O LA é um líquido aquoso que se aminoácidos lipídios, carboidratos, etc). encontra dentro da membrana amniótica e Celularidade: circunda o feto durante a gestação. - amnios; Origem: - mucosas; 1º trimestre soro materno (plasma) - pele fetal. Posteriormente (20 sem): urina fetal, Na 14ª sem é acelular, entre a 20-30ml/h ao término da gestação. 14-32ª sem é escassa, e na 37ª aumenta Características: bruscamente (céls nucleadas e - claro, ligeiramente opaco, às anucleadas e também mesenquimais). vezes branco acinzentado ou Medição da LA: ambar; - Diluição de pigmento: injeção de - odor: semelhante a hipoclorito de pequena quantidade de pigmento na sódio cavidade amniótica, em seguida é obtida - Densidade: 1007 uma amostra para valoração da - pH: 7,4 (alcalino). concentração da mesma; - Volume aumenta até 34-35 sem - Valoração ecográfica: (1000/1500ml); 1. Medida vertical da bolso maior; - Volume final gestação 500/800ml. 2. Medida de 2 diametros de um bolso Funções: (vertical e horizontal); - Proteção de traumas; 3. Índice do LA (ILA): divide-se em 4 - Manter temperatura; partes das quais se mede as zonas livres - Homeostasia bioquímica fetal; e as soma. - Crescimento fetal; Fatores que afetam ao ILA: - Valorar maturação pulmonar e - variação interobservador; saúde fetal; - pressão do transdutor; - Proteção durante trabalho de parto - apresentação fetal; e dilatação cervical. - estimulação vibro acústica; Reabsorção: - realização de ecodoppler. - Via intramembranosa: através do cordão Classificação ILA: umbilical, ocorre por difusão simples, e - Oligoâmnios: <5cm (associados a óbito, mobiliza grande quantidade de água prematures, RCIU e alteração da FCF); (50ml/h); - Liq. reduzido: 5-8cm; - Via transmembranosa: através da - Normal: 8-18cm; membrana amniótica, onde seu epitélio - Liq. aumentado:18-25cm; permite passagem em ambos sentidos; -Polihidrâmnios: >25cm - Aparato respiratório: através do feto e seus movimentos respiratórios há Oligoâmnios absorção de LA. LA inferior a 500ml em gestações *A deglutição fetal é o principal maiores a 22 sem, sendo <2cm em ILA mecanismo de absorção de LA (500ml em considerado severo. Ocorre 1-5%. 24H). Etiologia: Composição: - Insuf. placentária; - água: 98-99%; - Pré eclâmpsia; - solutos: 1-2% - RCIU; - Fármacos: IECA, AINES; - Desprendimento crônico de placenta; - Pós término; - RPM (50% casos); - Leve: 25-30cm (+freq.) - Malformação fetal (renal ou não renal); - Moderado: 21-40cm (20%) - Colagenopatias; - Severo: >40cm (15%) - Idiopático. Etiologia: Prognóstico: - DM (20-25% causa materna + freq.) Aumenta o risco de resultados - Gestação múltipla (8-10%) adversos na gestação dependendo de - Malformação fetal (20-25%) geralmente sua etiologia, severidade e idade de SNC e tubo digestivo gestacional. - Idiopático (35%) em casos leves é a Diagnóstico: principal causa 1. Interrogatório: diminuição de mov. fetais - Infecções (CMV, toxoplasmose, LUES, referidos pela mãe, dor frente a mov parvovírus) fetais; Diagnóstico: 2. Exame físico: altura uterina inferior a 1. Interrogatório: diminuição de mov. fetais FUM, reconhecimento fácil de partes referidos pela mãe, aumento excessivo do fetais, auscultação mais nítida do abdômen, dificuldade respiratória. batimento cardíaco fetal; 2. Exame físico: altura uterina maior que 3. Ecografia: por valoração ILA, colabora amenorreia, dificuldade em palpação de com o dx, explora malformações fetais; partes fetais, tônus cardíacos apagados, e 4. Laboratório: *TORCH, hep B, chagas fácil “peloteo” de partes fetais (signo del (principal citomegalovírus). tempano). Protocolo: 3. Métodos auxiliares: ecografia com - descartar RPM (teste de cristalização); ILA>25cm, descartar malformação fetal, e - descartar RCIU; em laboratório pedir PTGO, TORCH, hep - descartar malformação; B e LUES. - descartar enfermidades por CMV: Prognóstico: maternas (anticorpos IgG-IgE) e fetais O prognóstico materno é bom, no (microcefalia, ventriculomegalia e focos fetal aumenta a mortalidade perinatal. parenquimatosos hiperecogênicos); Complicações: - descartar toma de fármacos. - Maternas: EHE, RPM, parto prematuro, Tratamento: sintomas severos (dor e disnea); De acordo com a causa e idade - Intraparto: prolapso de cordão, distocia gestacional. fetal, distocia dinâmica; - Periparto: hemorragias; Polihidrâmnios - Fetal: anomalias congênitas, Aumento da LA >2000ml ou maior prematuridade, SFA, RCIU. a 25cm em ILA. Ocorre 1-3%. Conduta: Classificação: - Leve: raramente necessita tto; 1. Segundo momento de instauração: - Leve a moderado pode chegar a 40ª - Agudo: inicio brusco, geralmente no 2º sem. trimestre (antes 24ªsem), com rápida - Severo até 37ª sem acumulação, podendo produzir parto A via do parto será segundo parâmetros prematuro e aborto. obstétricos. - Crônico: início tardio, até o 7º mês, de Tratamento: evolução lenta, melhor tolerado, aumenta - Etiológico: quando se identifica uma a incidência de partos prematuros. causa potencialmente tratável intrauterino; 2. Segundo ILA: - Sintomático: quando não existe uma - RPM; causa definida ou esta não é tratável intra - ↓ atividade antimicrobiana da LA (esta útero, serve para diminuir LA. atividade aparece no início do 2º trim e - Amniodrenagem: para diminuir sintomas aumenta progressivamente até o término maternos, não realizar além da 35ª sem. da gestação); Nos casos graves em idades gestacionais - ↑ pH vaginal; entre 34-35 sem também pode haver - ausência de muco cervical; indicação. - coito ao final da gestação (pela atividade Indicações e respectivas complicações: proteolítica dão líq seminal sobre o muco - ILA > ou igual 30cm (ruptura de cervical e os espermatozóides ajudam o membranas); transporte de bact.); - longitude cervical <15mm (início de TP); - parto prolongado; - dinâmica + (DNP); - tato vaginal frequente. - desconforto materno severo (redução do Dx: índice pulsátil de ACM). a) Critério materno: febre, taquicardia, dinâmica uterina + ou hipersensibilidade Infecção amniótica uterina, LA malcheirosa ou purulenta, Infecção da cavidade que pode leucocitose > 15000, PCR ↑, hemocultura limitar-se às membranas ovulares e a LA +. e/ou estender-se ao feto e à mãe. Ocorre b) Critérios fetais: taquicardia fetal, 0,5-2%, aumentando a prematuridade em ausência de movimentos resp fetais. 30%, e se associando a RPM em 30-40%. c) Critérios do LA: mal cheiro ou aspecto Conceitos: purulento, cultivo +, detecção de germes 1. Infecção intra amniótica presença de em tinção gram (glicose menor a 10 microorg. na LA independente da mg/dl, maior de 50 leucócitos por campo). existência de sinais clínicos. Quando no pós parto deve ser 2. Corioamnionite: sx clínica caracterizada feito o cultivo de placenta onde se por febre, taquicardia materna e/ou fetal, encontra leucocitose e bact. sensibilidade uterina, leucorreia e Critérios de Gibbs leucocitose. - Temp >37,8-38ºC em 2 tomas separadas 3. Corioamnionite histológica: infiltração por 1h. E 2 ou mais dos seguintes de placenta e membranas por leucocitose, critérios: cursa com várias etapas: - FC > 100rpm; -1ª: intervilosite; - FCF > 160rpm; -2ª: corionite; - Leucocitose 15000 -3ª: corioamnionite. - Dor uterina ou contrações; Etiologia: - LA purulento ou fétido. Polimicrobianos (aerobios e Medidas preventivas: anaerobios), entre eles E. Coli, - Evitar coitos em gestações de risco; Estreptococos do grupo B, Mycoplasma, - Tratar infec cervicovaginais; Listeria, Clamídia, Enterococos, - Evitar parto prolongado e tatos Ureaplasma e complexo GAM). repetidos. Vias de Infecção: Efeitos da infec no TP: a experiência - Ascendente (+freq); mostra que se requerem maiores doses - Hematógena (bactéria materna); de ocitocina para alcançar dinâmica - Transparietal (amniocentese, biópsia adequada e ao alcançá-la a progressão é corial, cerdagem cervical). mais lenta. Isto tem levado a acreditar que Fatores de risco: a infec tem efeito adverso sobre a contração uterina ou nas fibras colágenas do colo uterino. Efeitos da infec. do puerpério: ↑ a incidência de atonia uterina, mas com boa resposta a tto mx. Conduta: - ATBC (iniciar no dx ou durante o TP melhora o prognóstico neonatal e também na mortalidade materna). Microorg desconhecido: AMPICILINA + GENTAMICINA ou CEFOTAXIMA + METRONIDAZOL ou AMOXICILINA + ÁC CLAVULÂNICO O ATBC se prolonga por pelo menos 48h pós parto, ou mais segundo necessidade. Em casos graves usa-se PIP+TAZO. Em casos de alergia CLINDAMICINA. Interrupção independente da idade gestacional, preferencialmente parto vaginal, se não há evidência de sofrimento fetal nem afetação do estado materno. Em casos de cesárea agregar METRONIDAZOL ou CLINDAMICINA