Ultrassonografia Obstétrica
 Morfologia fetal.
Ecografia obstétrica, ultrassonografia
gestacional.
Segurança: Método não invasivo, não
prejudica feto e mão, baixo custo, fácil
acesso.
OBS: Ressonâncias são difíceis em fetos
pois eles se movem. É necessário
anestesiar o bebê para a realização do
exame, sendo usado apenas em casos
específicos, como na malformação de SNC.
US Obstétrico do 1º Trimestre: Via vaginal
e via abdominal.
- Indicação:
 Diagnóstico de gestação/aborto.
 Tipo de gestação (tópica, ectópica,
molar, etc).
 Definir número de fetos, corionicidade e
amnionicidade.
 Idade gestacional.
 Rastreio de aneuploidias (marcadores
biofísicos). Down (21), Patau (13) e
Edwards (18)
 Rastreio de pré-eclâmpsia e CIUR.
 Avaliar anexos de colo uterino (via
vaginal).
OBS1: Corionicidade é o número de
placentas. Amnionicidade é o número de
sacos e bolsas.
OBS: Para definir a DUM, se houver mais
de 7 dias de diferença da DUM referida e
da DUM do primeiro ultrassom (apenas 1º
trimestre), se usa a do ultrassom, se não,
se usa a referida.
- Avaliação:
 Saco gestacional.
 Vesícula vitelínica.
 Embrião/feto (comprimento cabeça-
nádegas).
 Atividade cardíaca.
 Movimentação fetal.
 Implantação da placenta.
 Marcadores de cromossomopatias.
 Ovários.
 Colo uterino.
US Obstétrico do 2º e 3º Trimestre:
- Indicações:
 Definir idade gestacional.
 Definir estática fetal.
 Avaliação de crescimento e anatomia
fetal.
 Avaliar bem-estar fetal.
- Avaliações: Geralmente mais pelo 3º
trimestre.
 Estática fetal.
 Volume de líquido amniótico.
 Biometria fetal.
 Posição de placenta.
 Morfologia fetal (melhor entre 20 e 24
semanas).
Dopplerfluxometria Obstétrica.
Avaliação Antenatal e
Vitabilidade Fetal
Como Fazer: Contagem dos movimentos
fetais, cardiotocografia, perfil biofísico
fetal, dopplerfluxometria obstétrica.
Contagem dos Movimentos Fetais: Feito
pela paciente, durante um determinado
período (melhoram percepção com 16
semanas). Deve-se ter discernimento da
paciente
- Indicação: Pacientes de baixo risco, sem
histórico de evento adverso em gestações
anteriores.
- Interpretação: Normal se igual ou mais
que 6x por 2 horas. Alterações se menos
que 6x por 2 horas.
Perfil Biofísico Fetal
- Indicação: Gravidez prolongada, DM  Volume de líquido amniótico.
gestacional.
- Ordem de Importância:
- Periodicidade da Avaliação: Gestantes de
1. Cardiotocografia (se esse alterar,
baixo risco (a partir de 40 semanas) ou
provável que outros estão alterados).
gestantes com DM (se insulina, a partir de
2. Volume de líquido amniótico.
32 semanas).
3. Movimentos respiratórios fetais.
- Parâmetros:
- Interpretação:
 Acelerações da frequência cardíaca
. 8 – 10: normal
fetal.
 Movimento respiratório fetal. . 6 – 8: indeterminada
 Movimentação fetal.
. 0 – 6: alterada
 Tônus fetal.
Variável Critério
Aceleração da FCF 2 acelerações em 20 minutos
Movimento Respiratório Fetal (MRF) 1 episódio contínuo com 30 segundos de duração
Movimento Fetal 3 movimentos do corpo ou dos membros
Tônus Fetal 1 episódio de extensão/flexão dos membros, do
tronco ou abertura/fechamento das mãos
Volume do Líquido Amniótico (vLA) Bolsão vertical >2cm
Duração máxima do exame sonográfico: 30 minutos
Nota da variável: presente = 2; ausente = 0.

Dopplerfluxometria Obstétrica:

- Vasos Estudados: Artérias uterinas maternas, ducto venoso, artérias umbilicais e cerebrais.

- Indicações:

 Rastreio de cromossomopatias, PE e CIUR.

 Avaliação de condição fetal em doenças hipertensivas maternas.
 Definição do melhor momento da interrupção em gestações de alto risco materno ou fetal
(centralização fetal).

OBS: Artéria umbilical tem diástole grossa. Artéria cerebral tem diástole fina. Ducto venoso
parece um M (alterado se de cabeça pra baixo).

Cardiotocografia
Definição: Registro contínuo da FC fetal,
contratilidade uterina e movimentos fetais
sentidos pela paciente (marcador).

Descrição: Linha A mostra FC fetal, linha B

mostra movimentos sentido pela paciente,
linha D mostra contrações uterinas.

Usos: É usado para perfil biofísico fetal que

avalia bem estar fetal.

