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Por Fouquet Cuta

Março / 2022
CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL

 Gestação
 Parto
 Puerpério (Nutriz)

GESTAÇÃO ESTADO ESPECIAL


(Episódio)

 Adaptação do organismo materno para manutenção


e desenvolvimento da gestação

 Alta velocidade de crescimento fetal

Maior risco de complicações


do binômio mãe-concepto
CICLO OVARIANO, GRAVIDEZ E IMPLANTAÇÃO
FECUNDAÇÃO E NIDAÇÃO
FECUNDAÇÃO E NIDAÇÃO
• Fecundação: até 14 dias
• Migração: Ovo/ Zigoto pela Trompa uterina por
3 dias, permanece livre por 2 dias na Cavidade
uterina
Fases do ovo durante este percurso:
• Mórula  Glástula  Blástula (mitoses)
• Nidação: 6º dia na fase de blastocisto (acção da
protease)
FECUNDAÇÃO E NIDAÇÃO
• Por volta do 9º dia o blastocisto já esta totalmente nidado
-
FECUNDAÇÃO E NIDAÇÃO
Massa celular interna = embrioblasto
↓↓
à dá origem ao embrião e a outras
estruturas extra-embrionárias

Massa celular externa = trofoblasto


↓↓
à contribui para a formação da placenta
e orienta o blastocisto, para escolher o
melhor local de adesão no endométrio.

Após o blastocisto afundar é depois


coberto por endométrio.
FASES EMBRIONÁRIAS
 Duração: do 15º dia (inicio da 3a semana) até o final da 12º semana
 Característica: diferenciação celular e continuação da hiperplasia.

3 semanas 6 semanas 7semanas 8 semanas


4 semanas 5 semanas

9 semanas 11 semanas 12 semanas


10 semanas
FASES EMBRIONÁRIAS
5ª SEMANA de gestação

Começo do desenvolvimento do sistema nervoso


aparecimento dos brotos das pernas e braços e
aparecimento de movimentos bruscos não perceptíveis

Após a 5ª semana
trocas via circulação
feto-placentária

Início da fase embrionária:


nutrição é feita pela
Vesícula Vitelina

6ª SEMANA
coluna

• Formação da boca
Brotos dos braços
• Coração (ainda rudimentar) - já apresenta
batimentos perceptíveis no ultra-som
• Ele mede de 4 a 9 mm
Brotos das pernas
FORMAÇÃO DOS ANEXOS
EMBRIONÁRIOS
Placenta
Âmnios
Córion
Cavidade uterina

Parede uterina
Cordão umbilical
Cavidade amniótica
ANEXOS OVULARES
A gestação normal dura cerca de 280 dias
→ 40ª semana
→ ou 10 meses
Períodos da gestação:
• Período embrionário → fecundação a 12 sem
• Período fetal → 13 à 40 semanas
Nascimento:
• Prematuro → menos de 37 semanas
• Termo → 37 à 41,6 semanas
• Pós-termo → 42 semanas em diante
ANEXOS OVULARES
PLACENTA
A placenta humana é uma unidade
biológica, bem definida e eficiente, 7
FUNÇÕES: equivalentes, no adulto,
as de órgãos como o rim, o fígado e
o pulmão.

É um órgão temporário, estranho à


mãe, “um transplante natural” que
consegue escapar à destruição
imunológica.

Sofre muitas modificações ao longo


da gravidez.
ANEXOS OVULARES
PLACENTA

Normo-inserção → metade superior da cavidade uterina,


→ face anterior, posterior ou fundo uterin
- forma discóide com:
- 15-20 cm de diâmetro
-2-3 cm de espessura (parte média)
Face materna (placa basal) à está aderente à parede uterina:
- 10-40 cotilédones (ou lóbulos maternos)
- pregas da placa basal
Face fetal (coriónica) à local de inserção do cordão umbilical:
- Revestida pelo âmnios;
- Vasos sanguíneos que saem do cordão
- Vasos maiores são veias, as mais pequenas as artérias
ANEXOS OVULARES
PLACENTA

Modificações → adaptar-se às necessidades fetais:


- aumenta de peso: às 8 semanas tem apenas 5g,
- placenta de termo pesa cerca de 738g.
ANEXOS OVULARES
PLACENTA

PLACENTA

Órgão transitório Único órgão formado


que intermedeia as por células de dois
trocas fisiológicas indivíduos
entre mãe e feto

Endócrina
FUNÇÃO
Metabólica
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

• É responsável pela produção da gonadotrofina


coriônica, que estimula o corpo amarelo ovariano a
manter elevadas as taxas de estrógeno e progesterona no
sangue.

