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Técnico em

Enfermagem
Módulo IV
SAÚDE DA MULHER
Introdução
 Esta disciplina tem por objetivo desenvolver nos alunos habilidades
para prestar assistência de enfermagem à Mulher durante seu
desenvolvimento biológico, ações de saúde reprodutiva e controle do
câncer ginecológico, doenças sexualmente transmissíveis, climatério,
patologias inerentes ao sexo feminino no processo saúde-doença.
Introdução
 A Obstetrícia é a ciência que estuda a reprodução humana, desde o
momento da gestação até o pós-parto. Para fazer parte dessa área,
existem três opções de graduação, Medicina, Obstetrícia e
Enfermagem. A obstetriz, a enfermeira obstetra e a doula atuam no
cuidado à mulher e ao recém-nascido, podendo fazer parte de uma
mesma equipe.
Introdução
 O obstetriz:
– Profissional que se forma pelo curso de Obstetrícia, que realiza partos normais de
baixo risco e faz atendimento pré-natal. O diferencial da profissão é conduzir o
momento do parto de forma ainda mais humanizada.
 A enfermeira obstetra:
– Também atua em pré-natal e partos normais de baixo risco. Seu diferencial em
relação ao obstetriz é que, por sua graduação ser um pouco mais ampla, o
enfermeiro pode atuar em diversas áreas, como UTI, Pronto Socorro, Pediatria e
outros.
 Doula:
– Não é parteira tampouco enfermeira obstetra, Muitas vezes confundida, ela
acompanha gestantes em partos antes, durante e após o nascimento do bebê. A
Doula dá apoio emocional e sugere técnicas não medicamentosas ou exercícios para
alívio de dor, também tem a função de estar atenta para evitar que sejam realizados
procedimentos hospitalares que a mãe não queira, mas também não interfere no
nascimento.
Aparelho reprodutor masculino
O aparelho reprodutor masculino é formado por
genitais externos que são a bolsa escrotal e o pênis e
os genitais internos que são os testículos, epidídimo,
canais deferentes, vesículas seminais, próstata,
uretra e glândulas bulbouretrais.
Bolsa escrotal:
–Está localizada abaixo do pênis em forma de um saco de pele.
–Sua função é proteger os testículos e manter a temperatura adequada.
Aparelho reprodutor masculino
Bolsa escrotal
Aparelho reprodutor masculino
Pênis:
– É formado pelo corpo do pênis e
glande que é a cabeça do pênis e
recoberta pelo prepúcio.
– Possui dupla função: urinária e sexual
e reprodutiva, como a penetração e
ejaculação.
– A ereção é o aumento do tamanho do
pênis causado pelo aumento do
volume de sangue nos vasos
sanguíneos do pênis durante a
estimulação sexual.
– Quando a quantidade de sangue
diminui, após a excitação ou
ejaculação, o pênis volta a ficar
flácido.
Aparelho reprodutor masculino
Testículos:
– Ficam dentro da bolsa
escrotal e tem a
função de produzir e
armazenar os
espermatozoides e
produção da
testosterona,
hormônio masculino.
Aparelho reprodutor masculino
Epidídimo:
– Canal de
armazenamento e
amadurecimento dos
espermatozoides e se
localizam no
testículos.
Aparelho reprodutor masculino
Canais deferentes:
– Por onde os
espermatozoides
percorrem dos testículos
ate a vesícula seminal.
– São dois tubos que
partem dos testículos ate
o abdome e que abaixo
da bexiga se juntam e
formam o ducto
ejaculador.
Aparelho reprodutor masculino
Vesículas seminais:
– Glândulas que ficam abaixo da bexiga têm a função
de produzir o liquido seminal.
Aparelho reprodutor masculino
Próstata:
– Glândula que fica entre as vesículas seminais e
abaixo da bexiga e tem a função de produzir o
líquido prostático, um dos componentes do
esperma.
Aparelho reprodutor masculino
Uretra:
– Canal que sai da bexiga e
passa por dentro do pênis.
Tem a função de eliminar a
urina e eliminar o esperma
durante a ejaculação.
Glândulas bulbouretrais:
– Ficam de cada lado da
uretra e produz uma
secreção que faz parte do
esperma.
Aparelho reprodutor masculino
Gonadotropinas-GnRH:
– No homem, o hipotálamo produz o
fator de liberação das
gonadotropinas- GnRH que vão atuar
na hipófise anterior ou adenohipofise
estimulando a liberação do hormônio
folículo-estimulante (FSH) e do
hormônio luteinizante (LH).
– O FSH vai atuar no testículo na
formação de espermatozoide e o LH
vai induzir a produção de
testosterona, hormônio masculino.
Aparelho reprodutor masculino
Espermatozoides:
– Os espermatozoides são fabricados nos túbulos seminíferos
dos testículos. A sequência de eventos para produção de
espermatozoides é chamada de espermatogênese.
– Nos túbulos seminíferos encontramos as espermatogônias
que sofrem modificações se transformando em
espermatócito primários, depois em secundário.
– Estes por sua vez se transformam em espermátides e
depois em espermatozoide propriamente dito. Todo esse
processo de maturação depende do hormônio FSH.
Aparelho reprodutor masculino
Espermatozoides:
– Após esse processo eles são armazenados e
completam sua maturação no epidídimo. O
espermatozoide é uma célula móvel, que faz parte do
líquido seminal e que consome energia sendo
formado por uma cabeça e uma cauda que oferece a
motilidade para o transporte ao local da fertilização.
– É transportado dos túbulos seminíferos para o
epidídimo, passa pelos canais deferentes depois para
a uretra para serem eliminados durante a ejaculação.
Aparelho reprodutor feminino
Formado por órgãos genitais
externos que são a vulva e genitais
internos como a vagina, o hímen,
as trompas, os ovários e o útero.
Vulva:
– Representa a parte externa e é
composta por grandes e pequenos
lábios, abertura da vagina e da uretra,
clitóris e monte Vênus. O clitóris é uma
parte carnuda que aumenta de
tamanho quando a mulher está
excitada e promove prazer sexual.
Aparelho reprodutor feminino
Vagina:
– Canal composto por
músculos elásticos e vai da
vulva até o colo do útero.
Durante a relação sexual a
vagina se contrai e relaxa
conforme a vontade da
mulher. A entrada da vagina é
coberta parcialmente pelo
hímen, uma pele fina e
elástica, que geralmente se
rompe na primeira relação
sexual.
Aparelho reprodutor feminino
Trompas:
– Dois tubos que saem de
cada lado do útero até
os ovários. Ela conduz
os ovócitos e os
espermatozoides até a
ampola da tuba uterina,
onde ocorre a
fecundação. É dividida
em quatro partes:
infundíbulo, ampola,
istmo e porção uterina.
Aparelho reprodutor feminino
Ovários:
– São glândulas reprodutivas, de forma arredondada, localizados
um de cada lado do útero. Tem a função de produzir o estrógeno
e a progesterona, que são os hormônios femininos, e guardar e
amadurecer os óvulos que são as células reprodutoras femininas.

