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Ginecologia e obstetrícia →Durante o período fértil se descarta

1- Anamnese gravidez e aborto.


1.1- Idade →Entre os 35 e 45 anos é sinal de
Saber a idade é importante, pois miomas.
cada enfermidade tem uma predileção por →Em mulheres com mais de 45 anos as
diferentes faixa etárias. metrorragias correspondem a ciclos
-Infância: ginecopatias congênitas, monofásicos.
malformações e processos inflamatórios →Na pós-menopausa descarta câncer de
vulvovaginais. endométrio.
-Adolescência: processos endócrinos e - Fluxo
transtorno do ovário. →Aumento patológico das secreções.
-Madures sexual (20-45 anos): →Pode estar acompanhado de prurido,
alterações da reprodução, aborto, ardor, queimação, dispareunia e disuria.
gravidez ectópica, infecções sépticas, →As características para se analisar são
esterilidade e enfermidades de a cor, odor, quantidade, sintomas
transmissão sexual (ETS’s). acompanhantes e se tem relação com o
-35-45 anos: patologias tumorais, ciclo.
miomas, tumores do ovário e câncer do 3- Exame físico das mamas
colo uterino. - Inspeção
-45-50 anos: transtornos funcionais do →Volume e tamanho das mamas
ovário e ciclos monofásicos. →Simetria
-Pós-menopausa: prolapso e patologias →Mamas supranumerárias
tumorais malignas do endométrio e vulva. →Retrações da pele
1.2- Antecedentes →Aplanamento ou desviação
-Familiares: muitas patologias do aparato →Escassez
genital são hereditárias, tais como, →Excreção pelos mamilos
carcinoma de ovário, câncer de mama e →Rachaduras do mamilo
endometriose. →Vascularização
-Pessoais: aqui destacamos patologias, →Tumores ou massas
fármacos, consumo de álcool, tabaco ou - Palpação
drogas. Analisar a mama afetada, mama
2- Motivo de consulta contralateral, regiões axilares e região
- Dor supraclavicular de modo suave e
→Aguda: diagnóstico urgente, identificar ordenado em sentido horário com o
se procede do aparato genital, urinário ou paciente em decúbito dorsal.
gastrointestinal. No caso de tumores, identificar:
→Crônica: pode ser orgânica psíquica, tamanho, forma, único ou múltiplos,
sendo as mais frequentes a endometriose delimitações, situação (retroareolar e
e aderências. quadrante), consistência, mobilidade,
Os processos situados no útero adenopatias e retrações da pele.
causam dor quando o distendem 4- Exame físico dos órgãos genitais
provocando contrações. O útero não -Inspeção: analisar a distribuição dos
tolera corpos estranhos em seu interior e pelos pubianos e se há presença de
por contrações ele busca expulsá-lo. hipertrofia dos lábios menores,
Em relação a dor devemos tumoração, lesão, sinais inflamatórios ou
identificar o início, topografia, se há trofismo.
relação com o ciclo, intensidade, tipo e -Especuloscopia: é possível identificar
propagação. pólipo endocervical, candidíase e câncer
- Hemorragia genital de colo uterino.
→Podem ser cíclicas, acíclicas, menstrual -Tato vaginal: examinar as glândulas de
ou contínua. Skene e Bartholino e se há presença do
→As hemorragias na adolescência quase sinal de Frenkel (dor na mobilização do
sempre são causadas por ciclos colo com grito de Douglas).
monofásicos. -Tato bimanual: serve para fazer a
exploração do corpo uterino (contorno,
sensibilidade e mobilidade), trompas e -Multípara
ovários. -Grande multípara
Uma mulher pode ser multigesta e
Exame da mulher grávida nulípara.
A forte associação entre maus Intervalo intergestacional: período entre
resultados perinatais e baixo nível a finalização da última gravidez até a
socioeconômico e educacional obriga a gestação atual. O intervalo
considerar os seguintes dados ao avaliar intergestacional adequado é entre 3 a 5
os riscos de uma gestante: anos. Quanto menor for esse tempo maior
→ > nº de consultas é a incidência de crianças com baixo
→ famílias numerosas, agrupamento peso, com exames neurológicos anormais
→ trabalhar até épocas avançadas da e mortalidade perinatal.
gestação Gestação atual:
→ mães sem parceiros estáveis FUM: Deve-se interrogar sobre o primeiro
→ maior incidência de RN com baixo peso dia da última menstruação. Esse valor
A mortalidade fetal, neonatal e depende da normalidade do fluxo
materna aumenta tanto em grupos menstrual, que pode estar modificado
menores de 15 anos como nas que tem devido ao uso de anticonceptivos. A partir
mais de 35 anos. Sendo a faixa etária de dele se calcula a idade da gestação e a
20-30 anos a de menor risco perinatal. provável data de parto.
Primiparidade precoce: quando o parto 2- Acidentes e complicações da
ocorre antes dos 17 anos. A área genital gravidez atual
ainda não está totalmente desenvolvida e →Vômitos simples ou êmese gravítica
isso pode causar distocias, levando a não influenciam sobre o apetite e nem
abortos e partos prematuros. tem repercussão sobre o estado geral.
Primiparidade tardia: quando o primeiro →A constipação é comum na gestação,
parto ocorre depois dos 30 anos. As fibras mas pode acentuar-se na gravidez por
musculares perdem a sua elasticidade e influências hormonais, neurovegetativas e
acontratilidade, essas perdas acarretam fatores mecânicos.
uma maior probabilidade de interrupção →Podem apresentar tonturas, vertigens,
da gestação. insônia, cãibras, lipotimia e transtorno do
Antecedentes familiares: identificar paladar.
casos de diabetes, tuberculose, →É comum a polaciúria (urinar pouco
hipertensão ou gravidez múltiplas. várias x ao dia) que se intensifica nas
Antecedentes pessoais: enfermidades últimas semanas.
clínicas e cirúrgicas que a paciente possa →Investigar sobre enfermidades que
apresentar e sua evolução, analisando surgiram durante a gravidez, tais como
suas sequelas e como isso pode afetar a transtornos cárdicos, pulmonares,
gestação. hepáticos e apendiculares.
Antecedentes ginecológicos: afecções →Investigar sobre hemorragia genital.
e intervenções cirúrgicas podem ser Identificar a data de início, aspecto,
causas da modificação da conduta na quantidade, causa aparente e sintomas
atenção. que acompanham.
1- Antecedentes obstétricos →No último trimestre se interroga sobre
Investigar o número de gestações e os sintomas de pré-eclâmpsia, tais como,
partos anteriores. cefaleia, transtornos visuais, epigastralgia,
→Se é a primeira gravidez é chamada de zumbidos, epistaxe, etc.
primigesta. Se já teve outras gestações é 3- Exame físico geral
chamada de multigesta. → Peso, altura, atitude e marcha (lorose
→O número de partos vaginais precisa lumbosacra compensadora).
ser especificado: → Mamilos engrossados e sensíveis.
-Nulípara (só teve cesáreas ou abortos) → Mamilos e aréolas escurecem.
-Primípara → Na pele da mama aparece uma
-Secundípara abundante rede venosa (red de Haller).
-Tercípara
→ A partir do 3 o ou 4o mês se secretam Para descender ao ponto mais baixo ao
gotículas de colostro que molha a roupa. redor da 18ª sem.
