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ISDA:
- Questionamentos gerais (febre, dor de cabeça, apetite, sono, disposição geral);
- Investigar se há alterações respiratórias, cardiovasculares, urinárias, gastrointestinais,
locomotoras e psíquicas.
- Alterações mamárias e genitais.
HCV:
- Tabagismo (se fuma, carga tabágica, se já cessou o hábito, há quanto tempo parou);
- Etilismo e drogas ilícitas (se usa, quantidade, tipo, tempo de uso, via de administração);
- Alimentação (padrão de alimentação, restrições, excessos);
- Atividade física (se pratica, tipo, intensidade, quantidade);
AP:
- DPE: focar em tromboembolismo, enxaqueca com/sem aura, IST, história oncológica;
- MEU: focar em anticonvulsivantes, suplementos vitamínicos, reposição hormonal;
- Vacinação;
- Alergias;
- Cirurgias/Transfusão;
AF:
- Tromboembolismo (quantos anos o parente tinha, se tinha algum fator de risco);
- Osteoporose (pacientes no climatério);
- Câncer (qual parente teve, idade em que surgiu, se foi pré ou pós menopausa);
Antecedentes ginecológicos:
- Menarca e desenvolvimento puberal;
- Se estiver na menacme: DUM;
- Se estiver na pós-menopausa: data, terapia hormonal (tipo, dose e tempo de uso);
- Ciclos menstruais: intervalo (24-38d) / duração (até 8d) / volume (5-80ml);
- Dismenorreia - cólica menstrual: primária (desde sempre) ou secundária (passou a ter);
- Síndrome pré-menstrual: alteração de humor, física, apetite;
- Se estiver na menacme: contracepção (atual e passado, motivo de pausa, efeitos
adversos, se está satisfeita, preferência por outro método, desejo ou não de gestação);
- Corrimento vaginal: duração, quantidade, cor, odor, variações com o ciclo, tratamento.
- Tratamentos ginecológicos prévios: cauterizações de feridas, retirada de lesões, CO.
SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA
ISDA:
- Questionamentos gerais (febre, dor de cabeça, apetite, sono, disposição geral);
- Investigar se há alterações respiratórias, cardiovasculares, urinárias, gastrointestinais,
locomotoras e psíquicas.
- Alterações mamárias e genitais.
HCV:
- Tabagismo (se fuma, carga tabágica, se já cessou o hábito, há quanto tempo parou);
- Etilismo e drogas ilícitas (se usa, quantidade, tipo, tempo de uso, via de administração);
- Alimentação (padrão de alimentação, restrições, excessos);
- Atividade física (se pratica, tipo, intensidade, quantidade);
AP:
- DPE: focar em tromboembolismo, enxaqueca com/sem aura, IST, história oncológica;
- MEU: focar em anticonvulsivantes, suplementos vitamínicos, reposição hormonal;
- Vacinação;
- Alergias;
- Cirurgias/Transfusão;
AF:
- Tromboembolismo (quantos anos o parente tinha, se tinha algum fator de risco);
- Osteoporose (pacientes no climatério);
- Câncer (qual parente teve, idade em que surgiu, se foi pré ou pós menopausa);
Antecedentes ginecológicos:
- Menarca e desenvolvimento puberal;
- Se estiver na menacme: DUM;
- Se estiver na pós-menopausa: data, terapia hormonal (tipo, dose e tempo de uso);
- Ciclos menstruais: intervalo (24-38d) / duração (até 8d) / volume (5-80ml);
- Dismenorreia - cólica menstrual: primária (desde sempre) ou secundária (passou a ter);
- Síndrome pré-menstrual: alteração de humor, física, apetite;
- Se estiver na menacme: contracepção (atual e passado, motivo de pausa, efeitos
adversos, se está satisfeita, preferência por outro método, desejo ou não de gestação);
- Corrimento vaginal: duração, quantidade, cor, odor, variações com o ciclo, tratamento.
- Tratamentos ginecológicos prévios: cauterizações de feridas, retirada de lesões, CO.
Em relação aos ciclos menstruais, há um estudo em que estabelece que a taxa de
normalidade abrange as mulheres entre o percentil 5 e 95, mas pode ser que existam
mulheres que se enquadrem em um padrão diferente e não tenha nenhuma alteração.
o Intervalo:
- Normal: entre 24 e 38 dias;
- Ciclo frequente: <24 dias;
- Ciclo infrequente: > 38 dias;
o Duração:
- Normal: até 8 dias;
- Menstruação prolongada: > 8 dias;
- Menstruação encurtado: < 4,5 dias (não é considerado patológico);
Antecedentes sexuais: está tudo bem com a sua vida sexual? Tem alguma alteração ou
algo que você não está satisfeita? Libido, dispareunia, sinusorragia, sexarca, parcerias
sexuais, práticas (sexo oral/anal/vaginal), passado (IST), proteção, planejamento
familiar.
o Mamas:
- Inspeção estática: número de mamas, localização (tópicas ou ptóticas), forma
(simétricas ou não), volume, pele (cicatrizes, edema, lesões), complexo aréolo-
mamilar – CAM (centrados ou não, evertidos/invertidos/planos, pigmentação das
aréolas). FEITO COM A PACIENTE SENTADA E BRAÇOS PENDENTES.
