TECNÓLOGA EM RADIOLOGIA (UNIFAMAZ) MESTRE EM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE (IEC) Útero • O útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pera invertida, achatada na sentido antero-posterior.
• O útero está situado entre a bexiga urinaria,
que esta para frente, e o reto, que esta para trás.
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Útero • Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento denominado Istmo do Útero.
• A parte superior ao istmo recebe o nome
de Corpo do Útero e a inferior constitui a Cérvix (canal cervical).
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Prof.: Marianne Arraes 4 Prof.: Marianne Arraes 5 A extremidade superior do corpo do útero, ou seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas, tem o nome de Fundo do Útero.
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As paredes do útero são constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a profundidade, são perimétrio, miométrio e endométrio.
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1. Tuba uterina 2. Canal vaginal 3. Fímbrias 4. Colo do útero 5. Fundo do útero 6. Corpo do útero 7. Endométrio 8. Miométrio 9. Ligamento próprio do ovário 10. Ovário 11. Canal cervical 12. Istmo 13. Porção intramural da tuba esquerda
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• A HSG é um estudo radiológico que possibilita a avaliação da cavidade uterina e da luz tubária a partir da injeção de contraste. A principal indicação para a HSG é a investigação de infertilidade em cerca de 85%, mas também pode avaliar outros casos como: • 1) Más-formações congênitas; • 2) Tumores cavitários - pólipos ou mioma submucoso, com ou sem sangramentos genitais; 3) Estudo da permeabilidade tubária - identificando os pontos de obstrução. • 4) Sinéquias intrauterinas, permitindo uma visão de conjunto, o que não ocorre com os outros métodos. • 5) Incompetência ístimo-cervical, responsável por uma grande porcentagem de abortamentos de repetição e partos prematuros. • 6) Miomas • Entre as contra indicações á HSG estão: • 1) Presença de gravidez ou suspeita; • 2) Infecção genital ativa; • 3) Durante a menstruação ou sangramento genital de causa desconhecida; • 4) Após curetagem uterina recente; • 5) Após cirurgias do útero antes de decorridos 90 dias; • 6) Intolerância ao contraste. • De forma básica, a HSG trata-se de uma injeção de contraste opaco aos raios-x, por uma cânula inserida no colo uterino. Todavia, para que um bom exame seja realizado é necessário que o profissional consiga diferenciar a anatomia normal do local a ser estudado, assim como sua estrutura quando acometida por uma patologia ou anomalia congênita. Condução do exame • Caracterizado como um procedimento médico, pois compreende um exame ginecológico. • Exame realizado após o décimo dia do ciclo menstrual. • Sob controle fluoroscópio, o contraste vai sendo injetado com um mínimo de pressão na seringa. • A qualquer resistência na injeção do contraste, devem-se aguardar alguns segundos e nunca utilizar uma hiperpressão • Lembre-se de fornecer proteção radiológica ao médico durante todo o exame. • No diagnóstico das más-formações uterinas, o examinador muitas vezes fica em dúvida entre um útero bicorno e um subseptado, uma vez que as imagens radiológicas são muito semelhantes. Nestes casos, durante o exame, há o recurso de se utilizar uma incidência oblíqua. QUEIXA MAIS FREQUENTE • A dor representa a queixa mais frequente relatada pelas pacientes, porém, com o uso das cânulas com microbalão, um bom preparo psicológico, o uso de bloqueadores das prostaglandinas, além de não injetar o contraste sob forte pressão, este tipo de mal- estar ficará restrito a um pequeno grupo de pacientes (3%). Nestes casos, haverá necessidade de uma anestesia geral. • A dor é consequência do pinçamento do colo e pela distensão da cavidade uterina causada pelo contraste e, em alguns casos, devido a um efeito irritativo do contraste iodado. COMPLICAÇÃO • A infecção pélvica é a mais séria complicação da HSG com 0,3 a 3,15%, segundo diferentes estatísticas. • Elas ocorrem com maior frequência nas pacientes com história anterior de doença sexualmente transmissível (DST). • Geralmente, comparecem com um quadro de hipertermia, dores agudas na região pélvica dentro das 12 ou 48 horas decorridas da realização da HSG. Esta complicação poderá ser evitada se for realizado