Útero:
– É um órgão muscular onde o feto se desenvolve durante a
gravidez. Tem duas partes: o corpo do útero, que é a parte mais
larga e o colo do útero, a parte mais estreita. As paredes do
corpo do útero são formadas pelo miométrio, que é a camada de
fora do útero, e pelo endométrio, que é a camada de dentro.
Aparelho reprodutor feminino
As mulheres sofrem ciclos reprodutivos que preparam o
sistema reprodutivo para a gravidez. Esses ciclos envolvem
atividade do hipotálamo, da hipófise, da vagina, glândulas
mamárias, dos ovários, útero e tubas uterinas.

O hipotálamo secreta o fator de liberação das gonadotropinas-


GnRH que vão atuar na hipófise anterior ou adenohipofise
estimulando a liberação do hormônio folículo- estimulante
(FSH), que estimula o desenvolvimento do folículos ovarianos
e produção do estrogênio, e do hormônio luteinizante (LH),
que atua na ovulação e estimula as células foliculares e o
corpo lúteo a produzir progesterona.
Ciclo menstrual
Período que vai a partir do
primeiro dia de uma
menstruação até o dia que
antecede a menstruação
seguinte.
Geralmente dura cerca de 28 dias
e essa duração varia de acordo
com vários fatores, de mulher
para mulher, ao longo da vida
reprodutiva.
Alguns fatores como: mudanças
de ritmo de trabalho, alterações
emocionais e doenças podem
alterar o ciclo menstrual.
Ciclo menstrual
O ciclo menstrual é regulado por
mecanismos neuroendócrino
constituindo pelo eixo hipotálamo –
hipófise – ovários. Os estímulos do
meio ambiente podem alterar o
ciclo menstrual, estimular e inibir a
ovulação, como também mudar o
dia de seu aparecimento.
O hipotálamo secreta o fator de
liberação das gonadotropinas- GnRH
que vão atuar na hipófise anterior
ou adenohipofise estimulando a
liberação do hormônio folículo-
estimulante (FSH) e do hormônio
luteinizante (LH).
Ciclo menstrual
Esses hormônios estimulam o ovário a produzir o estrógeno
e a progesterona, que são hormônios femininos. O
estrogênio e a progesterona provocam mudanças cíclicas no
endométrio, que é a camada interna do útero, constituindo o
ciclo endometrial ou ciclo menstrual.
A cada ciclo menstrual ocorre a ovulação, que é a liberação
pelo ovário de um óvulo maduro geralmente no 14º dia, e o
útero se prepara para receber o óvulo fecundado, caso isso
não aconteça, a camada interna do útero se desprende
ocorrendo assim a menstruação. A menstruação é
caracterizada pela perda sanguínea periódica e cíclica que
ocorre da menarca até a menopausa.
Ciclo menstrual
Fases:
– Menstrual - é a fase em que a camada funcional da
parede do útero se desfaz e é expulsa com o fluxo
menstrual.
– Proliferativa - é a fase em que ocorre o crescimento
dos folículos ovarianos estimulado pelo hormônio
LH e dura cerca de 9 dias. Também ocorre um
aumento da espessura do endométrio.
Ciclo menstrual
Fases:
– Lútea - é a fase em que ocorre a formação, crescimento
e funcionamento do corpo lúteo que produz
progesterona e estimula o epitélio glandular. Dura cerca
de 13 dias. Se a fertilização não ocorre o corpo lúteo se
degenera, caem os níveis de estrogênio e progesterona e
o endométrio entra na fase isquêmica.
– Isquêmica - inicia-se quando não ocorre a fertilização. É
a fase em que o corpo lúteo se degenera, os níveis de
estrogênio e progesterona caem e o ocorre alterações
vasculares que provocam a isquemia do endométrio.
Ciclo menstrual
Características das alterações do ciclo menstrual:
– Quanto à duração:
• Hipermenorreia: quando o ciclo dura mais de 8 dias.
• Hipomenorreia: quando o ciclo dura menos de 2 dias.
– Quanto à quantidade:
• Menorragia: ocorre um aumento da quantidade de sangue,
sem alteração na duração, e perda sanguínea com
coágulos.
• Oligomenorreia: ocorre uma escassez na quantidade de
sangue.
Ciclo menstrual

Alterações do ciclo menstrual


Ciclo menstrual
Características das alterações do ciclo
menstrual:
– Quanto ao intervalo:
• Diminuído:
– Proiomenorreia: a menstruação pode ocorrer cada 20 ou 25 dias;
– Polimenorreia: a menstruação ocorre cada 15 dias, ou seja, duas
menstruação no mês.
• Aumentado:
– Opsomenorreia: intervalo de 35 ou 40 dias;
– Espaniomenorreia: quando ocorre por 2 ou 3 meses.
Ciclo menstrual
Algumas mulheres apresentam amenorreia que
significa falta de menstruação durante o período da
menarca até a menopausa, assim como dismenorreia
que significa dor menstrual sendo uma das queixas
mais frequentes entre as mulheres e varia de mulher
para mulher e de acordo fatores como alimentação,
alteração emocional, exercício físico, entre outros.
Pode ocorrer também metrorragia que significa
perda sanguínea genital que surge em qualquer
época do período entre uma e outra menstruação.
Gestação e Fecundação
A gestação é o processo, que dura aproximadamente 9 meses
e inicia-se com a fecundação, passando pelo desenvolvimento
fetal e termina com o parto. Durante a relação sexual, após a
ejaculação, o esperma masculino é depositado na vagina da
mulher, os espermatozoides se movimentam pelo canal da
vagina penetram no útero e vão em direção as trompas.

