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EXAMES

CONTRASTADOS
CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA
PROF. DIEGO VIANA LOUREDO
INTRODUÇÃO
• Vieira (2102) observa que na região do abdome e pelve pode-se
ressaltar o uso das modalidades como exames contrastados e
não contrastados, tomografia computadorizada, ressonância
magnética e ultrassonografia, conforme será observado a
seguir.
Modalidade Exames Contrastados e não Contrastados

Em radiologia convencional os exames são divididos em


contrastados e não contrastados, descritos abaixo.

Exames contrastados: Segundo Bontrager; Lampignano


(2010 apud VIEIRA, 2012), os exames contrastados são
aqueles que fazem uso de meios de contraste artificiais para
evidenciar estruturas anatômicas que normalmente não são
bem evidenciadas nos procedimentos sem contraste.
Estes exames, em sua maioria, compreendem a região do
abdome e pelve e são observados
PRINCIPAIS EXAMES CONTRASTADOS
Seriografia de Esofago, Estômago e Duodeno (SEED);

Enema Baritado ou Enema Opaco;

Transito Intestinal;

Urografia Excretora;

Uretrocistografia Masculina e Feminina;

Histerossalpingografia.
Procedimentos Diagnósticos Adicionais

1. Histerossalpingografia

2. Sialografia

3. Dacriocistografia

4. Artrografia Joelho e Ombro

5. Ortorradiografia
Histerossalpingografi
a (HSG)
Exame radiográfico que estuda o trato reprodutor feminino
com um meio de contraste.
Anatomia- Trato Reprodutor Feminino
 A histerossalpingografia inclui os principais órgãos do trato reprodutivo feminino: a
vagina, ovários, útero e as tubas uterinas.

Útero: é o órgão central da pelve


feminina.

• É um órgão muscular, posteriormente


delimitado pelo retossigmóide e
anteriormente pela bexiga.
• O tamanho e a forma do útero
variam, dependendo da idade e da
história reprodutiva da paciente.
• Localiza-se na linha média da pelve.
Anatomia- Trato Reprodutor Feminino
 O útero é dividido em 4 divisões: (1) o fundo, (2) o corpo, (3) o istmo e (4) o colo. É
composto por camadas.
• Camada interna: endométrio, que
reveste a cavidade uterina e sofre
alterações de ciclos associadas ao
ciclo menstrual.

• Camada média: miométrio, é um


músculo liso e constitui a maior parte
do tecido uterino.

• Camada externa: serosa, revestida


com peritônio, forma uma cápsula ao
redor do útero.
Anatomia- Trato Reprodutor Feminino
• Tubas uterinas (de Falópio): se comunicam com a
cavidade uterina por meio do corno.
• Possuem cerca de 10 a 12 cm de comprimento e 1 a 4
mm de diâmetro.

• Estão divididas em 4 segmentos:


• Segmento intersticial- comunica-se com a cavidade
uterina.
• Istmo- porção estreita da tuba.
• Ampola- segmento central da tuba uterina.

 Infundíbulo- contém extensões, chamadas de fímbrias, cada uma anexada a


um ovário, que se abrem para dentro da cavidade peritoneal.
 O óvulo passa através das fímbrias até a tuba uterina, caso fertilizado,
encaminha-se ao útero para implantação e desenvolvimento.
Histerossalpingografia (HSG)
• É um exame radiográfico que mostra o trato reprodutor feminino com um
meio de contraste.

Objetivo do exame:
• Demonstrar a cavidade uterina e a permeabilidade (grau de abertura) das
tubas uterinas.

• Procedimento Geral do Exame:


• A cavidade uterina é delineada pela injeção de contraste por meio do colo.
• A forma e o contorno da cavidade uterina são avaliados para detectar
processos patológicos.
Histerossalpingografia (HSG)
• Procedimento Geral do Exame:
• O agente de contraste preenche a
cavidade uterina e a
permeabilidade das tubas
uterinas pode ser demonstrada à
medida que o contraste flui
através das tubas para a cavidade
peritoneal.
Histerossalpingografia (HSG)- Indicações Patológicas

1. Avaliação de infertilidade: realizado para


diagnosticar defeito funcional ou estrutural.
A HSG pode ser uma ferramenta terapêutica.
Assim, a injeção de contraste pode dilatar
uma tuba uterina que se encontra estreitada,
tortuosa ou obstruída.