→ As estrias são rosadas ou violáceas →Ecografia transabdominal: é possível
quando aparecem e se tornam brancas visualizar o saco gestacional a partir da 5a
nacaradas com o passar do tempo.. -6a semana após a FUM. A atividade
4- Diagnóstico de gravidez cardíaca é vista a partir da 7a ou 8a
Na primeira metade, são baseados semana.
em sinais de presunção e probabilidade. →Ecografia transvaginal: na 4a semana
- Sinais de presunção: proporcionados vê o saco gestacional, na 5a semana vê o
pelos sistemas e aparatos maternos com embrião e na 6a semana é possível
exceção dos genitais; podem ser identificar atividade cardíaca.
inconstantes, variáveis, ou não existir. Na segunda metade os sinais
Aparecem no final da 4ª sem. e clínicos de certeza começam a aparecer a
desaparecem na 18ª sem. Seu partir da 20a semana, sendo eles,
aparecimento fora da gestação dá lugar a movimento do feto, palpação de partes
quadros de falsa gestação. fetais, batimento cardíaco fetal.
São eles: náusea, vômito, Palpação das partes fetais: começa a
sialorréia, modificações do apetite e partir da 26a semana, sendo elas…
gosto, aversão a certos odores, → Polo cefálico: arredondado, regular,
modificação de caráter, sonolência, duro, irredutível, pequeno e pode pelotear.
enjoos, pigmentações, etc. → Polo podálico: maior que o cefálico,
- Sinais de probabilidade: Amenorreia, mole, redutível e menos regular.
sinais vulvovaginais (tais como, cor → Dorso: superfície plana, ligeiramente
violácea sobre toda a mucosa do convexa, lisa e resistente.
vestíbulo na proximidade do meato), → Membros: pequenas partes irregulares
sinais uterinos (como o tato vaginal que aparecem e desaparecem.
combinando com a palpação externa). 5- Manobras de Leopold
- Exame do corpo uterino Primeira manobra: ambas as mãos na
→ Ao final da 4 a semana tem o tamanho parte superior do abdômen tratando de
de uma laranja. abarcar por completo o fundo uterino.
→ Ao final da 8 a semana tem o tamanho Essa manobra busca apreciar a altura
de uma toranja. uterina e palpar o polo que ocupa o fundo
→ Ao final da 13 a semana tem o tamanho uterino.
de uma cabeça de recém-nascido. Segunda manobra: as mãos se deslizam
→ A altura se mede a partir da borda desde o fundo uterino até abaixo das
superior do púbis até o fundo uterino laterais do abdômen. Tem o objetivo de
determinado pela palpação. Já possivel avaliar a posição. Nessa manobra uma
de ser feito a partir da 12-13ª sem. de das mãos permanece imóvel exercendo
gestação. uma pressão que coloca o feto em
**o tamanho do útero pode não concordar contato com a outra mão. Existe a
com a idade gestacional, por ser muito manobra de Budín, onde uma das mãos
grande (gestação gemelar, poli empurra para baixo o fundo uterino e a
hidrâmnios,mioma com a gestação ou outra palpa ambos os lados.
ainda feto grande), ou muito pequeno Terceira manobra: é unimanual e serve
(morte intra útero, gestação ectópica, para palpar o polo inferior. Se posiciona o
RCIU) polo entre o polegar e o dedo indicador e
→ Em caso de inserção normal os sacos médio.
vaginais laterais não se encontram livres, Quarta manobra: coloca ambas as mãos
sendo que ao tato se alcança o útero espalmadas em direção hipogástrica,
globoso curvado (sinal de Noble-Budin). deslizando lateralmente até a parte
- Métodos auxiliares inferior do abdômen até a profundidade
→BhCG: entre a 8a e a 11a semana o da pélvis, de modo a alcançar o pólo
nível de gonadotrofina excretada pelo inferior do feto com os dedos de ambas as
trofoblasto alcança o seu valor máximo. mãos. Permite analisar a penetração na
pélvis e apreciar e diagnosticar o polo que ● A fase lútea ocorre entre o 15 o e o
que se apresenta. *é a + import. 28o dia.
6- Auscultação ● A ovulação ocorre no 14 o dia.
→ Estabelece se a gestação é única ou 2- Ciclo ovárico
múltipla. Vários folículos morfologicamente
→ Verifica a vida do feto indistinguíveis avançam antes do 5o ou 6o
→ verifica o andamento do parto dia do ciclo. Depois do 7o dia essa
→ Corrobora o diagnóstico feito pela multipotencialidade se perde e somente
palpação. um será capaz de progredir até a uma
→ Põe em evidência o sofrimento do feto. ovulação oportuna, o folículo dominante.
→ Em condições normais varia entre 120 Com a ascensão do folículo dominante
a 160 batimentos por minutos. todos os outros são destinados a atresia.
→ Após a 20 a é possível auscultar pelo O ciclo ovariano são trocas que os
estetoscópio de Pinard. Antes da 24ª ovários apresentam periodicamente como
semana é excepcional ouvi-los. consequência da estimulação hormonal.
→ A temperatura da mãe altera a FCF.
Hipertermia materna causa taquicardia do
feto.
7- Diagnóstico da data provável do
parto
Período normal de gravidez é
desde o primeiro dia da última
menstruação (FUM) até a expulsão do
feto desenvolvido. Um promédio de 280
dias depois da última menstruação, 40
semanas completas.
Métodos utilizados: Os primeiros sinais de
Regra de Pinard: FUM + 10 dias – 3 diferenciação ovárica se refletem na
meses (dia que terminou a menstruação). rápida multiplicação mitótica das células
Regra de Naegele: FUM + 7 dias – 3 germinais desde a 6a a 8a semana.
meses Alcançam o número máximo por volta da
Regra de Wahl*: FUM + 10 dias – 3 16a a 20a semana. Nesse período a
meses gônada se diferencia em sentido feminino
e as células germinais dão origem às
Anatomia dos órgãos reprodutivos da ovogônias, nesse mesmo momento é
mulher, ciclo menstrual, ciclo ovariano quando encontramos no ovário o maior
e endometrial número de ovogônias.
O ciclo menstrual ovárico tem as O folículo primordial surge na 8a
funções de liberação cíclica de gametas e semana da vida embrionária e termina
produção de hormônios esteróides. sua maduração na puberdade/maduração
1- Fisiologia ovárica sexual, chamado de folículo primário. O
Muitos folículos podem iniciar sua folículo primário após a ação do FSH da
evolução em cada ciclo menstrual, mas origem ao folículo secundário (prévio a
apenas um irá manter seu potencial ovulação).
gametogênico. O folículo pré-ovulatório ocorre por
Recrutamento: na primeira metade da volta do 13o dia.
fase folicular do ciclo menstrual há o início - Ovulação
do desenvolvimento de muitos folículos Ocorre por volta do 14o dia devido
desde o estado primário até o secundário. ao aumento do FSH e do LH, ocorrendo o
Um conjunto de folículos inicia um desprendimento do oócito secundário.
padrão de crescimento, onde as Crescimento repentino 🡪
gonadotropinas proporcionam um proeminência cística 🡪 estigma.
impulso. As ovogônias se transformam em
● A fase folicular ocorre entre o 1 o e ovócitos.
o 14o dia.
