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EXAME GENITAL FEMININO

ANAMNESE
1. IDENTIFICAÇÃO
- Idade da mulher: órgãos sexuais mudam com o passar da idade.
- Identidade de gênero.
2. HMP
- Menarca: idade normal 9-16 anos.
- Padrão menstrual da paciente, formado de três números: o primeiro corresponde à idade da
menarca; o segundo, à duração do uxo; e o terceiro, à periodicidade ou ao intervalo entre as
menstruações. Exemplo: 12/03/28, o que signi ca que a menarca ocorreu aos 12 anos, a
duração do uxo é de 3 dias e o intervalo entre as menstruações é de 28 dias.
- Duração de sangramento durante a menstruação.
- Quantidade de uxo: quantos absorventes usa? Vaza na roupa?
- Regularidade: intervalo entre sangramentos e duração do ciclo (primeiro dia de sangramento é
o primeiro dia do ciclo, geralmente 28 dias).
- Tem sangramento de escape? Entre dois ciclos.
- Perguntar da pubarca: idade de aparecimento dos pelos.
- Perguntar da telarca: idade de aparecimento das mamas.
- Menaquime: periodo reprodutivo.
- Menopausa: normal de 48-55 anos. Normal que ciclo ca mais irregulares, calorões e etc,
secura vaginal (fruto da atro a).
- Polimenorreia: ciclo tem duração menor que 21 dias. Ciclo muito curto.
- Oligomenorreia: duração aumentada do ciclo, intervalo maior entre os sangramentos.
- Amenorreia primária: menina que nunca menstruou, secundaria é quando a mulher ja
menstruou e parou de menstruar por alguma disfunção.
- Menorragia: aumento do uxo sanguíneo.
- Metrorragia: sangramento intermenstrual, entre os dois ciclos (sangramento de escape).
- Dismenorreira: colica menstrual.
- Mulheres com problemas menstruais: tabela para ter noção visual da regularidade do ciclo —>
pintar os dias que sangra e quantidade de sangramento (intensidade do uxo). Marca ate
spotting (sangramento de escape).
- Perguntar antecedentes gestacionais: quantas vezes cou grávida (GESTA), C (quantas
cesárias a mulher teve), PARA (quantos partos normais teve) A (quantos abortamentos teve).
Perguntar se tem historia de infertilidade, ou o marido, conversar sobre o risco de DST, se tem
alguma.
- Pessoa em risco e DST: novo parceiro, parceiros múltiplos, parceiro com múltiplos parceiros,
parceiro com DST. Pergunta se a pessoa utiliza método de barreira da DST ou só método
contraceptivo.
- Dispareunia: dor an relação sexual. Acontece no inicio, durante ou mais profundo an
penetração. Tem alguma ansiedade na vida sexual?
- Mulheres mais velhas principalmente: incontinência urinaria —> ao esforço (tosse, risada,
quando me abaixo); de urgência (vontade de ir ao banheiro precisa correr s enho faz xixi an
calça).
- Corrimento vaginal: mais comum em jovens. Em que quantidade? Cor do corrimento? Cheiro
do corrimento? Exposição sexual não protegida —> DST? O prurido, a ardência e o odor fétido
sempre acompanham o corrimento patológico.
- Violência sexual, física, abuso psicológico: deve ser procurado ativamente.
- Alterações dos pelos. Alterações na distribuição dos pelos podem acompanhar certos
desequilíbrios hormonais. A produção aumentada de androgênios pelas suprarrenais ou pelos
ovários, como na síndrome dos ovários policísticos, pode provocar crescimento excessivo de
pelos no buço, face, lobos das orelhas, triângulo púbico superior, tronco ou membros.
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3. POSSÍVEIS QUEIXAS
- Mama: nódulo (percebeu sozinha ou detectado em exame, pode ser benigno ou malígno); dor
na mama (mastalgia: pode variar conforme o ciclo menstrual, examinar se não atrapalha a vida,
variar conforme ciclo é normal de ocorrer); secreção: normal depois do parto de leite
(galactorreia), câncer pode causar secreção serosa ou sanguinolenta, importante ver qualidade,
cor e quantidade da secreção, outra causa pode ser aumento da prolactina (tumor na hipó se,
medicações como antidepressivos, estimulo mamário, toque, relação sexual).
- Gravidez ectópica, enquanto estiver íntegra, determina a dor pélvica, sem irradiação, surda,
principalmente após esforço. Sua ruptura modi ca totalmente o quadro, aparecendo, então,
dor aguda, espontânea, acompanhada de sinais de irritação peritoneal, lembrando o quadro de
apendicite ou de diverticulite aguda.
- Endometriose, quando as lesões são mínimas, não há dor. A extensão do processo provoca a
sintomatologia clássica: dor periódica (dismenorreia), paroxística e progressiva. A localização
geralmente é pélvica, mas pode ser também lombar ou perineal (retal), com agravamento
durante a evacuação.
- Tumoração: esclarecer a época do aparecimento, localização, velocidade de crescimento,
bem como a presença de outros sintomas originados de eventual compressão de órgãos
vizinhos. Podem ser abdominopélvicas, vaginais e vulvares.
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EXAME GINECOLÓGICO
- Compreende três etapas sequenciais: exame das mamas, do abdome e da genitália.
1. Preparação
- Mulher evitar relação de 24-48 horas antes do exame: pode alterar o exame e prejudicar
avaliações.
- Mulher esvaziar a bexiga: exame desconfortável.
- Deixar material pronto antes de expor a paciente.
- Não precisa de consentimento por escrito mas precisa de consentimento verbal (precisa pedir
para a mulher e explicar como é feito, cada etapa e explicar cada movimento para a mulher).
- Importante ter uma mulher como acompanhante: enfermeira, técnica de enfermagem e etc
pois precisa ter uma segunda pessoa para não abrir margem para interpretação errada,
principalmente se for homem.
- Cobrir com lençol as partes que não estão sendo examinadas.
- Luz que direcione a região pélvica (usar lanterna se não tiver suporte mas nunca a do celular) e
ambiente aquecido.
- Luvas são obrigatórias.
MAMA
- Dividida em 4 quadrantes: superior direito, esquerdo ou inferior direito e esquerdo, para
localizar a lesão. OU em quadrante externo superior e inferior ou interno superior e inferior.
- Inspeção: paciente sentada com braços ao lado do corpo e olhar o tamanho, contorno,
simetria, mamilo, secreção, irregularidade, lesão de pele. Pedir depois par mulher levantar os
braços colocar atras da cabeça, ver movimentação se é simétrica.
- Pedir pra forcar a mão contra o quadril e observar movimento.
- Mulher com tronco exionado e olhar as mamas pendentes.
- Na pele, observar: Irregularidades edema, ulcera, descamação. Mamilos simétricos, retração,
invertidos, secreção ou crosta.
- Palpação: linfonodos axilares. Mulher sentada e palpar região axilar, fazer palpação rápida.
Pois drenagem linfática ocorre para a axila. Palpar regiões infra e supraclavicular (periclavicular)
a procura de linfonodos.
- Palpação da mama com paciente em decúbito dorsal: técnica radial, dos círculos concêntricos
e zigue-zague (mais e ciente: palpar com a polpa digital, geralmente usando 3 dedos, e
alternado a pressão aplicada entre moderada fraca e forte. Fazer palpação em zigue-zague,
desde a porção axilar ate a parte medial ate passar a mama). Importante em diferentes
pressões, pois existem nódulos super ciais, outros mais posteriores e outros mais profundos,
enquanto palpa-se em zigue-zague importante palpar em em círculos. Palpar mamilo e
comprimir auréola pra ver se a secreção.

