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ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA

Aspectos Gerais

Dra Daniella Prudente


Introdução

● Reconhecer
● Proporcionar as principais
aprendizado da patologias
técnica apurada mamárias;
do exame;

● Aprender a laudar
● Identificar os a US segundo os
padrões de critérios do
normalidade e as BI-RADS®.
suas variações;
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais

● A 1ª ultrassonografia da mama foi realizada em 1953;

● A ultrassonografia é usada para caracterizar massas na mama desde 1980;

● Recentes avanços tecnológicos de resolução espacial e contraste permitiram


melhor resolução de imagens e incremento no diagnóstico;

● A ultrassonografia é indispensável como adjuvante a MMG na detecção e


caracterização de 77% dos nódulos mamários.
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais

DIAGNÓSTICA RASTREAMENTO

• Cisto x sólido. • Não existem ensaios clínicos


• Nódulo palpável sem expressão. comprovando a eficácia da
mamográfica. ultrassonografia como método de
• Mama densa. rastreamento do câncer de mama.
• Paciente jovem com nódulo palpável.
• Doença inflamatória – abscesso.
• Coleções líquidas - hematoma –
seroma.
• Avaliação de implantes.
• Alterações na mama no ciclo grávido-
puerperal.
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais

Acesse aqui!

A BERG, Wendie; et al. Operator dependence of physician-performed whole-breast US: lesion detection and characterization. Radiology – 2006.
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais

● Embriologia;

● Alterações congênitas;

● Anatomia comparada;

● Técnica de exame;

● Localização da lesão.
Embriologia Mamária

Tabela 4.1
Estágios do Desenvolvimento Embrionário das Mamas
Semana Estágios Ocorrências
Linha mamária / Linha mamária / crista mamária /
Quinta
crista mamária regressão da crista mamária.
Espessamento do primórdio mamário /
Sétima a Protuberância / invaginação de ectoderma para o
oitava disco / globular mesênquima / crescimento
tridimensional
Décima a
Cone Achatamento da crista mamária.
14ª

Diferenciação de musculatura de mamilo


Brotamento e
12ª a 16ª e aréola / formação de botões epiteliais /
ramificação
ramificação dos botões em cordões.

20ª a 32ª Canalização Canalização dos cordões epiteliais.

Diferenciação de parênquima e formação


32ª a 40ª Vesicular final das estruturas lobo alveolares /
pigmentação do conjunto mamilo-aréola.
Anatomia
Ultrassonografia Mamária
Aspectos Gerais

A mama é uma Glândula Sudorípara


Modificada;

Possui 15 a 20 lobos;

Cada lobo possui:

• Elementos do parênquima:
• Ductos lobares, ductos de ramos
menores e lóbulos.

• Elementos do tecido de sustentação


estromal:
• Fibrose estromal, intralobular,
periductal e gordura.
Aspectos histopatológicos
Aspectos histopatológicos

● A unidade funcional é a unidade ducto


lobular terminal;

● UDLT = um lóbulo e seu ducto lobular


terminal extralobular;

● São o local de origem da maioria das


doenças da mama.
Aspectos histopatológicos
Anatomia

● Pele;

● Complexo areolopapilar;

● Região retroareolar;

● Tecido glandular;

● Tecido adiposo;

● Fáscias e ligamentos;

● Músculos.
Efeitos Hormonais:

● Estrógeno - desenvolvimento da mama e ductal;

● Progesterona - desenvolvimento do tecido secretor acinar – lóbulo;

● Prolactina – efeito sinérgico ao estrógeno e progesterona.


Anatomia

● Pele;

● Complexo areolopapilar;

● Região retroareolar;

● Tecido glandular;

● Tecido adiposo;

● Fáscias e ligamentos;

● Músculos.
Anatomia radiológica

● Pele;

● Complexo areolopapilar;

● Região retroareolar;

● Tecido glandular;

● Tecido adiposo;

● Fáscias e ligamentos;

● Músculos.
Anatomia radiológica
Anatomia radiológica
Anatomia radiológica
Anatomia radiológica

TDLU
• Estroma intralobular frouxo
• Colágeno +
• Ac hialurônico +++
• HIPOECOIDE

TECIDO FIBROSO ESTROMAL


INTERLOBULAR
• Colágeno +++
• Ac hialurônico +
• HIPERECOIDE
Anatomia
Anatomia da pele