2. Demonstração de patologias intrauterinas:


realizada quando a paciente apresenta
sintomas: como sangramento anormal e dor
pélvica. (US é a principal modalidade)

3. Avaliação após ligação tubária ou cirurgia


reconstrutiva.
Histerossalpingografia (HSG)- Contraindicações

• Durante a gravidez.
Para evitar a possibilidade de que a paciente possa estar grávida, o exame é
realizado normalmente de 7 a 10 dias após o início da menstruação.

• Doença inflamatória pélvica aguda.

• Sangramento uterino ativo.


Histerossalpingografia (HSG)- Preparo do Paciente

• Laxativo prévio- para visualização apropriada do trato reprodutivo sem


sobreposição de gases e /ou fezes.
• Tomar analgésico- para aliviar as cólicas antes do exame.
• Esvaziar a bexiga antes do exame- para prevenir deslocamento do útero
e das tubas uterinas.

 Fazer higiene local- depilação.

 Observar data da menstruação- exame realizado


entre o 7º e 10º dia do início da menstruação.

 Abstinência sexual – de 2 dias.


Histerossalpingografia (HSG)-
Equipamentos
• Fluoroscópico ou radiologia
convencional.
• Ou equipamentos modernos
digitais.
• A mesa do fluoroscópico deve ter a
capacidade de inclinar a paciente
para uma posição de
Trendelenburg, se necessário.
Histerossalpingografia (HSG)-
Equipamentos
• Se disponíveis, estribos (apoios) ginecológicos devem ser fixados à mesa
para auxiliar a paciente na posição de litotomia.

 Trendelenburg  Litotomia
Histerossalpingografia (HSG)- Acessórios e Instrumentos
• Bandeja estéril,
 Meio de contraste,
• Espéculo vaginal, (6)
 Tenáculo ou pinça de Pozi (3)(instrumento com
gancho para unir e manter estruturas no lugar). • Recipiente,
 Cateter ou Histerômetro (1) (instrumento próprio para • Bolas de algodão,
o exame, em forme de garra). • Cuba para medicamentos,
• Gaze estéril,
• Campos estéreis,
• Pinça para compressa,
• Seringas de 10 ml, (4)
• Agulhas de calibres 16 g e 18 g ,
• Gel lubrificante,
• Luvas esterilizadas,
• Solução antiséptica,
Histerossalpingografia (HSG)- Meio de
Contraste
1. O contraste iodado, com base hidrossóluvel é o preferido, ex:
Omnipaque 300. (é o mais utilizado)
• Vantagens: É absorvido facilmente, não deixa resíduo no trato
reprodutivo e fornece visualização adequada.
• Desvantagem: Causa dor quando injetado na cavidade uterina,
podendo durar várias horas após o procedimento.

2. O contraste iodado, lipossolúvel.


• Vantagens: Não causa dor a paciente durante sua injeção, e
permiti visualização excelente das estruturas uterinas.
• Desvantagem: Pode demorar dias para ser absorvido pelo
organismo.
Histerossalpingografia (HSG)- Meio de
Contraste
• Quantidade de contraste injetado: é variável e depende da
preferência do radiologista.

Média de 5 ml são necessários para preencher a cavidade


uterina e 5 ml adicionais para mostrar a permeabilidade das
tubas uterinas.
Histerossalpingografia (HSG)- Procedimento do exame
• Paciente em Dec. Dorsal na mesa em posição de litotomia.
Se os apoios ginecológicos não estiverem disponível, a paciente dobra os
joelhos e posiciona seus pés na extremidade da mesa.
• O radiologista inseri na vagina o espéculo vaginal.
• A parede vaginal e o colo são limpos com uma solução antisséptica.
Histerossalpingografia (HSG)- Procedimento do exame