Nas trompas, geralmente na primeira porção, o


espermatozoide se encontra com o óvulo e ocorre a
fecundação. Para que ocorra esse fenômeno tem que ter
ocorrido a ovulação, pois a mulher só é fértil no período da
ovulação que ocorre a cada ciclo menstrual.
Gestação e Fecundação

Fecundação
Gestação e Fecundação

 A fecundação é uma sequência de


eventos que começa com o
encontro do espermatozoide e do
óvulo e termina com a mistura dos
cromossomos maternos e paternos.

 Após a entrada do espermatozoide


no ovócito, a cabeça do
espermatozoide é separada da
cauda e aumenta de volume
formando o pronúcleo masculino
que se une ao pronúcleo feminino
que é o ovócito maduro.
Gestação e Fecundação
O espermatozoide carrega 23 cromossomos não pareados
que se misturam com 23 cromossomos, também não
pareados, do óvulo durante a metástase da primeira
divisão mitótica do zigoto e formam um complemento de
46 cromossomos dando início ao processo de multiplicação
celular resultando no desenvolvimento de uma criança.

A implantação do ovo ocorre no endométrio no final da


primeira semana e completado na segunda semana. A esse
processo chamamos de nidação. Esse processo pode ser
detectado por ultrassonografia e dosagem de hCG.
Gestação e Fecundação

 Os hormônios têm uma grande


importância durante a gravidez e
atuam tanto sobre a mãe quanto
sobre o feto. A maior parte desses
hormônios é produzida e secretada
pela placenta. A placenta é um
órgão materno-fetal formada por
dois componentes: uma porção
fetal e uma porção materna que se
origina do endométrio. Possui
três funções básicas: metabólica,
transporte de gases e nutrientes e
produção e secreção endócrina.
Gestação e Fecundação
Metabólica:
– Durante o início da gravidez a placenta produz glicogênio, colesterol
e ácidos graxos que são fonte de nutrientes e energia para o feto.

Transporte de gases e nutrientes:


– Juntamente com o cordão umbilical funciona como um sistema de
transporte das substancias que passam entre mãe e feto. Os
nutrientes e oxigênio passam do sangue materno através de
membrana da vilosidade placentária para o sangue fetal e as
excretas e dióxido de carbono passa do sangue fetal para o sangue
materno para serem eliminados para o exterior pelas funções
excretoras da mãe.
Gestação e Fecundação
Normalmente, não há mistura de sangue fetal
com sangue materno. Os anticorpos maternos
também são transportados pela placenta.

Produção e secreção endócrina:


– Produz e secreta gonadotrofina coriônica humana
(hCG), somatomamotrofina coriônica humana,
tireotrofina coriônica humana (hCT), corticotrofina
coriônica humana (hCACTH), estrogênio e
progesterona.
Gestação e Fecundação

 Os hormônios da gravidez são


composto basicamente pelo
estrógeno, progesterona,
gonadotrofina coriônica humana
(hCG) e somatomamotrofina
coriônica humana. O estrogênio
durante a gravidez causa rápida
proliferação da musculatura
uterina, aumento do crescimento
do sistema vascular para o útero,
dilata os órgãos sexuais externos e
orifício vaginal e promove
crescimento rápido das mamas.
Gestação e Fecundação
 A progesterona torna disponível
para o feto, nutrientes adicionais
como glicogênio, gorduras e
aminoácidos que ficam
armazenados no endométrio,
inibe a musculatura uterina
mantendo relaxada durante
toda gravidez e complementa
os efeitos sobre a mama, mantém
a gravidez.
 A gonadotrofina coriônica humana
(hCG) mantém o corpo lúteo
impedindo o início dos ciclos
menstruais.
ESTROGENO PROGESTERONA
Modificações Fisiológicas durante a Gravidez

As alterações
fisiológicas durante a
gravidez são
causadas
principalmente pela
ação dos hormônios
e por fatores
mecânicos.
Modificações Fisiológicas durante a Gravidez

Primeiro trimestre:
– O corpo da mulher se esforça para se adaptar ao
desenvolvimento do embrião e da placenta.
– O corpo acelera todas as suas funções porque há um
aumento da taxa metabólica; o ritmo cardíaco e
respiratório aumenta; ocorre um aumento na vontade
de urinar, devido a compressão do útero sobre a bexiga,
pois as fibras musculares do útero ficam maiores e mais
grossas; os seios aumentam de tamanho, tornam -se
mais sensíveis e surgem novos ductos lactíferos assim
como as aureolas ficam mais escuras.
Modificações Fisiológicas durante a Gravidez

Segundo trimestre:
– Ocorre relaxamento da musculatura do trato gastrintestinal causando
diminuição das secreções gástricas e constipação; aumento da
frequência cardíaca; aumenta a pigmentação da pele; os seios ficam
doloridos; pode ocorrer refluxo do esôfago provocando azia e parecer
a linha nigra.
Terceiro trimestre:
– Ocorre um aumento frequência respiratória, devido a pressão sobre o
diafragma; o abdome aumenta de tamanho de acordo com o
crescimento fetal, afetando a postura da mulher; as mãos e os pés
ficam com edema causando desconforto e pode ser sinal de pré-
eclâmpsia; pode ocorrer dores nas costas, os mamilos podem secretar
colostro e aumenta a vontade e necessidade de repousar e dormir.
Tipos de Gestação
Gravidez tópica:
– É a gestação que se desenvolve dentro
da cavidade uterina. Os sinais e sintomas
são os gerais da gestação.

Gravidez ectópica:
– É a gestação que se desenvolve fora da
cavidade uterina. Pode ser causada por
vários fatores como: processos
inflamatórios pélvicos, tumores,
endometriose, gravidez ectópica
anterior, anormalidade no ovo e fatores
relacionados à reprodução assistida.
GRAVIDEZ TÓPICA
Tipos de Gestação
Pode ser dividido em:
– Gestação abdominal:
• Que se desenvolve dentro da cavidade abdominal.
– Gestação tubária:
• Que se desenvolve dentro das tubas uterinas.
– Gestação ovariana:
• Que se desenvolve no ovário.
Tipos de Gestação

Gestação tubária

Gestação abdominal

Gestação ovariana
Tipos de Gestação
Sinais e sintomas da
gravidez ectópica:
– Dor abdominal e geralmente
unilateral;
– Atraso menstrual;
– Sangramento genital;
– Os sintomas comuns da
gestação;
– Dor, principalmente a palpação;
– Tamanho do útero pequeno
para a Idade Gestacional.
Tipos de Gestação
Gestação Gemelar:
– Gravidez que ocorre com a presença de dois ou mais
fetos. Os fatores de risco mais comuns são: aumento da
frequência de relações sexuais, multiparidade, maior
idade materna, técnicas de indução da ovulação ou de
fertilização assistida.