● Aspecto linear, hiperecoico;

● Espessura de 0,5 a 2,0mm;

● Mais espessa nos quadrantes inferiores e sulco


inframamário;

● Espessada em situações: processos infecciosos


(mastites), inflamatórios (colagenoses,
cicatriciais, ou pós-radioterapia), pós-
traumáticos, tumores “peau d’orange”.
Visão geral da mama
Visão geral da mama
Anatomia
Densidades radiológicas
Correlação da densidade radiológica ao ultrassom
Correlação da densidade radiológica ao ultrassom
Correlação da densidade radiológica ao ultrassom
Etapas do Desenvolvimento da mama

https://pdfs.semanticscholar.org/3400/c8871e01fd4b355f6a8cd34149c87c3f5d7a.pdf
Etapas do Desenvolvimento
Tanner

● M1 - Mama infantil, com elevação somente da papila.

● M2 - Broto mamário. Forma-se uma saliência pela elevação da aréola e da papila.


O diâmetro da aréola aumenta e há modificação na sua textura. Há pequeno
desenvolvimento glandular subareolar;

● M3 - Maior aumento da mama e da aréola, sem separação dos seus contornos.


O tecido mamário extrapola os limites da aréola;

● M4 - Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta forma uma


segunda saliência acima do contorno da mama (duplo contorno);

● M5 - Mama de aspecto adulto, em que o contorno areolar novamente é


incorporado ao contorno da mama.
Mama na criança
Anatomia dos ductos

● Estruturas tubulares anecoicas com distribuição radial, que confluem para a papila, na qual se
encontram os seios lactíferos medindo neste local até 3mm e demais segmentos em torno de
2,0mm

● Habitualmente, mamas gravídicas ou em lactação apresentam dilatação fisiológica dos ductos.


Terço posterior da mama e costelas
Irrigação Arterial

● 60% art. Mamária;


● 30% interna art. torácica lateral.
Irrigação Arterial

● Veias superficiais;
● Veias profundas.
Inervação

● Plexo cervical;
● Plexo braquial.
Planos musculares
Drenagem Linfática

● 3% → cadeia mamária interna;

● 97% → linfonodos axilares.


Drenagem Linfática

Superficial:
• Pele e TCS → aréola (plexo de Sappey) → axila.

Intramamária:
• Plexo linfático perilobular e periductal;
• Converge p/ plexo de Sappey → axila.

Profundo:
• Cadeia mamaria interna;
• Linf. de Rotter → linf. subclávios (ROTA DE
GROSZMAN);
• Cadeia mamaria interna → linf.
transdiafragmáticos (ROTA DE GEROTA).
Níveis linfonodais de Berg
Linfonodos

STAVROS, A. Thomas; et al. Breast ultrasound. Lippincott Williams & Wilkins – 2004.
Linfonodos

STAVROS, A. Thomas; et al. Breast ultrasound. Lippincott Williams & Wilkins – 2004.
Linfonodos

● Forma;

● Margens;

● Cortical – espessamento (> 3,0mm);

● Hilo – ausente;

● Padrão de fluxo ao Doppler;

● Achados de suspeição:
● Áreas císticas
● Calcificações
● Áreas de necrose de coagulação
Linfonodos

● ZONAS LINFONODAIS

● 3 zonas: córtex, seios medulares e


tecido lipomatoso hipoecoico.

● 2 zonas: córtex e seio medular.


Linfonodo intramamário

● 70% QSL VN < 10mm.

● CA de mama cortical até 3mm.

● Paciente de baixo risco cortical


pode ter até 5mm.
Técnica de Exame
Anamnese
Exame Físico
Palpação
● Conhecer meu equipamento de US;

Boas ● Reconhecer a mama normal;

● Identificar alterações texturais difusas e focais;

Práticas ● Descrever as alterações encontradas;

● Rastreamento da região axilar.


Técnica de Exame

● Paciente em decúbito dorsal (lateral ou sentada) com os braços elevados ao lado ou


abaixo da cabeça;

● Transdutor LINEAR, banda larga de alta frequência (média mínima de 9 a 14 MHz),


comprimento de 4-5cm;

● Transdutor convexo, volumétrico, linear trapezoidal e panorâmico só para grandes lesões


e próteses;

● PRESET DE MAMA ADEQUADO.


