RCG0516-MEDICINA FORENSE

O MODELO MÉDICO-LEGAL BRASILEIRO

Morte Morte de
Natural Necropsia Causa
Externa
Facultativa? Obrigatória?
SVO
IML
Corpo
Hospital de delito

Centro de Medicina Legal – CEMEL

Departamento de Patologia e Medicina Legal
FMRP-USP

Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães

mag@fmrp.usp.br MAG
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Necropsia ou Exame Necroscópico

Facultativo? Obrigatório?

SIM SIM

MAG
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Necropsia
Quando é Obrigatória?
1- Mortes por Causas Externas
Suicídios, Acidentes, Homicídios (Aborto Criminoso, Infanticídio).

2- Mortes suspeitas
Cadáveres Putrefeitos, Erro Médico, Presidiários*, Morte em Via ou Repartição Pública.

3- Mortes naturais de causa não esclarecida ou sem atendimento médico

Mortes em domicílio sem sinais de violência que não receberam assistência médica, ou que receberam
assistência mas não houve tempo ou viabilidade para o diagnóstico da causa da morte.

OU SEJA, QUANDO O INTERESSE É PÚBLICO!

Estatísticas para Saúde e Segurança.
MAG
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Necropsia
Quando é Facultativa?
Mortes naturais de CAUSA BÁSICA conhecida
• Pacientes internados com diagnóstico/tratamento estabelecido para detalhamento anatomopatológico do
diagnóstico ou pesquisa científica.
• Pacientes com seguimento médico ambulatorial, mas fora do ambiente hospitalar, com
diagnóstico/tratamento estabelecido para os quais seja possível estabelecer nexo causal nítido entre o
quadro patológico e o óbito.
• Pacientes com doenças de evolução com óbito inexorável (Pacientes Terminais).
Exceção: se houver suspeita FUNDAMENTADA de que haja outra causa que não a conhecida para o óbito, que não seja causa externa.

REQUER AUTORIZAÇÃO DE FAMILIAR OU RESPONSÁVEL LEGAL ATRAVÉS DE

TERMO DE CONSENTIMENTO ASSINADO, POR SER DE INTERESSE CLÍNICO
(PRIVADO).
MAG
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Necropsia
Facultativa Obrigatória

Anatomopatológica ou Clínica Morte natural de causa não Morte de causa externa

detalhamento diagnóstico esclarecida
Médico-Legal
(Hospital) Verificação de Óbito
(IML)
(SVO)

MAG
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Necropsia
Quem realiza?
MORTES DE CAUSA EXTERNA MORTES NATURAIS DE CAUSA NÃO ESCLARECIDA

Secretaria de Segurança Pública Universidade de São Paulo Ministério da Saúde

(SSP) (USP) (MS)

Superintendência da Polícia Serviços de Verificação de Óbitos Portaria Ministério da Saúde

Técnico-Científica (SPTC) (SVO) nº 183/14
Instituto Médico-Legal (IML) SVOC – Capital (1939) SVOR – Regionais
(1885) SVOI – Interior (1986)

ANATOMOPATOLOGIA : Hospitais com Serviços de Necropsia Autorizados

MAG
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Sugestão de Pesquisa

Autopsia ou Autópsia?
Necropsia ou Necrópsia?
Exame Necroscópico?

Enrique Simonet (1866-1927) – La autopsia (1890) MAG

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IML
Instituto Médico Legal

FUNÇÕES BÁSICAS

Exame de Corpo de Delito (vivo)

Obrigatório como prova material de um crime.

Tanatologia médico-legal (morto)

Necropsias nas mortes de causas externas (também denominadas de “violentas”)
ou mortes suspeitas.

MAG
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IML
Instituto Médico Legal

Serviço de utilidade pública em mortes de causas externas ou mortes suspeitas

Causas externas = suicídios, acidentes, homicídios (aborto criminoso, infanticídio).

Mortes suspeitas = cadáveres putrefeitos, erro médico, presidiários*, mortes em via ou repartição pública.