ABDOME
O exame do abdome deve ser realizado com a paciente deitada, localizando e anotando os
dados clínicos de acordo com a divisão em quadrantes.
1. Inspeção:
- Forma (normal, plano, obeso, globoso, escavado, de batráquio, em avental).
- Abaulamento (assinalando a região em que se localiza, tamanho, forma, mobilidade,
desaparecimento ou não com a contração da musculatura da parede abdominal).
- Umbigo (normal, desviado, hérnia, in amação, neoplasia, dermatose).
- Pelos (disposição androide ou ginecoide, ausência, escassez, hipertricose).
- Marcas e manchas (estrias, cicatrizes, manchas hiper ou hipopigmentadas, equimoses,
petéquias, víbices, telangiectasias).
- Circulação colateral (tipo port -cava, cava superior, cava inferior, síndrome de Cruveillier-
Baumgarten).
- Movimentos e pulsações (movimentos respiratórios, pulsações, peristaltismo visível).
- Lesões cutâneas.
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2. Palpação
- Deve ser iniciada em regiões distantes da zona dolorosa. Deve se fazer a palpação super cial
e a profunda, avaliand se espessura da parede, hiperestesia, dor provocada, defesa,
contratura, tumor (forma, volume, consistência, mobilidade, sensibilidade, pulsações), tensão
da parede abdominal, soluções de continuidade (orifícios herniários, diástase) e ruídos
hidroaéreos (vasculejo, patinhação e gargarejo).