Técnica de Exame
Butonologia

● Frequência;
● FOV (campo de visão): pele – pleura;
● Ganho total e parcial: gordura tom
Ajustar: cinza médio;.
● Foco: na área de interesse;
● Faixa dinâmica (DR);
● Uso da harmônica;
● Composição espacial.
Penetração

Resolução Geral Penetração


Profundidade de Campo
Ganho
Foco
Técnica do Exame
Técnica do Exame

Convencional Harmônica
Técnica de Exame

● Compressão dos ligamentos de Cooper: desaparece a sombra acústica,


melhora a visibilização da cápsula do nódulo;

● Variação da compressão: > 30% sugere lesão adiposa;

● Compressão e descompressão rápida (Ballottement) ou mobilizar a


paciente: mobiliza ecos em suspensão;

● Não comprimir com o Doppler.


Técnica de Exame

● Varreduras longitudinais: da região


paraesternal até a linha axilar média;

● Varreduras transversais: da região


infraclavicular até o sulco inframamário;

● Varreduras radiais e antirradiais;

● Varreduras da drenagem linfática:


• Nível I: lateral ao músculo peitoral menor;
• Nível II: abaixo do músculo peitoral menor;
• Nível III: medial ao músculo peitoral menor;
• Nível MI: junto a art. mamária interna.
Técnica de Exame

Breast iImaging Essentials ISBN 978-981-15-1412-8 (eBook) https://doi.org/10.1007/978-981-15-1412-8


Técnica de Exame

Breast iImaging Essentials ISBN 978-981-15-1412-8 (eBook) https://doi.org/10.1007/978-981-15-1412-8


Técnica de Exame

Com
Radial compressão
periférica

Com
Rolamento do
compressão
mamilo
bimanual

STAVROS, A. Thomas; et al. Breast ultrasound. Lippincott Williams & Wilkins – 2004.
Localização da Lesão
Técnica de Exame
Cortes Longitudinais

Breast iImaging Essentials ISBN 978-981-15-1412-8 (eBook) https://doi.org/10.1007/978-981-15-1412-8


Localização da Lesão

12h
● Mama D/E;

● Na projeção de __ h;

9h
3h ● Distância do centro do nódulo ao mamilo é de __;

● Distância do centro do nódulo à pele é de __ cm;

● Medidas do nódulo C x AP x T cm.


6h
Pesquisa de Linfonodos
Linfonodos na prática

Cadeia mamária interna Cadeia axilar


Localização da Lesão
Localização da Lesão

● Mama D / E;

● Na projeção de __ h;

● Distância do centro do nódulo a papila é de __ cm;

● Distância do centro do nódulo à pele é de __ cm;

● Medidas do nódulo: C x AP x T cm.

DOCUMENTAR COM E SEM OS CALIPERS


Ultrassom da mama - CBR

• lnclui avaliação das Glândulas Mamarias (Avaliação da


sua ecotextura, Pesquisa e Caracterização de Nódulos ou
outras Lesões Focais);
• Não inclui o estudo das regiões axilares, o que deve ser
solicitado especificamente no pedido medico (incluindo
lateralidade);
• O estudo com Doppler não está incluído neste tipo de
exame, devendo ser solicitado especificamente no
pedido medico quando sua realiza ao for necessária.
Ultrassom da axila - CBR

• Avaliação das partes moles da axila direita ou


esquerda conforme o pedido do médico, incluindo a
pesquisa de linfonodos atípicos nos níveis I, II e III;

• O estudo com Doppler não está incluído neste tipo de


exame, devendo ser solicitado especificamente no
pedido médico quando sua realização for necessária.
Códigos CBHPM
Ultrassonografia de Mamas e Axila
Ultrassonografia de Mamas e Axila

● PARA CADA MAMA (D/E):

• 1 foto de cada quadrante;

• 1 foto da região retroareolar;

• 1 foto da região axilar.

● PARA CADA LESÃO:

• 2 fotos em eixos perpendiculares entre si, com e sem calipers.