Durante todo o processo de ruptura folicular, quando a porção
desenvolvimento que passa pela remanescente do folículo é invadida por
gestação e pelo crescimento, muitas elementos vasculares.
células germinativas são perdidas, onde, A atividade máxima do corpo lúteo
no final de todos esses processos, ocorre de 7 a 8 dias após o pico de LH. A
apenas 400 a 500 chegarão à ovulação. luteólise ocorre 2 ou 3 dias antes da
Entre os que sobreviveram, o menstruação. A principal função do corpo
processo de meiose se completa dando lúteo é a secreção de progesterona e em
lugar ao primeiro corpúsculo polar e ao menor grau a sintetização de estradiol.
ovócito de segunda ordem (24 a 36 horas Caso haja fecundação ele mantém sua
antes da ovulação). Se inicia função até a 20a semana.
imediatamente após a 2 meiose que Uma fase lútea adequada depende
ocorre antes da ovulação em metáfase. de uma boa secreção de progesterona, a
Finaliza a segunda meiose com expulsão qual depende de três fatores, sendo eles,
do 2 corpúsculo polar, completando assim foliculogêneses adequada,
a maduração do ovócito. biodisponibilidade de lipoproteínas de
3- Hipotálamo – hipófise – ovários baixa densidade (colesterol) e secreção
- Gonadotropinas: Hormônios protéicos pulsátil de LH.
produzidos pelo lobo anterior da hipófise 5- Locais de produção de hormônios
ou adenohipófise. A secreção dos mesmo ováricos
não é constante durante o ciclo, sendo a No ovário há três tipos de células
produção de FSH maior na primeira produtoras de hormônios, sendo elas,
metade da fase folicular estimulando células da teca interna, células da
assim o crescimento do folículo. granulosa e células intersticiais do
- Gonadotrofinas: Posteriormente há estroma.
uma queda do FSH que se mantém A ação biológica do FSH e LH só
constante até a metade do ciclo. O pode ocorrer mediante a união na
momento em que há uma elevação periferia desses hormônios com
brusca é o mesmo que há um pico na receptores específicos. Situados em
produção do LH. O pico na produção do células da granulosa e teca interna.
FSH e LH causa a liberação do ovócito no As células da teca interna
folículo maduro ou ovulação. possuem receptores de LH e também
Posteriormente ocorre uma queda produzem andrógenos a partir do
nos níveis de FSH que se mantém colesterol. Para que os andrógenos sejam
constante até o momento da transformados em estrogênios devem
menstruação. passar pelas células da granulosa.
Os níveis de LH são baixos na As células da granulosa têm
fase folicular e vai aumentando aos receptores do FSH. O FSH incrementa a
poucos até fazer um pico e depois atividade aromatase destas células. É
descender novamente. nelas que também ocorre a conversão em
Depois da ovulação há a formação estrogênios (estrona e estriol) a partir dos
do corpo lúteo. Os níveis de FSH e LH andrógenos (androstenediona e
permanecem baixos durante toda a ação testosterona).
do corpo lúteo. Precedendo o pico de LH Teoria das 2 células e 2 hormônios:
se nota uma elevação nos níveis de podemos concluir que a biossíntese dos
estradiol. Os níveis de progesterona se estrogênios se realiza pela colaboração
elevam logo após a ovulação. de dois tipos celulares. As da teca interna
Feedback positivo: quando os esteroides estimuladas pelo LH que produzem
promovem a secreção de gonadotropinas androgênios (androstenediona e
(pico pré-ovulação de LH). testosterona) que posteriormente são
Feedback negativo: quando inibem a aromatizados e transformados em
secreção de estradiol sobre o FSH. estrógenos (estrona e estradiol) pelas
4- Fisiologia do corpo lúteo células da granulosa estimulada pelo
O corpo lúteo é uma glândula FSH, incrementando sua atividade
endócrina que se forma logo após a aromatase.
5.1- Estrógenos No 20o dia o edema estromal
O estradiol é o estrogênio mais aumenta, caracterizando a metade da
importante produzido pelo ovário, ainda fase progestacional.
assim produz estroma, porém em menor No final da fase há um grande
quantidade. aumento de infiltrado leucocitário sem que
O estriol é um metabólito periférico haja um processo inflamatório, chamado
do estriol e do estroma, e não uma infiltração leucocitária fisiológica.
secreção do ovário. Possui uma menor Fase menstrual: ocorre a cada 28 dias.
atividade biológica em relação com o Ainda é normal caso ocorra a cada 21 a
estradiol e a estroma. 35 dias. Dura de 3 a 5 dias e a quantidade
Os andrógenos circulantes na varia entre 30 a 150ml.
mulher procedem da soma de secreção O sangue menstrual é
ovárica direta e conversão periférica de incoagulável, o que acaba facilitando a
precursores. sua evacuação.
O estradiol procede da
aromatização da testosterona e da Canal do parto e movimento fetal
androstenediona via estrona. Movimento fetal: Conceito morfológico
Os andrógenos livres se no qual se considera o feto um ovóide
convertem em estrógenos em alguns integrado por 3 segmentos: cabeça,
tecidos periféricos como a pele, céls ombros e nádegas.
adiposos, músculo e endométrio. 1- Colocação fetal (cai na prova!)
6- Ciclo endometrial Atitude fetal: é a relação fetal entre os
Diante da ação sucessiva e distintos segmentos fetais entre si
combinada de estrogênio e progesterona (cabeça, tronco e extremidades). A atitude
produzidos pelos ovários a mucosa normal do feto é a de flexão.
endotelial trocas cíclicas de seu estrato Situação fetal: relação que existe entre o
funcional. eixo do ovóide fetal, o eixo uterino e o
É dividida em três fases, sendo eixo da mãe. Pode ser longitudinal,
elas, fase proliferativa ou estrogênica (5o transversal e oblíquo.
ao 13o dia), fase secretora ou Apresentação: parte do feto que fica em
progestacional (14o ao 28o dia) e fase contato com o estreito superior e que
menstrual ou disgregação(1o ao 4o dia). pode evoluir por si mesmo dando lugar a
Fase proliferativa: Sob a influência um mecanismo de parto. Pode ser
estrogênica se produz a regeneração do cefálica ou pelviana.
estrato funcional do endométrio Posição: relação entre o ponto guia e o
desagregado. lado esquerdo ou direito da pélvis
O primeiro sinal de atividade materna.
proliferativa é a regeneração do epitélio
superficial. Desde esse momento há um
crescimento da espessura do endométrio
que na pós menstruação imediata é de
0,5 mm corresponde ao estrato basal.
Após finalizar sua proliferação ele possui
uma espessura de 3.5 a 4mm.
Fase secretora: É observada a fase
secretora das glândulas endometriais.
O estroma se edematiza e sofre
uma transformação deciduoide a que se
soma um desenvolvimento vacuolar. O
estrato basal conserva um aspecto similar
ao da fase anterior durante todo o ciclo.
O vacúolo subnuclear que é o
elemento característico dessa fase é
formado no 17o dia devido a 2- Modalidade de apresentação (cai na
microvacuolização do epitélio glandular. prova)
São as variantes que oferecem a que ele aponta, podem ser, direita (D) ou
apresentação segundo a atitude que esquerdo (I).
adota. Por último, cabe identificar sua
A apresentação cefálica pode ser face da pélvis, sendo elas, anterior (A),
de 4 tipos, sendo elas: posterior (P) ou transverso (T).
→ Vértice = flexão *OBS.: na posição transversa existe uma
→ Bregma = indiferente (nem flexionada classificação a mais que é para saber qual
nem deflexionada) parte está em contato com o canal
→ Frente = deflexão pronunciada vaginal, podendo ser, o dorso (D) ou o
→ Cara = deflexão completa ventre (V). essa sigla fica entre a direção
Pelviana completa: se os membros e a face.
inferiores se mantêm empelotados em *Exemplo: OIIA 🡪 Occipital, osso Ilíaco,
atitude fisiológica. lado Esquerdo e face Anterior.