O diagnóstico é feito por meio da altura, maior


do que a esperada para a idade gestacional, e
ultrassonografia, que confirma o diagnóstico.
Assistência Pré-natal
A assistência pré-natal é fundamental para a saúde materna
e neonatal, e tem como objetivo prestar assistência de
forma qualificada e humanizada à mulher desde o início da
gravidez, assegurando o nascimento saudável de uma
criança e garantindo o bem estar materno.

Deve ser organizada para atender às necessidades das


gestantes. O acolhimento envolve a recepção da mulher na
unidade de saúde ouvindo suas queixas, preocupações e
angustias buscando compreender os vários significados da
gestação para a mulher e família.
Assistência Pré-natal
Objetivos básicos da assistência pré-natal:
– Orientar os hábitos de vida;
– Prestar apoio psicológico a gestante;
– Oferecer instruções sobre a gestação e parto;
– Tratar pequenos distúrbios habituais da gravidez;
– Fazer profilaxia, diagnóstico e tratamento das doenças
próprias da gestação ou nela intercorrentes;
– Orientar e evitar o uso de medicações e medidas que
podem colocar em risco a vida da mulher e do bebê.
Assistência Pré-natal
A consulta de pré-natal envolve
procedimentos simples e
condutas acolhedoras e sem
intervenções desnecessárias e
pode ser realizado na unidade de
saúde ou durante a visita
domiciliar.
Deve ser iniciado precocemente,
ser regular e completo. O
objetivo das consultas é definir o
estado de saúde da mãe e do
feto, determinar a idade
gestacional (IG) e iniciar um
plano de cuidado continuado.
Assistência Pré-natal
De acordo com o Ministério da Saúde, durante o pré-
natal deverá ser realizado no mínimo seis consultas: uma
no primeiro trimestre, duas no segundo e três no último
trimestre.

Primeira consulta: deve ser fornecido o cartão da


gestante com identificação preenchida, número do
Sistema de Informação sobre o Programa de
Humanização no pré-natal e Nascimento (Sisprenatal),
calendário de vacinas e suas orientações e orientações
sobre a participação de atividades educativas.
Assistência Pré-natal
É realizada uma anamnese abordando dados epidemiológicos,
antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos,
situação da gravidez atual, realizar exame físico geral e especifico
como exame ginecológico e obstétrico, e solicitar exames
complementares. Durante a primeira consulta é importante
perguntar a gestante sobre a data da última menstruação para
determinação da IG e data provável do parto (DPP).

Consultas subsequentes: realizar uma revisão da ficha pré-natal,


anamnese sucinta, controle do calendário de vacinação, monitorar
as condições maternas e fetais, interpretação dos exames
laboratoriais e solicitação de outros se necessário e realização de
ações e práticas educativas e pesquisa de edemas.
Assistência Pré-natal
Durante todas as consultas deverá:
– Determinar a IG;
– Verificar peso, altura e pressão arterial;
– Avaliar o estado nutricional e ganho de peso durante a
gestação;
– Medir a altura uterina para acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento fetal: tem o objetivo de estimar o
crescimento fetal correlacionando a medida da altura uterina
com o número de semanas de gestação. Deve ser realizada com
uma fita métrica partindo da borda superior da sínfise púbica
até o fundo uterino, com a gestante posicionada em decúbito
dorsal e com abdome descoberto;
Assistência Pré-natal
Durante todas as consultas
deverá:
– Auscultar os batimentos
cardiofetais (BCF): a frequência
cardíaca fetal é considerada
normal entre 120 e 160bpm;
– Realizar exame das mamas;
– Fornecer as orientações quanto
à higiene, nutrição, cuidados
com o recém-nascido,
amamentação e calendário de
vacinação;
Assistência Pré-natal
Durante todas as
consultas deverá:
– Tomar condutas diante
das alterações
encontradas e se
necessário providenciar
encaminhamento;
– Registrar todos os dados
obtidos no cartão da
gestante.
Assistência Pré-natal
Exames complementares que deverão ser solicitados
durante as consultas de pré-natal:
– Dosagem de hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht);
– Grupo sanguíneo e fator Rh;
– Sorologia para sífilis (VDRL),
– Glicemia de jejum,
– Sumario de urina,
– Sorologia anti–HIV, para hepatite B (HBsAG) e para toxoplasmose.
– Podem ser solicitados também colpocitologia oncótica, sorologia
para rubéola, urocultura, protoparasitológico e ultrassonografia
obstétrica.
Determinação da Idade Gestacional e data
Provável do Parto
 A Idade Gestacional (IG) corresponde ao número de semanas
contadas a partir do primeiro dia da última menstruação (DUM)
até a data da consulta. Tem como objetivo estimar o tempo de
gravidez e idade do feto.
Determinação da Idade Gestacional e data
Provável do Parto
Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida:
pode utilizar o calendário, somar número de dias do
intervalo entre a DUM e a data da consulta e divide o total
por 7; ou o disco (gestograma), colocar a seta no dia e mês
que corresponde ao primeiro dia da última menstruação e
observar o número de semanas indicado no dia do mês da
consulta atual.

Quando a DUM desconhecida mas se conhece o período do


mês em que ela ocorreu: se o período for no início do mês
considera dia 5, no meio do mês considera dia 15 e no final
do mês considera dia 25.
Determinação da Idade Gestacional e data
Provável do Parto
Quando a data e o período não forem
conhecidos: pode utilizar a medida da altura
do fundo uterino pelo toque vaginal. A IG e
DPP serão inicialmente determinadas por
aproximação.

Quando não for possível determinar a IG


clinicamente: solicitar o mais precocemente o
exame de ultrassonografia obstétrica.
Determinação da Idade Gestacional e data
Provável do Parto
A data provável do
parto (DPP) tem como
objetivo estimar o
período provável do
parto:
– Pelo calendário:
considerar a duração
média da gestação
normal que é de 28 ou 40
semanas a partir da
DUM.
Determinação da Idade Gestacional e data
Provável do Parto
A data provável do parto (DPP) tem como
objetivo estimar o período provável do parto:
– Pelo gestograma: colocar a seta sobre o dia e mês
correspondente ao primeiro dia da última menstruação
e observar a seta na data (dia e mês) indicada como DPP.
– Regra de Nagele: somar sete dias ao primeiro dia da
última menstruação e subtrair três meses ao mês em
que ocorreu a última menstruação ou adicionar nove
meses se for ao mês de janeiro, fevereiro ou março. Ex.:
DUM: 13/9/04 (13+7= 20/ 9 – 3 = 6) DPP= 20/6/05
Aspectos Importantes a serem abordados
durante o Pré-natal
O profissional durante o pré-natal deve abordar a mulher
de forma completa considerando sua história de vida,
seus sentimentos e o ambiente em que vive.

