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Sx de Morte Fetal -3º grau: a partir de 13d, os ossos

do crânio se deslocam (saco de nozes).


↪ Def: óbito fetal ocorrido durante a 2ª Destruição dos GV e infiltração das
metade da gest e sem trabalho de parto. vísceras e cavidades.
1. Etiopatogenia: * Com o tempo, se o feto não se elimina,
- Redução ou supressão de perfusão há esqueletização e petrificação.
sang uteroplacentária: HTA, indução ou 3. Saco ovular
preexistente, cardiopatias maternas, ↪ Íntegro: o processo geralmente é
hipotensão materna, anemia ag. asséptico, a infecção da cav ovular pode
- Redução ou supressão do aporte de O2 ocorrer, mas é pouco freq.
ao feto: infartos ou calcificações da ↪ Rompido: a cavidade e o feto podem se
placenta, circulares de cordão muito contaminar, e a colonização por germens
apertadas, procidência, inalação materna conduz a um processo de putrefação, e
por monóxido de carbono, anemia grave. as cavidades fetais e uterina (fisometra)
- Aporte calórico insuficiente: desnutrição se enchem de gases.
materna grave ou doença caquetizante. 4. Sinais e sintomas:
- Desequilíbrio do metabolismo:acidose - movimentos fetais (-);
por DM materna grave ou - se atenuam as moléstias da gest
descompensada. (náusea, vômito, etc);
- Hipertermia: infec bact e parasitárias da - Na palpação o feto é menos perceptível;
mãe, das membranas, placenta e feto. - na maceração avançada a cabeça
- Intoxicações maternas: mercúrio, crepita como saco de nozes (Sinal de
chumbo, DOT. Negri);
- Traumatismos: diretos ao feto ou - ausência de batimento cardíaco fetal;
indiretos através da mãe. - os batimentos aórticos maternos se
- Malformações congênitas: as auscultam com acentuada nitidez devido
incompatibilidades com o crescimento e a reabsorção do LA (Sinal de Boero);
desenvolvimento fetal (as cardíacas, as - a altura uterina detém seu crescimento
do encéfalo). ou pode ↓;
- Alterações hemodinâmicas fetais: como - consistência do colo ↑, como
as de feto transfusor. consequência da queda horm.
2. Evolução anatômica: 5. Métodos Aux de Dx
↪ Dissolução ou liquefação: quando o → US: ausência de batimento cardíaco
embrião morre antes das 8 sem, por seu fetal e de mov fetais.
alto conteúdo em água e pobre em outros → Rx: há notável curvatura e torção da
elementos, em poucas sem de retenção o coluna pela maceração dos ligamentos
mesmo se dissolve no líq do celoma espirais. Presença de gases no feto,
extraembrionário. vísceras e grandes vasos (Sinal de
↪ Mumificação: quando o feto morre entre Robert). Há deformação do crânio.
9-22 sem de gest (3-5m), se percebe - Sinal de Spalding: cavalgamento
retido durante várias sem, por seu volume dos parietais;
e constituição já não se reabsorve e se - Sinal de Spangler: aplanamento
mumifica. Adota coloração cinza e da boveda;
consistência de massinha. - Sinal de Horner: assimetria
* Se neste período morre um gêmeo, craneana.
ocorre feto papiráceo. 6. Evolução
↪ Maceração Se a causa da morte fetal for
-1º grau: 2-8d de morte e retenção, traumatismo, há formação de um
os tecidos se embebem e amolecem. hematoma retroplacentário e pode
Flictenas na epiderme c/ liq desencadear um TP.
sanguinolento. Quando a causa é outra, a morte
-2º grau: 9-12d, o LA se volta do feto não conduz imediatamente o TP,
sanguinolento por ruptura das flictenas. A então o mesmo fica retido. Em 80% dos
epiderme descama em grandes abas, a casos, o feto morto é expulso dentro de
derme tem cor vermelha. 15d seguintes do descenso.
7. Complicações - Pode associar-se a diferentes graus de
- Hemorragia por coagulopatia; insuf placentária (↓ da superfície vilositária
- Infecção ovular; que altera o intercâmbio feto materno);
- Transt psicológicos. - A principal causa de sofrimento fetal
8. Tratamento intraparto é devido a compressão do
- Em 80% dos casos o TP se inicia cordão umbilical facilitada pelo
espontaneamente dentro de 15d; oligoamnios.
- É conveniente esperar esta evolução - Assim também o perímetro do cordão
natural, pois há menos complicações umbilical medido por US, que pode estar ↓
- A evacuação do útero será uma (indicador de risco).
indicação absoluta, nos seguintes casos: - Com o oligoamnios + compressão do
- Membranas rompidas; cordão, com o início das contrações
- Suspeita de infec ovular; uterinas do TP, pode desencadear
- Nível de fibrinogênio <200 mg/dl; desacelerações variáveis da FCF =
- Estado emocional materno sofrimento fetal.
alterado. 5. Mecônio:
A presença de mecônio no LA é +
Gestação prolongada ou de Pós freq na gest prolongada. Quando a
término expulsão de mecônio coincide com o
oligoamnios, o LA se apresenta com
↪ Def: aquela que sobrepassa o limite de mecônio espesso, este tem um pH menor
293 d ou 41,6 sem. em relação com o aquele que só há
1. Etiologia: mecônio.
- DUM duvidosa, ciclos irregulares, Composição:
realização das primeiras US depois do - São secreções gastrointestinais;
primeiro trim (maior risco de erro). - Desechos celulares;
2. Características: - Ác biliares;
- Tende a se associar com a ↓ da - Bilirrubina;
quantidade de LA; - Água.
- Em alguns casas nota-se a ↓ do A liberação intrauterina de
tamanho uterino (sinal de mecônio é secundária a anoxia e
Ballantyne-Runge); estímulos como hipóxia, hipercapnia
- Isto pode ser estudado por exploração produzem ↑ da peristase e relaxamento
ecog, visualizando as bolsas de líq; do esfinter anal.