Pelviana incompleta: modalidade das Todos os tipos de vértices devem
nádegas, quando os músculos estão ser rotacionados até a occipital púbis (OP)
flexionados sobre o abdômen e as pernas ou occipital sacra (OS) que são as
estendidas. posições ideais para um parto normal.
(cai na prova)Ponto diagnóstico: Na transversa o ângulo da axila é
elemento fetal que forma parte de cada a que marca a posição (esquerda ou
modalidade de apresentação. direita). O dorso indica a variedade de
(cai na prova)Ponto guia: elemento da posição (anterior ou posterior). O motivo
apresentação elegido que serve para dessa abreviatura leva 5 siglas. Exemplo:
estabelecer a posição e variedade de AIDDA (Acrômio, Ilíaco Direito, Dorso
apresentação. Anterior).
Na história clínica se registra a 3- Canal do parto
colocação do produto da concepção com Por onde deve transcorrer o feto
siglas que indicam a apresentação, para sua expulsão. É formado por uma
posição e variedade de posição. Essas parte de músculo (pélvis mole) e por parte
siglas resume os dados obtidos pelo tato óssea (pélvis menor óssea).
e utiliza pontos anatômicos denominados A pélvis menor tem um orifício de
de ponto guia e ponto diagnóstico. A entrada (estreito superior), um trajeto
primeira sigla corresponde a (escavação) e um orifício de saída
apresentação e é o ponto de referência (estreito inferior).
para as demais siglas. (cai na prova)Estreito superior:
- Siglas de apresentação em vértice: promontório; alas do sacro; linhas
→ A apresentação de occipital será O. inominadas coxais; cristas pectinas; borda
→ A apresentação de bregma será B. superior do púbis
→ A apresentação de frente será F. (cai na prova)Estreito inferior: vértice do
→ A apresentação de cara será M. cóccix; ligamentos sacro ciáticos maiores;
- Siglas de apresentação pelviana ísquios; borda inferior do púbis
completa ou incompleta: o ponto de (cai na prova)Escavação pélvica: é
diagnóstico é a crista coccígea e a sigla é circular e seu diâmetro é de 12cm.
S (sacro). saber os cms das estruturas(cai na
- Sigla de apresentação transversa: o prova)
ponto de diagnóstico e de referência é o Planos de Hodge (cai na prova):
acrômio e a sigla é A. → 1o plano: entre o promontório e a
Após identificar a apresentação borda superior do púbis.
com a sua sigla, o próximo passo é → 2o plano: entre a face anterior da 2a
identificar qual o osso guia, podendo ser, vértebra sacra e a borda inferior da púbis.
o osso ilíaco (I), a púbis (P) ou o sacro → 3o plano: entre o nível das espinhas
(S). O sacro e o púbis são denominados ciáticas. Articulação entre a 4 a e 5a
apresentações diretas. vértebra sacra.
Após esses dois passos, a → 4o plano: borda do cóccix.
próxima etapa é identificar a direção em
Pélvis androide: semelhante com a 2- Trabalho de parto: conjunto de
pélvis masculina, pequena, mas fenômenos fisiológicos que tem como
harmônica. objetivo a saída de um feto viável dos
Pélvis antropoide e platipeloide: genitais maternos. Se divide em 3 partes:
ligamento deformado pela diminuição em → Borramento e dilatação
cada um dos diâmetros. Transverso na → Expulsão do feto
antropoide e anteroposterior na → Período placentário ou alumbramento
platipeloide. O trabalho de parto envolve
Canal mole: Conjunto de músculo fibra fenômenos ativos (contrações e puxos), e
aponeurótico com piso ou solo perineal. passivos (formação do segmento inferior,
Esta formado por dois perímetros: borramento e dilatação do colo uterino,
1. Perímetro pré-coccígeo: dilatável expulsão de mucos, formação de bolsas
constituída por dois planos musculares. de água, ampliação do canal mole,
→ Superficial: esfíncter externo do ano, mecanismo do parto e fenômenos
transverso superficial do períneo, plásticos).
constritor da vulva e isquiocabvernoso. 3- Fenômenos ativos(cai na prova):
→ Profundo: elevador do ano com seus Contrações:
fascículos pubianos, ilíaco, isquiático e Características das contrações:
transverso profundo. →Tono: pressão mais baixo registrada
Linha média: rafes ou tendões fibrosos entre as contrações;
(anovulvar e anococcígeo). → Intensidade (amplitude): ↑ da pressão
2. Perímetro coccígeo: inextensível intra uterina causada por cada contração;
(glúteo maior, ligamento sacrociático e → Frequência: nº de contrações em 10
isquiococcígeo). min;
→ Intervalo: tempo entre os vértices de 2
Trabalho de parto, mecanismo do parto contrações consecutivas.
e atenção do parto → Atividade uterina: intensidade x
1- Definições (cai na prova): frequência de contrações. è expressa em
Parto: expulsão de um feto com peso ⩾ mmHg ou unid. de Montevideo
500g ou ⩾ 22 sem. Durante as 30 primeiras sem de
Parto de término: entre 37 e 41 sem. gestação o tono uterino oscila entre 3-8
Parto de pré término: entre 28 e 36 sem. mmHg e a atividade uterina é menor a 20
Parto imaturo: entre 22 e 27 sem. unid. Montevideo.
Aborto: término da gestação antes de 22 Tipos de contração (cai na prova!):
sem. completas ou com peso inferior a → Tipo A: de pouca intensidade (2-4
500g. mmHg), confinadas a pequenas áreas do
Nascido morto ou mortinato: expulsão útero, e NÃO são percebidas pela
de um feto de 22 sem. ou + e/ou com gestante nem com palpação abdominal.
peso ⩾ 500g. → Tipo B: também chamadas de
Nascido vivo: RN que independente da contrações de Braxton-Hicks, tem maior
duração da gestação ou peso, respira ou intensidade (10-15 mmHg), se propagam
de qualquer outro sinal de vida, ainda que por uma área maior do útero, e são
faleça segundo depois. percebidas pela gestante como
Parto de pós término: gestação que dura endurecimento indolor.
42 sem. ou mais. As contrações de Braxton Hicks
Parto de começo espontâneo: se inicia vão ↑ a medida que progride a gestação e
sem que haja intervenção de agentes na 30 sem chegam a 8 contrações/h.
externos. Começo do parto(cai na prova): se
Parto induzido: se inicia com ação aceita que o parto iniciou quando…
deliberada de ag. externos. → dilatação cervical >2 cm
Parto normal ou eutócico: evolui com → intensidade com promedio = 28 mmHg
todos seus parâmetros dentro dos limites → Frequência média de 3 contrações em
normais. 10 min
Parto distócico: apresenta alteração em → atividade uterina com promedio de 85
sua evolução. unid. Montevideo
→ tono = 8 mmHg multíparas o borramento é simultâneo a
Período de dilação: a medida que a dilatação.
dilatação progride, a intensidade e a Expulsão de limos (perda do tampão
frequência das contrações ↑ mucoso): perda de substância mucosa
gradualmente. espessa pela vulva, as vezes com estrias
→ intensidade = 41 mmHg de sangue. Esse tampão ocupa o cérvix e
→ frequência = 4,2 contrações em 10 min. com início da dilatação se desprende.
