Você está na página 1de 10

Epidemiologia

MATTHEW R. RHEA1, BRENT A. ALVAR1, LEE N. BURKETT1, and STEPHEN D. BALL2


1
Departamento de Exercício e bem estar, Arizona State University, Mesa, AZ; e 2 Departamento de
Cièncias nutricionais, Universidade do Missouri, Columbia, MO

Endereço para correspondência: Matthew Rhea, Departamento de Exercício e Bem-Estar, Arizona State University,
Campus do Leste, 6113 S. Kent, CLRB, Mesa, AZ 85212; E-mail: matthew.rhea@asu.edu. Apresentado para
publicação em maio de 2002.

Aceito para publicação em outubro de 2002.

0195-9131 / 03 / 3503-0456 / US $ 3,00 / 0

MEDICINA E CIÊNCIA EM ESPORTES E EXERCÍCIOS® Copyright © 2003 pelo American College of Sports
Medicine

DOI: 10.1249 / 01.MSS.0000053727.63505.D4

Uma Meta-analise para Determinar a Dose


Resposta para o Desenvolvimento de Força

ABSTRATO

RHEA, M. R., B. A. ALVAR, L. N. BURKETT e S. D. BALL. Uma meta-análise para determinar à dose respos-
ta para o desenvolvimento de força. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 35, n. 3, pp. 456 - 464, 2003. Propósito:
A identificação de uma relação dose-resposta quantificável para treinamento de força é importante para
a prescrição de programas de treinamento apropriados. Apesar de muita pesquisa ter sido realizada, o
exame da força aumenta com o treinamento, feito individualmente, eles fornecem pouca percepção da
magnitude dos ganhos de força ao longo do de treinamento de intensidade continua, frequências e volu-
mes. Uma meta-análise de 140 estudos com um total de 1433 efeito de volume (ES) foi realizada para
identificar a relação dose-resposta. Métodos: Estudos empregando uma intervenção de treinamento de
força e contendo dados necessários para o cálculo do ES foram incluídos na análise. Resultados: ES de-
monstrou diferentes respostas com base no status de treinamento dos participantes. O treinamento com
uma intensidade média de 60% de uma repetição máxima provoca ganhos máximos em indivíduos des-
treinados, enquanto 80% é mais eficaz naqueles que são treinados. Os participantes não treinados experi-
mentam ganhos máximos treinando cada grupo muscular 3 dias e indivíduos treinados 2 dias. Quatro sé-
ries por grupo muscular geraram ganhos máximos em indivíduos treinados e não treinados. Conclusão:
As tendências dose-resposta identificadas nesta análise apoiam a teoria da progressão no desenho de
programas de resistência e podem ser úteis no desenvolvimento de programas de treinamento destina-
dos a otimizar a relação esforço / benefício. Palavras-chave: EFEITO DE TRATAMENTO, TREINAMENTO DE
PESO, FITNESS MUSCULAR, EXERCÍCIO RESISTIDO.
Pesquisas médicas, especialmente pesquisas com intervenções farmacêuticas, tentam identificar uma re-
lação dose-resposta entre a quantidade de droga prescrita e o efeito em uma doença ou enfermidade.
Identificar tal relacionamento facilita a prescrição de tais medicamentos nas doses adequadas e mais efi-
cazes. Paralelamente a este modelo médico, os cientistas do exercício e os profissionais de aptidão estão
à procura de uma relação quantificável entre dose (exercício) e resposta (adaptações específicas de saúde
ou adequação). Para o treinamento de força, essa relação dose-resposta é vital para a prescrição de doses
adequadas de treinamento. A prescrição excessiva do exercício de treinamento resistido pode resultar em
lesões por excesso de estresse, enquanto a sub-prescrição resultará em falha na obtenção da melhoria de
força necessária ou desejada. Ao otimizar o esforço em relação ao benefício (a quantidade e a intensidade
do trabalho até o grau de ganho de força), os profissionais do exercício podem ajudar seus clientes a al-
cançar a magnitude necessária ou desejada do ganho de força da maneira mais eficaz e eficiente.
Para o desenvolvimento da força, uma relação quantificável entre o volume, a intensidade e / ou
a frequência das melhorias de treinamento e força tem sido um tanto elusiva e controversa. Enquanto
muitas pesquisas examinaram os aumentos de força que acompanham as intervenções de treinamento, a
maioria examinou apenas um ou dois programas de treinamento, fornecendo apenas vislumbres de uma
relação dose-resposta. Um dos mais notáveis estudos científicos foi realizado no início da década de 1960
(11). Estudantes em idade escolar foram divididos em nove grupos, cada um recebendo uma combinação
diferente de séries e repetições. Os aumentos de força foram analisados entre os programas de treina-
mento, e concluiu-se que três séries de seis repetições resultaram em maiores aumentos de força. Este
estudo demonstrou que diferentes volumes de treinamento e intensidades provocam diferentes magnitu-
