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Propedêutica Ginecológica

Colpocitologia oncótica cérvico vaginal (preventivo) consiste no método de rastreamento do câncer


do colo uterino, visando detectar alterações pré-invasoras, que se não tratadas, podem levar ao
câncer – exame de Papanicolau

 Introduz-se o espéculo fechado e na diagonal através do óstio vaginal e, após inseri-lo, gira-
se deixando-o na horizontal; abre-se devagar para afastar a musculatura da vagina e expor o
colo – faz-se a inspeção e a coleta das amostras
 ECTOCÉRVICE: é a área externa da abertura do colo, onde, com a parte de reentrância da
espátula de Ayre, faz-se um giro de 360º, encostando no orifício do colo – em seguida,
distende-se o material na lâmina
 ENDOCÉRVICE (canal cervical): introduz-se delicadamente a escova endocervical e gira-se em
360º; distende-se o material na lâmina

COLPOSCOPIA: usada na ampliação do trato genital inferior, sendo observador dependente,


localizando o epitélio anormal e orientando a biópsia

TESTE DO ÁCIDO ACÉTICO: aplica-se ácido acético a 3% ou 5% no colo e aguarda-se 1 a 2 minutos

 Células cervicais anormais contém maior número de proteína intracelular do que as normais
 No epitélio normal não se observa alteração da coloração; enquanto no epitélio alterado há
coagulação das proteínas intracelulares

TESTE DE SCHILLER: aplica-se Lugol (solução de iodo) no colo e vagina

 No epitélio escamoso cervical normal e no epitélio metaplásico maduro contém células ricas
em glicogênio que captam o iodo e adquirem coloração castanha
 No epitélio displásico contém pouco ou nenhum glicogênio (metabolismo elevado do
epitélio displásico consome muito glicogênio) não é corado com iodo – cor amarelo
mostarda
 Teste negativo = iodo positivo, quando o colo cora

TOQUE VAGINAL: pode ser simples ou combinado (bimanual), realizado para avaliação do útero e
anexos, verificando tônus da musculatura do assoalho pélvico, elasticidade da parede vaginal,
fórnices vaginais, consistência do colo, e se a mobilização cervical é dolorosa

 BIMANUAL: toque vaginal com palpação associada da pelve


 ÚTERO: analisa-se posição, mobilidade, volume, consistência, contorno
 ANEXOS: a palpação só é possível se o ovário estiver aumentado de tamanho – doloroso a
palpação = piossalpigite, tumor, entre outros

TOQUE RETAL: realizado para avaliação de invasão tumoral e prolapsos, em pacientes que não
iniciaram vida sexual

US DAS MAMAS: não serve de rastreio populacional para câncer de mama, sendo usada em
mulheres jovens, gestantes e lactantes para evitar a radiação – para grupo de alto risco, USG + MMG
melhora o rastreio

 Indicada para diagnóstico diferencial entre lesões sólidas e císticas, em casos de lesão
palpável no exame físico com MMG normal ou inconclusiva, em mulheres jovens com lesão
palpável, alteração clínica em mulheres grávidas/puérperas, casos de abscessos, doenças
inflamatórias, coleções, punções e acessos guiados
 Suas desvantagens incluem a não detecção de microcalcificações e baixa resolução em
mamas lipossolúveis
 São achados sugestivos de benignidade diâmetro laterolateral > craniocaudal (maior eixo
horizontal a pele), ecogenicidade homogênea, bordas bem delimitadas, reforço acústico
posterior
 São achados sugestivos de malignidade diâmetro craniocaudal > laterolateral (nódulo mais
alto que largo), margens irregulares, ecogenicidade heterogênea, sombra acústica posterior,
e contornos microlobulados

MAMOGRAFIA: é o principal exame de rastreio para o câncer de mama, indicada para rastreio de
lesões subclínicas em mulheres assintomáticas, estudo de lesões palpáveis, acompanhamento pré e
pós-terapêutico em câncer de mama e guia para procedimentos invasivos

 São achados mamográficos de benignidade calcificações grosseiras e nódulos de contornos


regulares e nítidos
 São achados mamográficos de malignidade microcalcificações pleomórficas agrupadas e
nódulos espiculados sem margens definidas
 As recomendações de rastreio do câncer de mama em mulheres de baixo risco de acordo
com o Ministério da Saúde/INCA(2015) são mulheres < de 50 anos é contraindicado o
rastreamento com MMG; entre 50 e 69 anos MMG bienal; e > 70 anos anualmente

US: usada para avaliar o útero e ovários normais, gestação e patologias; sendo realizada por dois
tipos principais de transdutores: longo (endovaginal) e curto (pélvica)

VIDEOHISTEROSCOPIA: permite visão direta à cavidade uterina, com maior sensibilidade que o USG
(visão direta); avalia-se pólipos, espessamento de endométrio, carcinoma, sinequias; sendo bom
indicador de biopsia

 Demanda distensão da cavidade uterina com soro fisiológico

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