→ atividade uterina = 182 unid. Formação das bolsas de água: atua
Montevideo como dilatadora do colo e protege a
→ tono = 10 mmHg cavidade ovular e o feto contra ascensão
Período expulsivo: o colo uterino está de germes patogênicos. Evita o modelado
totalmente dilatado. As contrações excessivo da cabeça ocasionado pelo
completam o descenso e causam o parto parto.
com ajuda dos puxos. Quando o desenvolvimento do
→ intensidade = 47 mmHg parto é normal, ao final do período de
→ frequência = 5 contrações em 10 min. dilatação a bolsa de água se rompe
→ atividade uterina = 235 unid. espontaneamente em 75% dos casos.
Montevideo Nomenclatura de acordo com o momento
→ tono = 12 mmHg do rompimento:
Puxos:são fortes contrações dos músc → Prematura: antes do começo do
expiratórios da parede torácica e trabalho de parto.
abdominal (retos anteriores, oblíquos e → Precoce: durante o período de
transverso). Podem ser espontâneos ou dilatação sem que este esteja completo.
dirigidos. → Tempestiva ou oportuna: quando o colo
Não é conveniente que a gestante está totalmente dilatado.
faça este esforço a menos que a dilatação → Tardia: depois da dilatação completa
esteja completa, tão pouco quando o em período expulsivo.
útero esteja relaxado. → Alta: quando a ruptura se efetua em
O útero possui marcapassos cima da área cervical.
naturais, onde se originam a onda → Falsa: ruptura de corion com
contrátil, eles se localizam próximo ao integridade dos amnion.
corno uterino, sendo um direito e um Ampliação do canal mole: a vagina, o
esquerdo. As contrações normais são anel himenal, a vulva e o períneo se
provenientes de apenas um deles, sendo distendem progressivamente em
o direito o dominante. consequência da descida da bolsa.
Durante uma contração normal, a Mecanismo de parto: em cada etapa o
mesma é difundida do marcapasso ao feto muda de atitude e executa
resto do útero de forma descendente, em movimento de rotação para acomodar-se
uma velocidade de 2 cm/seg, aos distintos eixos e diâmetros da pelve.
completando todo o órgão em aproxim. 15 Se divide em 4 tempos:
seg. → acomodação ao estreito superior
A onda contrátil normal do parto se → encaixamento e descenso
caracteriza por ter um triplo gradiente → rotação intrapélvica da apresentação
descendente. Consta de 3 componentes: → desprendimento
a propagação descendente, a duração da 5- Atenção do parto
fase sistólica e a intensidade, ambas Deve ser feita a avaliação do risco
maiores nas partes altas. de parto, pois toda gestante tem algum
4- Fenômenos passivos (cai na prova): risco potencial de ter alguma complicação.
Formação do segmento inferior: o As etapas mais perigosas são o parto e o
segmento inferior constitui a porção puerpério imediato; e uma gestante de
ístmica do útero não gestante, entre o baixo risco pode complicar-se.
colo e corpo uterino. 6- Condutas ao iniciar o parto
Borramento e dilatação: em nulíparas - Diagnóstico
primeiro borra e depois dilata, em - Ex. físico
- Procedimentos de rotina: higiene, enema - modelamento do crânio fetal
(avaliar se o mesmo é necessário), retirar (preencher o quadrado com 1- p/
os pelos (pode ↑ o risco de infecções), sutura lado a lado, 2- p/ sutura
alimentação e hidratação (avaliar a superposta porém redutível, e 3- p/
possibilidade anestesia geral, pois o sutura superposta irredutível)
esvaziamento gástrico pode não ser feito → Condição materna
aumentando as chances de vômito ou - pulso (a cada 30 min), PA (a cada
aspiração). 4h) e temp (a cada 2h).
- Fazer uma via de acesso - urina (vol., proteínas e acetona)
- Fazer o controle materno de: - drogas e tto EV: registrar qualquer
temperatura (ao chegar e depois a cada droga adicional adm, inclusive liq.
4h), pulso radial e PA (fora das contrações - ocitócicos: registrar a quantidade
e com a paciente sentada ou em decúbito de ocitocina por vol. de liq EV. Em
esquerdo). gts/min a cada 30 min quando
Ao se iniciar o trabalho de parto utilizada.
ativo, o mesmo irá passar por uma fase No partograma é anotado o nº de
latente, até que a dilação comece a horas, que corresponde ao tempo
acelerar, então entrará na fase ativa, até a transcorrido desde o início da fase ativa; e
dilatação completa, e expulsão do produto a hora real, aquela registrada pelo relógio.
e em seguida da placenta. Ao final do parto o médico deve
7- Partograma (saber o que é apenas) preencher ainda no partograma os dados
Instrumento que permite vigiar a correspondentes ao produto expulso.
fase ativa e identificar o grupo de 8- Período expulsivo
parturientes que podem ter algum Ocorre quando a mãe sente
problema na segunda fase do trabalho de espontaneamente o desejo de empurrar e
parto. se constata a dilatação completa do colo
Variáveis a avaliar no partograma: uterino.
→ Progressão do trab. de parto: A vigilância das contrações e
- dilatação cervical: é avaliado em batimentos fetais devem ser constantes
cada exame vaginal e deve ser durante este período. É frequente que
anotada a partir dos 4 cm com X hajam bradicardias importantes durante o
sob a hora referente. Nesta parte descenso da apresentação.
havera duas linhas, a linha de 9- Conduta durante o desprendimento
alerta, que corresponde a linha - Asepxia (limpeza vulvar e perineal,
que começa em 4 cm de dilatação colocação de campos estéreis)
e vai até a dilatação total esperado - Bexiga urinária: caso muito
a uma veloc de 1 cm/h; e a linha distendida realizar cateterismo da
ação, que é paralela a anterior. mesma
- descenso da cabeça fetal - Posição da parturiente
- contrações uterinas: a cada 30 - Participação da mãe
min, deve-se contar o nº de - Proteção do períneo (afim de
contrações em um intervalo de 10 evitar desgarros)
mín e a duração em segundos, se - Episiotomia (caso necessário)
forem >20 se preenche com *Manobra de Ritgen: é realizada quando
pontos, entre 20-40 com linhas a cabeça distende a vulva e o períneo o
diagonais e se >40 o quadrado suficiente para abrir o intróito vaginal.
deve ser todo pintado. Com uma mão coberta por uma
→ Condição fetal: compressa se faz pressão sobre o queixo
- FC fetal fetal através do períneo frente ao cóccix,
- membranas e liq amniotico ao mesmo tempo que a outra mão exerce
(preencher o quadrado com I- pressão superior ao occipício.
íntegras, R- rompida, C- liq claro, Depois do nascimento da cabeça,
M- liq meconial, e S- liq o occipício gira frente a uma das coxas
sanguinolento) maternas e a cabeça adota uma posição
transversa.