des de ganhos de força, mas apenas sugeriram uma tendência de dose-resposta.
Das várias variáveis de treinamento, o volume recebeu a maior parte das pesquisas. Essa atenção
centrou-se primordialmente no debate sobre programas de treinamento único versus programas múlti-
plos. Numerosos estudos compararam esses programas, e várias revisões narrativas (21,33) resumiram
os resultados desses estudos com base em valores de probabilidade, concluindo que programas de séries
únicas provocam ganhos similares de força em séries múltiplos. Infelizmente, grande parte desta pesqui-
sa foi realizada com amostras pequenas e, consequentemente, baixo poder estatístico (116). O controle
metodológico também pode ter confundido a questão, uma vez que alguns estudos anteriores falharam
em manter um controle rigoroso de variáveis extrínsecas, como intensidade de treinamento ou periodi-
zação. Em tais situações, pode ser difícil identificar diferenças ou tendências precisas nos dados quando
confiar somente nos valores de P.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) publicou recentemente um posicionamento
depois de analisar um grande número de estudos examinando intervenções de treinamento de força (78).
Neste posicionamento, um acompanhamento e esclarecimento de uma afirmação anterior (3), inúmeras
questões, incluindo progressão e variação de treinamento, a aplicação de cargas de treinamento e as di-
ferenças na prescrição de treinamento para populações treinadas e destreinadas foram abordadas. A de-
claração conclui que à medida que se progride no tempo de treinamento e na experiência, o volume e a
intensidade do treinamento devem ser aumentados para continuar a enfatizar suficientemente o sistema
neuromuscular. No entanto, não forneceu uma distinção quantificável entre a magnitude do aumento da
força com volumes específicos, intensidades ou frequências de treinamento.
Felizmente, existem procedimentos que permitem uma avaliação sistemática e quantitativa da
pesquisa de treinamento de força. O tamanho do efeito (ES) proposto por Cohen (25) e a meta-análise,
popularizada por Glass (44), fornecem uma avaliação estatística de estudos separados, mas relacionados.
O ES fornece vários benefícios para os pesquisadores. Primeiro, representa uma unidade padrão para me-
dir e interpretar mudanças. Em segundo lugar, permite comparações de diferentes métodos de treina-
mento em um único estudo. Finalmente, quando usado como parte de uma meta-análise, o ES fornece
um método aceitável para combinar e comparar os efeitos do tratamento de estudos relacionados.
Técnicas meta-analíticas fornecem um processo pelo qual os efeitos do tratamento de vários estu-
dos podem ser estatisticamente combinados e avaliados. O uso vantajoso de tais técnicas foi recente-
mente ilustrado em uma meta-análise de estudos de comparação entre uma série e três séries (116). Essa
análise identificou um aumento de força adicional com o treinamento de três séries, avaliando sistêmica-
mente e estatisticamente o ES a partir de 16 estudos que empregaram grupos de comparação de grupos
simples e triplos. Esta meta-análise demonstrou que, combinando os resultados de múltiplos estudos e
analisando especificamente a magnitude dos efeitos do tratamento, foi obtida uma maior compreensão
das diferenças entre os ganhos de força obtidos pelos diferentes volumes.
Infelizmente, uma escassez de estudos comparando um, dois, três, quatro ou mais séries de trei-
namento limitou o exame anterior a um número relativamente pequeno de estudos que empregaram
grupos de comparação de um e três grupos, fornecendo informações limitadas sobre a relação dose-
resposta completa. Esta situação também se aplica a pesquisas com frequência e intensidade. No entan-
to, o ES pré / pós, representando uma diferença média padronizada (25), também pode ser calculado no
qual um ES é calculado para um único tratamento sem comparação com um grupo de controle. Com es-
se procedimento, pesquisas anteriores que examinam programas de treinamento de força podem ser
combinadas, independentemente de incluírem ou não grupos de comparação múltipla ou um grupo de
controle. Isso possibilita o cálculo de uma abundância de dados de EE da literatura de treinamento de
força existente para identificar tendências de dose-resposta, uma situação que pode ser impossível de
realizar em um único planejamento experimental. O objetivo desta investigação foi identificar uma rela-
ção dose-resposta quantitativa para o desenvolvimento da força, calculando a magnitude dos ganhos
provocados pelos vários níveis de intensidade de treinamento, frequência e volume, esclarecendo, assim,
o esforço em relação ao benefício.