• Um cateter de balão ou histerômetro é


inserido no colo uterino.
A dilatação do cateter de balão fecha o colo
evitando vazamento do contraste para fora
da cavidade uterina durante a injeção.
• Um tenáculo pode ser usado para ajudar
na inserção e fixação do cateter ou
histerômetro.
• O médico então retira o espéculo vaginal
e posiciona a paciente na posição de
Trendelenburg.
Isto facilita o fluxo do meio de contraste para
cavidade uterina.
Histerossalpingografia (HSG)- Procedimento do exame

• Uma seringa com contraste é


conectada ao cateter ou
histerômetro.
• Utilizando fluoroscopia, o
médico injeta devagar o
contraste na cavidade uterina.
Se as tubas estiverem
desobstruídas, o contraste fluirá
desde as extremidades distais da
tuba até a cavidade peritoneal.
Histerossalpingografia (HSG)-Rotinas de Posicionamento

 Varia conforme o método de exame- Fluoroscopia ou Radiografia Convencional ou


a combinação das duas.

Fluoroscopia Localizada Convencional ou Digital

• Em geral, uma imagem panorâmica colimada é


obtida com a fluoroscopia.

• Durante a injeção de contraste , é possível realizar


uma série de imagens colimadas enquanto a
cavidade uterina está sendo preenchida.
Histerossalpingografia (HSG)-Rotinas de Posicionamento
Fluoroscopia Localizada Convencional ou Digital
• Após a injeção, pode-se obter uma imagem para
documentar o extravasamento do contraste para
cavidade peritoneal.

 Podem ser feitas imagens nas


posições OPD e OPE para visualizar
melhor a anatomia.
Histerossalpingografia (HSG)-Rotinas de Posicionamento
Radiografia
• Incidência AP: Filme 24 x 30, sentido transversal.
• RC perpendicular, 5 cm superior a sínfise púbica.
• Usar injeção fracionada do contraste, com a obtenção
de uma radiografia a cada fração.
 Para documentar o
preenchimento da
cavidade uterina, das
tubas uterinas e do
contraste na cavidade
peritoneal.
 Podem ser feitas imagens
nas posições de OPD e
OPE.
Histerossalpingografia (HSG)-Critérios Radiográficos

• Região pélvica centralizada dentro do campo de colimação, para uma


incidência AP.
• O cateter deve ser visível dentro do colo.
• O útero e as tubas uterinas devem estar opacificadas e centralizadas
na imagem.
• O contraste pode ser visto no interior da cavidade peritoneal se uma
ou ambas as tubas estiverem presentes.
• Densidade apropriada e contraste de pequena escala demonstram a
anatomia e o meio de contraste.
• A identificação da paciente deve ser visível, assim como as marcações
D ou E, sem sobreposição da anatomia.
Sialografia
Exame radiográfico das glândulas salivares e ductos associados
com um meio de contraste.
Anatomia- Glândulas Salivares e Ductos
 As glândulas salivares- secretam Associados
a maior parte da saliva encontrada na cavidade
oral, que ajuda a dissolver os alimentos e facilita a digestão.
 Os ductos associados- servem para a comunicação das glândulas salivares com
a boca.

Principais Glândulas Salivares:


• Parótida- posicionada anterior
e inferior a orelha. São as
maiores glândulas salivares.
• Ducto Parotídeo (Stensen)- é
o principal ducto fornecedor de
saliva da glândula parótida.
Anatomia- Glândulas Salivares e Ductos
 Submandibular (submaxiliar)-Associados
é a 2ª maior glândula salivar. Posicionada na
porção medial e inferior do corpo da mandíbula.
 Ducto submandibular (Wharton)- abre no interior da cavidade oral por uma
protuberância pequena ao lado do frênulo da língua.

 Sublingual- é a menor glândula salivar.


Posicionada abaixo da mucosa no
assoalho bucal.
 Ductos de Rivinus (Bartholin)- são 12
pequenos ductos que ajudam no
transporte da saliva para cavidade oral.
Anatomia- Glândulas Salivares e Ductos
Associados
Sialografia
 Definição: é um exame radiográfico dos ductos salivares e do tecido
parenquimatoso associado das glândulas salivares após a injeção de
contraste.

 Objetivo do exame: opacificar o ducto salivar de interesse e o tecido


glandular associado para demonstrar possíveis patologias.