Reconhecer que durante a gestação a mulher passa por


períodos em que prevalecem determinados sentimentos,
alterações comportamentais, ansiedade e temores,
escutar suas dúvidas e queixas, compreender seu estado
emocional é essencial pra que se estabeleça uma relação
de confiança e respeito entre o profissional, gestante e
família favorecendo a adesão ao pré-natal.
Aspectos Importantes a serem abordados
durante o Pré-natal
É importante também fornecer informações
sobre a importância do pré-natal para a mulher
e o bebê, sobre os cuidados quanto a higiene,
sobre o desenvolvimento da gestação, as
modificações corporais e emocionais ocorridas
durante a gravidez, a atividade sexual e
prevenção das DSTs/Aids, planejamento
familiar, os sintomas comuns na gravidez e
orientações para as queixas mais frequentes,
alimentação saudável, realização
de atividade física, sinais de alerta
e o que fazer diante disso,
preparação para o parto,
importância da amamentação
e cuidados com recém-nascido
Aspectos Importantes a serem abordados
durante o Pré-natal
Durante a gravidez ocorrem algumas alterações fisiológicas
que produzem manifestações sobre o organismo da mulher
que às vezes são percebidas como doenças.

A maioria dos sintomas desaparece ou diminuem com


orientações posturais e alimentares e sem uso de
medicamentos, que deve ser evitado.

O profissional de saúde durante o pré-natal deve fornecer


orientações e informações para esclarecimento dessas
alterações.
Aspectos Importantes a serem abordados
durante o Pré-natal
Os sintomas mais comuns durante a gestação:
– Náuseas, vômitos e tonturas;
– Azia;
– Aumento da saliva;
– Fraquezas e desmaios;
– Dor abdominal, cólicas,
gases, constipação;
– Hemorroidas;
– Corrimento vaginal;
– Falta de ar e dificuldade para respirar;
– Cefaleia;
– Dor nas mamas e lombar;
– Câimbra;
– Manchas escuras no rosto;
– Estrias e varizes.
Preparo das Mamas para Aleitamento Materno
Durante o pré-natal é importante que o profissional
forneça a gestante informação sobre a vantagem da
amamentação para ela e para o bebê e as orientações
necessárias e adequadas para a amamentação.
Para mulher:
– Fortalece o vínculo afetivo, reduz o risco de hemorragia, contribui
para o retorno do peso normal e para o aumento do intervalo
entre gestações.
Para a criança:
– É um alimento completo, facilita a eliminação de mecônio e
diminui a incidência de icterícia, protege contra infecção, aumenta
o vínculo afetivo, diminui as chances de alergias.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– É a expulsão ou retirada do
embrião ou feto antes de 20
semanas de gestação com peso
inferior a 500 gramas.
– Aproximadamente 15 a 20% das
gestações termina em
abortamento representando uma
causa importante de
morbimortalidade maternas,
principalmente em países em que
é realizado clandestinamente.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– É dito precoce quando ocorre até a 13ª semana e
tardio quando ocorre entre a 13ª e 22ª.
– O diagnóstico pode ser clínico (anamnese, exame
ginecológico) ou ultrassonográfico. Atraso
menstrual, perda sanguíneas e cólicas abdominais
são dados clínicos que devem ser considerados.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Ameaça de aborto: presença de sangramento sem
contrações ou modificações do colo uterino. O
sangramento é moderado e a dor é discreta. Neste caso
deve realizar um USG para avaliar BCF, recomendar
repouso e assegurar conforto para a gestante.
Intercorrências Obstétricas
abortamento:
– Classificação:
• Abortamento inevitável: o sangramento uterino é
moderado, vermelho vivo e com coágulos e acompanhado
de dilatação cervical e a dor é persistente. Neste caso a
conduta deverá ser a hospitalização. Gestantes com útero
de tamanho inferior a 12 semanas devem ser realizado a
curetagem uterina. Nas gestantes com útero maior do que
12 semanas deverá promover a expulsão o feto, utilizando
ocitocina, antes de realizar a curetagem.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Abortamento completo: é a expulsão total e espontânea de todo
tecido fetal e placentário da cavidade uterina. O sangramento é
moderado e as cólicas vão diminuindo. Neste caso o volume
uterino é menor do que o esperado para IG e deverá ser
solicitado, em caso de dúvidas a respeito do diagnostico, USG.
• Abortamento incompleto: é a expulsão parcial de todo o tecido
fetal e placentário. O sangramento pode ser intenso e abundante
podendo ter partes do feto com sangue e a dor é intensa e
persistente. Neste caso a conduta é a hospitalização para a
realização de curetagem.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Abortamento retido: morte do feto sem eliminação de qualquer parte
fetal ou placentária. O sangramento é inexistente ou escasso e não
ocorre dor. Neste caso a conduta é a realização de USG e internamento
pra preparo da indução de aborto e realização de curetagem.