3. Percussão
- Investigam se zonas de macicez e de timpanismo, presença de ascite.
4. Asculta
- Pesquisa se a presença de ruídos hidroaéreos e de sopros.

GENITÁLIA
INSTRUMENTOS
- Instrumentos: espéculo de graves (metal) de petters (plástico, mais usado), varia conforme
tamanho da mulher e idade, radioterapia (atro a vaginal ou dor, espéculo pediátrico. USAR
LUBRIFICANTE ESTÉRIL, quite do preventivo (espátula de Madera e escova), e pinça.
- Litotomia: decúbito dorsal com rotação externa e rotação lateral da coxa.

PÉLVE genitália externa


- Mulher em lipotimia.
- Genitália externa: pelos pubianos (grau de puberdade da mulher, ou ja atingiu maturidade);
lesões de pele, piolho nos pelos pubianos; examinar alteração anatômica (grandes e pequenos
lábios, uretra, períneo, introito vaginal ).
- Condiloma acuminatum: infecção pelo HPV da pra diagnosticar por inspeção.
- Úlceras com base elevada: si lis primaria, geralmente indolor
- Herpes: ÚLCERAS MÚLTIPLAS, extremamente dolorosas, as vezes sano consegue nem urinar.
Existe chance d recorrência.
- Bartholinite: infecção das glândulas de bartholini (aumento de volume na região, é doloroso a
palpação e ca endurecido).

PÉLVE genitália interna


- Angulação do espéculo: não pode entrar reto pra não lesar a uretra.
- Colocar dedo na região posterior para não deixar o especulo pinçar os lábios e entrar com o
espéculo angulado. Não usar lubri cante pois altera o preventivo.
- Abrir para afastar paredes vaginais e conseguirmos ver o colo do útero (pólipo, hiperemia,
lesão, corrimento).

Alterações do colo do útero


1. Mulher que ja teve lhos por parto normal vs que não teve lhos (arredondado).
2. Polipo do colo uterino.
3. Cervicite: DST por clamídia. Colo eritematoso com corrimento cervical.


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4. Câncer de colo de útero: muito frequente e assintomático até estagio avançado e sem
prospectiva de tratamento.

EXAME PREVENTIVO
- Deve ser feito regularmente, pois detecta câncer de colo uterino.
- Usar espátula de madeira e inserir parte longa da espátula girando 360 graus para coletar
material. Passar material na lamina e depois pegar escovinha e passar dentro do orifício
cervical, girar 360 graus e passar na lamina a secreção coletada.