- O dado fundamental é o conhecimento - Se não se vê o mecônio pelas
exato da DUM; membranas íntegras, pode-se visualizar
- A valoração conjunta da anamnese, a por amnioscopia (não está presente em
semiologia e os dados de US pode todos os centros).
proporcionar um dado mais acertado, em - Se há a suspeita da existência de
particular se há dúvidas da DUM. mecônio, pode-se praticar a amniotomia
3. Prognóstico: precoce, para observar diretamente as
- A partir das 42 sem e a medida que se caract do LA.
prolonga a gest, ↑ a mortalidade perinatal, - Durante o parto, a presença de mecônio
em especial a que ocorre durante o parto. espesso é um sinal preocupante, pois
- Os fetos e RN de gest prolongada, ainda pode causar graves problemas
que não apresentem sinais clínicos de respiratórios comprometendo a evolução
pós maturidade, podem morrer mais do RN (SALAM).
facilmente e sem causa evidente durante 6. Conduta:
a gest, parto ou primeiros dias de vida. - Ante o dx de gest prolongada, se induz o
4. Sofrimento fetal: parto com ocitocina;
- A incidência de sofrimento fetal - Se o colo não está maduro se utilizam
intraparto é maior; prostaglandinas E2, aplicados localmente
no fundo do saco vaginal;
- O mais eficaz é o Misoprostol, análogo
da prostaglandina.
- Muito útil para madurar o colo e produzir obter o diâmetro médio do SG (DMSG).
contrações uterinas, desencadeando o TP Este valor se obtém somando os
entre 12 e 24h de sua aplicação; diâmetros longitudinal, anteropost,
- É importante sempre começar com uma transversal; e dividindo este valor por 3.
dose baixa de Misoprostol 25μg, para ⇒ 5ª sem
conhecer a resposta uterina; - Já é possível detectar a vesícula vitelina;
- Se for insuficiente depois de 12h pode - Se vê como uma estrutura ovalada
ser aplicada outra dose de 25μg, como pequena e eco refringente.
dose máx uma segunda dose de 50μg. * Sinal da dupla borbulha: ocorre na 5,5
- Se necessário recorrer a ocitocina e sem, e nela é possível ver a vesícula
depois de 10 a 12h de indução com boas vitelina, e o âmnio com embrião, dentro do
contrações uterinas não se consegue SG.
dilatar o colo e desencadear TP franco, ⇒ 6ª sem
deixamos a mãe descansar, e no dia - É possível identificar o pólo embrionário
seguinte repete-se uma segunda indução, e dependendo da via escolhida e do
se o estado da paciente e o feto o equipamento, se detecta a atividade
permitirem. embriocárdica.
- Se novamente fracassar, propor ⇒ 7ª sem
cesariana. - O SGl evoluiu e deve ser observado e
avaliado:
Ecografias por trimestre - Vesícula vitelina;
1º TRIMESTRE - Embrião;
- Atividade embriocárdica;
- É necessária; Deve detectar-se em 100% das gest
- Detecta características do útero grávido; normais.
- Confirma se a gest é intrauterina; ⇒ 8ª sem
- O nº de gest; - O embrião deve ser identificado com
- A vitalidade; facilidade;
- Idade gestacional (IG) (importante, pois - São visíveis os primeiros mov
apesar das outras ecografias estimarem embrionários.
este dado, é a primeira que se toma como ⇒ 9ª sem
base). - Visualização do esboço dos membros e
1. Vias de abordagem melhor definição do polo cefálico;
→ Abdominal: requer enchimento vesical - Se observam as características do
prévio. córion frondoso.
→ Transvaginal: permite melhor avaliação ⇒ 10ª sem
e não requer preparação prévia. - Realiza-se a medição da translucência
2. Critérios gerais de controle nucal (marcador ecográfico de
→ Útero/miométrio: miomas, grau de malformações congênitas).
invasão em enf trofoblásticas; * Valores normais de Translucência Nucal
→ Anexos: tumoração anexial, saco (TN): a mesma ↑ com a IG, e sua
extrauterino, fundo de saco post; grossura está em relação com a longitude
→ Saco gestacional (SG): nº de sacos, do feto. Em termos gerais uma TN <3 mm
biometria (BMSG); é normal na maioria dos casos. Na 11ª
→ Embrião: nº, vitalidade, biometria sem é até 2 mm, e na 13ª sem e 6d é até
(longitudinal embrionária máx). 2,8 mm.
3. Semanas na US Na maioria dos casos se associa a
⇒ 4ª sem ausência de osso nasal e outros
- O SG é a 1ª estrutura visível; marcadores de cromossomopatias.
- Se observa como uma imagem eco ⇒ 11ª sem
negativa rodeada de halo eco refringente; - Embrião LCN: 40-51 mm
* A fim de evitar influências externas como - BCF: 175 bpm;
a compressão vesical, contrações - Uso de DBP, CA, LF, CC
miometriais focalizadas, que poderiam dar - Hérnia fisiológica e vesícula vitelina
uma imagem sacular deformada, se deve desaparecem (11,5-12 sem);
- Visualização do estômago e bexiga; estiver embaixo da inserção do cordão
- Ossificação da calota e da coluna ocorre o desprendimento placentário e
vertebral; aborto.
- Se identificam rins, fígado e coração - DD: mioma uterino degenerativo,
com claridade. contrações miometriais,gest dupla com
- Placenta saco vazio
- TN e osso nasal. ↪ Aborto retido:
⇒ 12ª sem - US: quando recente o SG com embrião
- Embrião LCN: 52-66 mm; sem BCF, quando antigo observa-se
- BCF 170-175 bpm vesiculações trofoblásticas.
- Se ajustam medidas para determinar IG, - SS: assintomática, com discreto
LCR, DBP, CC, LF, CA sangramento vaginal escuro, sem
- Coração com corte de 4 câmaras; modificações cervicais.
- Possível observar genitais externos; ↪ Aborto séptico;
- Placenta; ↪ Aborto em curso:
- LA; - US: presença de hematomas
- TN e osso nasal. retrocoriais, OCI aberto, e imagem em
⇒ 13ª e 14ª sem "relógio de areia”.
- Embrião LCN: 67-60 mm; - SS: sangramento vaginal, dor abd,
- BCF: 175 bpm; dilatação parcial cervical, e membranas
- Dedos perfeitamente separados; íntegras.
- A quantidade de LA ↑; ↪ Aborto inevitavel incompleto:
- ↑ a densidade de seus ossos e os traços - US: útero ↑ de tamanho com a cavidade
faciais são mais evidentes; ocupada por ecos amorfos, com tecido
- Diferenciação de ambos hemisférios irregular e heterogêneo em cavidade.
cerebrais. - SS: hemorragia vaginal abundante,
É importante que o operador saiba expulsão parcial de restos ovulares e colo
valorar as estruturas visíveis, que devem dilatado.
correlacionar-se com um determinado - DD: hemorragia uterina disfuncional,
tamanho de saco gestacional para certa pólipos endometriais, malformações
IG ecográfica que muitas vezes não arteriovenosas, coriocarcinomas.
coincide com a IG calculada por FUM. ↪ Aborto completo:
4. Indicações diferenciais no US - US: útero vazio e ↑ de tamanho, cervix
→ US transabdominal: SG >20mm deve fechado.
ver-se embrião, que deve ter >15mm e ter - SS: expulsão completa do SG,
atividade cardíaca hemorragia cessa e também a dor abd.