- Expressão: trata-se de uma pressão feita na aréola. Feito apenas quando há queixas
de descarga papilar líquida, oleosa ou pastosa, como secreção e galactorreia.
Descrever a cor (hialina, leitosa, sanguinolenta, escura), volume, número de ductos
excretores, lateralidade, presença de ponto gatilho.
o Toque vaginal: pode ser bidigital ou unidigital, e é feita avaliação do colo do útero
(posterior, centralizado ou anterior, grosso ou fino, consistência nasal, labial ou
nasolabial, pérvio ou impérvio, mobilidade, dor), avaliação do corpo do útero
(volume, forma, consistência), palpação dos anexos, fundo de saco.
A posição ginecológica ou de litotomia consiste em deitar a paciente em decúbito dorsal
com os glúteos próximos da borda da maca com as pernas em flexão, apoiando o pé ou
a fossa poplítea no apoio. Muito importante lembrar do cuidado sensível ao trauma, já
que muitas pacientes já sofreram violências e abusos, e algumas expressões como “abre
as pernas”, “fica quieta”, “para de se mexer” podem ser gatilhos para o emocional.
80% das pacientes possuem útero em anteversoflexão (AVF), ou seja, fletido e vertido
para frente em relação ao colo do útero e em relação à vagina, respectivamente.
Exames complementares:
o Citologia oncótica – CO (Papanicolau): triagem e rastreio de câncer de colo do útero.
Deve ser iniciado 3 anos após a sexarca, 1x por ano (se dois exames consecutivos
vierem negativos, pode fazer a cada 3 anos) e parar aos 65 anos. Após histerectomia
total por lesões benignas, com exames anteriores normais, sem história prévia de
lesões cervicais de alto grau, pode parar o rastreamento. Além disso, não rastreia
para quem nunca teve atividade sexual.
Incidência crânio-caudal: traça uma linha tendo como referência o mamilo, dividindo
a mama em 3- lateral (cima) e 4- medial (embaixo).
O endométrio varia muito de acordo com a idade da paciente, sendo até 18mm
durante a menacme, na menopausa é até 5mm e na menopausa com terapia
hormonal é até 8mm. Se for um endométrio espessado, pensa-se em câncer de
endométrio. Sangramento uterino pós menopausa pensa-se muito em atrofia
endometrial, hiperplasia e em câncer de endométrio.
o Densitometria óssea: a partir de 65 anos ou antes para pacientes de alto risco, para
prevenção, tratamento e acompanhamento da osteoporose e osteopenia. Intervalo
de 2-5 anos.
• Tireoide: iodo baixo (consumo de iodo é muito grande na gestação devido maior
eliminação de iodo devido maior filtração glomerular, além de consumo periférico).
Aumento de TBG (proteína carreadora dos hormônios tireoidianos, o que pode gerar
diminuição da fração livre). Alfa HCG pode estimular a tireoide, simulando o TSH.
Sobrecarga funcional da tireoide, mas normalmente sem aumento de volume.
Modificações sistêmicas:
Modificações locais:
• Fase folicular:
Desde a vida intrauterina, os embriões com ovário possuem um número fixo de oócitos
latentes prontos para serem recrutados a cada ciclo menstrual. A partir do nascimento,
esse número já diminuiu e durante a puberdade, temos cerca de 300 a 400 mil oócitos,
ou seja, eles começam a ser gastos antes mesmo de iniciar a menstruação. A partir da
menarca, todos os meses serão recrutados 1000 a 2000 oócitos, que serão submetidos
a crescimento e atresia ao longo da vida reprodutiva, não sendo interrompido por
gestação, ovulação ou períodos de anovulação.
A fase folicular consiste no preparo do ovário para gerar apenas um folículo pré-
ovulatório, mesmo tendo sido estimulado diversos (1000 a 2000), que ficaram atrésicos
ao longo do caminho até sobrar apenas um viável para exercer o papel principal em cada
ciclo. Possui facilitação (ação autócrina/parácrina), ou seja, possui vantagens como
capacidade maior de reagir a estímulos, mais receptores.
Todos os oócitos são destinados a atresia e apoptose. O que acontece é que o ovário vai
resgatar alguns desses, e o primeiro que responde apresenta vantagens sob os demais.