• Assim, a menstruação não acontece, indicando um dos


primeiros sinais de gravidez.

• Com a regressão do corpo amarelo ovariano, por volta


do quarto mês, a placenta asume a produção de
estrógeno e progesterona até o fim da gravidez.
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO METABÓLICA DA PLACENTA

1 veia
supre sangue
Passagem por difusão simples Água,
oxigenado oxigênio, dióxido e monóxido de
carbono, glicose, eletrólitos, uréia,
ácido úrico e a maioria das drogas

2 artérias Passagem por difusão facilitada Transporte


carregam sangue
desoxigenado do feto ativo ou pinocitose (englobamento de
partículas pelas células): vitaminas,
hormônios, anticorpos
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO METABÓLICA DA PLACENTA

Metabólica

No início da gestação sintetiza glicogênio,


colesterol e ácidos graxos para nutrir o embrião.
Posteriormente, fará as trocas entre mãe e filho
por difusão simples e difusão facilitada

A passagem livre de certas substâncias, de vírus


e micro-orgasnismos pela placenta provoca
danos e ou a morte ao feto
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

Produz hormonas:
• Gonadotrofina Coriônica
(Glicoproteína),
• Estrógeno,
• progesterona,
• adrenocorticotrófico coriônico,
• tireotrófico coriônico e
• somatomamotrofina coriônica humana
(HCS)
Atividade lactogênica e estimuladora do
crescimento
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

Estrogénios
Artéria materna
Induzem aumento da produção de proteínas do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (à ↑ volémia) e de
globulinas hepáticas de transporte hormonal.
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

• Progesterona
Artéria materna
• Tem efeito vasodilatador.
• Tem acção imunosupressora materna.
• Tem também um efeito ansiolítico.
• Em gestações normais de termo produz-se ate 250mg/dia.
• É essencial no desenvolvimento decidual e na adaptação
• É importante no desencadear do trabalho de parto.

ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

 Gonadotrofina Coriónica Artéria materna


 Estruturalmente é semelhante à LH, FSH e TSH.
 Estimula a esteroidogénese no corpo amarelo gravídico até a
placenta entrar em funcionamento.
 Pico de hCG coincide com o de produção de testosterona pelo
testículo fetal
 Tem influência na diferenciação sexual do feto masculino.
 Tem também funções imunológicas (acção anti-imunogénica).
ANEXOS OVULARES
FUNÇÃO HORMONAL DA PLACENTA

• Lactogénio placentar (hPL)


Artéria materna

• É produzido em grandes quantidades durante toda a gravidez.


• É detectado no sangue materno às 5 semanas, aumentando os seus
níveis até às 36 semanas e mantém valores estáveis até ao termo
da gestação.
• Estimula a secreção da glândula mamária.
• Regula os níveis plasmáticos de insulina
• Exerce também uma acção lipolítica.
ANEXOS OVULARES
CORDÃO UMBILICAL

Veia materna
Artéria materna
Sangue materno
Vilosidades coriónicas

Veia fetal

Artérias fetais

Cordão umbilical
ANEXOS OVULARES
CORDÃO UMBILICAL
• Estende-se da face fetal da placenta até ao
umbigo do feto.
• Tem 1-2cm de diâmetro e 50cm de
comprimento (varia entre 30 e 100cm).
• Constituição: geleia de Wharton + eixo
conjuntivo mucóide (2 artérias e 1 veia).
• Pode haver artéria umbilical única e não
constituir patologia.

As trocas entre mãe e filho são feitas nos espaços


intervilosos (lacunas da decídua basal)
ANEXOS OVULARES
CORDÃO UMBILICAL

• Formas de implantação:
Artéria materna
– Central (normal – 60%) Paracentral (38%)
– Marginal Velamentosa (inserção nas membrana).