ATIVIDADES
Executar a necropsia.
Preencher e assinar a declaração de óbito (DO).
Elaboração do relatório final.
Respostas aos quesitos oficiais.
MAG
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Sugestão de Pesquisa
Apesar da violência no sistema
carcerário brasileiro, nem todo
presidiário tem morte por causa
externa, podendo morrer por causas
naturais. Oficialmente, o IML seria
obrigado a realizar a necropsia. Qual a
solução para investigar a morte de um
presidiário em que a suspeita principal
http://portal.ipirafm.com.br/2016/04/presidiarios-receberao-vacinas-contra-o-h1n1-na-bahia/
seja de óbito por causa natural?

MAG
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Questão Polêmica
Como diferenciar?

Morte Súbita X Morte Suspeita

MAG
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Súbita
É a morte inesperada de pessoa
saudável, na ausência de patologias
prévias conhecidas.
Independe do fator temporal.
Suspeita Toda morte súbita a priori
seria suspeita, mas só
É aquela que mesmo após investigação deve ser investigada
cuidadosa das circunstâncias do óbito, SE HOUVER MOTIVOS
ainda há dúvidas se ocorreu de modo REAIS DE SUSPEIÇÃO!
violento.
E NÃO SUPOSIÇÕES
Motivos de suspeição: VAGAS...
Circunstâncias do local e/ou características
do cadáver.
MAG
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Medicina Legal não é a Medicina dos Mortos!

Ano No vivo No cadáver Total % no cadáver
1993 5395 568 5963 9,53
1994 5544 619 6163 10,04
1995 6201 663 6864 9,66
1996 5768 780 6548 11,91
1997 5578 786 6364 12,35
1998 5308 699 6007 11,64
1999 6772 818 7590 10,78
2000 5749 869 6618 13,13
2001 5188 731 5919 12,35
2002 5362 798 6160 12,95
2003 5878 628 6506 9,65
2004 5257 634 5891 10,76
In vivo!
2005 6136 586 6722 8,72
2006 5844 592 6436 9,20
2007 6915 642 7557 8,50
2008 6874 612 7486 8,18
2009 8626 644 9270 6,95
2010 8939 718 9657 7,44
2011 9865 679 10544 6,44
2012 9653 718 10371 6,92
2013 9489 739 10228 7,23
MAG
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SVO
Serviço de Verificação de Óbitos

Serviço de utilidade pública em mortes naturais por moléstia mal definida ou sem
assistência médica para esclarecimento da causa básica de morte.

ATIVIDADES
Esclarecer a causa mortis: macro ou microscopia e exames subsidiários (se
necessários).
Preencher e assinar a Declaração de Óbito (DO).
Elaboração do relatório final.
Esclarecimentos judiciais somente se ocorrerem posteriormente.
MAG
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SVO
LEI N. 5.452, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1986
Reorganiza os Serviços de Verificação de Óbitos no Estado de São Paulo

Artigo 2.º - Os Serviços de Verificação de Óbitos têm por finalidade:

I - esclarecer a "causa mortis" em casos de óbito por moléstia mal definida ou sem
assistência médica;

Artigo 3.º - Compete aos Serviços de Verificação de Óbitos:

VII - fazer as necessárias comunicações à fundação Sistema Estadual de Análise de
Dados - SEADE e, quando solicitado a outros órgãos interessados, nos casos em que,
após exames complementares, for modificado ou completado o diagnóstico da
causa básica da morte.
MAG
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SVO
LEI N. 5.452, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1986
Reorganiza os Serviços de Verificação de Óbitos no Estado de São Paulo

CAUSA BÁSICA DA MORTE

Lei Federal nº 11.976, de 7 de julho de 2009

Art. 2º, § 4º - Para a identificação das doenças deve ser usada a
Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde,
salvo definição alternativa emanada do Sistema Único de Saúde.