*Movimento de restituição-rotação - Mediana: se estende da comissura
externa: indica que o diâmetro biacromial posterior da vulva até o ânus, seguindo a
(diâmetro transversal do tórax) rotacional linha do rafe perineal;
até o diâmetro anteroposterior da pelve, - Médio lateral: parte da comissura vulvar
saindo assim de maneira espontânea, posterior e segue um trajeto diagonal no
neste momento o médico com a duas mão períneo em direção a tuberosidade
deve exercer sobre a cabeça fetal uma isquiática ipsilateral, em um ang de 45-60º
tração descendente suave até que e 3-4 cm de longitude.. (*preferível)
apareça o ombro anterior. Depois com (cai na prova)A episiotomia deve
movimento ascendente fazer nascer o ser realizada no momento correto, ou
ombro posterior. seja, quando a cabeça fetal é visível no
*Circular de cabeça e ombro: possíveis intróito vulvar em um diâmetro de 3-4 cm.
voltas do cordão umbilical que podem Quando realizada tardiamente pode
estar ao redor do pescoço do feto. causar elongação, estiramento ou ainda
Depois do nascimento do ombro lesão muscular nervosa. Quando
anterior, é necessário deslizar o dedo até realizada precocemente pode gerar uma
o pescoço do feto a fim de verificar se o hemorragia.
mesmo não está circulado por 1 ou + 3- Elementos seccionados (cai na
voltas do cordão umbilical. Caso isso prova!)
ocorra, deve-se observar se a mesma → Pele
está frouxa a ponto de passar pelos → TCS
ombros ou cabeça, ou se será necessário → Mucosa vaginal
cortá-la. → Músculo bulbocavernoso
→ Músculo isquiocavernoso
Episiotomia → Músculo transverso superficial do
Consiste na secção do períneo períneo
vaginal realizado na linha média ou em → “Haces” pubianos do elevador do ânus
sentido médio lateral. 4- Episiorrafia
Realizado a fim de evitar É o processo pelo qual se repara a
desgarros importantes quando a cabeça episiotomia, nele se afrontam tecidos
fetal coronando distende excessivamente iguais de ambos os lados da incisão, e se
o períneo, fazendo com que o mesmo procede com a sutura evitando deixar
fique fino e de cor branco nacarado, espaços mortos, juntando planos
sinalizando iminência de ruptura ou musculares e celulares, em seguida a
quando o mesmo é impedimento para o mucosa vaginal, começando pelo ângulo
nascimento do bebê. da mesma; e por último a pele.
1- Quando realizar (cai na prova) Para este procedimento são
→ Evitar extração instrumental (fórceps, utilizados suturas reabsorvíveis
espátulas, ventosas) 5- Classificação dos desgarros
→ Apresentação de nádegas ou certas vulvoperineais (cai na prova)
apresentações cefálicas (cara, occipito - Grau I: afeta unicamente pele e mucosa
posterior) - Grau II: afeta musculatura perineal
→ Distocia de ombros, macrossomia fetal - Grau III: quando incluem o esfíncter
→ Períneo com riscos: frágil, cicatricial, externo do ânus
curto - Grau IV: quando já afeta a parede do
→ Feto frágil: prematuro, ante sofrimento reto.
fetal. 6- Complicações (cai na prova)
2- Técnica - hemorragias
se infiltra lidocaína 1-2% no trajeto - hematomas
onde se vai incidir, no plano superficial e - deiscência
profundo, logo em seguida se incide com - dor
a tesoura o sítio escolhido: (cai na prova - infecção
os tipos) - fístulas
Período placentário ou alumbramento placenta a fim de comprimir os vasos
É o período compreendido entre o arteriovenosos.
nascimento e a expulsão da placenta. 2- Atenção do período de
Neste período a atenção deve ser alumbramento
redobrada, pois é onde ocorrem as Pode se dar de 3 maneiras….
hemorragias graves que causam morte → Manejo expectante, conservador ou
materna. É admitido um tempo de 30 min fisiológico: se observa a expulsão natural
para este processo sem que o mesmo da placenta sem nenhuma intervenção.
seja considerado patológico. Se divide em → Manejo expectante + ocitócico
4 tempos… preventivo: se agrega ao manejo
1. Desprendimento da placenta: ocorre expectante um agente ocitócico de rotina
principalmente pela atividade contrátil do (10UI de ocitocina IM após o parto) como
útero, demora entre 4-8 mín. O única intervenção. Isto reduzirá os riscos
rompimento dos vasos durante o de hemorragia.
desprendimento produz um hematoma → Manejo ativo: adm de ocitocina
interuteroplacentario. Este imediatamente após o nascimento. Tração
desprendimento pode ocorrer através de manual e controlada do cordão umbilical
2 mecanismos diferentes, são eles: junto com pressão simultânea exercida
→ Baudelocque Schultze: o desde o abdômen sobre o fundo do útero.
desprendimento se inicia na zona central. (*preferível atualmente)
Toda a perda de sangue será ao FINAL Após a saída da placenta deve-se
(sangramento tardio). A placenta será revisar sua cara fetal e materna com o
expulsa por sua cara fetal. intuito de verificar que não tenha ficado
→ Baudelocque Duncan: o fragmentos residuais no útero.
desprendimento se inicia pela periferia. A 3- Complicações do manejo ativo
perda sanguínea será notória desde o - ruptura do cordão
INÍCIO do desprendimento (sangramento - inversão do útero
precoce), antes da expulsão. A placenta - retenção de restos da placenta
será expulsa por sua cara materna. Quando há qualquer possibilidade
2. Desprendimento das membranas de que tenham ficado restos de placenta,
3. Descenso se faz necessário recorrer ao tato
4. Expulsão intrauterino e a extração imediata das
1- Evolução clínica do alumbramento porções placentárias não eliminadas, se
Um tempo depois da expulsão do ainda houver dúvidas se recorrerá ao
feto, o útero continua sua atividade raspado com cureta roma de Pinard.
contrátil, e logo a mulher sentirá 4- Cuidados ao final do parto
novamente contrações, do - Controlar o pulso, a PA, perda sang, e o
desprendimento até a expulsão, estes são globo de segurança de Pinard;
os fenômenos subjetivos. - Injeção de ocitocina;
A palpação a nível do útero mostra - Lavagem dos genitais externos;
modificação do volume, situação, forma e - Se houverem desgarros perineais
consistência do mesmo. A aparição das sutura-los;
dores indica as contrações de - Não abandonar a parturiente num
desprendimento, já a saída de sangue período de 2h.
indica a manifestação da separação - Alojar mãe e filho até a sua alta.
uteroplacentária, em média este volume é
de 300ml. Estes são os chamados Puerpério
fenômenos objetivos. Começa logo após a saída da
Hemorragia pós parto: vol de sangue placenta e se prorroga pelas próximas 6
ultrapassa 500ml. semanas. Nesse período há
Hemorragia pós parto severa: vol transformações anatômicas e funcionais.
ultrapassa 1000ml. Há regressão de todas as modificações
Globo de segurança de Pinard: forma que a paciente teve durante a gravidez
globulosa de dureza lenhosa adotada pelo com exceção das mamas.
útero retraído após a expulsão da 1- Períodos do puerpério (cai na prova)
•Puerpério imediato: são as primeiras Durante os primeiros 12 dias o
24h. útero tem uma localização abdominal.
•Puerpério mediato: engloba após as • No 1o dia seu fundo está a nível
primeiras 24h até o 10o dia depois do do umbigo.
parto. • No 6o dia seu fundo está na
•Puerpério distante (alejado): desde o metade entre o umbigo e a borda superior
11o até o 42o dia. do púbis.
•Puerpério tardio: depois dos 42 dias até • Depois do 12o o fundo se encontra
os 364 dias após o parto. a nível intrapélvico.
2- Modificações locais 8- Dores posteriores (entuertos)
Após a expulsão de seu conteúdo • Dores produzidas pelas
o útero pesa entre 1200 a 1500g e tem contrações uterinas do puerpério.
um tamanho de 25 a 30cm. A involução • Ocorre principalmente no
uterina se estende até a aparição da momento em que a criança é tirada do
primeira menstruação. peito.