MÉTODOS

Procura literária. Pesquisas foram realizadas para estudos publicados e não publicados que in-
cluíram medidas de força antes e após programas de intervenção de treinamento de força. Pesquisas em
computador do Science Citation Index, da National Library of Medicine, do Sport Discus, do ERIC e do ME-
DLINE foram realizadas. Pesquisas manuais de periódicos relevantes e listas de referências obtidas de
artigos foram realizadas. Estudos relevantes foram selecionados e buscados pelos dados necessários pa-
ra o cálculo do ES e informações descritivas sobre o protocolo de treinamento.
Codificação de estudos. Cada estudo foi lido e codificado pelo investigador principal para as se-
guintes variáveis: informação descritiva incluindo gênero e idade, frequência de treinamento, intensida-
de média de treinamento, número de séries realizadas e status de treinamento dos participantes. A fre-
quência foi determinada pelo número de dias por semana em que os participantes treinaram um grupo
muscular específico. A intensidade foi codificada como a porcentagem média de uma repetição máxima
(1 RM) usada durante todo o programa de treinamento. O volume foi registrado como o número de sé-
ries realizadas (por grupo muscular) durante cada treino. O status de treinamento dos participantes foi
dividido em classificações treinadas e não treinadas. Os participantes devem ter treinado com pesos por
pelo menos 1 ano antes do estudo para serem considerados treinados.
A deriva do codificador foi avaliada (104) selecionando aleatoriamente 10 estudos para recodifi-
cação. Por concordância de caso foi determinada dividindo as variáveis codificadas pelo mesmo número
total de variáveis. Um acordo médio de 0,90 foi necessário para aceitação.
Cálculo e análise do ES. Pré / pós ES foram calculados com a seguinte fórmula: [(pós-teste signi-
fica média pré-teste) / SD pré-teste] (25). ES foram então ajustados para o viés do tamanho da amostra
(55). Esse ajuste consiste em aplicar um fator de correção para ajustar um viés positivo em menor 20)
tamanhos de amostra (55). A estatística descritiva foi calculada e a análise de variações por grupos foi
usada para identificar diferenças entre status de treinamento, sexo e idade com nível de significância es-
tabelecido em P # 0,05.

RESULTADOS

A ES média foi calculada para participantes treinados e não treinados (Tabelas 1-3) e foram en-
contrados diferindo significativamente (F (2,1282) 4,98, P 0,05). ES para homens e mulheres foram en-
contrados para ser semelhante (F (2.916) 0,98, P 0,05). Populações de 26 a 45 anos experimentaram efei-
tos de tratamento ligeiramente maiores do que outros grupos etários (F (8,1424) 7,44, P 0,05); no entan-
to, as curvas dose-resposta foram semelhantes em forma para todas as idades. O status de treinamento
foi a única variável encontrada para afetar as curvas dose-resposta. Em populações não treinadas, 60%
de 1 RM, 3 d · semana 1, empregando quatro séries provocaram a maior magnitude de aumento de força.
Em populações treinadas, 80% de 1 RM, treinando 2 dias por semana, empregando quatro séries por gru-
po muscular, geraram ganhos máximos. O desvio do codificador foi calculado como sendo 0,91; assim, o
processo de codificação usado neste estudo foi considerado confiável.

TABELA 1. Efeitos do tratamento por grupo e condição por intensidade


Média treinada Média não treinada
% de 1 RM (SD) N (SD) N
40 — — 2.1 (2.5) 15
50 — — 1.4 (2.0) 35
60 — — 2.8 (2.3) 33
70 0.70 (0.65) 24 1.2 (1.8) 172
75 0.74 (0.99) 90 2.1 (2.2) 484
80 1.8 (1.3) 40 2.0 (3.3) 240
85 0.65 (0.77) 46 1.6 (2.7) 34
90 — — 0.54 (0.39) 50
N, número total de ES nesse nível.

TABELA 3. Efeitos do tratamento por grupo e condição por volume


Média treinada Média não treinada
Séries (SD) N (SD) N
1 0.47 (0.57) 25 1.16 (1.59) 233
2 0.92 (0.52) 14 1.75 (1.98) 82
3 1.0 (1.26) 122 1.94 (3.23) 399
4 1.17 (0.81) 12 2.28 (1.96) 321
5 1.15 (0.99) 23 1.34 (0.89) 38
6 — — 0.84 (0.42) 46
Séries, número de séries por grupo muscular por treino; N, número total de ES nesse nível.
DISCUSSÃO

Esta meta-análise, a primeira desse tipo a calcular a magnitude da força aumenta com vários ní-
veis de intensidade, frequência e volume, fornece informações detalhadas sobre a relação dose-resposta
para o desenvolvimento de força. Analisar a magnitude dos ganhos de força em um grande número de
estudos resultou em informações quantitativas que os pesquisadores têm lutado para identificar por mui-
tos anos. Essas informações podem ajudar os profissionais de exercício a pré-descrever a dose adequada
de programas de treinamento destinados a atender às necessidades ou objetivos específicos de seus
clientes.
Um problema que deve ser considerado ao interpretar esses dados é a disparidade entre os nú-
meros de ES calculados em determinados níveis de cada variável. Essa disparidade pode resultar em uma
inclinação da tendência de resposta à dose em determinados pontos. Pelo menos 10 ES foram necessários
para que um nível específico fosse incluído na análise na esperança de evitar esse efeito de distorção; no
entanto, a magnitude do ES pode mudar se o número de ES for igualado. Apesar dessas disparidades, es-
ses dados identificaram tendências específicas na magnitude dos aumentos de força em doses variadas
de treinamento. Também deve ser notado que apenas 21 estudos envolveram indivíduos com idade aci-
ma de 55 anos, 13 estudos incluíram atletas competitivos e apenas seis envolveram populações mais jo-
vens (18 anos). Portanto, revisões adicionais são necessárias para verificar a aplicabilidade das tendências
de dose-resposta a essas populações.