→ US transvaginal: SGl >15 mm deve ↪ Aborto diferido:
ver-se embrião, que deve ter >7mm, e ter - US: se observa SG e ao embrião sem
BCF. vitalidade, em alguns casos se observa o
5. 1º trim Patológico: SG grande, de contorno irregular sem
- A via endovaginal consegue que os embrião (ovo anembrionado).
critérios ecográficos de gest ameaçada se ↪ Gest anembrionada:
visualizem de forma precoce e com maior - US: crescimento anormal do SG com
claridade. progressão menor que o normal 1 mm/d.
6. Complicações durante 1º trim SG >16 mm sem embrião por US TV. SG
Apresentações clínicas: >25mm sem embrião por US TA. B-HCG
↪ Amaça de aborto: complic comum em ↓ .
- US: se deve constatar a vitalidade * O manejo é expectante com repetição
embrionária e presença ou não de de US 7-10 d do 1º exame para confirmar
desprendimento ovular, existem ausência de embrião e BCF.
hematomas retro coriais. ↪ Gest ectópica:
- SS: sangramento vaginal, dor abd, e não - US: útero discretamente ↑, com reação
há modificações cervicais. decidual, massas anexiais com ou sem liq
* Se o hematoma estiver longe da peritoneal, em ocasiões pode observar-se
inserção do cordão não afeta a gest, se embrião vivo.
↪ Gest molar (completo ou incompleto): - Orientar intervenções no feto (biópsia de
- US: útero ↑ de tamanho, e a cav vilosidades coriônicas, amniocentese e
ocupada por uma grande massa de cordocentese);
ecogenicidade moderada, de aspecto - Estudar a circulação fetal e
cístico de conteúdo líq. uteroplacentária com Doppler.
7. Gest múltipla: 4. Avaliação da IG
- Os dois SG podem ser visualizados ↪ Diâmetro biparietal (DBP):
entre a 5ª-6ªsem; - Se toma identificando ambos parietais
- Se constatados 2 amnios a gest é em um corte axial em que se visualize o
BIAMNIÓTICA; tálamo;
- Se ambos embriões estão dentro do - Se mede da parte interna de um parietal
mesmo amnios é MONOMNIÓTICO. a parte externa do outro parietal.
- Entre 14-20 sem é um excelente preditor
2º e 3º TRIMESTRE da IG;
- Com variação de ± 1 sem.
- 14 a 42 sem; ↪ Circunferência cefálica (CC):
1. Objetivos da US no 2º trim - Se toma o mesmo plano que o DBO;
→ No feto: - Medindo o diâmetro occipito frontal, da
- determinar IG; parte externa do frontal à parte externa do
- estudar anatomia; occipital.
- avaliar o crescimento; ↪ Circunferência abdominal (CA):
- avaliar a vitalidade. - Se mede em um corte axial do abd fetal
→ Na placenta: em seu plano mais alto;
- determinar topografia; - O ponto de referência é a veia umbilical;
- avaliar ecoestrutura (grau de - A medida pode ser realizada
maturação). eletronicamente ou de forma manual.
→ No LA: - De todas as medições esta é a mais
- avaliar volume; suscetível de erro para determinar IG.
- determinar características Sem embargo, se realizada com boa
macroscópicas. técnica é excelente para determinar o
→ No cordão umbilical: peso estimado fetal.
- avaliar presença de 2 arterias e 1 ↪ Longitude do fêmur (LF):
veia. - Se visualiza a partir da 8ª sem como
- estudar o fluxo por Doppler; uma imagem hiperecogênica linear em
- dx de distocias. “taco de golfe”;
2. Objetivos da US no 3º trim - Prediz a IG com uma variação de ± 1
→ No feto: sem;
- determinar a IG, crescimento e - Exceto no 3º trim onde a variabilidade é
vitalidade; maior.
- dx de posição, situação e 5. US morfológica:
apresentação fetal. - Estuda que normalmente se realiza na
→ Na placenta: 20-24 sem;
- dx de placenta prévia; - Deve incluir o exame sistemático do feto
- determinar o grau de maturação. para o descobrimento de defeitos maiores
→ No LA: e menores.
- avaliar volume; - Permite avaliação com detalhes das
- determinar as características estruturas fetais como cérebro, face,
macroscópicas. tórax, sist digestivo, abd, rins, coluna,
→ No cordão umbilical: vertebral, membros;
- estuda o fluxo Doppler; - Valor dx da US morfológica: atresia
- dx de distocias (circulares). intestinal, onfalocele, gastrosquise, atresia
3. Outros objetivos da US esofágica, rins policísticos, agenesia
- Dx patologias maternas associadas; renal, hidronefrose.
6. Avaliação US do crescimento fetal:
A avaliação do crescimento fetal correlacionam com a maturação
se obtém através de US seriada realizada, pulmonar.
se for possível, pelo mesmo operador, - Grau 0: placenta homogênea e
com as mesmas tabelas de referência, placa corial lisa (até a 30ª sem);
que devem ser adequadas à população - Grau 1: pequenos ecos densos
em estudo. Há duas alt possíveis: dispersos dentro da placenta, a placa
→ RCIU: coriônica aparece ondulada e a basal
- Def: todo neonato com peso ao nascer homogênea (31 a 35 sem);
menor ao percentil 10 para IG; - Grau 2: perda da homogeneidade
- O RCIU é uma doença fetal que em do parênquima placentário, surgem
algum momento de seu período evolutivo pequenos tabiques a partir da placa basal
apresenta uma ↓ do crescimento de um e corial, que não chegam a confluir. A
ou vários parâmetros biométricos placenta impressiona despegada da
originando uma alt no peso fetal; parede uterina (36-38 sem);
- Frequentemente está acompanhado de - Grau 3: Calcificação da placenta
aceleração no processo de maturação basal que se une a placa corial rodeando
placentária e oligoamnios; os cotilédones, presença de lagos
↪ Tipo I: venosos, placenta madura (+38 sem)
- simétrico; 8. Anomalias da eco estrutura
- precoce; → Placenta senescente precoce:
- hipoplásico (↓ nº de cél). presença de uma placenta grau 3 antes
- Etiologia: genética, infec, das 36 sem, associado a HTA materna,
alcoolismo cr, drogas, tabagismo; RCIU e oligoamnios;
- afeta de forma homogênea a → Hematomas retro placentários: coleção
altura, peso e PC; de sangue entre a placa basal e o
- prognóstico variável segundo miométrio;
etiologia. → Trombose subcorial massiva: massa
↪ Tipo II: sub coriônica heterogênea que leva ao
- assimétrica; óbito fetal.
