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Consulta Ginecológica

Saúde da Mulher
5° Período/Subgrupo A3
Discentes
Geovana Macedo
Geovanna Pozzebon
Gheovana Barbosa
Letícya Rodrigues
Lua Clara Feliciano
Maria Fernanda Corrêa
Sannatyelle Caroline Rodrigues
Victor Hugo Capela
Avaliação clínica
A consulta ginecológica segue o roteiro habitual das consultas médicas:

• Anamnese
• Exame físico
• Hipótese Diagnostica
• Exames Complementares
• Conduta quanto à terapêuticas
• Seguimento da paciente
Particularidades
Higiene menstrual
Sexualidade
Sistema urogenital

Particularidades
Mamas
Planejamento familiar
• Respeitar o pudor
• Privacidade
Exame Físico • Explicar o passo a passo
• Corpo permanece coberto
Anatomia
• Importância do conhecimento anatômico
• Atenção ao Ap.Reprodutor e Ap.Urogenital feminino
• Orientações à paciente
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Anamnese:

•Deve-se realizá-la de forma cordial e atenciosa, evitando constrangimentos que poderiam


comprometer a qualidade das informações.

•Compreender a ansiedade da paciente, e procurar estabelecer um diálogo que a tranquilize e


a permita ouvir com calma os seus sintomas e questionamentos.

•Deve-se estabelecer uma adequada relação médico-paciente, criando vínculo que permita
abordar as queixas da paciente e realizar o exame físico sem causar maior desconforto ou
constrangimento.
Identificação:

• Nome completo da paciente; idade; cor; estado civil; dados sobre profissão;
grau de instrução; naturalidade; procedência; contatos de endereços e telefones.

Queixa principal e história da doença atual:


• Registra-se a queixa principal assim como a paciente a expressa e na sua linguagem. Na
HDA investiga e detalha todas as informações sobre o sintoma relatado pela paciente.
Revisão de sistemas:

• Particular atenção merecem os sintomas urinários e os sintomas relativos ao hábito


intestinal. Da mesma forma, sintomas relacionados à coluna, ao aparelho locomotor e
aos membros inferiores também são úteis.

• Informações gerais sobre bem-estar, apetite, humor e qualidade do sono são


relevantes, assim como sintomas nos demais sistemas, como sistema nervoso central,
circulatório, respiratório, digestório, endócrino, osteoarticular, pele e fâneros.
Antecedentes ginecológicos:

• Inicia-se perguntando sobre a primeira menstruação (menarca) e sobre os ciclos


menstruais subsequentes.

• Se a paciente já parou de menstruar, anota-se também a data da menopausa. Se for


possível, resgatam-se dados sobre o desenvolvimento puberal (telarca, pubarca).

• Quando indicado, investigam-se sintomas climatéricos, em especial, alterações


menstruais e uso de terapia hormonal.
Antecedentes ginecológicos:

•Aborda-se a vida sexual da paciente de maneira respeitosa, sem manifestar


aprovações ou desaprovações, e sem emitir julgamentos.

• Se houver alguma recomendação a dar sobre cuidado ou prevenção de doenças


sexualmente transmissíveis o momento de oferecê-la será ao estabelecer a conduta,
na conclusão da consulta.

•Anota-se se a paciente já iniciou sua vida sexual e a data da primeira relação


(sexarca).
Antecedentes
G ( ) PC ( ) PN ( ) A ( ) obstétricos
• Gestações ectópicas, partos prematuros, curetagens;

• Peso e condição dos recém-nascidos, períodos de


amamentação, pré-natal;

• Eventuais complicações decorrentes dos partos,


como lacerações, infecções de parede e outras
infecções, ex: endometrites, mastites.

• Investiga-se a vulva, vagina e o colo uterino


(cérvice). Presença de secreção vaginal e
corrimento, características do fluxo (cor, odor,
prurido associado);
• Lesões ou alterações da pele e da mucosa observadas pela paciente,
adenomegalias;

• Sensações de peso ou saliências na vagina sugestivas de distopias;

• Também é importante saber sobre tratamentos de infecções com medicamentos,


cauterizações ou outros procedimentos ambulatoriais!

• Percepção de nódulos, derrame papilar espontâneo ou provocado pela expressão


e suas características (seroso, sanguinolento, purulento, leitoso).
Antecedentes mórbidos
• Interroga-se sobre problemas de saúde ocorridos no passado e sua
evolução/resolução.
• Internações hospitalares, cirurgias e o período de recuperação, alergias,
transfusões de sanguíneas e vacinação.