 Procedimento geral do exame: o contraste administrado preenche o


ducto salivar e flui para os ductos intraglandulares para delinear a
glândula salivar correspondente.
Sialografia- Indicações Patológicas
 O exame é indicado quando os sintomas do paciente indicam um potencial
processo patológico do ducto e da glândula salivar.
 Sintomas típicos: inflamação e dor recorrentes.

 Processos Patológicos:
 Obstrução do ducto por cálculos, (formados por componentes iônicos da
saliva, principalmente o cálcio).
 Estreitamento no ducto,
 Tumores localizados no interior do ducto.
 Sialectasia (dilatação do ducto).
A sialografia é essencial em casos pré-operatórios de conhecidas condições
patológicas da glândula salivar.
Sialografia- Contraindicações e Preparo do Paciente

 Contraindicações:
 Em casos de inflamação severa ou infecção do ducto e
glândula salivares.
 Hipersensibilidade ao contraste iodado.

 Preparo do Paciente:
 Remover dentaduras ou outras próteses dentárias removíveis.
 Remover itens radiopacos da região da cabeça e pescoço.
 Sem jejum ou com jejum de 1 ou 2 horas, para evitar que o
paciente vomite após ingerir o contraste.
Sialografia- Equipamento

 Fluoroscópico.
 Radiologia convencional.

 Em certos casos pode ser realizada uma TC


em conjunto com esse procedimento.

 ESTE EXAME TEM SIDO SUBSTITUÍDO


POR ESTUDO DE TC E RM.
Sialografia- Acessórios
• Bandeja estéril,
• Seringa de 3 ml,
• Bolas de algodão,
• Gaze estéril,
• Fita adesiva,
• Cateter,
• Luvas esterilizadas,
• Anestésico tópico,
• Meio de contraste.

 Pode ser solicitado uma fatia de limão ou suco de limão para forçar a
salivação do paciente. (ácido cítrico estimula a salivação).
 Assim, o orifício do ducto escolhido pode ser localizado.
Sialografia- Meio de Contraste
• Meio de contraste: iodado.
• Ex: Omnipaque 300 mg, hidrossolúvel é usado com frequência.
• Ele é altamente opaco e possui uma ideal visualização para os
tecidos e ductos.

• Quantidade de contraste injetado: é determinada pelo fabricante


e pode variar de acordo com a anatomia de interesse.

Média de 1 a 2 ml de contraste para preencher adequadamente o


ducto.
Sialografia- Procedimento do exame

• Localizar orifício do ducto a ser estudado.


• Posicionar o cateter de sialografia no interior do ducto.
• Imobilizar o cateter antes do processo de injeção, com
uma gaze entre o local com o cateter e a língua ou
pedindo o paciente para fechar a boca ao redor do tubo.
• Utilizando fluoroscopia , o médico injeta o contraste
devagar no ducto.
• Após toda sequencia de imagens, o procedimento é
concluído com o paciente excretando o contraste pelos
ductos salivares (Instruir o paciente a chupar uma fatia
de limão).
Sialografia- Rotinas de Posicionamento

 Varia conforme o método de exame- Fluoroscopia ou Radiografia Convencional,


TC, RM ou a combinação dessas modalidades.
Fluoroscopia Localizada Convencional ou Digital
• São os métodos de imagens mais usados para o
processo de injeção.
• Série de imagens pode ser obtida, conforme o
contraste vai preenchendo o ducto salivar.
• Em geral, paciente em Dec. Dorsal para a
geração das imagens, com a cabeça rotacionada
em diversas posições para visualização
adequada do ducto e da glândula de interesse.
Sialografia -Rotinas de Posicionamento
Radiografia
• Radiografias preliminares podem ser feitas antes do início do
exame para mostrar qualquer condições evidentes.
• Como no caso de suspeita de cálculo no ducto.
• Após geração da imagem por fluoroscopia, as radiografias
podem ser obtidas.
• As radiografias variam por departamento de imagem, por glândula
ou ducto salivar a serem visualizados.
• As radiografias podem ser feitas com o paciente em posição
ortostática, dec. dorsal ou ventral, conforme rotina do serviço.
• As incidências pré e pós procedimento podem incluir: AP ou PA,
perfil, perfil modificada e oblíqua da mandíbula.
Sialografia- Critérios Radiográficos

• O ducto salivar selecionado está


opacificado, e o tecido glandular é
demonstrado centralizado no filme.