- tardia; → Infarto placentário: lesão hipoecóica de
- hipotrófica (↓ o tamanho das cél); tamanho variável;
- Etiologias: transt da nutrição fetal → Tumores placentários: são o
(causa materna, fetal ou placentária); corioangioma e cisto citotrofoblasto. Muito
- afeta primeiro o peso, e logo o raros.
PC e finalmente a altura fetal. 9. Localização da placenta:
→ Macrossomia: Depende do sítio de implantação
↪ Def: ↑ dos parâmetros biométricos, no útero, sendo as mais freq na cara
geralmente acompanhados de anterior e no fundo uterino.
polihidrâmnios e se apresenta em mães 10. Anomalia da inserção placentária
com DM. A ausência focal ou difusa da
7. Eco estrutura placentária: decídua basal entre o trofoblasto e o
- A espessura da placenta varia segundo miométrio favorece a invasão da parede
a IG; uterina pela placenta, e de acordo com a
- Em condições normais não deve profundidade se denomina placenta
ultrapassar 4 cm; acreta, increta ou percreta.
- Em linhas gerais podemos dizer que as Como fatores de risco associados
placentas pequenas e final se relacionam encontram-se multiparidades, curetagem
com HTA materna e com RCIU; anteriores, miomas submucosos,
- Da mesma forma, as placentas grandes endometrite, sinéquia uterina,
e grossas com diabetes gest e a adenomiose, remoção manual da
incompatibilidade Rh; placenta.
- Sua eco estrutura varia segundo o grau 11. LA
de maturação; - A quantidade do LA varia segundo a IG;
→ Segundo Peter Grannum há graus - É abundante entre 3-6 meses;
placentários a partir das 27 sem, e se
- ↓ cerca do término da gest e se → Disfunção endotelial:
acompanha de vernix caseoso- - ↑ de subst. vasoconstritores:
- Sua determinação é feita através do ILA, endotelina 1 e tromboxano A2
e consiste em dividir o útero em 4 - ↓ de potentes vasodilatadores:
quadrantes e medir a distância anteropost prostaciclina e óxido nítrico.
máx de cada bolsa da LA e somá los. - ↑ da sensibilidade vascular à
- Segundo Phelan e Cols o valor normal angiotensina II.
em gest de término é de 12,9 cm (±4,6); 4. Classificação de EHE
→ Valores: → Hipertensão gest (Hipertensão
- Normal: > 8cm; transitória ou induzida da gest):
- Oligoâmnios mod: 5-8cm; - é a hipertensão dx pela 1ªx durante a
- Oligoâmnios severo: < 5cm. gest depois da 20ª sem;
- sem proteinúria;
Estados hipertensivos da gestação - as cifras de TA retornam a normalidade
antes da 12ª sem pós parto, o que
- Uma das principais causas de confirma o dx.
mortalidade e morbidades; → Pré eclâmpsia:
- Associada a RCIU e prematurez; - a hipertensão dx depois da 20ª sem se
- Pode apresentar-se só ou associada a acompanha de proteinúria;
edema e proteinúria; - ambas desaparecem no pós parto;
- Proteinúria como indicador de - sinais premonitórios: cefaleia, alt visuais
severidade. e dor epigástrica;
1. Fisiopatologia - proteinúria de 2(++) ou maior a excreção
Nas gest normais se observa uma de 2g ou + de urina em 24h indica um
vasodilatação das artérias espiraladas de quadro de pré-eclâmpsia severa.
até 4x do seu calibre. Isto ↓ sua * A dor epigástrica é o resultado da
resistência periférica e favorece a necrose isquêmica e edema hepatocelular
perfusão do espaço interviloso. O que comprime a cápsula de Glisson.
responsável desse fenômeno é a invasão * Uma pré-eclâmpsia leve pode evoluir
trofoblástica que finaliza na 20-21 sem rapidamente a uma severa.
de gest e que digere a capa músculo → Eclâmpsia:
elástica. - presença de convulsões em pctes
2. Teoria da Isquemia placentária: pré-eclâmpticas que não podem ser
- O trofoblasto invade a parede da porção atribuídas a outras causas;
decidual das artérias espiraladas: - é uma emergência obstétrica;
primeira onda; - as convulsões são tônicas crônicas. Tipo
- Posteriormente dita invasão se estende grande mal.
a porção miometrial das artérias * aprox 50% dos casos aparecem antes
espiraladas: segunda onda; do TP, 25%durante o parto e o resto no
- A primeira onda de substituição ocorre pós parto. Pode apresentar-se até 48h
na 10-14ª sem, quando se substitui a depois do pós parto.
capa endotelial; → Pré eclâmpsia sobreposta à
- A segunda ocorre entre a 16-22ª sem, hipertensão cr:
quando se estende às porções da capa - é a aparição de proteinúria sobre um
miometrial. processo hipertensivo cr logo da 20ª sem;
* As gest com pré eclâmpsia perdem o - desaparece depois do parto.
equilíbrio que existe entre a prostaciclina → Hipertensão cr:
(vasodilatador) e o tromboxano (+ potente - é a elevação da PA dx antes da gest;
vasodilatador), a favor deste último; - na 1ª consulta antes da 20ª sem;
3. EHE Fisiopatologia - as cifras de TA permanecem elevadas
- A hipertensão gest é uma verdadeira depois da 12ª sem pós parto.
enfermidade endotelial; 5. Fatores de risco
- Quando uma noxa causa dano - nuliparidade;
endotelial, a produção de anticoagulantes - adolescência;
e vasodilatadores ↓; - idade >35a;
- gest múltipla; - O tto com droga antihipertensiva na
- obesidade; pré-eclâmpsia pode ↓ a perfusão
- hist familiar de pré-eclâmpsia ou placentária e afetaria o crescimento fetal
eclâmpsia; normal.;
- pré-eclâmpsia em gest anterior. - O tto anti hipertensivo se realiza com o
6. Dx: fim de proteger a mãe, e se trata só
→ Hipertensão gest: quando aparece quando as cifras adquirem um valor que
depois da 20ª sem, com PAS ≥140 mmHg pode provocar AVC.