TABELA 2. Efeitos do tratamento por grupo e condição por frequência.


Média treinada Média não treinada
Diass/Semana (SD) N (SD) N
1 — — 0.5 (0.2) 17
2 1.4 (1.2) 69 1.2 (3.1) 158
3 0.70 (0.9) 133 1.9 (2.3) 965
N, Número total de ES nesse nível

Intensidade. Indivíduos não treinados (aqueles com menos de 1 ano de treinamento consistente)
experimentam ganhos máximos com uma intensidade de treinamento média de 60% do seu 1 RM ou a-
proximadamente a 12 RM (Fig. 1). Em indivíduos treinados, uma intensidade média de 80% de 1 RM ou 8
RM provoca o maior aumento de força. Essa diferença pode ser resultado da capacidade de um sistema
neuromuscular treinado de se recuperar e se adaptar a uma intensidade maior de treinamento. Também
é indicativo da necessidade de aumentar a carga de treinamento (progressão) para sobrecarregar suficien-
temente o sistema neuromuscular, à medida que a pessoa se torna mais acostumada ao treinamento.
A tendência em populações inexperientes torna-se um pouco instável com intensidades de treina-
mento acima de 60% de 1 RM. Isso pode ser resultado de diferentes números de ES disponíveis calculados
nos estudos revisados; no entanto, as reduções decrescentes parecem começar em indivíduos destreina-
dos que treinam em intensidades mais altas à medida que a magnitude das melhorias de força diminui à
medida que a intensidade média de treinamento excede 60% de 1 RM. Esta queda ocorre em populações
treinadas que treinam acima de uma intensidade média de treinamento de 80% de 1 RM. Portanto, deve-
se ter cautela ao prescrever intensidades médias de treinamento nesses níveis por longos períodos de
tempo.
Frequência. O ES para freqüência do treinamento também difere pelo status de treinamento (Fig.
2) Indivíduos não treinados veem uma dose-resposta consistente à medida que o número de dias que ca-
da grupo muscular é treinado aumenta até 3 dias por semana 1. Para indivíduos treinados, 2 dias por se-
semana 1 (por grupo muscular) provocou os maiores aumentos de força. Programas em que cada grupo
muscular foi treinado 2 dias por semana em volumes mais altos foram comuns entre as intervenções de
treinamento para populações treinadas. Este tipo de programa resulta em treinamento mais extenuante e
mais tempo de recuperação entre os treinos. Tal abordagem pode ser muito agressiva para indivíduos des-
treinados que deveriam realize três treinos menos extenuantes por semana para ganhos máximos; no en-
tanto, pesquisas adicionais são necessárias para examinar esse treinamento em populações não treinadas.

FIGURA 1- Curva dose-resposta para intensidade

Figura 2 – Curvas de dose-resposta para frequência

Volume. O Tamanho dos resultados dos dados calculados nos 140 estudos revisados demonstram
claramente que aumentos adicionais de força acompanham o treinamento além dos protocolos de série
única (Fig. 3). De fato, tanto indivíduos treinados como não treinados experimentam os maiores ganhos
(~ duas vezes o efeito do tratamento de séries individuais) com um volume médio de treinamento de
quatro séries por grupo muscular. Esses dados suportam a meta-análise anterior (116), que determinou
que programas de três séries obtêm ganhos de força maiores do que protocolos de série única e contra-
riam as sugestões de que protocolos de sérieo única provocam ganhos de força máximos ou mesmo sé-
ries similares (21,52). A contribuição adicional deste estudo para a literatura científica é a identificação
da magnitude dos aumentos de força com dois, quatro, cinco e seis séries de treinamento.
Autores anteriores (52) concluíram que, em adultos saudáveis, não treinados, os regimes de treinamento
com várias séries fornecem um estímulo adicional, se houver, para melhorar as adaptações durante os pe-
ríodos iniciais de treinamento, quando comparados com os protocolos sem repetições. Eles também suge-
rem que os regimes de treinamento com uma série única em indivíduos treinados para atividades recrea-
tivas continuarão a produzir benefícios de força semelhantes aos dos programas de séries múltiplas. A
magnitude dos efeitos do tratamento dos 140 estudos revisados nesta análise falha em apoiar qualquer
uma dessas conclusões.

FIGURA 3 - Curvas dose-resposta para volume.