Duas células, duas gonadotrofinas: célula da teca externa tem receptor de LH, produz
androgênios, que por sua vez, passam pela lâmina basal, vão para a célula da granulosa.
A granulosa tem aromatase, vai aromatizar os androgênios e produzir estrogênio, além
de possuir receptores de FSH. Tanto FSH quanto estrogênio ativam a ação mitótica sobre
as células da granulosa, ou seja, quanto mais os folículos responderem ao FSH, vai
produzir mais receptores de FSH, mais receptores de estrogênio e as células vão se
reproduzir cada vez mais e mais rapidamente. Aumenta a produção de líquido folicular,
rico em hormônios, fatores de crescimento e citocinas. Estrogênio é a substância
predominante na presença de FSH, e androgênios predominam na ausência de FSH.
• Fase ovulatória:
Ocorre cerca de 10 a 12 horas após o pico de LH e 24 a 36 horas após o pico de estradiol.
O pico de LH inicia cerca de 34 a 36 horas antes da ruptura do folículo, de modo que o
pico de LH dura cerca de 48 horas. O pico de LH faz com que o oócito volte para a meiose
que estava parada, a granulosa sofre luteinização, começa a produzir progesterona e
prostaglandinas. A progesterona em concentrações mais elevadas faz feedback negativo
sobre o LH, encerrando o pico de LH.
Muitas mulheres relatam ter aumento da libido durante a ovulação devido folículos
entrando em atresia com teca liberando androgênio e pico de LH com produção de
muita testosterona.
No momento da ovulação, algumas mulheres relatam dor, uma vez que a ruptura da
cápsula pode levar a pequenos sangramentos dentro da cavidade (síndrome de dor do
meio de ciclo).
• Fase lútea:
Células da granulosa aumentadas de tamanho, vacúolos e luteína. Dissolução em lâmina
basal. Vascularização, pois os capilares penetram a granulosa e podem encher a
cavidade central de sangue. Cerca de 8-9 dias após a ovulação, ocorre pico de
vascularização, com níveis máximos de progesterona e estrogênio.
Dura cerca de 14 dias, entre o pico de LH e a menstruação. Após isso, o corpo lúteo entra
em atresia e vira uma cicatriz no ovário, que é o corpo albicans.
Tratamento:
No Brasil, 55% das gestações não são planejadas, e destas, mais de 50% usavam algum
método de contracepção. As adolescentes são vítimas de mais de 2x das falhas. As
gestações não intencionais podem ocorrer por mulheres em risco de gravidez não
intencional (não estavam usando nenhum método), em uso incorreto da contracepção
ou por falha do método. As gestações não planejadas/não desejadas aumentam as taxas
de aborto induzido, maior morbimortalidade materna.
O adiamento da gestação, ou seja, mulheres engravidando cada vez mais tarde, fez com
que diminuísse os índices de cirurgias de esterilização antes dos 35 anos e, com isso,
aumentou a demanda por métodos mais eficazes e reversíveis.
1. Métodos irreversíveis:
O grande medo da contracepção hormonal são os riscos que o estrogênio pode trazer,
aumentando os riscos de trombose venosa, devido aumento da produção dos fatores
de coagulação V, VIII, X e fibrinogênio. Qualquer anticoncepcional que tenha estrogênio
vai aumentar o risco de trombose, principalmente nos primeiros dois anos de uso. O
risco maior é em pacientes com trombofilia, idade avançada, obesidade e tabagismo.
Fígado: a única contraindicação hepática absoluta para uso de ACO hormonal é doença
hepática colestática aguda ou crônica que estiver ativa. Cirrose e hepatite prévias não
se agravam com uso.
Alguns outros efeitos metabólicos do ACO podem ser cefaleia, náusea, desconforto
mamário e ganho de peso (?). Além disso, pode gerar cloasma (manchas escurecidas na
face) e efeitos na libido variáveis.
O ACO possui efeito protetor no câncer de endométrio, ovário e colorretal. No entanto,
ACO aumenta risco para câncer de colo de útero. Câncer de mama pode aumentar o
risco relativo para pacientes que iniciam o uso do ACO cedo (antes dos 20 anos) e até 5
anos após interrupção. Portadoras da mutação BRCA devem ser orientadas que o ACO
diminui o risco de câncer de ovário e aumenta o risco de câncer de mama.
- DIU de cobre: não possui conteúdo hormonal, não afeta a ovulação, não é abortivo.
Possui um efeito tóxico para o espermatozoide e para o óvulo, deixando o ambiente
uterino espermicida, de forma que não ocorre fertilização. Protege contra gestação
intrauterina e ectópica. Altera muco cervical e secreção endometrial.
Usuárias de DIU têm 50% menos probabilidade de ter gestação ectópica do que
mulheres sem contracepção. Quando uma usuária de DIU engravida, a gestação tem
mais probabilidade de ser ectópica.