e PAD ≥90 mmHg, em 2 tomas com -Não se aconselha reduzir a TA diastólica
diferença de 4-6h; ou em 1 só registro de menos de 80 mmHg;
PAD = 110 mmHg. - A eleição do tto dependerá da
→ Pré-eclâmpsia: hipertensão+proteinúria severidade e natureza da HTA materna,
A proteinúria se dá quando, em uma IG e o estado da saúde fetal.
amostra de urina de 24h, há 300mg ou +; 10. Manejo HTA moderada:
ou se encontra uma cruz (+) ou mais em - Controle pré natal semanal;
um exame qualitativo realizado com cinta - ↓ atv física (não significa repouso
reativa. è um importante preditor da absoluto);
magnitude do dano em um glomérulo - ↓ sal;
renal. Há que assinalar que a lesão - Instruir sobre sinais de alarme; cefaleia,
glomerular se produz tarde no curso de transt visuais, epigastralgia, PA elevada,
uma hipertensão gest, podendo então a acufenos, etc;
proteinúria ser um sinal tardio. - Controle da PA domiciliar;
→ Outros elementos dx: se a gest chega - Estudos laboratoriais;
tardiamente a consulta, depois da 20ª - Controle da vitalidade fetal: US a cada
sem, ao desconhecer suas cifras de 2-3 sem, avaliar crescimento e quantidade
tensão prévias, é difícil diferenciar uma de LA, monitoramento fetal anteparto,
hipertensão gest de um HTA cr prévia. doppler de fluxo.
7. Outras repercussões da EHE: 11. Manejo HTA severa:
- Cardiovascular; - Quando a TA alcança ≥160/100mmHg,
- Renal; ou aparece proteinúria, sinais clínicos de
- Hepática (sempre se solicita um agravamento ou sinais de sofrimento fetal,
hepatograma - Sx HELLP); deve-se internar imediatamente a gest.
- Controles hematológicos: - Na admissão ao hospital se deve: fazer
trombocitopenia (sequela do dano um EF (buscando cefaleia, epigastralgia,
endotelial) e hemólise; transt visual, aumento brusco de peso),
- Fundo de olho: podem verificar o determinar o peso e a TA, realizar exames
estreitamento de vasos, edema, (ECG, fundo de olho, proteinúria de 24h,
hemorragias, exsudatos, fundo ureia e creatinina, clarence de creatinina,
algodonoso. hemograma, contagem de plaquetas,
8. Sx de HELLP coagulograma, US, doppler eco vascular)
H: hemólise; ↪ Diariamente: controle de TA a cdh,
EL: enzimas hepáticas elevadas exceto a noite, além de medição da
LP: diminuição das plaquetas. diurese.
9. Tto da hipertensão durante a gest ↪ Cada 2d:: pesar a pcte, monitorar FCF,
- Atualmente todos os ttos são proteinúria de 24h, hemograma e
sintomáticos, não curam a doença. Estão uricemia.
encaminhadas a ↓ os riscos para mãe - ↪ Semanalmente: ureia e creatinina,
feto e RN; contagem de plaquetas, estudo de
- Não necessariamente diminuem coagulação, doppler eco vascular.
significativamente a TA materna, mas ↪ Cada 15d: US para avaliar biometria
melhora as condições, se deve considerar fetal, quantidade de LA,e grau de
que o ↑ das cifras tensionais poderia ser maturidade fetal.
uma resposta a demanda fetoplacentária - O término da gest é a cura para
de uma melhor perfusão. pré-eclâmpsia.
- O objetivo fundamental é prevenir:
- convulsões; - severidade do quadro
- hemorragia intracraneal; hipertensivo;
- outros danos maternos; - situação obstétrica;
- conseguir um RN são. - grau de sofrimento fetal e/ou
- Se suspeitar de um ameaça de parto de RCIU.
pretérmino, se as condições da mãe e do - Em casos de hipertensão leve ou mod
feto permitem, se tenta prolongar a gest não existe nenhuma contraindicação para
até alcançar maturidade pulmonar. a indução do parto e para o parto vaginal;
12. Drogas anti hipertensivas: - Em casos de hipertensão severa e se o
↪ Atenolol: 50 a 150mg/d, VO. Bloqueia feto se encontra muito comprometido
os receptores beta; fazer cesariana.
↪ Alfa metildopa: 500 a 2000mg/d, VO.
Tem ação central, diminuindo a resistência Apresentação Pélvica
periférica.
↪ Amlodipina: 10 a 40mg/d, VO. Tem ↪ Def: quando o pólo caudal está em
ação antagonista seletiva de cálcio, relação direta com o estreito superior.
diminuindo a resistência periférica. Existem duas modalidades, a pélvica
↪ Hidralazina: 5-10mg cada 20min, IM ou completa e a incompleta.
EV. Causa vasodilatação arterial, bloqueia 1. Causas
a entrada de cálcio na cél e causa → Maternas:
relaxamento da capa média arterial. - paridade;
↪ Labetalol: começar com boulo IV de - pelve estreita;
20mg. Se esta dose não é efetiva em 10 - tumores uterinos ou para uterinos;
min, seguir com 40mg, e continuar assim - útero unicorno, bicorno, septado.
até chegar ao efeito desejado. Não → Fetais:
ultrapassar a dose total de 220mg. - maior frequência quanto mais
13. Drogas contraindicadas prematuro feto;
absolutamente, durante a gest: - a versão espontânea fisiológica se
↪ IECA: associados a graves produz com o avanço da gestação;
malformações, RCIU, hipotensão neonatal - a apresentação pélvica se vê
prolongada e morte perinatal. favorecida pela morte e
14. Anticonvulsivantes: maceração do feto;
↪ Sulf de Mg: droga de eleição para - gestação gemelar.
prevenir as convulsões em mulheres com → Ovular:
pré-eclâmpsia. NÃO trata hipertensão, - polihidrâmnios, oligohidrâmnios;
mas previne as convulsões, atuando - inserção baixa da placenta;
sobre a corteza cerebral. Adm EV ou IM. - cordão curto.