A magnitude do ganho de força com treinamento de múltiplas séries em populações não treinadas
identificadas aqui também contradiz a noção de que indivíduos não treinados são menos sensíveis ao vo-
lume em comparação com indivíduos treinados (78). De fato, com base nas diferenças no ES de um e
quatro séries, as populações não treinadas são mais sensíveis ao aumento de volume (1,12) do que as po-
pulações treinadas (0,7). Isso pode estar relacionado ao maior potencial de aumento de força entre as
populações não treinadas, mas demonstra que elas também seguem uma tendência de resposta à dose
conforme o volume é aumentado. No entanto, deve-se ter cautela ao prescrever treinamento de alto vo-
lume para populações não treinadas, pois é necessário tempo suficiente para se acostumar com o estres-
se do exercício resistido e evitar lesões por excesso de estresse nas fases iniciais do treinamento. Esses in-
divíduos também podem não ter o desejo de se comprometer com um programa de treinamento que exi-
ja o tempo adicional necessário para realizar várias séries e, assim, reduzir a adesão ao regime de exercí-
cios. Essas questões devem ser consideradas antes da prescrição de programas de séries múltiplas para
aqueles que não estão treinando consistentemente por pelo menos 1 ano.
Um exame do ES para cada série realizado revela que indivíduos não treinados experimentam
uma magnitude maior em ganhos de força em todos os volumes do que indivíduos treinados. De fato, in-
divíduos treinados devem realizar quatro séries para experimentar a mesma magnitude de ganhos de for-
ça que indivíduos não treinados conseguem com uma série. Isso, novamente, é o resultado de um au-
mento no potencial de melhorias de força entre aqueles que não têm treinamento ou são menos treina-
dos em comparação com aqueles que treinam por um longo período de tempo e podem estar se aproxi-
mando de uma limitação genética no desenvolvimento geral de força. Também representa a progressão
para maiores volumes de treinamento necessários à medida que a experiência de treinamento aumenta.
Parece que retornos decrescentes começam em indivíduos destreinados que realizam mais de
quatro séries, já que o ES para cinco e seis séries cai drasticamente. Para indivíduos treinados, a média de
ES para cinco séries é apenas um pouco menor do que quatro séries e ES insuficiente estavam disponíveis
para seis séries. Portanto, o ponto em que essa queda começa a ocorrer em indivíduos treinados ainda é
especulativo, mas também pode ocorrer com o treinamento acima de quatro séries. Deve-se ter cautela
ao prescrever programas de treinamento de força de mais de cinco ou seis séries até que dados adicionais
estejam disponíveis.
Uma nota de particular importância diz respeito à maneira pela qual os estudos foram codificados
para volume de treinamento. O número de séries realizadas por grupo muscular é um melhor indicador da
quantidade de estresse de treinamento que um músculo experimenta durante uma sessão de treinamento
do que séries por exercício. Programas que professam ser protocolos de séries única podem incluir vários
exercícios enfatizando o mesmo grupo muscular. Isso pode resultar em um grupo muscular particular ex-
perimentando um estresse semelhante a um protocolo de várias séries para um único exercício.
Anteriormente, ignorar esse problema pode ter confundido o problema dose-resposta quanto ao volume,
aumentando os ganhos de força provocados por esses protocolos de uma única série por exercício (mas
conjunto múltiplo por grupo muscular).
Aplicações para exercer prescrição. Um tema recorrente nos dados atuais diz respeito à importân-
cia da progressão ou sobrecarga progressiva. A progressão, com relação ao treinamento de força, é o au-
mento gradual do estresse imposto ao corpo durante o exercício (78). Tal princípio é uma característica
vital nos programas de treinamento de períodos prolongados, pois os processos adaptativos só responde-
rão quando confrontados com um estresse ao qual não estão acostumados. Como discutido na posição do
ACSM em relação aos modelos de progressão no treinamento resistido (78), o padrão inicial de uma série
de 8 a 12 repetições, como sugerido em declarações de posição anteriores (3), foi considerado apropriado
para aqueles indivíduos nos estágios iniciais de Treinamento. No entanto, essa declaração de posição não
incluiu diretrizes de prescrição para aqueles indivíduos que desejam ganhos contínuos em aptidão mus-
cular, que devem progredir para maiores volumes e intensidades para evitar platôs em adaptações. Esta
análise suporta essa conclusão.
A variação também é um conceito importante trazido pela análise atual, já que muitos dos estu-
dos incluídos envolveram programas de treinamento periodizados. Esses programas não envolveram o
desempenho de apenas quatro séries a 80% de 1 RM, mas incorporaram volumes e intensidades de trei-
namento variados (ou seja, 3 a 5 séries a 70 a 90% de 1 RM). Portanto, as curvas de dose-resposta apre-
sentadas aqui representam níveis médios de treinamento e não devem ser interpretadas como apoio ao
treinamento em um volume ou intensidade particular, numa base constante. Pelo contrário, programas
eficazes devem incorporar doses de treinamento variadas em torno do nível de volume, frequência e /ou
intensidade correspondente ao grau de ganho de força desejado.
A questão dos resultados desejados surge quando se aplica a relação dose-resposta ao exercício
prescrito para ganhos de força. A magnitude desejada da força deve ser avaliada pelo profissional de
exercício e identificada antes de tentar prescrever um programa de treinamento. É evidente que níveis
mais baixos de volume e intensidade podem resultar em melhorias na força. Entretanto, para adapta-
ções máximas e contínuas ao longo do tempo, o trabalho adicional em intensidades devem ser realiza-
das. Profissionais do exercício devem verificar quanto ganho de força é necessário ou desejado por seus
clientes e, em seguida, explicar a relação esforço-benefício. Isso permitirá que eles tomem uma decisão
informada com relação à quantidade de tempo e esforço necessários para alcançar os ganhos de força
desejados / necessários. Por exemplo, seria desnecessário para um indivíduo considerado ter níveis de
força adequados e simplesmente desejando manter ou aumentar ligeiramente sua aptidão atual para
gastar o tempo / esforço necessário para realizar quatro séries em alta intensidade. Entretanto, indivídu-
os que buscam maiores ganhos de força precisarão dedicar tempo e energia adicionais às suas sessões
de exercícios.