MAG
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Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de Óbito MAG

Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília/DF, 2011 – pg 23.
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Declaração de Óbito (DO)

Secretaria de Saúde do Estado Entregue aos familiares, Estabelecimento Emissor

(posteriormente para o MS) Cartório de Registro Civil (Hospital, SVO, IML) MAG
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Declaração de Óbito (DO)

Leitura obrigatória,
mantenha sempre acessível
para consulta!

MAG
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Sugestão de Pesquisa

Qual a diferença entre os termos:

Declaração de Óbito,
Atestado de Óbito
e Certidão de Óbito?

MAG
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SVO
LEI N. 5.452, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1986
Reorganiza os Serviços de Verificação de Óbitos no Estado de São Paulo

Artigo 11 - O SVOC tem como competência todo o disposto no Artigo 3.º desta lei, desde
que a morte tenha ocorrido no Município de São Paulo.

Artigo 16 - O SVOI tem como competência todo o disposto no Artigo 3.º desta lei, desde
que a morte tenha ocorrido no Município de Ribeirão Preto.

OBSERVAÇÃO: Municípios que tenham SVO credenciado pelo SVOC ou SVOI realizam as necropsias dos
óbitos ocorridos em suas respectivas áreas.
MAG
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SVO Regionais (SVOR)

PORTARIA Nº 183, DE 30 DE JANEIRO DE 2014

CAPÍTULO III - DO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITO (SVO)

Art. 14. O SVO tem por atribuição promover ações que proporcionem, via autopsia, o esclarecimento da causa
mortis de todos os óbitos, com ou sem assistência médica, sem elucidação diagnóstica, e em especial aqueles
sob investigação epidemiológica.
§ 1º Os SVO estaduais e municipais compõem a Rede Nacional de Serviços de Verificação de Óbito e
Esclarecimento da Causa Mortis, que integra o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.

OU SEJA, OS SVOR ATENDEM TODOS OS ÓBITOS QUE NÃO TENHAM OCORRIDO NOS
MUNICÍPIOS DE SÃO PAULO OU RIBEIRÃO PRETO, OU NOS MUNICÍPIOS QUE TENHAM
SERVIÇOS CREDENCIADOS PELO SVOC OU SVOI.

MAG
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CONDIÇÕES PARA EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

• Em todo óbito por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta;

• No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto teve peso
corporal igual ou superior a 500 gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 centímetros;

• No óbito não fetal, quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento,
independentemente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha
permanecido vivo.

Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de Óbito

Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília/DF, 2011.

MAG
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CONDIÇÕES PARA NÃO EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

• No óbito fetal, se a gestação teve duração menor que 20 semanas ou o feto teve peso corporal
menor que 500 gramas e/ou estatura menor que 25 centímetros;

• É facultado ao médico emitir uma DO nestes casos, para atender solicitação da família;

• No caso de peças anatômicas retiradas por ato cirúrgico ou de membros amputados. Nesses
casos o médico elaborará um relatório em papel timbrado do Estabelecimento de Saúde
descrevendo o procedimento realizado. Este documento será levado ao Cemitério, caso o
destino da peça venha a ser o sepultamento. Estas providências estão definidas na Resolução
de Diretoria Colegiada nº 306 da ANVISA (2004).

Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de Óbito

Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília/DF, 2011.

MAG
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OBRIGATORIEDADE NA EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

Código de Ética Médica (2009)

Capítulo X – Documentos Médicos

É vedado ao Médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em
caso de necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto
quando houver indícios de morte violenta.

MAG
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OBRIGATORIEDADE NA EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

ÓBITOS EM GERAL
RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005
Regulamenta a responsabilidade médica no fornecimento da Declaração de Óbito. Revoga a Resolução CFM n. 1601/2000.

Art. 1º O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do

médico que atestou a morte.
Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes
normas:
1) Morte natural:
I. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.

MAG
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OBRIGATORIEDADE NA EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

ÓBITOS EM GERAL
RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005
Regulamenta a responsabilidade médica no fornecimento da Declaração de Óbito. Revoga a Resolução CFM n. 1601/2000.