Deve-se efetuar estrito controle de: 2. Dx:
- reflexo patelar; ↪ Palpação:
- diurese (oligúria); - a nível de região inferior do útero,
- ritmo respiratório; polo irregular, consistência mole;
- ritmo cardíaco materno fetal. - polo volumoso;
- O tto com sulf de Mg deve continuar por - no fundo uterino o polo duro,
24h logo de haver desaparecido os regular que pelotea (cabeça).
sintomas de agravamento; ↪ Auscultação:
- Em caso de sinais ou sint de toxicidade - na vizinhança ou por cima do
por mg adm 1g de gluconato de cálcio, IV. umbigo;
15. Indicações para interrupção da ↪ Tato:
gest: - no começo no parto, a
- Sx hipertensiva incontrolável; apresentação se encontra sem
- Sinais de sofrimento fetal; encaixamento pouco acessível;
- RCIU; - depois da ruptura da bolsa, os
- Eclâmpsia. dedos percebem uma massa mole,
16. Via do parto: separada pela prega interglútea;
↪ Dependerá de:
- a busca dos pés é indispensável - Desde o começo até a aparição
para diferenciar a completa da do umbigo (parto de nádegas), esta fase é
incompleta; mais larga, onde se tem atitude vigilante
- ao tato também permite apreciar a de espera;
altura da apresentação. - Desde a aparição do umbigo até
3. Características: o fim das expulsão (parto de ombros e
Tumoração mole no qual não se cabeça), fase minutos, na qual se deve,
reconhecem suturas ou fontanelas, se necessário, intervir em minutos.
separada em duas partes pelo sulco - Os tempos do mecanismo correspondem
interglúteo. aos ombros e a cabeça, representam as
- Sulco interglúteo: encontramos uma partes mais importantes e delicadas do
depressão circular de bordas tônicas: o parto.
anûs e em seu extremo oposto os ↪ Durante o período de dilatação se
genitais. respeitará a bolsa d’água:
- Ponto de referência: cresta - fator de segurança;
sacrococcígea. - evita uma procedência de
- A orientação do sacro dirá a variedade cordão;
de apresentação. - influi vantajosamente na
dilatação.
↪ Se ocorre a ruptura espontânea da
bolsa, se pratica uma exploração vagiinal:
- dilatação;
- modalidade de apresentação;
- posição e variedade;
- descartar procidência.
- A episiotomia deverá se feita
sistematicamente previa anestesia no
trajeto da incisão;
- Deixar que a nádega se expulse
sozinha, com a influência das contrações
uterinas e reservar todas as energias da
4. Prognóstico: mãe para serem empregadas na 2ª fase
- Morbimortalidade materna-perinatal ↑; (esgotamento materno);
- O risco ↑ ainda mais quando a pelvica se - Expulsada a nádega, se recebe e
complica com feto grande; sustenta ao feto, envolvendo-o em
- Maior mortalidade fetal em primípara que compressas mornas, para suprimir a
em multípara; excitação provocada pela diferença de
- Os riscos para a mãe derivam das temperatura;
intervenções realizadas a favor do bebê - Nunca acelerar ao parto, tracionando o
(desgarro de pescoço, desgarro vaginal, feto.
perineal, infecções). - Ao exteriorizar-se o umbigo fetal, o
- Terminos por cesárea programada na obstetra para sua ação contemplativa
apresentação podálica ao término da para tracionar o extremo placentário do
gest. cordão, “asa do cordão” evita puxar sua
5. Assistência de emergência ante inserção umbilical.
parto vaginal: - Se deixa ainda a expulsão entregue às
- Nas apresentações cefálicas, a cabeça forças naturais até que se faz visível o
primeiro dilata o canal, de modo que os âng da omoplata, com ele começa a fase
ombros e com maior razão as nádegas crítica da apresentação.
passem facilmente. - Neste instante a cabeça penetra na
- Nas pélvicas, a expulsão das nádegas pelve menor e comprime o cordão, ↓ os
recém inicia o período crítico. intercâmbios feto maternos, desde este
↪ O parto oferece clinicamente 2 etapas momento o feto está em perigo;
principais: - Às vezes uma nova contração e puxo
produz a expulsão dos braços e da
cabeça, parto espontâneo, ao contrário - Nela um ajudante, exerce uma pressão
deve-se intervir rapidamente. firme e sustentada desde o abdômen,
6. Mecanismo de parto: sobre a cabeça fetal;
→ 1º tempo: acomodação do pólo pélvico - O tocólogo, impunha junto o tronco e
ao estreito superior; coxa, levantando lentamente estes sem
→ 2º tempo: descenso e encaixe; puxar, em direção ao abdômen materno.
→ 3º tempo: acomodação do estreito
inferior por rotação do bitrocantérico ao
diâmetro AP.
→ 4º tempo: desprendimento;
** Estes 4 primeiros tempos são efetuados
sem que os ombros e a cabeça sejam
solicitados. Quando aparece na vulva o
umbigo do feto, recém começa a ser
solicitados os diâmetros biacromial no
estreito superior.
→ 5º tempo: acomodação dos ombros ao
estreito superior; 8. Manobra de Pajot:
→ 6º tempo: descenso e encaixamento
dos ombros;
→ 7º tempo: acomodação dos ombros ao
estreito inferior. Simultaneamente a
cabeça se acomoda ao estreito superior;
→ 8º tempo: desprendimento dos ombros,
simultaneamente descenso e
encaixamento da cabeça; Consiste em descer ambos
→ 9º tempo: acomodação da cabeça ao braços, separados, primeiramente se
estreito inferior (rotação da cabeça); extrai o braço posterior, levantando
→ 10º tempo: desprendimento da cabeça. previamente o corpo do feto, fazendo o
Recordar: braço realizar um movimento mediante o
qual passa pela cara “lavado de cara”,
secundariamente se extrai o braço
anterior.
9. Manobra de Deventer Muller:
Consiste em tracionar o feto
fortemente até abaixo, até descer o ombro
anterior, logo fortemente até acima para
encaixar o posterior.
10. Manobra de Rojas:

7. Manobra de Bracht:
- Manobra que facilita a expulsão dos
braços e cabeça;
- Quando na evolução do parto a
expulsão espontânea já chegou até o âng.
do omoplata e o parto não prossegue
depois de uma breve espera;
- Deve empregar-se este método que
permite tanto a liberação de braços e
cabeça; Consiste em fazer rotacionar o
corpo do feto em 180º, primeiro até a
esquerda e logo até a direita, tracionando
até abaixo desde a pelve fetal. O feto sobre o ventre da mãe. É útil a
desprendimento se alcança com os atuação de um ajudante que exerça
movimentos de rotação. pressão sobre o abdômen.
11. Manobra de Mauriceau: 14. Manobra de Praga invertida:
Destinada a extração da cabeça.
