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Adolescência
- Dismenorreia/TPM
Primária ou essencial
Secundária progressiva - endometriose
- Corrimentos – candidíase
- Contracepção
Menacme
- Alterações menstruais
- Corrimento
- ISTs
- Dor pélvica
Climatério
- Incontinência urinária
- Prolapsos genitais
- Neoplasias genitais
1. Regularidade: regular/irregular
2. Frequência:
Frequente (< 24 dias)
Normal (24-38 dias)
Infrequente (> 38 dias – ciclos longos)
3. Duração:
Prolongado (> 8 dias)
Normal (<= 8 dias)
4. Volume do fluxo
Intenso: > 80 mL
Normal (5-80 mL)
Leve (< 5 mL)
CAUSAS
LEIOMIOMA - USG
COAGULOPATIA
OVULAÇÃO DISFUNCIONAL
ENDOMETRIAL
IATROGÊNICA
NÃO CLASSIFICADA
ANAMNESE
- Idade
- Medicações em uso
TRATAMENTO
Venoso
Pílula
ACO 8/8h por 15 dias (ou de 8/8 por 7 dias ou 12/12 7 dias) – a seguir, progesterona
10 mg por 14 dias
FASE CRÔNICA
CIRÚRGICO
Curetagem: sangramento de causa obstétrica; sangra muito, sem parar (não pode ter
sangramento ativo para fazer histeroscopia)
Ablação de endométrio: só pode fazer em pacientes com prole constituída, com útero
pequeno.
Histerectomia
Em pacientes em pós-menopausa
Inferior
VAGINOSE BACTERIANA
Primeira causa mais comum de vulvovaginite infecciosa
Causa mais comum de corrimento
50% das infecções genitais baixas
Desequilíbrio do ecossistema vaginal com queda de lactobacilos e crescimento de
gardnerella vaginallis + bactérias anaeróbias (Mobiluncus e Bacteroides). Isso leva ao
aumento do pH – cadaverina, putrescina – odor amoniacal. A vaginose exacerba em
pH mais básico.
Quadro clínico
o Sintoma cardinal: Corrimento abundante, homogêneo, branco acinzentado,
odor fétido (piora após coito/menstruação --- Gardnerella), pequenas bolhas
(microbolhas).
o Metade das pacientes é assintomática
o Piora após coito e durante a menstruação. Há um processo de volatilização das
aminas. pH fica mais alcalino e volatiliza cadaverina, putrescina e metilamina.
Agente: polimicrobiana (Gardnerella, vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp., Mycoplasma
hominis, Peptoestreptococcus sp.). Alteração do equilíbrio promovem proliferação de
anaeróbios e menor presença de lactobacillus.
Diagnóstico
- pH vaginal > 4,5. Monta fita de pH na pinça de Cherron e coloca (a ponta colorida) na parede
lateral da vagina, por cerca de 1 min. Depois compara com o parâmetro de referência.
- Whiff test (teste das aminas) positivo (goteja KOH, sobe um cheiro podre por volatilidade das
aminas): pega a espátula de Ayres (lado que não tem chanfradura) e coleta na parede lateral.
Parede posterior tem ação de exsudatos e transudatos, com fatores que não são de interesse.
Coloca na lâmina e goteja KOH. Sobe um cheio de peixe podre. Esse teste também pode ser
positivo na tricomoníase. No entanto, é mais característico na vaginose bacteriana.
- Exame a fresco (microscopia – clue cells). Pega lâmina e a espátula de Ayres e material da
parede lateral. Coloca na lâmina, pinga uma gota de soro fisiológico. Depois coloca uma lamínula
e vai pro microscópio. Sinônimos de clue cells: células-índice, células-alvo, células indicadoras.
Clue cells são características da vaginose bacteriana. São células epiteliais com contorno
preenchido por bactérias anaeróbias, tornando o contorno grânulos e impreciso (Gardnerella
vaginalis e Mobiluncus sp. são as mais comuns). Até 60% das pacientes tem clue cell
Na prova: se tiver pelo menos 2 critérios, marca como infecção por vaginose bacteriana. O
quadro é muito típico. Na prática, nem precisa do teste das aminas. Já percebe o cheiro
desagradável no exame físico.
Macrobolhas: tricomoníase.
Tratamento
Tratamento VO é a 1ª opção
De acordo com o SUS
Metronidazol 250 mg ----- 28 comprimidos. Tomar 2 comprimidos, VO, de 12/12hrs por 7 dias
(1ª escolha) -
Clindamicina VO (2ª opção)
- Tinidazol 2g VO DU
- Secnidazol 2g VO DU
- Tianfenicol 2,5 g VO DU
- Não ingerir bebidas, pelo efeito antabuse (náusea, vômito, gosto metálico na boca,
diarreia). No período do tratamento e até 72hs depois da suspensão do metronidazol
oral.