• Técnica apropriada- contraste em


escala curta, para demonstrar a
anatomia e o meio de contraste.

• A identificação da paciente deve


ser visível, assim como as
marcações D ou E, sem
sobreposição da anatomia.

D
Dacriocistografia
Exame radiográfico do sistema de drenagem lacrimonasal com um
meio de contraste.
Anatomia- Aparelho lacrimal
 Inclui a glândula lacrimal, que secreta as lágrimas que lavam os olhos.
 As lágrimas são conduzidas para o saco lacrimal, que drena para o nariz, através
dos ductos lacrimais, desembocando na concha nasal inferior.
Dacriocistografia
 Objetivo do exame: verificar a anatomia (localização do bloqueio ou
estenose) do ducto lacrimonasal, por meio de contraste.

 Indicações para o exame:


 Olho lacrimejando (epífora), sem secreção purulenta;
 Estenoses;
 Fístulas;
 Divertículos do sistema lacrimal;
 Insucesso operatório do saco lacrimal;
 Doença inflamatória recorrente;
 Tumores.
Dacriocistografia-

 Contraindicações:
 Hipersensibilidade ao contraste iodado.

 Preparo do Paciente:
 Explicar todo procedimento ao paciente.

 Meio de Contraste: cerca de 1 a 3 ml.


 Iodado Hidrossolúvel possui rápida eliminação e mistura-se com a
lágrima.
 Iodado Lipossolúvel possui eliminação mais lenta e não se mistura com a
lágrima, delimitando as estruturas que estejam obstruindo o ducto
lacrimonasal. (mais utilizado)
Dacriocistografia-

 Equipamento:
 Radiologia convencional ou digital.

 Acessórios:
 Agulha (tipo borboleta),
 Seringa de 3 ml,
 Meio de contraste,
 Extensor,
 Esparadrapo.
Dacriocistografia- Procedimento do exame

 Aplicar soro fisiológico no local para retirar


quaisquer secreções.
 Introduzir o cateter no ducto lacrimal.
 A cânula pode ser fixada na testa ou na
bochecha do paciente.
 Retirar o ar do cateter.
 Injetar de 1 a 3 ml de contraste.
 Os pacientes podem sentir o gosto do
contraste, após a injeção.
 Avalia-se o sistema lacrimal de uma órbita
para depois estudar o outro lado.
Dacriocistografia- Rotinas de Posicionamento
 As incidências são realizadas durante a
injeção do contraste.

 Incidências realizadas: AP, AP oblíqua e


perfil.

 Filme: 18 x 24 cm, sentido transversal.

 Posição do paciente: Déc. Dorsal ou Déc.


Lateral.

 DFOFI: 1 m.
Dacriocistografia- Rotinas de Posicionamento

AP

1. Ducto lacrimal com contraste Perfil


2. Órbita
3. Conchas nasais
Artrografia
Exame radiográfico dos espaços articulares com um meio de
contraste.
Artrografia
 Objetivo do exame: estudar radiologicamente as articulações sinoviais
e as estruturas de tecido mole relacionadas.

 Articulações estudadas incluem: ombro, joelho, ATM, punho, tornozelo


e quadril.

 Alguns Médicos ainda preferem para o exame dessas articulações, a


artrografia (radiologia convencional), outros por estudo de RM
(artroressonância).
 Ou ambas as combinações, principalmente para ombro e joelho.
 A artrografia do ombro e joelho são as articulações mais realizadas.
Artrografia do Joelho- Anatomia
Artrografia do Joelho
 Objetivo do exame: demonstrar e avaliar a articulação do joelho e as estruturas
associadas de tecido mole em processos patológicos.

 As estruturas de maior interesse:


cápsula articular, meniscos,
ligamentos colaterais, cruzados e
menores.