Se a mesma se encontra com seu
diâmetro suboccipital, se coloca ao feto
cavalgando sobre o antebraço direito ou
esquerdo (canhotos), os dedos da mesma
mão são introduzidos na vagina, dentro
da boca do feto, a outra mão rodeia o
pescoço com os dedos “em garfo” sobre
os ombros.
→ 1º tempo: os dedos bocais alcançam a
flexão e rotação direita da cabeça,
fazendo logo descer o suboccipital por
baixo da sínfise pubiana.
→ 2º tempo: elevação progressiva do
tronco fetal sobre o ventre da mãe, ⇒ Resumo das manobras:
acompanhado de desprendimento lento → Ombros e cabeça: Man. de Bracht;
por flexão da cabeça, um ajudante exerce → Só ombros: Man de Pajot, man de
pressão sobre o hipogastro. Deventer-Muller, man de Rojas.
→ Cabeça última: Man de Mauriceau,
man de Praga.
15. Recomendações de cesária em
apresentação podálica:
- Primigesta;
- Baixo peso fetal (<2000g);
- Cesária anterior;
- Macrossomia fetal;
- Pelve limite;
- Excesso de tamanho cefálico;
- Cefálica desviada multípara em
condições obstétricas desfavoráveis.

12. Manobra de Mauriceau invertida: Diabetes Mellitus

1. Classificação:
→ DM pré gestacional:
- Tipo I: insulino dependente ou juvenil;
- Tipo II: não insulino dependente (adulto);
→ D gestacional:
- Diabetes que se inicia ou pesquisa pela
primeira vez durante a gest.
13. Manobra de 2. D Gestacional:
Praga: - ↓ da tolerância aos carboidratos;
Os dedos indicador - De severidade e evolução variável;
e maior de uma mão, em - Se reconhece pela primeira vez na atual
forma de forquilha sobre gest.
os ombros do feto. A 3. Fatores de risco:
mão restante, toma os - Antecedentes de DM em familiares de 1º
pés tracionando eles de grau;
forma brusca primeiro - Idade materna ≥ 30a;
abaixo e depois acima, - Obesidade ou IMC ≥ 26;
até colocar o dorso do - Diabetes gest em gravidez anterior;
- Mortalidade perinatal inexplicada;
- Macrossomia fetal atual ou antecedentes
de 1 ou + filho com peso > 4000g;
- Malformação congênita;
- Polihidrâmnios em gest atual.
4. Critérios dx;
- 2 glicemias em jejum ≥ 105mg/dl;
- Glicemia ≥ 140mg/dl as 2h, em uma
PTGO com 75g de glicose.
5. Prova de tolerância à glicose oral
(PTGO): Um risco adicional p/ o feto
- Toma-se a primeira amostra de sangue representa, as malformações congênitas.
venoso em jejum para glicemia; O que pode ocorrer quando a diabetes é
- Administra-se 75g de glicose diluída em prévia à gestação.
250/300ml de água com suco de limão, 7. Influência da D sobre a gest, o
devendo ingerir a mistura em 5 mín; parto e o bebê.
- Toma-se uma segunda amostra para ↪ Quando não é reconhecida, nem ttada
glicemia depois de 2h de ingesta. oportunamente:
➤ Valor normal p/ gest: <140mg/dl depois - ↑ a incidência de mortalidade
de 2h. perinatal;
- Se aparece polihidrâmnios ou - macrossomia fetal;
macrossomia; - hipoglicemia fetal;
- Deve repetir-se a PTGO entre 32 e 34 - obesidade e HTA nos filhos
sem. destas mães;
6. Fisiopatologia: - D materna em forma
É uma entidade heterogênea que permanente.
inclui: intolerância a carboidratos, ↪ Sobre a gest:
resistência à insulina e disfunção das céls - mortalidade perinatal;
beta do pâncreas. - macrossomia fetal;
Durante a gest se produzem trocas - intervenções cx no parto;
metabólicas, entres estas uma baixa - parto traumático;
tolerância à glicose. Os níveis de glicose ↑ - pré eclâmpsia;
durante a gest., havendo assim maior - polihidrâmnios;
liberação de insulina. - parto de pretérmino;
A ↓ da sensibilidade da insulina - morbilidade neonatal
materna na mulher com DG pode (hipoglicemia, dific resp).
provocar incremento dos nutrientes ↪ Se o feto é de grande tamanho:
disponíveis para o feto. Causa do - distocia de ombros;
incremento dos riscos de sobrepeso e - desgarros perineales;
adiposidade. - traumatismo craniano com suas
A hiperglicemia materna produz no sequelas;
feto hiperinsulinismo secundário, feito - alongamento de plexos;
fisiopatológico central nas alt metab do - fratura de clavícula.
feto. - “gigantes com pés de barro”.
As mulheres com DG tem risco de 8. Filhos de mãe diabética:
morbilidade perinatal, há possibilidade de O risco de malformação é baixo,
ter diabetes tipo a por longo tempo, e os diferente da D pré gestacional, porque as
fetos têm alto risco de apresentar alterações metabólicas aparecem logo
macrossomia, e com isso: após o período de organogênese.
- distocias em TP;
- asfixia; Hiperglicemia materna ⇨ hiperglicemia
- hipoglicemia; fetal ⇨ hiperinsulinemia fetal ⇨ a insulina
- hiperinsulinemia fetal. atua promovendo o crescimento
exagerado do feto com macrossomia,
obesidade ⇨ hiperplasia pancreática e 11. Nutrição e alimentação:
hipertrofia de células beta ⇨ hipoglicemia. - Toda gest deve receber um plano de
- Macrossomia fetal: peso ao nascer > alimentação de acordo com seu estado
4000g nutricional e atividade física;
- A maturação pulmonar está atrasada - Evitar o incremento desproporcional ao
nos fetos de mãe diabética, pela peso;
interferência da insulina e a biossíntese - Evitar as hiperglicemias pós prandiais;
do surfactante pulmonar. - Prevenir hipoglicemia.
- O filho de mãe diabética pré gestacional 12. Conduta obstétrica:
tem ↑ risco de malformações congênitas. - Para a eleição da via do parto,
As mais comuns são: defeito do considerar fatores maternos e fetais;
fechamento do tubo neural, sx de - Crescimento e desenvolvimento fetal,
hipoplasia femoral, agenesia e displasia idade gestacional, maturação pulmonar e
retal, atresia anorretal, RCIU com bem estar fetal;
importante afetação do sist vascular. - Se as condições anteriormentes
9. Controle e seguimento clínico: descritas são normais, deve tentar evoluir
- Até a 32ª sem se efetuam consultas a gestação até o mais próximo do término;
quinzenais e desde então até o parto - Não prosseguir mais de 40 sem;
semanais. - O parto vaginal se efetuará quando não
- Avaliação do IMC; existem contraindicações para esta via e
- Monitoramento de PA e crescimento as condições obstétricas sejam
fetal; favoráveis.