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
- 2ª causa mais comum de vulvovaginite infecciosa
- 75% das mulheres vão ter 1 episódio na vida; 40 a 50% pelo menos 2; 5% - candidíase de
repetição.
Agente. Candida albicans (predomina), outras espécies de Candida estão associadas a quadros
de difícil manejo.
Órgãos de choque: rever qualidade do sono; diminuir trigo, açúcar, glúten; MEV: exercícios, ioga,
meditação. O objetivo é melhorar
Quadro clínico
Secreção vaginal branca e espessa tipo “leite coalhado” com aderência às paredes vaginais,
grumoso, de coloração branca, amarelo claro ou até esverdeado. Paciente queixa-se de prurido
intenso, ardência vaginal, disúria e dispareunia. Ao exame físico: secreção aderente às paredes
vaginais, hiperemia de vagina e vulva, edema e escoriações na vulva.
- Corrimento grumoso com aspecto de leite coalhado, branco, sem odor e aderido.
- Prurido vulvovaginal intenso, e pode ter ardência. Prurido, disúria, dispareunia, edema,
hiperemia.
Diagnóstico
- pH vaginal ≤ 4,5
- Quadro clínico + EF
Tratamento
Ministério da saúde
Miconazol e nistatina
Creme vaginal: Nistatina é a primeira escolha. Está atrelada a menor resposta
terapêutica e muita recorrência. Precisa usar por pelo menos 10 dias.
Oral: fluconazol e itraconazol (1ª opção)
- Uso tópico:
Clotrimazol, miconazol e nistatina: gestantes. Só pode propor tratamento tópico para gestante
(Nistatina 100.000 UI, por 14 dias).
TRICOMONÍASE (IST)
- 3ª causa de infecções vaginais (vulvovaginite infecciosa)
Quadro clínico
- Sintomas: dor local, dispareunia, irritação vaginal, prurido, hiperemia, colpite, sintomas
urinários.
- Colpite. Colo em framboesa, devido a dilatações puntiformes. Com ácido acético, fica com
aspecto tigroide (pelo processo inflamatório intenso).
Diagnóstico
Quadro clínico
Exame ginecológico: hiperemia multifocal
Teste do pH > 4 (≥ 5 – entre 5 e 6)
Whiff test/sniff test/teste das aminas (KOH) - positivo
Exame direto a fresco com solução fisiológica (80 a 90%): trichomonas móvel e
polimorfonucleares. Bacterioscopia: gram – e numerosos PMN (achado de citologia)
Tratamento
Não faz tratamento tópico, pois não atinge nível terapêutico na uretra da paciente
(acometimento das glândulas de Bartolhin, parauretrais de Skinner)
Ministério da saúde
- Tinidazol 2g VO DU
- Secnidazol 2g VO DU
- Sempre tratar o parceiro. Convocar o parceiro para que seja examinado e tenha o tratamento
adequado.
VULVOVAGINITE DESCAMATIVA
- 4ª causa de vulvovaginite infecciosa (menos comum)
Diagnóstico
- Conteúdo vaginal purulento em grande quantidade
- pH vaginal alcalino
Tratamento
CERVICITES
- Agentes etiológicos: gonococo e clamídia (se subir, gera DIP)
- CDC e ACOG: rastreamento anual de Chlamydia por PCR com < 25 anos ou > 25 anos + risco
(novo parceiro ou múltiplos parceiros ou parceiro com múltiplas parceiras)
QUADRO CLÍNICO
EXAMES COMPLEMENTARES
- Síndrome uretral aguda, uretrite; bartholite; infecção de trato genital superior; perihepatite,
artrite reativa, infertilidade tubária, gravidez ectópica.
TRATAMENTO
Gonococo
Clamídia
Expressões clínicas
Agentes etiológicos.
- DIP clamídia: pode evoluir de forma indolente, assintomáticas. Acompanhar pacientes com
comportamento de risco.
Fatores de risco
Achados videolaparoscópicos
- Abscessos pélvicos
Diagnóstico diferencial
Classificação
Tratamento
- Ceftriaxona 500 mg, IM, DU + doxicilina 100 mg, VO, 12/12h, por 14 dias
- Tianfenicol 2,5g, VO, dose única + doxicilina 100 mg, VO, 12;12h, por 14 dias
Indicação de cirurgia: não há melhora após 48 a 72 h de tto clínico (mesmo com antibiótico
venosos) e quando há aumento do volume do abscesso ou suspeita de ruptura; abscessos > 10
cm (drena abscesso e lava cavidade abdominal).