 Procedimento geral: pela introdução


de um contraste na cápsula articular,
essas estruturas são visualizadas, em
imagens de fluoroscopia convencional
ou digital ou radiologia convencional.
Artrografia do Joelho- Indicações
Patológicas:
 Suspeita de rupturas da cápsula articular, meniscos
ou ligamentos (cruzados, colaterais e outros
menores).
Devido a articulação do joelho está sujeita a grande
tensão, como em atividades esportivas, muitos
processos patológicos são decorrentes de traumas.
 Cisto de Baker (processo patológico não
traumático), que se comunica com a cápsula
articular na área poplítea.
Artrografia do Joelho
 Contraindicações:
 Hipersensibilidade ao iodo.
 Alergia a anestésicos locais.

 Preparo do Paciente:
 Explicar todo procedimento ao paciente.

 Equipamento: varia com o método de


imagem escolhido.

 Fluoroscopia por imagens convencionais ou digitais.


 Radiologia convencional.
Artrografia do Joelho- Acessórios:
 Bandeja,
 Gazes,
 Campo cirúrgico,
 Seringas de 10 e 50 ml,
 Conector flexível,
 Anestésico local, ex.: xilocaína,
 Luvas estéreis
 Solução antisséptica,
 Lâmina de barbear,
 Agulhas hipodérmicas (calibre 18, 29, 21 e 25),
 Atadura de 5 a 7,5 cm de largura.
Artrografia do Joelho- Meio de Contraste:
 Meio de contraste positivo: iodado- cerca de 5
ml. Ex: Hypaque

 Meio de contraste negativo: ar- cerca de 80 a


100 ml para estudo de duplo contraste
(pneumoartrografia). (melhor método)

 Com a inserção do contraste, o joelho do


paciente é suavemente flexionado, o que
produz uma camada fina sobre as estruturas do
tecido mole com o contraste positivo.
Artrografia do Joelho- Procedimento do
Exame:
 1º realiza-se radiografias simples (AP e Perfil) sem contraste, para verificar
técnica e posicionamento.

 Processo de injeção:
 Área preparada (depilada e limpa),
 Coberta (campo cirúrgico) e anestesiada,
 Uma agulha é introduzida, através da pele até o espaço articular.

 O líquido da articulação é aspirado (se a aparência for normal descartar, ex:


clara e amarelada; se for anormal (turva), enviar para laboratório para
análise).
Artrografia do Joelho- Procedimento do
Exame:
Posicionamento da agulha e processo de injeção.

 Injeta-se na articulação o contraste positivo


(preparado antes).

 Se o estudo for de duplo contraste, injetar o contraste


negativo (ar).

 Enrolar uma atadura em torno do joelho para promover


tensão, “abrindo” a área da articulação, para que o
menisco seja bem visualizado durante o exame.
Artrografia do Joelho- Rotinas de
Posicionamento
 Varia conforme método de exame escolhido.

 Fluoroscopia Convencional ou Digital

 O radiologista normalmente realiza uma série


de imagens localizadas de cada menisco,
girando a perna cerca de 20º entre cada
exposição.
 O resultado é um filme com nove exposições de
cada menisco, que ilustra todo perfil diametral.
Artrografia do Joelho- Critérios
Radiográficos
 Fluoroscopia Convencional ou Digital

 Cada menisco deve ser visualizado em cada uma das nove áreas
expostas.

 Menisco centralizado no campo de colimação.

 Identificar com letra de chumbo o menisco radiográfico.


M (medial) ou L (lateral).

 Marcador D ou E devem ser visualizados sem sobreposição.


Artrografia do Joelho- Rotinas de
Posicionamento
 Radiografias

 Incidências: AP e Perfil são


realizadas, além das imagens de
fluoroscopia.

 Podem ser feitas radiografias com


raios horizontais e com estresse.

 Obtém-se estas imagens após a


remoção da atadura do joelho.
Artrografia do Joelho- Critérios
Radiográficos
 Radiografias

 As incidências em AP e Perfil devem mostrar toda a


cápsula articular realçada pela combinação dos
meios de contraste positivo e negativo.

 Marcador D ou E devem ser visualizados sem


sobreposição da anatomia.

E
Artrografia do Ombro

 Objetivo do exame:
demonstrar a cápsula articular, o manguito
rotador (formado pela união de tendões dos 4
principais músculos do ombro), o tendão
longo do músculo bíceps e a cartilagem
articular.
Artrografia do Ombro- Indicações
Patológicas:
 Limitação articular parcial ou total.