previamente um estudo bacteriológico naquelas pacientes com história prévia de DST. • De um modo geral, na grande maioria dos casos, o ginecologista solicita o exame com um simples pedido: solicitamos uma histerossalpingografia. Omite muitas informações sobre o paciente, inclusive o motivo da solicitação do exame. • Em algumas clínicas, a paciente preenche um questionário fornecido no momento em que está agendando o exame, fornecendo informações importantes para o examinador, tais como: idade, número de gravidezes e partos, história de abortamentos de repetição ou partos prematuros, passado de doenças infecciosas pélvicas, história de cirurgias de útero realizadas, possível má-formação uterina. Estas informações são de alta importância antes da realização de uma HSG. Como se preparar para a histerossalpingografia • A HSG é realizada após a menstruação e antes da ovulação, para não interferir com uma possível gravidez, normalmente do 6º ao 12º dia do ciclo menstrual. Para as pacientes que não ovulam, a HSG pode ser feita em qualquer fase, mas a hipótese de gravidez deve ser excluída. O exame é realizado com a paciente acordada, não sendo necessário anestesia nem jejum. Normalmente é realizado em laboratórios de diagnósticos, por um médico radiologista. O médico pode sugerir um analgésico ou anti-inflamatório uma hora antes para reduzir qualquer desconforto. A função do técnico em radiologia é executar adequadamente suas atribuições. Neste exame são: • Manter a sala organizada e separar os materiais para o procedimento. Atenção para não contaminar o material estéril. • Auxiliar o médico durante todo o procedimento. • Posicionar adequadamente a usuária para as incidências; orientá-la e acalmá-la durante todo procedimento. Sequência radiográfica • Radiografia da região pélvica é realizada para controle. • Posicionamento Radiológico para região pélvica – incidência AP • Usuária em decúbito dorsal. Receptor de imagem 24 cm x 30 cm, no sentido trasversal. Distância foco receptor de imagem de 1 m. O feixe central coincide entre as EIAS, que se encontram no centro do receptor de imagem. Pelve • Posição de Litotomia inicia-se o exame. • Usuária em decúbito dorsal. Posicionada em litotomia. Os braços posicionados sobre a região torácica ou ao lado do corpo. • Receptor de imagem paralelo ao tubo de raios X. A distância foco receptor de imagem será de 1 m e o feixe central deverá coincidir com o centro do receptor de imagem, na altura de EIAS. • O médico injeta uma quantidade pequena de contraste com o objetivo de avaliar a camada da mucosa. LATERAL • Usuária em decúbito lateral. Receptor de imagem paralelo ao tubo de raios X. A distância foco receptor de imagem será de 1 m e o feixe central deverá coincidir com o centro do receptor de imagem, na altura de EIAS. • O médico irá visibilizar as estruturas preenchidas com contraste em vista lateral. OBLÍQUAS A usuária posicionada em oblíqua posterior direita (OPD) ou esquerda (OPE). O cuidado que o técnico deve ter ao movimentar a usuária é para não machucá-la, pois o histerossalpingógrafo está introduzido. • Quanto á avaliação radiológica sobre o útero deve ser levado em consideração à morfologia, se há aumento ou redução da cavidade; se é única ou dupla, se há falhas de enchimento, se existe imagens de miomas. No estudo das tubas uterinas deve-se observar uniformidade no enchimento do contraste ou se este foi irregular ou ausente, se há retenções ou outros defeitos no enchimento das tubas e por fim avaliar sua dispersão na pelve se permanece livre ou se está retiro. Anatomia uterina normal Anatomia uterina com Patologia
Tuba esquerda obstruída Mioma submucoso
Anatomia uterina com Patologia
• Pólipo do lado esquerdo
Anomalia congênita
Útero bicorno Útero duplo com dupla vagina.
Útero duplo. Vagina única. Útero unicorno com obstrução tubária cornual. Útero em retroflexão. Hidrosalpinge bilateral Sinéquias intrauterinas 1. Defina a histerossalpingografia. 2. Quais as indicações da histerossalpingografia? 3. Quais as contraindicações da histerossalpingografia? 4. O que fazer quando há dúvida entre um útero bicorno e um subseptado? 5. Qual a queixa mais frequente da histerossalpingografia? 6. Qual a complicação mais séria da histerossalpingografia? 7. Como se preparar para a Histerossalipingografia? 8. Quais as funções do técnico em radiologia neste exame? 9. Descreve a sequencia radiográfica realizada no exame.