Antecedentes familiares
Patologias familiares (doenças cardiovasculares, como: hipertensão arterial, varizes,
tromboembolismo; endócrinas, como: doenças da tireoide, diabetes; e osteoporose, obesidade,
tumores da mama e tumores ginecológicos.
Perfil psicossocial - Condições e hábitos de vida
• Entender quais são as condições gerais de vida da
paciente;

• Habitação (se é de alvenaria, se há luz, água


encanada, esgoto, se há animais na casa);

• Hábitos de higiene e de cuidado com sua saúde.

• Estrutura familiar;

• Escolaridade, alimentação, trabalho, lazer,


exercícios e atividades físicas, etilismo,
tabagismo, uso de outras drogas ilícitas;
Ao final da anamnese, é oportuno perguntar à paciente se há
algo mais que ela gostaria de contar, algo que a preocupe ou
que ela só tenha lembrado neste momento.
Exame físico geral
- Avaliação geral que inclua:
• Peso,
• Altura,
• Observação do estado geral da paciente,
• Ectoscopia (pele e distribuição de pelos),
• Pressão arterial,
• Palpação da tireoide,
• Ausculta cardíaca e pulmonar
• Avaliação das extremidades.
Exame físico geral
• Faz-se o desnudamento progressivo da paciente de acordo com a região a
ser examinada.
• Constitui pré-requisito a bexiga estar esvaziada antes do exame
ginecológico.
• Deve ser recomendado à paciente não fazer duchas vaginais higiênicas na
véspera ou no dia do exame.
• Não utilizar lubrificantes ou espermecidas
• Abstenção sexual
Exame das mamas

• Inspeção estática e dinâmica;


• Palpação dos linfonodos axilares, supra e
infraclaviculares;
• Palpação mamária;
• Expressão papilar.
Inspeção
• INSPEÇÃO ESTÁTICA
- Posição: paciente sentada à beira leito de frente para o examinador
com o tórax desnudo e com os membros superiores relaxados ao longo
do corpo.
- Observar nas mamas: simetria, volume , contorno, pigmentação da
aréola, aspecto da papila, presença de baulamentos ou retrações,
circulação venosa e presença de sinais flogísticos. Mamilos planos,
protusos ou invertidos.
Inspeção
• INSPEÇÃO DINÂMICA
- Posição: Paciente continua sentada a beira leito, com as mãos
acima da cabeça, ou apoiadas no quadril fazendo uma leve inclinação
e tensão dos músculos peitorais, observando se há alguma depressão
ou deformação do contorno mamário;
Palpação dos linfonodos
• TÉCNICA
- Paciente eleva o braço apoiando-o na mão do avaliador, com a mão
espalmada palpamos axila. Linfonodos supra e infraclaviculares são
palpados com as pontas dos dedos.
Palpação das mamas
• TÉCNICA
- Paciente em decúbito dorsal com as mãos apoiadas atrás da cabeça e os
braços bem abertos;
- Dividir a mama em quatro quadrantes;
- Técnicas de palpação: Velpeau, realizada com mão espalmada e movimentos
circulares. Bloodgood com a ponta dos dedos simulando tocar piano;
- Palpação: superficial e profunda;
- ATENÇÃO: A presença de nódulo palpável, definir localização, tamanho,
consistência (fibroelástica, cística ou endurecido), superfície (regular, lobulada
ou irregular) e a aderência a plano superficiais ou profundos.
Expressão papilar
TÉCNICA
- Faz-se uma delicada pressão no nível da aréola e da papila,
identificando as características das secreções como coloração (sero-
hemática, citrina, serosa, láctea, esverdeada ou acastanhada), se é uni ou
bilateral.
Exame do abdome
• Decúbito dorsal
• Inspeção
• Ausculta
• Percussão
• Palpação
Exame
pélvico
• Calçar as luvas
• Inspeção do monte púbico, vulva
e períneo
• Palpação dos linfonodos
inguinais
• Observa-se uretra, hímen,
carúnculas himenais, pequenos
lábios e clitóris.
Exame especular
Objetivo: O exame especular tem por objetivos realizar a exposição do colo do útero,
permitindo a sua visualização completa e a coleta adequada de material para o exame
citológico, bem como permitir a visualização do conteúdo e da mucosa vaginal.
Exame especular
Exame especular
Toque Vaginal
• O toque vaginal é uma parte do exame
físico. Durante o toque vaginal, a mulher é
solicitada a realizar contrações voluntárias
dos músculos do entorno da vagina. Este
teste é realizado pela vagina para verificar a
força do assoalho pélvico e se este está ou
não está flácido.

