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INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

INVESTIGAR
1. Seguir os vestígios de;
2. Fazer diligências para achar, pesquisar, indagar, inquirir;
3. Examinar com atenção, esquadrinhar;
4. Ato ou efeito de investigar.
5. Indagação minuciosa.

É um CONJUNTO DE ATOS INTERLIGADOS que visam a elucidar um fato obscuro.

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL:
É a INDAGAÇÃO MINUCIOSA, a pesquisa paulatina, incessante, ininterrupta ,
através de diligências, tanto técnico-científicas quanto intuitivas.
Investigar significa indagar com cuidado, observar os detalhes, examinar com
atenção, seguir os vestígios.
“Ao contrário do que muitos pensam, a investigação não visa tão somente a obter
indícios para a acusação, mas sim APURAR A VERDADE, seja ela a favor da
acusação ou da defesa.” (CABETTE, 2003)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Determinar se de fato houve e qual a infração cometida;
- Determinar as circunstâncias e autoria da infração;
- Colher todos os dados indicativos das circunstâncias e da autoria da infração.

10 MANDAMENTOS DO INVESTIGADOR:

1. SUSPEITAR SEMPRE.
2. Ter CURIOSIDADE.
3. Ser OBSERVADOR.
4. Ter CAPACIDADE DE MEMORIZAÇÃO.
5. Ter BOM SENSO.
6. AGIR SEM PRECONCEITO.
7. Ter CAUTELA.
8. HABILIDADE PARA SIMULAÇÃO.
9. Ter PERSISTÊNCIA.
10. FIDELIDADE e HONESTIDADE.
MODUS OPERANDI:
É um comportamento APREENDIDO, DINÂMICO e MALEÁVEL, desenvolvido com o
passar do tempo, evoluindo conforme a experiência e a segurança do autor.
Engloba os meios e os modos de execução. Os meios são os recursos utilizados
pelo criminoso na ação criminosa, enquanto os modos são os métodos e as técnicas
empregadas.

ASSINATURA:
Permanece constante e é parte PERMANENTE do marginal. A assinatura NUNCA
MUDA. Alguns aspectos podem evoluir.

ENCENAÇÃO:
Ocorre quando alguém, propositadamente, ALTERA A CENA DO CRIME antes da
chegada da polícia.
Objetivo: Direcionar a investigação em sentido oposto ao suspeito mais provável.

RETRATO FALADO:
É a representação de uma pessoa através de um DESENHISTA, da combinação de
recursos técnicos ou da combinação de ambos, segundo a reprodução de seus
aspectos físicos gerais, específicos e de seus caracteres distintivos.
Coleta imediata de depoimentos de testemunhas visuais do crime ou que viram o
autor logo após a prática da infração.

DATILOSCOPIA:
Sistema de identificação por meio das IMPRESSÕES DIGITAIS.
A principal função é FIRMAR A CERTEZA de que o suspeito/autor ficará
individualizado.

ENTREVISTA:
É uma conversação mantida com um propósito definido. Distingue-se da simples
conversa pela existência de um OBJETIVO A SER ALCANÇADO pelo entrevistador.

INTERROGATÓRIO:
É uma modalidade de inquirição. É estudado como um procedimento autônomo.
Embora seja usado como prova para acusação do autor do delito, fundamentalmente, ele
é MEIO DE DEFESA.

INFILTRAÇÃO POLICIAL:
Consiste na PENETRAÇÃO OCULTA e DISSIMULADA em locais ou atividades, para
procedimentos de investigações veladas de pessoas, buscando o esclarecimento de
fatos ou comportamentos de interesse da investigação. É a modalidade de MAIOR
RISCO para o investigador.

FOTOGRAFIA:
Se apresenta de grande importância qualquer tipo de registro que se possa realizar
acerca do que está sendo investigado.
Valioso registro fotográfico, pois num único momento pode-se descrever com
precisão o estado das coisas ou de alguém naquele determinado momento.

ESTÓRIA COBERTURA:
Tipo de DISFARCE UTILIZADO PELA POLÍCIA para justificar sua presença em
determinado ambiente sem despertar suspeitas.
É uma medida de proteção elaborada e executada de acordo com princípios de
segurança operacional.
Utilizada para:
- Proteger o sigilo da ação;
- Criar facilidades;
- Proteger a identidade do órgão e do pessoal.

LOCAL DE CRIME:
É a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no
qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que
hajam sido praticados os atos materiais, preliminares ou posteriores à consumação
do delito.
É um verdadeiro MANANCIAL DE DADOS, INDÍCIOS, EVIDÊNCIAS e PROVAS que
poderão ajudar substancialmente na busca da verdade real. Possui crucial
importância.