ÚLCERAS GENITAIS
- Infecção herpética ativa na gestação é indicação de CESARIANA
- Herpes
- Sífilis
- Cancro mole
- Linfogranuloma
- Donovanose
- Na ausência de testes laboratoriais, fazer tto sindrômico das úlceras (raspado da lesão e PCR é
o padrão-ouro)
SÍFILIS
- Agente etiológico: treponema pallidum (espiroqueta)
Formas clínicas
Primária. Cancro duro: úlcera única, indolor que some, bordo elevado (mesmo sem tratamento)
Secundária. Condiloma plano, roséola sifilítica, madarose, lesão palmoplantar
Cancro duro (protossifiloma) aparece 2 a 3 semanas após contato sexual (21 dias); 50% das
mulheres e 30% dos homens a lesão de 1º não é visualizada. Regride espontaneamente em até
3 semanas (4-6 semanas) sem deixar cicatrizes.
Úlcera indolor, endurecida, única, circular, de 1 a 2 cm, fundo liso e limpo, bordos infiltrados e
cor de carne.
Diagnóstico
- VDRL (sorologia não treponêmica): positivo em 2-3 semanas após lesão primária. Serve para
triagem e acompanhamento.
Teste treponêmico positiva primeiro. Se der negativo em mulher com úlcera, avalia há quanto
tempo a mulher tem a úlcera, pois pode não ter dado tempo do organismo reagir.
Começa com teste treponêmico. Se der positivo, pede VDRL ---- sífilis
Ministério da saúde
Tratamento
- Se alérgica
HERPES
- IST ulcerativa incurável e recorrente, sendo a mais frequente e com incidência aumentada
(principalmente entre adolescentes).
DIAGNÓSTICO
Múltiplas úlceras, dolorosas com fundo limpo (sem aspecto purulento), de base eritematosa.
Vesículas e úlceras dolorosas e limpas; adenopatia dolorosa que não fistuliza (pode aumentar
linfonodo).
Dica: úlcera limpa e vesículas. Somente herpes tem úlcera com vesícula.
Recorrente
- Reativação associada: episódios febris, exposição solar, estresse, frio intenso, menstruação e
traumas.
Diagnóstico
Aciclovir 400 mg, VO, 8/8 h, 7-10 dias (gravidez) – na primo-infecção (diminui chance de
recidiva)
Fanciclovir 250 mg VO, 8/8h, 7-10 dias
Valaciclovir 1g, VO, 12/12 h, 7-10 dias
- Forma recorrente
CANCRO MOLE
Após primo-infecção (3-5 dias – até 2 semanas):
Múltiplas úlceras, dolorosas, com fundo sujo (amarelado); adenopatia que fistuliza por 1 orifício.
(Característica indicativa de cancro mole --- Não precisa de laboratório, já trata).
Diagnóstico
Tratamento
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Agente. Chlamydia trachomatis (bactéria gram -), sorotipos L1, L2 e L3
Úlcera/pápula indolor, desaparece sozinha; tem adenopatia dolorosa que fistuliza em “bico de
regador”
Lesão inicial (após 1-3 semanas de contágio): pápula indolor ou vesícula, ulceração e desaparece
sem sequela . Apos 1 a 6 semanas, vem a fase da linfadenopatia inguinal (2ª fase) superficial
dolorosa (bubões); pode supurar e fistulizar por orifícios múltiplos (bico de regador)
Sintomas: febre, mal estar, anorexia, emagrecer, artralgia, sudorese noturna, meningismo
Se não tratada, pode causar complicações devido a obstrução linfática: proctocolite, fístulas e
estenose retal.
Confirmação diagnóstica: PCR. Aspira material com agulha grossa e faz PCR.
Tratamento
- Doxiciclina 100mg, 12/12 horas, por 21 dias (na donovanose, até desaparecimento da lesão)
DONOVANOSE
Agente. Klebsiella granulomatis (bacilo gram -)
Úlcera profunda, indolor e crônica, que vai crescendo; biópsia com corpúsculos de Donovan.
Doença crônica progressiva de baixa contagiosidade, então o parceiro não precisa ser tratado.
O agente etiológico é Calymmatobacterium granulomatis (bacilo gram -); pode ocorrer
contaminação por contaminação fecal ou auto-inoculação; geralmente adenopatia inguinal está
ausente.
Diagnóstico laboratorial: biópsia com identificação dos corpúsculos de Donovan pela coloração
de Wright, Giemsa ou Leishman ou PRC do raspado da lesão.
- Profilaxia DSTs.
Virais
Não virais
Penicilina benzatina (1 dose de 2,4 milhões UI, IM), azitromicina (1g, DU – clamídia, cancro
mole), ceftriaxone (gonococo) e metronidazol (2g – tricomoníase)
Alguns retrovirais sofrem influência com metronidazol. Se usar esquema diferente, deixa pra
fazer metronidazol quando acabar esquema de profilaxia retroviral.