3- Fundo uterino (cai na prova) • Se persistir por depois do 3o dia é
No primeiro dia ele se encontra a de se levar em consideração a presença
nível da cicatriz umbilical. Ele diminui resto placentário.
cerca de 2cm por dia. • O estímulo da sucção desencadeia
Entre o 7o e o 10o dia ele se a liberação de oxitocina pela glândula
encontra a nível da sínfises pubiana. retro hipófise, esse hormônio causa a
Na 6o semana o útero já tende a contração do útero, o que ocasiona a dor.
apresentar um tamanho normal. 9- Lóquios
4- Trocas cervicais É a perda de sangue, muco e
O colo uterino recupera sua tecidos do interior do útero durante o
consistência normal após a desaparição puerpério devido a feridas placentárias e
do edema e retoma sua longitude normal das escoriações do colo e da vagina.
por volta do 3o dia. O orifício cervical Dura em torno de 15 dias. Nos
interno (OCI) se fecha até o 12o dia, primeiros 5 dias a paciente perde em
entretanto, o orifício cervical externo torno de 800 a 1000g e chega a 1500g
(OCE) demora mais para se fechar. até o final do puerpério. A partir do 7o dia
5- Modificações gerais há uma diminuição dos elementos
A pigmentação da face, senos e sanguíneos, predominando as secreções
abdômen se aclaram lentamente. As das glândulas do trato vaginal, deixando
estrias perdem sua cor avermelhada e se assim o lóquio com consistência serosa.
torna perolada (nascaradas) com o passar O odor é semelhante ao hipoclorito
das semanas. de sódio. Em alguns casos pode ser
6- Avaliação do puerpério imediato desagradável e fétido, dando
Logo após a evacuação do útero, característica de algum processo
a melhor apresenta uma sensação de infeccioso. Quando há infecção os lóquios
alívio e bem-estar. Sua face se encontra são turvos, achocolatados ou purulentos.
tranquila e normocorada. A respiração 10- Glândula mamária
volta ao normal com pulso leve, regular e • Os mamilos (senos) se encontram
amplo. Apesar da tranquilidade, a vulva turgentes, duros e as vezes dolorosos.
pode apresentar algumas moléstias. • A alta pressão nos mamilos fazem
A vigilância nas primeiras 2h do com que despejam algumas gotas de
puerpério imediato é importante, pois é o líquido leitoso.
momento de maior risco para hemorragias • Entre os fenômenos gerais
e choque. A hemorragia pode ser devido podemos encontrar um ligeiro mal-estar,
a uma atonia uterina, retenção de restos taquicardia e pequena elevação térmica.
placentários e desgarros cervicouterinos e Esse estado dura cerca de 24 a 48h e
vaginais. Deve-se fazer o controle de logo após se instala a secreção láctea.
pulso, PA, temperatura e retração do 10.1- Lactância materna
útero. • Inicia na primeira hora de vida.
7- Involução uterina (cai na prova)
• A ingestão do colostro aumenta a • Desidratação.
secreção de oxitocina que causa uma • Feridas e escoriações abertas pelo
diminuição da causa de metrorragia trânsito do feto.
puerperal e o aumento da produção de 1.2- Classificação
prolactina que favorece a lactância A) Localizada
prolongada e satisfatória. • Vulvites: ocorre nos primeiros dias
11- Cuidados da paciente do puerpério a nível dos desgarros da
• Vigiar a diurese espontânea. vulva e períneo e causa uma elevação da
• Avaliar as moléstias e dores. temperatura e dor ao tato. Com a demora
• Higiene dos genitais. para o tratamento a infecção pode invadir
• Os mamilos requerem a limpeza os gânglios, paramétrios e ascender e
antes e depois da amamentação. infectar o endométrio.
• Prestar atenção nas fissuras ou • Vaginites: ocorre por sutura das
rachaduras dos mamilos com feridas vaginais e tampão de gaze. Em
substâncias emolientes. caso confirmado sempre investigar se não
12- Deambulação há uma parametrites o endometrites
• Ter uma mobilidade para evitar a produzida por vizinhança.
estase sanguínea. • Cervicites: ocorre devido a
• Favorecer a involução uterina e a desgarro do colo uterino.
eliminação de lóquios. • Endometrites.
• Favorecer a tonicidade dos A.1) Endometrites
músculos abdominais. Deve-se um destaque maior, pois
13- Condições para alta suas lesões são mais profundas a nível
• Entre as 24 a 48h do puerpério. da área placentária.
• Informar a mãe sobre as Sua sintomatologia é de início
condições do RN. brusco, entre 3 a 5 dias de puerpério.
• Métodos de planificação familiar. Causa calafrios, febre entre 39o e 40o e
• Evitar a alta precoce, mas caso taquicardia. O útero se encontra
necessário assegurar que a mãe tenha subdesenvolvido, mole e doloroso. O
facilidade de comunicação e acesso ao lóquio é abundante de cor achocolatada
hospital desde seu domicílio. que mais tardiamente se torna purulento e
• Explicar os sinais de alarme como fétido.
sangramento, febre, dor intensa, elevação Ela pode ser dividida em séptica,
da PA, etc. pútrida, parenquimatosa, dissecante ou
• Consulta simultânea com mãe e gangrenosa e loquiométrica.
filho nos primeiros 8 a 10 dias após o B) Propagada
parto. São infecções causadas por
14- Observações contiguidade da mucosa por via hemática
Em alguns casos é necessário ou linfática. Um grande exemplo dessa
inibir a lactância, tais como, morte do feto, classe é a septicemia que é causada pelo
mãe com HIV positivo e mãe com Streptococcus e tem uma progressão
tratamento para câncer de mama. Para muito rápida, apresentando calafrios,
isso utilizamos a cabergolina. temperaturas acima de 400, palidez e
Puerpério patológico sialorreia nas primeiras 24h. e sua
Algumas complicações que progressão é rápida, causando delírios,
surgem na gravidez podem persistir diarreia e dispneia tóxica, que pode levar
durante o puerpério e torna-se crônica ou a morte.
agravar-se. As mais comum são infecções 1.3- Tratamento geral das infecções
e hemorragias. Para a prevenção é recomendado
1- Infecção vaginais puerperal evitar ao máximo o número de tatos
1.1- Fatores predisponentes vaginais durante o parto e ainda mais
• Rompimento prematuro das durante o puerpério. Nos casos de
membranas ovulares. rompimento prematuro das membranas
• Trabalho de parto prolongado. (RPM) deve-se iniciar tratamento com
• Hemorragias profusas. antibióticos.
O ideal é fazer o tratamento • Hemorragias precoces (tema de
específico para o germe identificado prova): conhecida como os 4T
durante um cultivo feito através das • Tônus = atonia uterina.
secreções. Caso não seja possível • Traumas = desgarro do colo
realizar o cultivo podemos tratar com: uterino.
• Clindamicina 900mg + gentamicina • Tecido = retenção de restos
1,5mg/kg por via endovenosa a cada 8h. placentários.
• Cefalosporina + gentamicina • Trombina = discrasias sanguíneas.
(aminoglicosídeo). • Hemorragias tardias:
• Metronidazol para suspeita de • Retenção de cotilédones ou restos
infecções por anaeróbios. placentários.
2- Infecções mamarias puerperal • Quando o desgarro do colo uterino
2.1- Gretas e fissuras do mamilo não é curado por completo.