• Se houver movimentos fetais muito activos → nós.


• Nós → alterações da irrigação (sobretudo em cordões curtos)
• Outras anormalidades:
– prolapso do cordão
– circulares à volta dos membros ou pescoço do feto.
ANEXOS OVULARES
SACO AMNIÓTICO

Constituído por dois folhetos (facilmente separáveis):


Artéria materna

• âmnio (junto ao feto):


• envolve o saco vitelínico e alantoide.
• confere proteção mecânica,
• proteção térmica
• evita a entrada de micro-organismos patogênicos

• córion (junto ao útero):


• serosa, é o mais externo dos anexos embrionários;
• Envolve não só o embrião, mas todos os outros anexos
ANEXOS OVULARES
CÓRION = MEMBRANA CORIÓNICA

• Camada transparente, fibrosa, resistenteArtéria materna


à tracção e
aderente à decídua,
• Na zona do orifício interno do canal cervical (onde
não existe decídua) o córion está em contacto directo
com o rolhão mucoso.
• Podem distinguir-se duas porções:
– Leve (resto da placenta onde as vilosidades se
atrofiaram)
– Frondoso (zona onde estão as vilosidades e o cordão
umbilical)
ANEXOS OVULARES
ÂMNIO = MEMBRANA AMNIÓTICA

Artéria materna
• É uma simples camada de células cubóides, sem
vascularização, MAS resistente, embora a sua
espessura nunca exceda 0,5mm
• Forra toda a cavidade uterina,
• cobre externamente o cordão umbilical e
• continua-se pela pele do feto.
ANEXOS OVULARES
LÍQUIDO AMNIÓTICO

- Forma-se logo no início da gestação. Artéria materna


- Na primeira metade da gravidez é um transudato do plasma
materno e fetal através da pele não queratinizada
- É isotónico.
- O pico máximo de volume é atingido por volta das 32-34
semanas e depois a partir daí começa a diminuir (cerca de
125ml por semana).
- O volume de LA mede-se USG e no pós-parto:
- <500ml à oligohidrâmnios
- >2000ml à polihidrâmnios
ANEXOS OVULARES
LÍQUIDO AMNIÓTICO
Funções:
Artéria materna
• Protege o feto;
• Actua na nutrição e maturação;
• Por volta das 20 semanas a pele do feto queratiniza e
deixam de ser possíveis as trocas
• LA circula nas membranas e nos sistemas urinário,
digestivo e respiratório do feto;
• A sua regulação implica processos de deglutição fetal,
produção de fluido pela árvore respiratória do feto e
produção e emissão de urina.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ORGANISMO MATERNO
•AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das células : v 1. São Paulo: Editora Moderna,
2010.
•BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998.
•JÚNIOR, C.S; SASSO, N.S.; JÚNIOR, N.C. Biologia Cria ambiente
1: seres favorável
vivos: estrutura e função.
São Paulo: Editora Saraiva, 2010. para o desenvolvimento do
•COSTA, Camilla; GARATTONI, Bruno. Como fazer super bebês. concepto
Revista
Superinteressante on line, fevereiro de 2012. Disponível em:
http://super.abril.com.br/ciencia/como-fazer-super-bebes-677777.shtml> acesso em 14 de
junho de 2012.
•LAURENCE, J.; MENDONÇA, V. Biologia: o ser humano, genética e evolução: v.3., São
Paulo: Editora Nova Geração, 2010.
•LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje: citologia, reprodução e
desenvolvimento, histologia, origem da vida. São Paulo: Editora Ática, 2011.
•LOPES, S.; ROSSO, S. Bio:v.2, 1ªed. São Paulo: Saraiva, 2010.
•MARANDINO, M; SELLES, S.E; FERREIRA, M.S. Ensino de Biologia: histórias e
práticas em diferentes espaços educativos. São Paulo: Editora Cortez,2009.
•POZZO, J.I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do
conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5 ed. Porto Alegre: Artmed,2009.
•SANTOS, F.S. (Org.) Biologia: ser protagonista, v1.São Paulo: Edições SMS, 2010.

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