1. Passo 1: introdução do espéculo

- Aspecto das paredes vaginais, do colo e do conteúdo vaginal já podem indicar sua natureza,
se normal ou patológico, sugestivo de uma colpite ou de uma vaginose bacteriana. Nos casos
em que o conteúdo parece patológico e há queixa da mulher, o exame à fresco tem maior
probabilidade de de nir o diagnóstico e possibilitar o tratamento especí co imediato. Nessa
situação a coleta do esfregaço cervical deve ser adiada pois processo in amatório intenso
pode prejudicar o diagnóstico e obrigar uma nova coleta. A coleta deve então ser programada
para após o tratamento do processo in amatório ou infeccioso.
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2. Passo 2: coleta do material com espátula de ayre

Passo 3: coleta do material com escova

4. Passo 4: transporte do material e retira do espéculo.


TOQUE
Técnica bimanual
- Técnica biamanual: dois dedos etidos (entraram no
orifício vaginal), e usar lubri cante depois de coletar
preventivo. Palpar miomas dependendo da sua
localização. É MAIS AO CENTRO A PALPAÇÃO.
- Entra com dois dedos e outra mão palpar no abdome
(determinar posição do útero): empurra com uma mão
e sente no abdome com outra mão.
- Determinar irregularidades, aumento de volume do
útero, mioma.
- Útero com diferentes posições: antevertido e
ante etido; antevertido e ane etido de forma menos
intensa, retrovertido e retro etido; retrovertido e muito
retro etido. A palpação bimanual não palpa útero
retrovertido (usar outra técnica).
- Palpar vários: deslocar a mão pros lados e palpar no
abdome um pouco mais lateral (a mão dentro só
serve pra ajudar a mão no abdome a palpar ovário).
Não da pra palpar em obesas e na menopausa
(hipertro a).

Reto-vaginal
- Palpar vagina, reto e abdome simultaneamente. Feito em úteros retrovertidos. Feito para palpar
ligamentos uterosacrais, fundo de saco e anexos (detectar área dolorosa por endometriose). Se
mulher tem suspeita de câncer de cólon ou doença pélvica serve essa palpação também.
- Inserir segundo dedo na vagina e terceiro no anus, e mão no abdome tenta palpar o útero
retrovertido. Enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio e as fossas ilíacas, a outra realiza o
toque vaginal, retal ou o combinado

O que avaliar no útero com esses exames?


Quanto ao corpo do útero, analisa -se sua posição, situação, forma, tamanho, consistência,
superfície, mobilidade e sensibilidade:
- Tamanho: do corpo uterino é anotado em centímetros, em relação à cicatriz umbilical ou em
comparação às semanas de gestação, no caso das grávidas.
- Consistência pode ser normal, amolecida, dura, lenhosa ou pétrea.
- Superfície pode ser lisa, regular, nodular ou lobulada.

IDENTIDADE DE GÊNERO
É como a pessoa se enxerga/identi ca.

SEXO ATRIBUIDO AO NASCIMENTO


- Aquele ao nascer, aparência da genitália externa (mesmo que as vezes não condiz com sexo
cromossômico).

EXPRESSÃO DE GÊNERO
- Como você se mostra ao mundo exterior.
DIVERSIDADE DE GÊNERO
- Engloba não só altercares da identidade de genro, mas a maneira com que você se veste,
brinquedos que vc brincava e as cores que você usa.
- Depende da norma cultural.
TRANSGÊNERO
- Não se identi ca ao gênero atribuído a ela ao nascimento
DISFORIA DE GÊNERO
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- A pessoa não se identi ca com o sexo atribuído ao nascimento mas isso causa um
desconforto na vida

ORIENTAÇÃO SEXUAL
- O que te atrai, qual o genro da pessoa que te atrai.
HOMEM TRANS
- Nasceu mulher e fez transição pra homem.
MULHER TRANS
- Nasceu homem e fez transição pra mulher.
NÃO BINÁRIAS
- Não se identi ca nem como mulher nem como homem.
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