As gretas são feridas superficiais e as 2.1- Períodos placentários patológicos
fissuras são quando se aprofundam e É dividido em três períodos, sendo
afetam a derme do mamilo. eles, retenção da placenta e membranas
A dor é intensa e se irradia para o ovulares, hemorragias do alumbramento e
parênquima mamário. Caso o bebê inversão uterina.
apresente vomito com sangue em forma A) Retenção placentária e membranas
de melena é uma indicação de que ovulares
durante a sucção o sangue sai da greta. A Ela pode ser total em dois tipos,
greta constitui uma porta de entrada para sendo eles, distocias dinâmicas (inercia e
infecções. anéis de contração) e distocia anatômica
O tratamento buscará evitar (aderência anormal da placenta). Pode
infecções mediante a utilização de ser também parcial de dois modos, tais
soluções antissépticas, com pomada como, restos placentários e restos de
cicatrizante e suspensão transitória da membrana.
mama afetada. A distocia contração ou de inercia
2.2- Mastite Puerperal é a atividade contrátil insuficiente para
Surgem entre a 1a semana e o 4o desprender a placenta. Pode ocorrer
mês do puerpério. Ela pode ser de dois devido ao uso de drogas sedantes,
tipos, sendo eles: distensão exagerada das fibras
• Linfangite superficial: A paciente musculares (hidramnios e gravidez
apresenta calafrios, febre entre 38o e 39o gemelar), degeneração das fibras
e taquicardia. A mama se encontra musculares (multiparidade e fibromatose),
avermelhada e se torna pálida ao ser esgotamento da atividade contráctil
pressionada. Não há presença de infarto (partos prolongados) e infecção amniótica.
mamário e pode curar entre 24 e 48h. A distocia anatômica ocorre
• Mastite intersticial: A paciente quando o endométrio está alterado por
apresenta calafrio, rede epidérmica inflamação ou traumatismo prévio, desse
avermelhada, febre por volta de 39o a modo, a placenta cresce sobre uma
41o, dor e tumefação edematosa dos decídua basal defeituosa ou ausente. As
senos afetados. Os gânglios axilares vilosidades coriônica crescem entrando
estão edematosos e é possível palpar. em contato direto com a parede muscular.
A) Tratamento O diagnóstico é feito pelo tato
• Tratar as gretas e fissuras e uterino onde se nota que uma parte da
amenizar a dor. placenta se encontra livre, mas outra
• Interromper a lactância na mama ainda se encontra aderida e não é
enferma, mas continuar esvaziando a possível encontrar um plano de clivagem
glândula. quando se tenta o alumbramento manual.
• Em caso de abscesso é O tratamento é a realização de uma
necessário fazer a drenagem cirúrgica. histerectomia.
2- Síndromes hemorrágicas do A.1) Graus de penetração das
puerpério vilosidades (tema de prova)
• Acreta: quando a vilosidade está • Níveis de estrogênio e FSH estão
firmemente aderida ao miométrio sem diminuídos. (doutora destacou esse
penetrá-lo. tópico)
• Increta: quando a vilosidade se • A amenorreia pode durar até a
introduz no miométrio, mas não a menopausa que se instala precocemente.
atravessa. • Em alguns casos há remissão
• Percreta: quando a vilosidade espontânea da síndrome.
atravessa o miométrio e chega até a 3.3- Síndrome de Sheehan (tema de
camada serosa. prova)
B) Atonia uterina • Falha hipofisária produzida por
Assim que a placenta é expulsada uma hemorragia grave do parto ou
o útero não se contrai bem, alterando pós-parto imediato.
assim a hemostasia. O útero se encontra • Causa uma necrose asséptica da
aumentado, de consistência mole e não glândula, provocada por uma isquemia ou
há formação do globo de seguridade de por um tromboembolismo da artéria que a
Pinard. O tratamento é feito com irriga.
massagem e administração de oxitocina, • A necrose não afeta toda a
caso ambos os métodos não resolvam, a glândula e em raros (quase nunca) os
histerectomia se faz necessária. casos afeta a hipófise posterior.
C) Inversão uterina • Para que haja a presença de
É a saída do fundo uterino através manifestações a necrose deve afetar ¾
da vagina e ocorre no terceiro estágio do da parte da glândula.
trabalho de parto. Pode ser causada pela • A sintomatologia se traduz ao
inercia uterina, tração do cordão umbilical, sofrimento das glândulas de secreção
placenta fúndica e pelo acretismo interna, tais como, ovários, tireoides e
placentário. O quadro clínico apresenta córtex suprarrenal, uma vez que, depende
dor pélvica que pode evoluir a uma de estímulos da adenohipófise.
hemorragia abundante e ocasionar Manifestações clínicas:
choque. O tratamento é a restauração do • Aparecimento do colostro e
útero a sua posição de origem através da ausência do aumento de leite. Sinal que
manobra de Johnson. deve chamar a atenção.
3- Síndromes endócrinas do puerpério • Atrofia das mamas.
3.1- Hipogalactância • O útero sofre involução. O
• É a diminuição da secreção láctea. miométrio se encontra fibroso.
• Hipogalactância primária: ocorre • Endométrio esta delgado.
desde o começo e é devido a uma • Ovários com folículos primordiais.
hipoplasia glandular. • Citologia vaginal atrófica.
• Hipogalactância secundária: surge • Todas essas manifestações se
após um período breve de lactância traduzem em amenorreia e ausência de
normal. Ocorre devido a erros técnicos na hormônios sexuais.
amamentação, defeito de sucção do • Sinais de hipotireoidismo
lactante (lábio leporino) ou por causas (constipação, secura da pele e sudoração
maternas (gretas e fissuras). axilar exagerada).
3.2- Síndrome de Chiari-Frommel • Ligeira obesidade.
• Causa uma atrofia do útero O paciente pode sobreviver por vários
pós-parto, amenorreia e galactorreia. anos até que algum processo
• Afeta predominantemente as desencadeie um coma terminal. A morte
primíparas. pode vir subitamente por insuficiência
• A galactorreia afeta os dois senos. suprarrenal, mesmo em mulheres
• Vulva com característica de atrofia saudáveis, mas com a síndrome de
senil. Sheehan latente. Todas as mulheres que
• Vagina seca e dolorosa. tenham sofrido hemorragia de choque
• Endométrio atrófico. obstétrico grave devem-se suspeitar na
possibilidade dessa síndrome estar oculta.
4- Síndromes neuropsíquicas do
puerpério
Os grandes níveis de estrogênio e
de progesterona antes do parto e a
grande queda desses níveis após o parto
é de se associar a depressão puerperal.
4.1- Tristeza puerperal
• 30 a 50% das mulheres pós-parto,
principalmente primíparas.
• Se inicia entre o 3o e o 5o dia
após o parto e normalmente é transitório
durando de dias a semanas.
• Apresenta episódios de choro,
inquietude, insônia, confusão,
esgotamento e cefaleia.
• Não está relacionada com
situações de estresse, influências
socioculturais, desordem psiquiátrica
pessoal e nem familiar.
• Não é necessário um tratamento
psicofarmacológico.
4.2- Síndrome depressiva
• Está presente em 10% das
mulheres pós-parto. Surge de 3 a 6
meses depois do parto e dura por volta de
1 ano.
• A paciente apresenta isolamento,
irritabilidade e comportamento antissocial.
4.3- Psicose puerperal
• É o transtorno mais grave e mais
raro. Surge por volta do 10o ao 14o dia
após o parto, mas também pode aparecer
meses depois.
• As mulheres com episódios de
transtornos depressivos ou
esquizofrênicos e antecedentes familiares
de enfermidade psiquiátrica são as mais
suscetíveis.
• A paciente apresenta perda de
contato com a realidade, confusão,
alucinações vividas, delírios paranoides,
comportame

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