• Abortamento infectado e séptico: o infectado está associado com


infecção intrauterina sem disseminação sistêmica da infecção. Quando
ocorre disseminação da infecção pela circulação materna é chamado
de séptico. Neste caso ocorre corrimento com odor fétido e a dor
pode ser intensa e persistente. A conduta deve ser rápida, restituição
da volemia, uso de antibióticos por via parenteral antes da curetagem.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Abortamento espontâneo: é aquele
que ocorre espontaneamente
devido a causas embrionárias
(anomalias da placenta, defeitos das
células germinativas, distúrbios
cromossômicos) e causas maternas
(insuficiência hormonal, alterações
anatômicas do útero, doenças
sistêmicas, infecções como sífilis,
toxoplasmose e rubéola, tabagismo,
substâncias toxicas, distúrbios
nutricionais e fatores psíquicos).
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Abortamento induzido ou provocado: é uma forma
frequente de interromper a gravidez indesejada. É uma
prática ilegal, mas pode ser realizada em dois casos,
previsto em lei: gestação decorrente de estupro ou que
coloque em risco a vida materna. Os métodos mais
utilizados para esse tipo de aborto são administração oral
ou injeção intrauterina de substancias e inserção de
objetos estranhos. Esse método de aborto pode causar
complicações como perfuração uterina, lesão de vísceras
abdominais, esterilidade, infecções e até a morte.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Classificação:
• Aborto legal: Código Penal artigo 128: não se pune o aborto praticado por
médico, se não há outra maneira de salvar a vida da gestante a se a
gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da
gestante e quando menor ou incapaz, de seu representante legal.
• Aborto ilegal ou criminoso: interrupção da gravidez quando os motivos
apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou
quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o
efeito.
• Aborto eugênico: É quando se descobre alguma anomalia que
compromete substancialmente a saúde do feto ou quando se sabe da
impossibilidade da vida do mesmo. Juízes estão concedendo o direito de
mulheres fazerem o aborto nestes casos, evitando o sofrimento da
gestante e família.
Intercorrências Obstétricas
Abortamento:
– Assistência de Enfermagem:
• Encaminhar para atendimento médico de urgência.
– Internação:
• Realizar punção venosa, verificar e registrar sinais vitais,
avaliar as perdas vaginais, providenciar exames solicitados,
administrar medicação prescrita, observar sinais de choque
hipovolêmico, oferecer apoio emocional e orientar
cuidados pós-aborto.
Intercorrências Obstétricas
Mola Hidatiforme:
– É um tipo de doença trofoblástica gestacional dividida, do
ponto de vista genético, em mola parcial ou incompleta e
mola completa. Ocorre sangramento vaginal abundante e
irregular, geralmente de pequena intensidade, indolor
podendo ser acompanhada de vesículas.
– Pode surgir hiperêmese gravídica, podendo levar a
desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos, assim como
sintomas de pré-eclâmpsia. Neste caso a altura uterina
está maior do que o esperado para a Idade Gestacional e
os batimentos cardiofetais podem estar ausentes.
Intercorrências Obstétricas
Mola Hidatiforme:
– O diagnóstico pode é feito
através da ultrassonografia
que é útil para avaliar a
invasão uterina por tecido
trofoblástico e na suspeita ou
confirmação de mola
hidatiforme, deve encaminhar
a gestante ao hospital de
referência. O tratamento da
mola hidatiforme é o
esvaziamento uterino.
Intercorrências Obstétricas
Hiperêmese Gravídica:
– É caracterizada por vômitos contínuos e intensos que pode
provocar desidratação, oligúria, perda de peso, e transtornos
metabólicos como alcalose e alterações no metabolismo das
gorduras e dos carboidratos.
– As causas podem estar associadas a aspectos emocionais,
adaptações hormonais, gestação múltipla, mola hidatiforme, pré-
eclâmpsia e diabetes. Nos casos graves pode levar a insuficiência
hepática, renal e neurológica.
– A maneira de evitar os casos mais complicados consiste em
oferecer apoio psicológico e ações educativas, reorientação
alimentar, prescrição de medicamentos antieméticos e hidratação.
Intercorrências Obstétricas
Diabetes Gestacional:
– O diabetes mellitus é uma síndrome
causada pela falta de insulina ou
incapacidade da insulina de exercer
adequadamente seus efeitos.
– É caracterizada por hiperglicemia e
pode estar acompanhada de
hipertensão arterial e dislipidemia.
Ela pode causar, em longo prazo,
alterações vasculares que podem
levar a disfunção, danos ou falência
de vários órgãos. É classificado em:
diabetes tipo1, tipo 2 e diabetes
gestacional.
Intercorrências Obstétricas
Diabetes Gestacional:
– O diabetes gestacional é a hiperglicemia
diagnosticada na gravidez que geralmente
desaparece no período pós-parto podendo retornar
mais tarde. É responsável por elevados índices de
morbimortalidade perinatal, principalmente
macrossomia fetal e malformações congênitas.
Intercorrências Obstétricas
Principais fatores de risco para o diabetes
gestacional são:
– História previa de diabetes gestacional;
– História familiar de diabetes (1º grau);
– Baixa estatura e idade inferior a 25 anos;
– Obesidade;
– Grande aumento de peso durante a gestação;
– Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
– Algumas patologias;
– Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal.
Intercorrências Obstétricas
Diabetes Gestacional:
– Os sintomas mais comuns na diabetes
são: poliúria, polidipsia, polidisfagi e
perda involuntária de peso. Sintomas
como fraqueza, fadiga, prurido na pele
e na vulva e infecções de repetição
podem estar presentes.
– O diagnóstico pode ser no final do
segundo
ou início do terceiro trimestre de
gestação, na primeira consulta de pré-
natal principalmente em mulheres
que apresentam fatores de risco para
o diabetes.
Intercorrências Obstétricas
Diabetes Gestacional:
– É fundamental o rastreamento
precoce dos níveis elevados de
glicose no sangue na gestação.
Os testes mais utilizados para
confirmar e para controle
glicêmico são:
• Glicemia de jejum: realizada após
um jejum de 8 a 12 horas;
• Teste oral de tolerância à glicose;
• Glicemia casual: realizada a
qualquer hora do dia.
Intercorrências Obstétricas
Diabetes gestacional:
– Assistência de enfermagem:
• As ações de enfermagem devem ser direcionadas para
educação sobre a doença, apoio psicológico, orientação
para autoaplicação da insulina e ensinar o autocuidado,
controle da glicemia, reconhecimento de sinais e sintomas
de hipoglicemia, reforçar as recomendações terapêuticas e
fornecer orientação sobre a evolução da gravidez.
Intercorrências Obstétricas
Toxemia Gravídica
– Pode ser definida como Doença Hipertensiva na
Gravidez. É classificada como pré-eclâmpsia e
eclampsia, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia
associada, hipertensão gestacional e hipertensão
transitória.
Intercorrências Obstétricas
Pré-eclâmpsia:
– É a doença hipertensiva específica da gravidez que
geralmente se manifesta após a 20ª semana de gestação
associada à proteinúria (eliminação de proteína na urina).
Apresenta-se quando o nível da pressão arterial for maior
ou igual a 140/90 mmHg. Geralmente a hipertensão e a
proteinúria surgem acompanhadas de edema patológico.
– Pode ocorrer aumento do ácido úrico. É mais comum em
nulíparas ou gestação múltipla. Os fatores de risco são:
mulheres com hipertensão arterial por mais de quatro anos
e história familiar de pré-eclâmpsia e de doença renal.
Intercorrências Obstétricas
Pré-eclâmpsia:
– Eclampsia: é a ocorrência
de convulsões em gestantes
com pré-eclâmpsia. Pode
ocorrer na gravidez, parto e
puerpério imediato.
– Hipertensão crônica com
pré-eclâmpsia associada: é
a pré-eclâmpsia em
mulheres com hipertensão
crônica ou doença renal.
Intercorrências Obstétricas
Pré-eclâmpsia:
– Hipertensão gestacional: é a hipertensão sem
proteinúria que ocorre após 20ª semanas de
gestação podendo evoluir pra pré-eclâmpsia e levar
a prematuridade e retardo do crescimento fetal.
– Hipertensão transitória: é o aumento da pressão
arterial que ocorre após a 20ª semana de gestação
frequentemente perto da época do parto ou
puerpério imediato. Geralmente é leve e volta ao
normal cerca por volta de 12 semanas após o parto.
Intercorrências Obstétricas
Pré-eclâmpsia:
– Síndrome de Helpp: é uma complicação obstétrica
grave, pouco conhecida e de difícil diagnóstico, que
pode causar a morte da mãe e também do bebê. É
chamada de síndrome porque envolve um conjunto
de sinais e sintomas, e hellp, em razão da
abreviação dos termos em inglês que significam: H:
hemólise (fragmentação das células do sangue); EL:
elevação das enzimas hepáticas, e LP: baixa
contagem de plaquetas.
Intercorrências Obstétricas
Pré-eclâmpsia:
– A conduta a ser tomada depende da gravidade do
quadro clínico. As pacientes com sinais de pré-eclâmpsia
deve ser hospitalizada para acompanhamento em
unidade de gestação de alto risco. O tratamento tem
como objetivo reduzir o risco materno e a escolha do
medicamento deve ser dirigido para a segurança do
feto.
– No caso de eclampsia deve ser considerada como
emergência e a paciente deve ser transferida para um
hospital de referência o mais rápido possível.
Intercorrências Obstétricas
Aminiorexe prematura:
– É a ruptura da bolsa amniótica antes do início do trabalho de
parto, independentemente da idade gestacional. Constitui-
se como principal causa de partos prematuros contribuindo
pra o aumento da morbidade perinatal.
Intercorrências Obstétricas
Aminiorexe prematura:
– Fatores predisponentes para a ruptura das membranas:
• Incontinência istmo cervical;
• Inserção baixa da placenta;
• Microssomia;
• Aumento do volume do líquido amniótico;
• Trabalho de parto prematuro;
• Infecções.