 Suspeita de lesão no manguito rotador.

 Luxação recidiva do ombro.


Artrografia do Ombro
 Equipamentos:
 Fluoroscopia por imagens convencionais ou
digitais.
 Radiologia convencional.

 Acessórios:
 Bandeja padrão para artrografia.
 Agulha espinhal de 7 a 10 cm.
Artrografia do Ombro- Meio de Contraste:
 Estudo com Contraste simples-
 Meio de contraste positivo: iodado- cerca de 10 a 12 ml. Ex: Omnipaque
300.

 Estudo com Duplo Contraste (pneumoartrografia)-


 Meio de contraste positivo: iodado- cerca de 3 a 4 ml.
 Meio de contraste negativo: ar- cerca de 10 a 12 ml.

Estudo de duplo contraste para alguns profissionais demonstram


melhor a porção inferior do manguito rotador, quando visto em
incidência de posição ortostática.
Artrografia do Ombro- Procedimento do
Exame:
 1º realiza-se radiografias simples (AP rot. interna e externa) sem contraste, para
verificar técnica e posicionamento.

 Processo de injeção:
 Área preparada (limpa com solução
antisséptica).
 Coberta (campo cirúrgico) e anestesiada.
 O médico utiliza fluoroscopia para guiar
a agulha até o espaço articular.
 Devido a profundidade utiliza- se uma
agulha espinhal.
Artrografia do Ombro- Procedimento do
Exame:
 Processo de injeção:

 Injeta-se uma pequena quantidade de contraste


para o médico determinar se a bolsa (Bursa) foi
penetrada.

 Injetado o contraste, movimenta-se o braço do


paciente em adução e abdução para espalhar o
contraste na cápsula articular.

 Realiza-se as imagens.
Artrografia do Ombro- Rotinas de
Posicionamento
 Varia conforme método de exame escolhido.

 Paciente em posição ortostática ou em dec.


Dorsal.
 Incidências: AP com rotação interna ou externa,
para cavidade glenóide e axilar.
 Assim que o meio de contraste é injetado, as
incidências são repetidas.
 Se as radiografias estão normais, pede-se ao
paciente para exercitar o ombro e as
radiografias são repetidas uma vez.
Artrografia do Ombro- Rotinas de
Posicionamento

Axilar

AP rotação externa

AP rotação interna
Ortorradiografia
Radiografia dos ossos longos feita em ângulo reto sem ampliação.
Ortorradiografia
 Objetivo do exame: Obter medidas precisas e comparativas dos ossos
longos.

 O termo ortorradiografia é uma combinação do prefixo orto e do termo


radiografia.

 Orto- significa reto ou em ângulo reto.

 Então, ortorradiografia significa radiografia reta ou em ângulo reto.


Ortorradiografia
 A radiografia comum dos ossos longos
produz magnificação e alongamento
devido a divergência do feixe de raios
X.
 Principalmente com aumento da
distância entre o objeto e o filme.
 Ex.: quando o filme está no bucky para
uma incidência AP do fêmur.

 A distância A (Fig. 22-48) equivale a


ampliação do fêmur distal.
Ortorradiografia- Procedimento Geral do
Exame
 Caso a radiografia “reta”, ou RC
estivesse centralizada diretamente na
articulação, teoricamente a ampliação
não seria vista.

 A ortorradiografia dos membros


superiores e inferiores é realizada com
exposições múltiplas em um único
filme.
 Com RC centralizado diretamente
sobre a articulação do membro.
Ortorradiografia- Procedimento Geral do
Exame
 Um régua metálica longa é colocada na mesa ao
lado ou abaixo de cada membro.

 O respectivo comprimento de cada membro pode


ser medido pela subtração do valor numérico lido
na régua de um extremo ao outro.
Ortorradiografia- Indicações Patológicas
 Discrepância do comprimento dos membros.

Em adultos (menos comum) das pernas, que podem causar dor nas costas e
outros sintomas.
Em crianças (mais comum), que desenvolvem diferenças no comprimento de
seus membros durante o período de crescimento ósseo.