Ultrassonografia de Mamas e Axila
Ultrassonografia de Mamas e Axila
PATOLOGIAS BENIGNAS
Ultrassonografia Mamária

Dra Daniella Prudente


Alterações Congênitas
Alterações Congênitas
Alterações Congênitas

● Amazia;

● Síndrome de Poland;

● Hipoplasia (uni ou bilateral);

● Inversão congênita da papila;

● Mama acessória.
Mama acessória/polimastia

● Polimastia é um termo usado para


descrever a presença de duas ou
mais mamas em geral sem papila ou
aréola com incidência de 1 a 5% da
população

● É sinônimo de tecido mamário


acessório ou supranumerário.

● Suceptível a alterações benignas e


malignas.

● Incidência de carcinoma no tecido


mamário acessório é rara (0,3% dos
carcinomas de mama)
Classificação das doenças mamárias

CLEVELAND CLINIC JOURNAL OF MEDICINE VOLUME 69 • NUMBER 5 MAY 2002


Classificação das doenças mamárias

CLEVELAND CLINIC JOURNAL OF MEDICINE VOLUME 69 • NUMBER 5 MAY 2002


PATOLOGIA MAMÁRIA
lesões benignas

● LESÕES CUTÂNEAS.

● Lesões císticas.

Lesões ● Cistos.
● Cisto complicado.
● Microcistos agrupados.
Benignas ● Lesão complexa sólido-cística.

● Lesões ductais.

● Nódulos.
Lesões cutâneas

Inflamatórias/infecciosas:
Benignas
• Eczema.
• Dermatites. • Quelóide.
Psoríase. • CISTO DE INCLUSÃO EPIDÉRMICA.
• Dermatite por radioterapia. • Neurofibromatose.
• Mastites.

Miscelânea Malignas
• Hiperceratose do mamilo e aréola. • PAGET.
• Hidradenite. • CARCINOMA INFLAMATÓRIO.
• Intertrigo. • CA DE MAMA LOCALMENTE AVANÇADO.
• Tromboflebite.
Cisto epidérmico

• Cisto relacionado a implantação e


proliferação de elementos epidérmicos
na derme, revestido por epitélio
escamoso e contendo queratina.

• Raros na mama
• Comuns em região periareolar
relacionados a trauma ou cirurgia

• < 2,0 cm não necessitam de tratamento

Paliotta A Epidermal inclusion cyst of the breast: A literature review. Oncol Lett. 2016 Jan;11(1):657-660.
Hidradenite

• Doença crônica da pele de etiologia incerta,


caracterizada por abscessos, nódulos dolorosos e fístulas
recorrentes e cicatrizes na pele.

• Comum na axila, porém rara na mama onde pode


acometer a prega inframamária e mais raramente a
região inter-mamária e peri-areolar

Fahrenhorst-Jones T, Hidradenitis suppurativa of the breast: a diagnostic dilemma. J Surg Case Rep. 2023 Feb 16;2023(2):rjad045.
PATOLOGIA MAMÁRIA
lesões benignas

● Lesões cutâneas.

● LESÕES CÍSTICAS.

Lesões ● Cistos.
● Cisto complicado.
● Microcistos agrupados.
Benignas ● Lesão complexa sólido-cística.

● Lesões ductais.

● Nódulos.
Lesões císticas
Cisto simples

● Representam a maior queixa mais


frequente de massa mamária.

● Correspondem a dilatação dos ácinos


lobulares relacionado a alteração
fibrocística, frequentemente adenose,
metaplasia apócrina e fibrose estromal.
Cisto simples

● 7% prevalência durante a vida

● 1/3 das mulheres entre 30 e 50 anos

● 30 a 50% múltiplos e recorrem

● Pico de incidência peri-menopausa

● Carcinoma intra-cístico< 1%
Cisto simples

Stavros TA, I holman D. Rapp CL, Demis MA Parket SH Sisney GA. Solid Breast Nodules: Use of sonography to distinguish begween benign and malignant lesiens. Radiolasy 1995: 196-123-154.
Cisto simples
Cisto simples
Cisto simples

Aspecto na ultrassom:

• Imagem nodular circunscrita.


• Paredes finas e hiperecoides.
• Conteúdo anecoide com
reforço acústico posterior.
• Pode ter sombra de refração
lateral.
• Sem fluxo ao Doppler.
Cisto simples
Cisto com leite de cálcio

@radiology assistant
Cisto com leite de cálcio
Cisto complicado
Cisto complicado
Cisto complicado
Cisto complicado

● Mesma etiopatogenia do cisto simples.


● Presença de ecos internos compostos por debris,
restos celulares, gordura, proteínas ou hemácias.