- Ganho de peso recomendado: - Cesárea eletiva: diabetes com controle
↪ IMC < 19,8 = 12,5 a 18kg; metabólico difícil, fetos macrossômicos,
↪ IMC 19,8 - 26 = 11 a 16kg; antecedentes de feto morto, alteração
↪ IMC 26,1-29 = 7 a 11 kg; significativa da saúde fetal.
↪ IMC > 39 = 7kg. 13. Objetivos metabólicos:
- Deve-se alcançar a normoglicemia as - Glicemia em jejum entre 70 a 90 mg/dl;
24h do dia; - Glicemia pós prandial após 2 horas entre
- A educação mx deve incluir o 90 e 120 mg/dl;
automonitoramento glicêmico e - Cetonúria negativa;
catonúrico; - Glicosúria negativa.
- Laboratórios devem incluir: hemograma, 14. Esquema de manejo:
hepatograma, uréia, glicemia, ác úrico, → Tto com insulina:
urina, VDRL, TORCH; - Glicemia em jejum > 105 mg/dl;
- A hb glicada é realizada na 1ª consulta; - Glicemia pós prandial > 200 mg/dl.
- Clearance de creatinina; → Tto dietético em toda pcte com glicemia
- Fundo de olho, função renal, avaliação de jejum normal e pós prandial entre 120 -
cardiológica. 200 mg/dl.
- A hiperglicemia fetal se associa com um 15. Diabetes pré gestacional:
incremento do metabolismo oxidativo, - Elevado risco de malformação cong;
com hipoxemia e aumento da perfusão - Não está clara as causas que produzem
cerebral e renal sem nenhuma troca na malformação mas poderia dever-se ao
perfusão. Isto justifica a utilização do mal manejo metab nas primeiras semanas
Doppler color na art umbilical, pois a de gest e 3m prévios ao coito fecundante;
hipoxemia e a acidose fetal se associam - Por isto a importância de uma mulher
com trocas nesta art. diabética com desejo de engravidar deve
10. Educação: programar a gestação com um bom
- Dirigida fundamentalmente ao controle assessoramento para manejo da glicemia.
otimizado da diabetes e insulinoterapia; ↪ Mulher diabética com desejo de
- Se a pcte não está familiarizada com as engravidar:
técnicas de autocontrole e insulinoterapia - programação destacando a
se aconselha a hospitalização p/ realizar a importância da normoglicemia;
educação;
- Apoio psicológico e controle do estresse.
- adm ác fólico desde os 3m antes - O progn materno é bom;
da concepção, para prevenir defeitos do - O progn fetal é reservado, já que a
tubo neural; possibilidade de que a gest chegue a
- suspensão de antidiabéticos término ou a cerca dele é difícil de
orais e sua troca por insulina; predizer.
- alcançar um bom estado 5. Tto:
nutricional acerca do ideal. - Consiste na reparação cx da deiscência
do istmo cervical antes de gest sempre
Incompetência istmo cervical que seja possível.
- Durante a gest: cerclagem
- A incompetência de OCI se caracteriza 6. Cerclagem istmo cervical, téc de
como dilatação indolor do colo; McDonald:
- Produz a expulsão prematura do ovo, ↪ Momento de realização da cerclagem:
devido ao colo ser incapaz de cumprir sua - passadas 14 sem: p/ descartar os
função de retenção; abortos precoces devido a outras
- Freq 0,5 a 3% dos partos; causas;
- Se trata de um processo essencialmente - não mais de 24-26 sem: p/ evitar
do 2º trim (aborto tardio e parto imaturo). as complic de ruptura de
1. Etiologia: membranas e infecção.
↪ Congênita: malformação uterina; - A taxa de êxito desta intervenção é
↪ Traumática: por dilatações pélvicas com discutida.
“brujias”, eletrocoagulação profundas, - A intervenção pode ser eletiva ou em
curetagem, pós operatórios. forma de profilaxia;
2. Sintomatologia diagnóstica: - Pode ainda ser de urgência frente sinais
- A evolução espontânea é a interrupção de certeza, em especial gest com 3 ou +
da gestação geralmente no 2º trim ou às gest perdidas no 2º trim;
vezes no 3º trim; - O princípio da intervenção é estreitar o
- Se caracteriza por sua rapidez, ausência OCI anormalmente dilatado;
de dor e expulsão do ovo em bloco com o - Mediante uma sutura que circunda o
feto vivo; canal ístmico;
- Previamente a pcte pode se queixar de - Sua realização é relativamente simples;
molestias difusas; - A cerclagem se pratica na parte alta ou
- No exame pode se apreciar o média da porção intravaginal do colo
borramento e dilatação progressiva do mediante um fio de nylon trançado ou
cérvix; uma cinta de “drácon”;
- No exame com espéculo pode se - O fio passa pela mucosa vaginal do colo
evidenciar as membranas ovulares em 4 pontos cardinais;
fazendo protrusão através do colo. - Sem interessar o tec cervical e volta a
- O antecedente que domina é sempre sair cada vez a cara externa do colo onde
abortos tardios ou partos imaturos a ao final se dá um nó para estreitar a
repetição, habitualmente no 2º trim; janela assim formada.
- Ao qual se pode agregar traumatismos
genitais ou intervenções cirúrgicas
vaginais dificultosas.
3. Dx:
- O dx se baseia nos antecedentes de
abortos tardios;
- A ecog para visualizar o canal cervical
entreaberto e a protrusão do saco
amniótico (sinal do lápis);
- Um sinal que se associa com risco de
parto prematuro é quando o canal cervical
fechado está encurtado 15mm ou menos,
avaliado por ecog. ↪ Complicações:
4. Prognóstico: - RPM;
- Infec;
- Parto prematuro;
- Em especial ocorre se é realizada
depois das 26 sem.
↪ Contraindicações:
- Gest de -15 sem;
- Gest de +26 sem;
- Contrações uterinas de caract de
ameaça de parto;
- Evidência de maturidade pulmonar
fetal;
- RPM;
- Suspeita de infec ovular;
- Feto morto ou com sinais de
sofrimento fetal.

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