Essa diferença é mais comum para membros inferiores, mas também ocorre
para membros superiores.
Ortorradiografia- Indicações Patológicas
 Caso a condição encontrada for muito severa, pode-se encurta um membro
ou alongar o outro.

 Encurtamento do membro- faz- se uma cirurgia, denominada epifisiodese,


onde uma fusão prematura da epífise retarda o crescimento do membro.

 Alongamento do membro- também pode ser feito por cirurgia, cortando e


alongando o membro mais curto, estabilizando- o até que ocorra o novo
crescimento ósseo.
Ortorradiografia- Escanometria membro
inferior
 Exame para membros inferiores- é comum ser realizado para cada membro
de forma separada (unilateral).
 As medições são comparadas entre si para verificar as discrepâncias.
 Pode ser feita bilateral- colocando a régua sob cada membro ou entre eles e
radiografando os membros juntos em um filme maior em posição
longitudinal.
 Nesse método a centralização do RC ocorre no ponto médio entres os
membros, no nível das articulações.

OBS.: Algumas referências sugerem, que se a discrepância do membro inferior


for maior que 2,5 cm, estes devem ser radiografados separadamente.
Ortorradiografia- Escanometria membro
 Fatores técnicos
inferior

 Filmes: 24 x 30, 30 x 40, 35x 43 cm. Unilateral ou bilateral, em


posição longitudinal.
 Fator de exposição: faixa de 70 a 80 KV.
 Acessório: Régua longa modelo “Bell- Thompson”.
 Paciente: Déc. Dorsal ou posição ortostática.
 Raio central: Perpendicular
 Colimação: Estreita
 Imobilizar o pé/a perna- para garantir que a perna e a régua não se
movimentem entre as exposições.
Ortorradiografia- Escanometria membro
inferior
Ortorradiografia- Escanometria membro
inferior
Ortorradiografia- Escanometria membro
inferior
Ortorradiografia- Escanometria membro
superior
 Exame para membros superiores- menos comum.

 Procedimento semelhante dos membros inferiores, com 3 exposições


feitas nas articulações do ombro, cotovelo e punho.

 Cada lado é radiografado separadamente.

 A régua é colocada sob cada membro.

 Assegurar que o braço e a régua não se movimentem durante as


exposições.
Ortorradiografia- Escanometria membro
 Fatores técnicos
superior

 Filmes: 24 x 30, 30 x 40 cm. Unilateral, em posição longitudinal.


 Fator de exposição: faixa de 60 a 70 KV.
 Acessório: Régua longa posicionada longitudinal abaixo do ombro.
 Paciente: Déc. Dorsal, braço esticado, mão em supinação.
 Raio central: Perpendicular, centralizado com as estruturas.
 Colimação: Estreita.
Ortorradiografia- Escanometria membro
superior
Ortorradiografia- Escanometria membro
superior
Ortorradiografia- Escanograma por TC
 Medição de ossos longos pode ser realizada
por TC.
 Procedimento:
 Cursores são posicionados sobre as
articulações em estudo dos membros
superiores ou inferiores e as medidas são
obtidas.
 As medidas são mais precisas quando
comparadas com a ortorradiografia .
 Porém, procedimento requer equipamento
dispendioso, comparado com a ortorradiografia.
Pergunta:
Qual a maior diferença do exame de Ortorradiografia
para os exames de Histerossalpingografia, Sialografia,
Dacriocistografia, Artrografia Joelho e Ombro?

R: Não utiliza um meio de contraste


Referências Bibliográficas
• Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. Kenneth L.
Bontrager, John P. Lampignano. Editora: Elsevier; 6ª edição. Capitulo 23.
• Bontrager 7ª edição: cap.22, 2010.

• Atlas de Anatomia Radiológica. Torsten B. Moeller and Emil Reif. Editora: Artmed; 3ª
edição.

• Posicionamento em exame contrastados. Robson Leal et al. São Paulo: Editora


Escolar,pag, 84 a 88; 119 a 122, 2006.

• Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por imagem. Almir Inacio da Nobrega, Volume


3. Cap. 9.

• Tratado Prático de Radiologia. Karina Ferrassa Damas. 3ª ed. São Caetano do Sul,
SP: Yendis Editora, 2010. cap.18.

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