- Alta Sensibilidade: Pode ter falso

positivo, mas raro falso negativo.
- Contraindicado: Em gestações abaixo de
28 semanas (sistema nervoso não maduro).
- Indicações: Avaliar bem estar fetal e/ou
excluir sofrimento fetal.
Categoria 2: CTG suspeito.
 FC Basal: taqui ou bradicardia sem
ausência de variabilidade.
 Variabilidade: >5, mas <10.

 Antes de iniciar indução do parto; Categoria 3: CTG patológico. Padrão

 Gestações de alto risco; sinusoidal.
 Trabalho de parto em alto risco;
 FC Basal: bradicardia;
 Alteração na ausculta intermitente do
 Variabilidade: ausente (silenciosa).
BCF durante trabalho de parto;
 Desaceleração Tardia/Variável:
 Trabalho de parto prolongado.
recorrentes (50% das contrações);
Avaliando: DR CoNíVADO.  Desaceleração Precoce: recorrentes
(50% das contrações);
 Definir Risco do parto.
 Aceleração: presente ou ausente.
 Contrações presentes?
 Nível da linha de base (normal entre
110 e 160).
 Variabilidade (quando não é Aceleração
ou Desaceleração; normal 10 a 25 bpm)
o Saltatória: >25 bpm.
o Comprimida: 5-10 bpm.
o Silenciosa: <5 bpm.
o Padrão Sinusoidal: doença
hemolítica, pode ser terminal.
 Acelerações (aumentar 15 ou mais
batimentos em 15 segundos), bom sinal.
 Desacelerações (diminuir 15 ou mais
batimentos).
o Precoce (DIP 1): >30 segundos.
Espelho de contração. Pode
indicar compressão de cabeça.
o Tardia (DIP 2): >30 segundos.
Após contração. Sugere hipóxia e
acidose.
o Variável (DIP 3): 15-30 segundos.
Indica compressão do cordão,
geralmente benigno.
 Opinião.

Categoria 1:

 FC Basal: 110 a 160 bpm;