CONCLUSÃO

A resolução da controvérsia dose-resposta entre pesquisadores, profissionais de exercício e con-


dicionamento, bem como o público em geral, é importante, já que muitas confusões resultaram. A posi-
ção do ACSM nos modelos de progressão (78) abordou essa confusão, sugerindo a necessidade de au-
mentos progressivos de volume, intensidade e frequência de treinamento para facilitar os processos
adaptativos. O presente estudo apresentou evidências adicionais sobre a quantidade e a intensidade do
trabalho necessário para obter ganhos máximos. Também identifica a magnitude dos ganhos de força
com níveis mais baixos de treinamento. A prescrição do exercício para o aumento da força é um proces-
so complexo que envolve a manipulação de cada uma das variáveis discutidas neste relatório. Essas cur-
vas de dose-resposta devem ser consultadas ao projetar programas de treinamento resistido, a fim de
prescrever o volume, a intensidade e a frequência adequados para atingir a magnitude desejada de au-
mento de força.
Referências incluídas na análise: (1, 2, 4 –20, 22–24, 26 a 32, 34 a 43, 45 a 51, 53, 54, 56 a 77, 79
a 103, 105 a 115 e 117 a 148).
REFERÊNCIAS
1. ABERNETHY, P. J., and J. JURIMAE. Cross-sectional and longitudi-nal uses of isoinertial, isometric, and isokinetic
dynamometry. Med. Sci. Sports Exerc. 28:1180 –1187, 1996.
2. ADAMS, K. J., K. L. BARNARD, A. M. SWANK, E. MANN, M. R. KUSHNICK, and D. M. DENNY. Combined high-intensity
strength and aerobic training in diverse phase II cardiac rehabilitation patients. J. Cardiopulm. Rehabil. 19:209 –215, 1999.
3. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. The recommended quan-
tity and quality of exercise for developing and maintaining car-diorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy
adults: position stand. Med. Sci. Sports Exerc. 30:975–991, 1998.
4. ANDERSON, T., and J. T. KEARNEY. Effects of three resistance training programs on muscular strength and absolute and
relative endurance. Res. Q. Exerc. Sport 53:1–7, 1982.
5. BAKER, D. The effects of an in-season of concurrent training on the maintenance of maximal strength and power in
professional and college-aged rugby league football players. J. Strength Cond. Res. 15:172–177, 2001.
6. BAKER, D., G. WILSON, and R. CARLYON. Periodization: the effect on strength of manipulation volume and intensity. J.
Strength Cond. Res. 8:235–242, 1994.
7. BAMMAN, M. M., G. R. HUNTER, B. R. STEVENS, M. E. GUILLIAMS, and M. C. GREENISEN. Resistance exercise prevents
plantar flexor
deconditioning during bed rest. Med. Sci. Sports Exerc. 29:1462– 1468, 1997.
8. BELL, G., D. SYROTUIK, T. SOCHA, I. MACLEAN, and H. A.
Q UINNEY. Effect of strength training and concurrent strength and endurance training on strength, testosterone, and cortisol.
J. Strength Cond. Res. 11:57– 64, 1997.
9. BEMBEN, D. A., N. L. FETTERS, M. G. BEMBEN, N. NABAVI, and
E. T. KOH. Musculoskeletal responses to high- and low-intensity resistance training in early postmenopausal women.
Med. Sci. Sports Exerc. 32:1949 –1957, 2000.
10. BEN-SIRA, D., A. AYALON, and M. TAVI. The effect of different types of strength training on concentric strength in
women.
J. Strength Cond. Res. 9:143–148, 1995.
11. BERGER, R. Effect of varied weight training programs on strength. Res. Q. 33:168 –181, 1962.
12. BERGER, R. A. Comparative effects of three weight training programs. Res. Q. 34:396 –398, 1963.
13. BISHOP, D., D. G. JENKINS, L. T. MACKINNON, M. MCENIERY, and
M. F. CAREY. The effects of strength training on endurance performance and muscle characteristics. Med. Sci. Sports
Exerc. 31:886 – 891, 1999.
14. BLAKEY, J. The combined effects of weight training and plyo-metrics on dynamic leg strength and leg power. J. Appl.
Sports Sci. Res. 1:14 –16, 1987.
15. BOYER, B. T. A comparison of the effects of three strength training programs on women. J. Appl. Sport Sci. Res. 4:88 –
94, 1990.
16. BRAITH, R. W., J. E. GRAVES, S. H. LEGGETT, and M. L. POLLOCK. Effect of training on the relationship between maximal and