– O quadro clínico é caracterizado pela história da paciente e visualização


da saída do líquido amniótico. Essa perda de líquido pode ser rápida e
intensa e pode ocasionar diminuição do abdome materno. Nos casos de
infecção local pode ocorrer febre, aumento da frequência cardíaca, dor
no baixo ventre e saída de secreção purulenta.
Intercorrências Obstétricas
Aminiorexe prematura:
– O diagnóstico é baseado na história clínica da gestante e
exame físico e obstétrico. A confirmação diagnóstica pode
ser verificada pela:
• Presença do líquido em fundo de saco vaginal;
• Paredes vaginais limpas;
• Visualização de saída de líquido amniótico, espontaneamente ou
após esforço materno, pelo orifício do colo;
• Ultrassonografia.

– Outros métodos: prova de cristalização, verificação do pH


do conteúdo vaginal.
Intercorrências Obstétricas
Aminiorexe prematura:
– Observação - não deve ser realizado o exame do toque vaginal,
nos casos suspeitos nem nos casos confirmados, porque aumenta
o risco de infecção amniótica, perinatais e puerperais.

– Diante deste caso, o profissional deve determinar a IG, avaliar se a


paciente está em trabalho de parto, verificar se há sofrimento
fetal através da ausculta dos batimentos cardiofetais. De acordo
com o Ministério da Saúde, nas gestações de termo deve
encaminhar a gestante para o hospital ou maternidade escolhida
para o parto. Nas gestações pré-termo encaminhar a gestante
para hospital de referência em gestação de alto risco
Intercorrências Obstétricas
Descolamento de placenta:
– É a separação abrupta da placenta do sitio normal, total ou
parcialmente, após a 20ª semana de gestação, antes do nascimento do
feto. Pode ser causado por traumas, aumento do líquido amniótico,
cordão umbilical curto, pré-eclâmpsia, idade materna maior que 35
anos, tabagismo, uso de drogas ilícitas.

– O quadro clínico é caracterizado por dor abdominal intensa e súbita,


sangramento de cor vermelho escura em pequena quantidade, início das
contrações uterinas, aumento dos movimentos fetais, alterações ou
ausência dos batimentos cardiofetais, sinais de choque incompatível
com volume de perdas sanguíneas. O diagnóstico é realizado através da
história clínica, exame físico e obstétrico e ultrassonografia.
Intercorrências Obstétricas
Descolamento de placenta:
– O descolamento prematuro
da placenta deve ser
considerado como urgência
obstétrica. O tratamento vai
depender do feto: se o feto
estiver morto, a mãe estável e
o trabalho de parto avançado
pode esperar o parto normal;
se o feto estiver vivo ou a mãe
em risco deverá ser feito a
cesárea urgente.
Intercorrências Obstétricas
Descolamento de placenta:
– Assistência de Enfermagem:
• Identificar sinais e sintomas e providenciar encaminhamento
para atendimento de urgência;
• Oferecer apoio psicológico;
• Preparar a gestante para exames e procedimento escolhido;
• Observar aspecto do sangramento;
• Avaliar BCF e dinâmica uterina;
• Realizar punção venosa;
• Verificar sinais vitais;
• Observar sinais de choque;
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro:
– É o parto pré-termo em
que a gestação termina
entre a 22ª e 37ª semana,
sendo considerado como
principal causa de morte
neonatal precoce, elevada
incidência de Síndrome do
Desconforto Respiratório
do Recém-nascido,
aumento da mortalidade
no primeiro ano de vida.
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro:
– Os fatores de riscos associados ao parto prematuro são:
• Gestação gemelar;
• Ruptura prematura de membrana;
• Malformação uterina; Malformação fetal;
• Aumento do líquido amniótico;
• Infecções urinárias e vaginais;
• Prematuridade anterior;
• Sangramento uterino;
• Abortamento prévio
• Idade materna > 35 anos;
• Tabagismo.
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro:
– Para o diagnóstico do trabalho de parto prematuro devemos
considerar a presença de contrações uterinas e modificações
cervicais. As modificações cervicais podem ser diagnosticadas pelo
exame vaginal e USG.