1) Morte natural:
II. Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta por médico substituto pertencente à instituição.
c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser fornecida
por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO;
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da
Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao programa
ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga correlacionar o
óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.
MAG
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OBRIGATORIEDADE NA EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO)

ÓBITOS FETAIS

RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005

Regulamenta a responsabilidade médica no fornecimento da Declaração de Óbito. Revoga a Resolução CFM n. 1601/2000.

2) Morte fetal: Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram assistência à mãe ficam
obrigados a fornecer a Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou superior a
20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura
igual ou superior a 25 cm.

ANALOGIA: A Declaração de Óbito deve ser emitida pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento da paciente.

RECOMENDA-SE ESCLARECER OS MOTIVOS!

MAG
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Necropsia
Dúvidas Casos Omissos

CREMESP – PARECER CONSULTA 31.184/2015

MAG
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PARECER CONSULTA 31.184/2015 - CREMESP

Sobre o encaminhamento/recebimento de cadáveres para necropsia de verificação de óbitos
Deve constar do encaminhamento, de forma clara, qual é a situação de dúvida sobre o diagnóstico da causa de
morte, incluindo descrição do caso clínico e exames complementares demonstrando que não é possível o
preenchimento da Declaração de Óbito pelo médico responsável pela assistência, e, principalmente, o motivo da
real necessidade da necropsia.
Isso se tornou necessário pois muitos profissionais da área médica têm dificuldade em distinguir o que é causa
básica da morte de outras situações que caracterizam detalhamento diagnóstico.
Esta medida visou conter o encaminhamento desnecessário de corpos para necropsia e a espera maior
por parte de familiares em momentos de perda e sofrimento.

MAG
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PARECER CONSULTA 31.184/2015 - CREMESP

Sobre o encaminhamento/recebimento de cadáveres para necropsia de verificação de óbitos
É valido para óbitos de adultos e óbitos fetais;
Constatado pelo Médico Patologista que o preenchimento da DO seja possível com os dados do
atendimento hospitalar a necropsia só poderá ser realizada mediante apresentação de termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE) assinado por familiar ou responsável legal (necropsia
anatomopatológica).
Nos casos de óbitos fetais deve ser encaminhado com o corpo do feto tanto a placenta quanto o
cordão umbilical (viabilizar qualidade diagnóstica).

MAG
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Necropsia no SVO
Quando não vai ajudar?

Quando o que se espera como solução não é a causa básica da morte.

Ex: Criança com mal formações cardíacas e atresia de esôfago. E há dúvida

sobre sling da artéria pulmonar.

Código CID Descrição

I281 Aneurisma da Artéria Pulmonar
Q255 Atresia da Artéria Pulmonar
Q256 Estenose da Artéria Pulmonar
Q257 Outras malformações congênitas da artéria pulmonar
MAG
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Necropsia no SVO
Quando não vai ajudar?
Principalmente se a causa da morte for FISIOPATOLÓGICA e não ANATOMOPATOLÓGICA!
Exemplos:
Arritmias Cardíacas
Processos que envolvam a dinâmica relacionada ao parto

LIMITAÇÕES
Alterações anatômicas que inviabilizem diagnósticos
Exemplo:
Autólise, Putrefação, Maceração Fetal
MAG
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Necropsia no SVO
Pode causar transtornos?

Quando são detectadas Discrepâncias Diagnósticas ou Iatrogenias.

Ex (1): Suspeita de morte por causa cardíaca no atendimento clínico mas na

necropsia se verifica quadro de pneumonia não diagnosticada.

Ex (2): Choque hipovolêmico por síndrome de compartimento após ruptura de

vaso puncionado.

Ex (3): Sinais de anóxia neonatal.

INTENCIONAIS OU NÃO, JUSTAS OU INJUSTAS, ESTAS SITUAÇÕES PODEM TRAZER

TRANSTORNOS JURÍDICOS AOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO ATENDIMENTO! MAG
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Morte Morte de
Natural Necropsia Causa
Externa
Facultativa? Obrigatória?
SVO
IML
Corpo
Hospital de delito

OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães
mag@fmrp.usp.br MAG