submaximal strength. Med. Sci. Sports Exerc. 25:132–138, 1993.
17. BRAITH, R. W., J. E. GRAVES, M. L. POLLOCK, S. L. LEGGETT,
D. M. CARPENTER, and A. B. COLVIN. Comparison of 2 vs 3 days/week of variable resistance training during 10- and
18-week programs. Int. J. Sports Med. 10:450 – 454, 1989.
18. BRANDENBURG, J. P., and D. DOCHERTY. The effects of accentuated eccentric loading on strength, muscle hypertrophy,
and neural adaptations in trained individuals. J. Strength Cond. Res. 16:25– 32, 2002.
19. BROWN, A. B., N. MCCARTNEY, and D. G. SALE. Positive adapta-tions to weight-lifting training in the elderly. J. Appl.
Physiol. 69:1725–1733, 1990.
20. BURKE, D. G., S. SILVER, L. E. HOLT, T. SMITH-PALMER, C. J. CULLIGAN, and P. D. CHILIBECK. The effect of continuous low dose
creatine supplementation on force, power, and total work. Int.
J. Sport Nutr. 10:235–244, 2000.
21. CARPINELLI, R. N., and R. M. OTTO. Strength training: single versus multiple sets. Sports Med. 26:73– 84, 1998.
22. CHESTNUT, J. L., and D. DOCHERTY. The effects of 4 and 10 repetition maximum weight-training protocols on
neuromuscular adaptations in untrained men. J. Strength Cond. Res. 13:353–359, 1999.
23. CHILIBECK, P. D., A. W. CALDER, D. G. SALE, and C. E. WEBBER.
A comparison of strength and muscle mass increases during resistance training in young women. Eur. J. Appl.
Physiol. Oc-cup. Physiol. 77:170 –175, 1998.
24. CLUTCH, D., M. WILTON, C. MCGOWN, and G. R. BRYCE. The effect of depth jumps and weight training on leg strength
and vertical jump. Res. Q. Exerc. Sport 54:5–10, 1983.
25. COHEN, J. Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences, 2nd Ed. Hillsdale, NJ: Erlbaum, 1988, pp. xxi, 567.
26. COLEMAN, A. E. Comparison of weekly strength changes follow-ing isometric and isotonic training. J. Sports Med.
Phys. Fitness 12:26 –29, 1972.
27. COLEMAN, A. E. Nautilus vs universal gym strength training in adult males. Am. Correct. Ther. J. 31:103–107, 1977.
28. DE HOYOS, D., T. ABE, L. GARZARELLA, C. J. HASS, M. NORDMAN,
and M. L. POLLOCK. Effects of 6 months of high- or low-volume resistance training on muscular strength and
endurance (Ab-stract). Med. Sci. Sports Exerc. 30:S165, 1998.
29. EVETOVICH, T. K., T. J. HOUSH, D. J. HOUSH, G. O. JOHNSON, D. B. SMITH, and K. T. EBERSOLE. The effect of concentric
isokinetic strength training of the quadriceps femoris on electromyography and muscle strength in the trained and untrained
limb. J. Strength Cond. Res. 15:439 – 445, 2001.
30. EWING, J. L., JR., D. R. WOLFE, M. A. ROGERS, M. L. AMUNDSON, and G. A. STULL. Effects of velocity of isokinetic training on
strength, power, and quadriceps muscle fibre characteristics. Eur.
J. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 61:159 –162, 1990.
31. FAIGENBAUM, A. D., R. L. LOUD, J. O’CONNELL, S. GLOVER, J. O’CONNELL, and W. L. WESTCOTT. Effects of different
resistance training protocols on upper-body strength and endurance devel-opment in children. J. Strength Cond. Res. 15:459
– 465, 2001.
32. FATOUROS, I. G., A. Z. JAMURTAS, D. LEONTSINI, et al. Evaluation of plyometric exercise training, weight training, and
their combination on vertical jumping performance and leg strength.
J. Strength Cond. Res. 14:470 – 476, 2000.
33. FEIGENBAUM, M. S., and M. L. POLLOCK. Prescription of resistance training for health and disease. Med. Sci. Sports
Exerc. 31:38 – 45, 1999.
34. FIATARONE, M. A., E. C. MARKS, N. D. RYAN, C. N. MEREDITH,
L. A. LIPSITZ, and W. J. EVANS. High-intensity strength training in nonagenarians: effects on skeletal muscle. JAMA
263:3029 – 3034, 1990.
35. FRANCAUX, M., and J. R. POORTMANS. Effects of training and creatine supplement on muscle strength and body mass.
Eur.
36. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 80:165–168, 1999.
FRONTERA, W. R., C. N. MEREDITH, K. P. O’REILLY, H. G. KNUT-TGEN, and W. J. EVANS. Strength
