessária ventilação, surgindo, geralmente, de
forma acidental
Alguns fatores contribuintes:
Alcoolismo
falta de ambientação climática
vestes inadequadas
Insolação
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CALOR
Queimadura
• 4ª causa de morte
o
Intermação • Corpo trabalha com uma variação de 3 C acima
ou abaixo de 37º C. Assim, se a temperatura central
se altera além desses limites, pode haver graves
Mecanismos de termorregulação contra o supera-
lesões ou até a morte.
quecimento:
• O calor (energia) é transferido de uma área de
Radiação:
maior concentração para uma de menor concentra-
Troca global de energia térmica radiante (ar).
ção mediante: radiação, condução, convecção e
Não requer contato molecular.
evaporação.
Condução:
Transferência direta por contato com líquido,
Queimaduras
sólido ou gás.
A água absorve milhares de vezes mais calor.
Quanto à profundidade, segundo Hoffmann, as
Requer contato molecular.
queimaduras classificam-se em:
Convecção:
1º Grau - atinge somente a epiderme. Caracteriza-
Permuta de ar ou líquido adjacente já aquecido.
se por dor local e vermelhidão da área atingida.
Transpiração/Evaporação:
Queimaduras leves, simples formação de eritemas;
Mecanismo mais eficiente.
Tempo de recuperação:
2 a 5 dias Prognóstico: ausência de cicatrizes; des-
coloração temporária
2º Grau - formação de flictenas nas áreas eritema-
tosas Atinge a epiderme e a derme. Tempo de re-
cuperação: 5 a 21 dias Prognóstico: pode deixar
cicatrizes
Prognóstico: Normalmente requer cirurgia ou enxer-
to de pele.
4º Grau - carbonização.
Queimaduras
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Gravidade
Queimaduras
Profundidade
KRISEK: não tem 4º grau Extensão
Envolvimento de áreas críticas
Idade da vítima
Presença de lesão pulmonar por inalação
Presença de lesões associadas
Doenças pré-existentes.
1º grau – ERITEMA
apenas a epiderme é afetada
vermelho vivo, devido a simples congestão da pele
a coagulação fixa o eritema após a morte
2º grau – FLICTENA
caracterizado pela formação de vesículas, que sus-
pendem a epiderme Queimaduras
são constituídas do líquido amarelo-claro, transpa-
rente
no cadáver: em seus lugar se vêem placas aperga-
minhadas
Contato direto - Queimaduras
3º grau – ESCARAS:
formam manchas de cor castanha, ou cinza-
amarelada, indicativas da morte da derme
deixam cicatrizes proeminentes
no cadáver, apergaminham-se
4º grau – CARBONIZAÇÃO:
se particularizam pela carbonização do plano ósseo
pode ser total ou parcial
ocorre redução do volume do cadáver
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Queimaduras
Queimadura –VAS
FRIO
Modalidade:
contato direto
efeitos: necroses periféricas imediatas ou tardias
(infartos)
ambiental
efeitos: baixa da resistência,
choque circulatório
Graus das geladuras
1º eritema
2º flictenas
3º necrose ou gangrena
Sinal de Montalti (M de muco)
Lesões produzidas pelo calor frio fuligem na área respiratória: estava vivo durante o
incêndio.
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Sinal de Devergie
Agente vulnerante
FOGO:
Agente vulnerante
Líquido fervente:
- queimadura decrescente ao escorrimento do líqui-
Em incêndios do
- pode ser acidental ou intencional
Morte pode se dar pela formação de gases da com- - não cresta pelos e não carboniza
bustão dos materiais Delegado deve analisar a intenção: lesão corporal,
Boate Kiss maus tratos, tortura (hediondo)
Monóxido de carbono (mais de 50% carboxihemo-
globina) Agente vulnerante
Cianeto de hidrogênio
Óxidos ácidos do enxofre e nitrogênio Sólido incandescente:
Morte: pelo fogo - queimaduras de 1º a 4º graus.
Morte: pela asfixia por fumaça - cresta pelos
Morte: pisoteamento - diferenciar pelo crestado por fogo x sólido incan-
descente: sólido deixa sua marca, seu formato de
Incêndio boate Kiss 242 mortos contato.
Fogo não deixa marca própria
- marcação de animais (bois, etc)
- tortura: cigarro, ferro de passar roupas, etc
Agente vulnerante
Vapores superaquecidos:
-nãocarboniza.
Incêndio -não cresta pelos
-lesão geral do que localizada
-acidental em preferencia a criminosa
-vazamento de caldeiras, radiadores, frascos aque-
cidos fechados
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