ASPECTO NO ULTRASSOM:
● Paredes finas e circunscritas.
● Conteúdo pode formar nível liquido ou
ser preenchido completamente, o que lhe
confere o aspecto sólido.
● Pode ter ecos móveis ou em suspensão.
● Sem fluxo ao Doppler.
● Risco de malignidade 0,2 - 0,3%.
Cisto complicado

● I. Cisto simples (type I) anecóide, paredes


imperceptíveis, margens circunscritas e
reforço acústico.

● II. Cistos agrupados (type II) cistos


agrupados SEM componente sólido.

● III. Cistos com septos finos (type III) septos.


Menores que 0,5mm.

● IV. Cisto complicado (type IV) ecos internos


de baixa amplitude e inclui debris móveis ou
nível líquido.

Acesse aqui!
Cisto complicado

● V. Cisto complexo (type V) apresenta


paredes ou septos maiores que 0,5mm de
espessura, apresenta nódulos murais ou tem
aparência sólido/cística com predomínio de
50% do componente cístico.

● VI. Nódulo sólido/cístico (type VI) lesão


sólida com áreas císticas.

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Espectro de cistos nas mamas
Definições de cistos

● Cistos simples são definidos como ● Cistos complicados contêm ecos internos de baixa

massas anecoicas, circunscritas, amplitude ou detritos intracísticos que podem mudar com

arredondadas ou ovoides, com mudanças na posição do paciente. Os ecos podem produzir

parede imperceptível e aumento uma aparência idêntica à de uma massa sólida circunscrita.

através da transmissão de ondas


sonoras". Não podem ter paredes espessas, septos espessos ou
outros componentes sólidos .

O risco de malignidade é inferior a 2%.


Acorn cyst (cisto complicado)
Acorn cyst (cisto complicado)

● Cistos com metaplasia apócrina de sua parede.


● Margem interna côncava.
● Sem mobilidade com mudança de decúbitos.
● Diagnóstico diferencial com cisto com nível oleoso.

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Microcistos agrupados

● Cistos que medem entre 2 e 3 mm.


● Septos finos < que 0,5 mm.
● SEM componente sólido.
Cistos “do not touch”

● Cistos simples.
● Cistos com septos finos.
● Cistos com leite de cálcio.
● Cistos cintilantes (ecos móveis).
● Cistos com nível líquido-gordura.
Cistos “do not touch”
Cistos complexos – lesões complexas
sólido-císticas

● Cistos com paredes ou septos espessos


> 5,0mm VPP 25%.

● Cisto com áreas sólidas, nódulos murais,


espessamentos focais VPP 24%.

● Nódulos mistos (> 50% sólido) VPP - 21%.

● Nódulos mistos (> 50% cístico) VPP - 44%.


Lesões complexas sólido-císticas

ETIOPATOGENIA:
● Alterações fibrocísticas;
● Papiloma intraductal,
● Abscesso;
● Hematoma;
● Necrose gordurosa;
● Galactocele
● Tumor phyllodes;
● Papiloma hiperplasia ductal atípica (ADH);
● Carcinoma ductal in situ (CDIS) e
● Carcinoma ductal infiltrante.
Lesões complexas que você precisa saber

● Necrose gordurosa;
● Coleções hemáticas;
● Galactocele;
● Abscesso.
Necrose gordurosa

● A necrose gordurosa mamária é uma


inflamação não supurativa do tecido
adiposo geralmente relacionado a hipóxia
determinando a liberação de ácidos
graxos e seu encapsulamento e fibrose.

● Frequente em mulheres.

● Associada a procedimentos cirúrgicos e


trauma. Acesse aqui!
Necrose gordurosa
Necrose gordurosa

Fase inflamatória aguda Fase de cistos lipídicos


• Nódulos hiperecoides homogêneos ou • Cistos com margens lisas ou não;
heterogêneos ou cistos complexos. • Margens/halo espesso;
• Pode haver vascularização ao power • Conteúdo hipo ou anecóide ou complexo.
Doppler com tecido de granulação.