 Variabilidade: moderada (10-25 bpm);
 Desaceleração Tardia/Variável:
ausente;
 Desaceleração Precoce: presente ou
não;
 Aceleração: presente ou ausente.
Parto Pré-Termo
Ocorrido entre 20 e 37 semanas completas.
Responsável por deficiências mentais,
defeitos visuais, e paralisia cerebral.
Nomenclatura do Tempo de Parto:
 Extremo Pré-Termo: < 28 semanas.
 Muito Pré-Termo: 28 a 32 semanas.
 Moderado Pré-Termo: 33 a 36 semanas
+ 6 dias.
 Termo Precoce: 37-38 semanas + 6 dias.
 Pós Data: >40 semanas
 Pós-Termo: >42 semanas.
Etiologia: Espontâneo, indicado por
complicações maternas/fetais (principal é
infecção) ou ruptura prematura de
membrana pré-termo.
Classificação de Baixo peso:
 Baixo Peso: <2500g.
 Muito Baixo Peso: <1500.
 Extremo Baixo Peso: <1000.
Fatores de Risco:
 Distensão Uterina Excessiva: gêmeos,
polidramnia, miomatose.
 Fatores Cervicais: história de aborto
tardio (>12 semanas), cirurgia cervical,
dilatação ou apagamento prematuro do
colo.
 Infecção: DST, pielonefrite, bacteriúria,
doença periodontal.
 Patologia Placentária: placenta prévia,
sangramento vaginal, DPP.
 Estresse: ansiedade, depressão, fadiga
ocupacional, baixo nível social.
 Fatores Fetais: anomalias congênitas,
crescimento restrito.
 Outros: drogas, alcoolismo, tabagismo,
desnutrição, prematuro anterior.
Fator Causal: Liberação de
prostaglandinas, proteases e formação de
trombina, desencadeando contrações do
trabalho de parto. Pode-se haver rotura
prematura de membrana ovulares, assim
como pode-se não identificar fator
desencadeante.
- Sobredistenção Uterina: Mecânica pode
ativar mecanismos que conduzem a
ruptura prematura de membranas.
- Gravidez Gemelar: 60% dos gêmeos
nascem pré-termo.
- Sangramento Vaginal: Especialmente os
de placenta prévia ou descolamento
prematuro (risco muito alto).
- Isquemia Uteroplacentária: Típicas de
pré-eclâmpsia e do CIUR, determinando
parto pré-termo por causarem isquemia
útero-placentária.
- Cirurgias Maternas: Cirurgias maternas
abdominais no 2º e 3º trimestre.
- Estresse: Aumenta 2x o risco de parto
pré-termo, com aumento de hormônio
liberador de corticotrofina (CRH).
- Tabagismo, Álcool e Outras Drogas:
Nicotina e CO são vasoconstritores
associados a lesões placentárias com
diminuição de fluxo uteroplacentário
- Infecção Intrauterina.
Diagnóstico do Trabalho de Parto Pré-
Termo: Contração dolorosa com mudança
do colo uterino em gestação antes do
termo.
Conduta: Internar paciente. Dieta livre.
Sinais vitais. Corticoide. Tocólise. Sulfato
(se indicado). Antibioticoprofilaxia.
Corticoide Antenatal: Betametazona 12mg
de 24/24h por duas doses; ou
Dexametasona 6mg de 12/12h por 4 doses.
Intramuscular. Junto do Tocolítico. Pode
administrar no máximo 2 vezes (repique).
- Função: Reduz mortalidade neonatal.
Diminui incidência de Síndrome de
Angústia Respiratória (SAR), hemorragia
intraventricular, retinopatia da
prematuridade, enterocolite necrotizante,
persistência do canal arterial.
OBS: Eficácia maior se parto entre
24 horas e 7 dias após administração do
fármaco.
Sulfato de Magnésio: 4g em 30 min de
ataque, com manutenção de 1g/h até
nascimento (máximo 24h). Trabalho
prematuro < 32 semanas.
- Função: Neuroproteção. Diminui risco de
hemorragia intracraniana.
- Risco: Manter paciente monitorada para
evitar parada respiratória e cardíaca
(intoxicação).
. Sinais: hiperreflexia patela,
bradicardia, bradipneia, seguida de
hiporreflexia.
- Antídoto: Gluconato de cálcio, 1 ampola
EV.
Tocólise: Entre 24 e 34 semanas se realiza
a tocólise (cessar de contrações) +
corticoide (dexametasona).
 Bloqueadores do Canal de Cálcio
(Nifedipina), 20mg de 4/4h, com dose
máxima de 160mg em 24h.
 Inibidores da Cicloxigenase
(Indometacina; risco de oligodramnia e
fechamento prematuro do canal
arterial).
 Agonistas Beta-2 (Salbutamol,
Terbutalina).
 Antagonistas dos Receptores de
Ocitocina (Atosibana).
- Contraindicada: Com >34 semanas o risco
de tocólise é maior que do parto em si, e
por isso não se medica.
OBS: Se baixa assistência neonatal,
pode ser aceita até 36 semanas.
OBS 2: Assim que a contração
aguda acabar, cessar com tocólise. Não se
faz prevenção de contração.
Medidas Profiláticas: Antibioticoprofilaxia
nas contrações (menor morbimortalidade
do feto em parto pré-termo), repouso.
- Penicilina Cristalina: 5.000.000 UI de
ataque, com dose de manutenção
2.500.000 de 4/4h.
Cerclagem Uterina: Em paciente com alto
risco de parto prematuro para corrigir
incompetência istmocervical.
- Incompetência Istmocervical (IIC): não
consegue manter feto até termo, por falha
estrutural, anatômica ou funcional do colo
uterino, sejam congênitas (malformações)
ou adquiridas (tumores e cirurgias).
- Indicação: pelo menos duas perdas fetais
no 2º trimestre, com pouca ou nenhuma
contração e indolor. Não fazer se em
trabalho de parto.
- Cerclagem Eletiva: realizada
preferencialmente entre 12 a 16 semanas,
se indicada por história clínica.
OBS: Se alterações cervicais, pode-
se fazer entre 16 a 24 semanas.
OBS2: Evitar precocemente
(abortos) e posteriores (RPMO). Não
indicado para profilaxia em colo curto.
- Técnica de MacDonald: Sutura em bolsa
do bolo uterino, abaixo da reflexão
anterior da bexiga. Fios inabsorvíveis
espessos, retirados em 37 semanas.
- Contraindicações:
 Dilatação >4cm;
 Contrações uterina;
 Malformações fetais;
 RPMO, bolsa rota e sangramento
vaginal persistente;
 Membranas protusas;
 Idade gestacional >24 semanas.
Prescrição: Paciente 30 semanas, 6cm de
dilatação, parto prematuro.

(1) Dieta Livre, hidratação oral frequente

(2) Repouso no leito
(3) Sinais Vitais (FC, TAX, PA) | 4/4h
(4) Cardiotocografia |agora
(5) Nifedipina 20mg VO | agora
(6) Nifedipina 20mg VO | 4/4h até 120mg
(7) Betametazona 12mg IM |24/24h até 2
doses.
(8)
MgSO 4 50 % 8 mL
SF 92 mL
BIC EV}300 mL
h
ataque

(9)
MgSO 4 50 % 20 mL
SF 480 mL
BIC EV }
50 mL
h
manutenção

(10)

}
Penicilina Cirstalina
5.000 .000 UI
EV ataque∨agora
SF 100 mL
(11)

}
Penicilina Cristalina
2.500 .000
EV manutenção∨4 em4 h
SF 100 mL

Exames: Hemograma, PCR,

urocultura. USG obstétrico + doppler fetal
(pedir de 28 semanas adiante), perfil
biofísico fetal.