• Com as mãos enluvadas para realizar o


toque vaginal bimanual, pode-se lubrificar
os dedos indicador e médio que serão
introduzidos no canal vaginal, fazendo
pressão uniforme para trás enquanto os
pequenos lábios são afastados. Palpa-se,
então, a musculatura pélvica, as paredes da
vagina, o colo uterino e os fundos de saco
vaginais.
Toque Vaginal, o que é Possivel Avaliar?

• Por intermédio desse exame é possível avaliar o útero quanto ao seu


volume, posição, mobilidade, consistência, regularidade de superfície
e dor à mobilização do colo uterino.
• As tubas uterinas normalmente não são palpáveis ao toque vaginal,
mas algumas vezes o exame pode revelar aumento das tubas causado
por inflamações ou acúmulo de líquido em seu interior.
• Os ovários podem ser palpados na mulher não obesa, quando
adequadamente relaxada durante o exame;
• Avaliar a mobilidade do útero e, principalmente, dor.
• Observa onde é a dor, como é a dor, avaliar se os paramétrios estão
livres, dor a movimentação de colo uterino (indica DIP,
endometriose).
Toque Vaginal na Gravidez

• A consistência do colo: se ele está mais


endurecido ou mais amolecido;
• A dilatação cervical: se o ori,cio do colo está
aberto e quão aberto ele está;
• Nas fases mais iniciais o útero poderá ter um
formato um pouco diferente do habitual e isso
pode ser percebido no toque;
• Se é possível sentir o bebê e qual parte do bebê
está para baixo;
• Se o bebê está encaixado ou não.
Toque Retal
• Toque retal não é feito rotineiramente em todas as
consultas.
• Feito quando observa alteração no toque vaginal.
Realiza quando existe suspeita de infiltração por
neoplasia genital ou se suspeita de retocele.
• Somente se necessário incidir a paciente ao toque retal
caso durante toque vaginal se encontre motivações
para tal.
• Registrar os achados, do toque vaginal e do exame
como um todo.
• Comunicar a paciente que o exame físico acabou,
tomar condutas devidas.
Exames complementares de rotina

• Exame de secreção vaginal

• Coleta de citopatológico de colo


uterino
Exame de secreção vaginal
Diagnóstico etiológico das vulvovaginites e vaginoses,
permitindo o tratamento mais adequado e mais breve possível

Espátula de Ayre
(ponta arredondada)
Coleta de citopatológico de colo uterino
Procedimento de prevenção e rastreamento do câncer de colo do útero

Raspagem leve do colo uterino


obtendo células de:

• Ectovérvice
• Junção escamocolunar (JEC) Espátula de Ayre
(“em rabo de peixe”) Escova endocervical
• Endocérvice

Objetivo: Analisar características celulares para possível potencialidade


de processos inflamatórios e/ou tumorais
Exames complementares

Colposcopia
• Resultado de CP de colo uterino Biópsia de colo uterino, vulva ou
alterado vagina
Biópsia de endométrio ou
• Alterações macroscópicas endocérvice
observadas no exame especular Punção aspirativa por agulha fina
para CP
Biópsia com agulha grossa para
exame histopatológico
Colposcopia
Objetivo: avaliação das doenças cervicais e biópsia dirigida de áreas suspeitas
Aparelhos de ultrassonografia
A ultrassonografia é um dos métodos auxiliares mais utilizados pelo ginecologista
para diagnóstico e tomada de conduta na prática diária

Permitem diagnóstico rápido e, por vezes, punções que podem ser feitas em nível
ambulatorial e com baixo custo
Referências

• Passos, Eduardo, P. et al. Rotinas em Ginecologia (Rotinas). Disponível em: Minha


Biblioteca, (8th edição). Grupo A, 2023.
• Lasmar, Ricardo B. Tratado de Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
Grupo GEN, 2017.
• Porto, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca,
Grupo GEN, 2019.
obrigada

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