conditioning in older men: skeletal muscle hypertrophy and improved function. J. Appl. Physiol. 64:1038 –1044, 1988.
37. FRY, A., D. POWELL, and W. KRAEMER. Validity of isokinetic and isometric testing modalities for assessing short-term
resistance exercise strength gains. J. Sports Rehabil. 1:275–283, 1992.
38. GALLAGHER, P. M., J. A. CARRITHERS, M. P. GODARD, K. E. SCHULZE, and S. W. TRAPPE. Beta-hydroxy-beta-
methylbutyrate ingestion. Part I:. effects on strength and fat free mass. Med. Sci. Sports Exerc. 32:2109 –2115, 2000.
39. GARNICA, R. Muscular power in young women after slow and fast isokinetic training. J. Orthop. Sport Phys. Ther. 8:1–9, 1986.
40. GETTMAN, L. R., J. J. AYRES, M. L. POLLOCK, and A. JACKSON. The effect of circuit weight training on strength,
cardiorespiratory function, and body composition of adult men. Med. Sci. Sports 10:171–176, 1978.
41. GETTMAN, L. R., P. WARD, and R. D. HAGAN. A comparison of combined running and weight training with circuit weight
train-ing. Med. Sci. Sports Exerc. 14:229 –234, 1982.
42. GILLAM, G. Effects of frequency of weight training on muscle strength enhancement. J. Sports Med. 21:432– 436, 1981.
43. GIORGI, A., G. J. WILSON, R. P. WEATHERBY, and A. J. MURPHY. Functional isometric weight training: its effects on the
develop-ment of muscular function and the endocrine system over an 8-week training period. J. Strength Cond. Res. 12:18 –
25, 1998.
44. GLASS, G. V. Integrating findings: the meta-analysis of research. Rev. Res. Educ. 5:351–379, 1977.
45. GODARD, M. P., J. W. WYGAND, R. N. CARPINELLI, S. CATALANO,
and R. M. OTTO. Effects of accentuated eccentric resistance training on concentric knee extensor strength. J. Strength
Cond. Res. 12:26 –29, 1998.
46. HAENNEL, R. G., H. A. QUINNEY, and C. T. KAPPAGODA. Effects of hydraulic circuit training following coronary artery
bypass sur-gery. Med. Sci. Sports Exerc. 23:158 –165, 1991.
47. HAKKINEN, K., and P. V. KOMI. Alterations of mechanical char-acteristics of human skeletal muscle during strength
training. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 50:161–172, 1983.
48. HAKKINEN, K., R. U. NEWTON, S. E. GORDON, et al. Changes in muscle morphology, electromyographic activity, and
force pro-duction characteristics during progressive strength training in young and older men. J. Gerontol. A Biol. Sci. Med.
Sci. 53: B415–B423, 1998.
49. HAKKINEN, K., A. PAKARINEN, W. J. KRAEMER, R. U. NEWTON, and
M. ALEN. Basal concentrations and acute responses of serum hormones and strength development during heavy resistance
training in middle-aged and elderly men and women. J. Gerontol.
A Biol. Sci. Med. Sci. 55:B95–B105, 2000.
50. HARRIS, G. R., M. H. STONE, H. S. O’BRYANT, C. M. PROULX, and
R. L. JOHNSON. Short-term performance effects of high power, high force, or combined weight-training methods. J.
Strength Cond. Res. 14:14 –20, 2000.
51. HARRIS, K. A., and R. G. HOLLY. Physiological response to circuit weight training in borderline hypertensive subjects.
Med. Sci. Sports Exerc. 19:246 –252, 1987.
52. HASS, C. J., M. S. FEIGENBAUM, and B. A. FRANKLIN. Prescription of resistance training for healthy populations. Sports
Med. 31: 953–964, 2001.
53. HASS, C. J., L. GARZARELLA, D. DE HOYOS, and M. L. POLLOCK. Single versus multiple sets in long-term recreational
weightlift-ers. Med. Sci. Sports Exerc. 32:235–242, 2000.
54. HASTEN, D. L., E. P. ROME, B. D. FRANKS, and M. HEGSTED. Effects of chromium picolinate on beginning weight training
students. Int. J. Sport Nutr. 2:343–350, 1992.
55. HEDGES, L. V., and I. OLKIN. Statistical Methods for Meta-Anal-ysis. Orlando, FL: Academic Press, 1985, pp. xxii, 369.
56. HERRICK, A., and W. STONE. The effects of periodization versus progressive resistance exercise on upper and lower body
strength in women. J. Strength Cond. Res. 10:72–76, 1996.
HICKSON, R. C. Interference of strength development by simul-taneously training for strength and endurance. Eur. J. Appl. Physiol. Occup.
Physiol. 45:255–263, 1980

Você também pode gostar