Fase final
Fase inflamatória hiperaguda
• Calcificações;
• Gordura edematosa hiperecoide • Fibrose;
indistinguível de outra etiologia. • Lesões complexas hipovasculares.
Coleções hemáticas

● Resultantes de trauma ou procedimentos


cirúrgicos nas mamas.
● Resolução em até 1 ano.
● Pode evoluir para esteatonecrose e fibrose.
● Coleção cujo aspecto varia com o tempo
da lesão.
Coleções hemáticas

Aspecto na ultrassom:

• Anecóide;
• Hipoecoide heterogêneo;
• Complexo sólido-cístico;
• Aspecto sólido hiperecoide.
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Pré-cirúrgico Pós-cirúrgico
Galactocele

● Cisto de retenção devido a obstrução de


ducto lactífero durante ou após a lactação.
● Aparência depende do conteúdo de
gordura e proteína.
● Pode ter sombra acústica posterior.
● Doppler colorido negativo.
Infecções mamárias

● As infecções mamárias são divididas em LACTACIONAIS e NÃO LACTACIONAIS, ou


PUERPERAL e NÃO PUERPERAL.

● Mais frequentes em lactantes mas também ocorrem em mulheres não lactantes.

● Agente etiológico mais frequente é o Staphylococcus Aureus.

● São classificados quanto a apresentação clínica, localização e agente etiológico.

● Devemos excluir malignidade.


Mastites

Infecciosa:

Puerperais • Abscesso subareolar (ZUSKA);


• Abscesso periférico não puerperal;
• Mastopatia por tuberculose.

Não infecciosa:

Não puerperais
• Mastite granulomatosa idiopática;
• Mastopatia diabética;
• Mastopatia xantogranulomatosa;
• Mastite maligna (Ca inflamatório).
Mastite puerperal

Aspecto na ultrassom:
● Resultante de microfissuras, técnica
de amamentação incorreta levando a • Espessamento da pele.
• Borramento da junção.
estase e infecção secundária. dermo/hipodérmica.
● Acomete pele e TCSC. • Aumento da ecogenicidade
dos lóbulos adiposos.
● Pode se correlacionar a linfadenopatia • Vascularização aumentada.
reacional.
Mastite puerperal

● Complicação que ocorre em até 25% de


lactantes.
● Maioria primíparas.
Mastite não puerperal

Central
(Doença de ZUSKA)
• Mulheres jovens e fumantes.
• Coleções em região RA.

Periférico
• Mulheres mais jovens.
• Pode se relacionar a doenças
de base como diabetes ou
artrite reumatóide ou se
relaciona a uso de corticóide
ou manipulação cirúrgica da
mama.
Doença de ZUSKA
Mastite granulomatosa

● Doença inflamatória crônica da mama que


acomete majoritariamente mulheres na faixa
etária dos 30 aos 44 anos.
● Não há nenhum fator causal identificado.
● Em geral nos 5 primeiros anos após a lactação.
● Mimetiza os sinais clínicos e radiológicos
suspeitos para câncer de mama.
● Diagnóstico deve ser histopatológico.
● Imagem Hipoecoide.
● Pode ou não se associar a coleção.
● Não há sinais de inflamação da
gordura pré-mamária.
● Clinicamente não há sinais
inflamatórios.
● Pode ter massa palpável.
Abscesso

● Os abscessos mamários primários se


desenvolvem como uma complicação da mastite.

● Em uma revisão de 89 pacientes com abscessos


mamários primários que necessitaram de
intervenção cirúrgica, 14% eram complicações de
mastite lactacional e 86% eram complicações de
mastite não lactacional.
● Aumento da ecogenicidade da
gordura pré-mamária.
● Espessamento da pele.
● Coleção hipoecoide.
● Sinais flogísticos.
Carcinoma inflamatório

● Carcinoma inflamatório é raro e representa uma forma agressiva de câncer invasivo,


caracterizada por infiltração difusa do tecido mamário e início súbito de sintomas.

● Normalmente o diagnóstico é tardio e associado a metástase no diagnóstico.

● Resulta da obstrução difusa e rápida dos vasos linfáticos da mama por êmbolos tumorais.

● Quadro clínico esperado é de mulher jovem ( 58 anos), com alterações cutâneas difusas
“casca de laranja” com tempo estimado menor que 6 meses, eritema de ao menos 1/3 da
mama e alterações histopatológicas de CA invasivo.
LE PETROSS, H. T. Why diagnosing inflammatory breast cancer is hard and how to overcome the challenges: a narrative review. 2021.
FINAL AULA 1

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