Quanto ao espaço:
- IMEDIATO: área onde ocorreu o fato, se encontra o CORPO DA VÍTIMA.
- MEDIATO: compreende as ADJACÊNCIAS DO LOCAL onde ocorreu o fato.
- RELACIONADO: são duas ou mais áreas que tenham implicação com um mesmo
crime.

Quanto ao estado de preservação:


- IDÔNEO: é aquele no qual os Peritos encontram os vestígios da mesma forma que
foram deixados na ação delituosa.

- INIDÔNEO: é aquele que SOFREU ALGUMA ALTERAÇÃO após a ocorrência do fato.


ORDEM DE MISSÃO:
Consiste numa determinação, ESCRITA OU VERBAL, emanada pela AUTORIDADE
RESPONSÁVEL pela presidência da investigação onde deve haver descrição
pormenorizada dos dados que já se têm e dos vazios que se pretende preencher,
sendo estes os objetos do documento.

RELATÓRIO DE MISSÃO:
Consiste na substituição da memória subjetiva do investigador acerca de um fato,
passando a expressá-la graficamente. Assemelha-se ao laudo de local de crime dos
peritos criminais, no entanto, difere-se do laudo porque EXPRESSA AS IMPRESSÕES,
com aspectos de SUBJETIVIDADE, o que é defeso (proibido) no laudo pericial.

REQUISITOS DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL:


1. LEGALIDADE;
2. TRANSPARÊNCIA;
3. CREDIBILIDADE.

FONTES DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL:

1. PESSOAS: Delação apócrifa, informantes, testemunhas, vítimas e suspeitos.


2. COISAS: Exames periciais, filmagens, fotografias, áudios, documentos, análise
de softwares.

PRINCÍPIOS DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

- VEROSSIMILHANÇA: Probabilidade de que um determinado fato tenha OCORRIDO


DE MANEIRA BEM PRÓXIMA àquela versão que foi apresentada.

- POSSIBILIDADE: O investigador precisa estar aberto às possibilidades, por mais


estranhas que pareçam em um primeiro momento, sob pena de excluir hipóteses
que são legítimas.

- INDIVISIBILIDADE ou INTEGRALIDADE

CRIMES CONTRA A PESSOA

HOMICÍDIO: É uma das investigações mais COMPLEXAS, devido à quantidade de


variáveis que apresenta. Não se vê, na prática, um procedimento específico distinto
daquele previsto para os outros crimes.
A motivação está SEMPRE PRESENTE em crimes de HOMICÍDIO DOLOSO.
MÉTODO MUMA: Cada etapa deve ser percorrida em ORDEM CRONOLÓGICA por
meio de questões pontuais cujas respostas precisam ser obtidas pelos
investigadores.

1. MECÂNICA,
2. ÚLTIMOS PASSOS;
3. MOTIVAÇÃO;
4. AUTORIA.

MOTIVAÇÃO:
É a RAZÃO pela qual o homicídio foi praticado. É o ELO entre o autor e a vítima e
causa suficiente para que aquele tenha tirado a vida desta.
As motivações possíveis são as chamadas LINHAS DE INVESTIGAÇÃO e devem ser
analisadas sob a lógica da probabilidade, buscando-se responder: quais as motivações
para o crime e a mais provável pelas circunstâncias do tempo, lugar e arma utilizada.

Últimos passos IMEDIATOS:


Responder como é que a vítima foi parar ali, por onde passou, com quem conversou, o
que trazia consigo. Qual foi a última pessoa a vê-la com vida?

Últimos passos MEDIATOS:


Exige um MERGULHO PROFUNDO na vida da vítima. Quem era, como e com quem
vivia, o que fazia, ou seja, toda sua ampla história de vida. Feita por meio de
pesquisas em bancos de dados.

O ESTUDO CIENTÍFICO DO CRIME DE HOMICÍDIO


A VÍTIMA:
É o primeiro elemento essencial do crime de homicídio. Por isso, a equipe de
investigação deverá conhecer a vítima profundamente. É preciso determinar suas
relações familiares, sociais e profissionais.

O AUTOR:
Não existe crime de homicídio sem autor. Por isso, deve-se promover as diligências
necessárias, visando a identificação da autoria do homicídio.

O INSTRUMENTO:
Especialmente quando envolver arma de fogo, deve-se apurar o mais rápido possível
qual o calibre da arma, mediante exame pela perícia criminal dos projéteis e estojos
de cartuchos encontrados na cena do crime.

O MOTIVO:
A razão da prática do crime. Não há homicídio doloso sem motivo. A motivação pode
ser passional, ocasional, por interesse patrimonial, por vingança, por pistolagem,
para “queima de arquivo” ou de origem psicopata.

Afinal:
CAPITU TRAIU OU NÃO TRAIU???
AVERÍGUE OU AVERIGÜE?

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