– Define-se o trabalho de parto pela presença de duas a três


contrações uterinas com ritmo e frequência regular, a cada dez
minutos e as modificações cervicais são caracterizadas pela
dilatação maior ou igual a 2 cm. Se ocorrer a presença de
contrações uterinas, rítmica e regular sem modificação cervical
indica que está acontecendo um falso trabalho de parto prematuro.
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro:
– Se as contrações persistirem
deve encaminhar a mulher
para hospital de referência,
pois haverá a necessidade
de usar um tocolítico.

– Na presença de trabalho de
parto prematuro com
modificação no colo uterino
deve encaminhar a mulher
para hospital de referência.
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro;
– No caso de internação hospitalar devem ser observados
alguns critérios. As pacientes que apresentarem menos de
dois centímetros de dilatação com apagamento cervical
menor que 80% podem ainda não estar em trabalho de parto.

– Tais pacientes deveram ficar em observação para avaliar a


vitalidade fetal, em repouso para verificar se está com
contrações uterinas e proceder a uma avaliação laboratorial
para afastar infecção materna. Se a contração uterina parar,
elas devem ser encaminhadas para o controle ambulatorial.
Intercorrências Obstétricas
Parto prematuro:
– Uma vez persista a contração ou já apresentem dois centímetros
ou mais de dilatação cervical, é indicado o tratamento
medicamentoso com tocolíticos. As pacientes que apresentarem
seis centímetros ou mais de dilatação deverão ser encaminhadas
para o hospital de referência em recém-nascidos pré-termos.

– Assistência de Enfermagem:
• Oferecer apoio psicológico;
• Monitorar BCF;
• Verificar sinais vitais;
• Administrar medicação prescrita.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
O parto é um momento de grande complexidade em que
ocorrem intensas mudanças orgânicas, corporais e
emocionais que gera ansiedade e insegurança. Cada parto e
cada nascimento são episódios únicos na vida da mulher, da
criança e da família constituindo como experiência de
estrema importância.

A assistência ao parto consiste em adoção de conjunto de


ações e procedimentos direcionados para a prevenção,
diagnóstico, tratamento e controle das distocias específicas
do período de trabalho de parto, em que a mulher se
encontra em anormalidades sistêmicas.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
É importante que o profissional de saúde
perceba que a mulher nesse período busca
por ajuda, pois está com muitas expectativas,
perspectivas, esperanças, preocupações,
medo, ansiedade, e angústias.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Parto natural:
– O tipo de parto em que o bebê também nasce via
vaginal, sem intervenções, como analgesia, uso de
ocitocina para estimular as contrações ou
procedimentos como a episiotomia (consite em um
corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular
que fica entre a vagina e o ânus). A Episiotomia
feita de forma desnecessária e desmedida é
considerada violência obstétrica.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Parto Cesariano:
– É recomendado em casos em que o parto normal
não é possível de acontecer, é um procedimento
cirúrgico.
Parto humanizado:
– A prioridade é respeitar o protagonismo da mulher
durante o processo do parto, respeitando as
vontades e decisões dela sobre qualquer
intervenção médica. O parto humanizado é uma
atitude e não um método.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
A gestante decide o tipo de
parto que melhor se adequa a
ela e a sua equipe inicia o
partograma, este Partograma
é uma representação gráfica
da evolução do trabalho de
parto. Com versões
diversificadas, ele registra,
principalmente, a frequência
das contrações uterinas, os
batimentos cardíacos fetais e
a dilatação cervical materna.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Parto normal:
– É o parto mais convencional, uma vez que a mulher
entra em trabalho de parto espontaneamente,
normalmente, ocorre entre a 37º e a 42º semana de
gravidez. De início, é indicado para todas as grávidas.
Ele se inicia com as contrações, que começam a ficar
cada vez mais frequentes e doloridas. Pode acontecer
alguma intervenção neste parto.
– O parto é dividido em quatro períodos clínicos,
conforme pode ser visto a seguir.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Período de dilatação:
– É o primeiro período clínico do
parto e vai do início da dilatação
cervical até atingir seus 10 cm.
Tem o objetivo permitir aumento
do canal cervical para permitir a
passagem.
Período expulsivo:
– É o segundo período clínico do
parto e se inicia quando a
dilatação está completa e termina
com a expulsão do feto.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Período de dequitação ou secundamento:
– É o terceiro período clínico do parto que se inicia
após a expulsão fetal. É caracterizado pelo
descolamento, desprendimento e descida da
placenta e das membranas.
Período de Greenberg:
– É o quarto período clínico do parto e corresponde a
primeira hora após a descida da placenta.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Assistência no período de dilatação:
– Realizar a admissão com histórico de enfermagem e preparo
da parturiente;
– Fornecer orientação sobre o trabalho de parto;
– Fornecer suporte emocional;
– Verificar sinais vitais (SSVV);
– Realizar tricotomia e higiene corporal;
– Monitorar o trabalho de parto e contrações uterinas;
– Toque vaginal;
– Monitoração do BCF;
– Ficar atento às queixas e outras manifestações.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Assistência no período expulsivo:
– Realizar toque vaginal;
– Encaminhar a parturiente para a sala de parto;
– Ficar atenta ao BCF e estado geral da parturiente;
– Orientar aos esforços expulsivos, respiração e
posicionamento;
– Realizar antissepsia da região vulvo-perineal;
– Realizar controle dos SSVV;
– Auxiliar ao desprendimento cefálico;
– Orientar a mulher sobre a realização de episiorrafia.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Assistência no período de
dequitação:
– Verificar pressão arterial;
– Monitorar e avaliar
sangramento;
– Realizar higiene;
– Encaminhar a mulher para a
sala de recuperação pós-parto;
– Registrar os dados relativos ao
período expulsivo, a dequitação
e as condições maternas.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Assistência no período de Greenberg:
– Verificar SSVV;
– Observar a involução uterina e sangramento vaginal;
– Avaliar coloração e hidratação das mucosas;
– Avaliar o estado das mamas;
– Observar as condições do períneo;
– Estimular a micção e a deambulação após o período
de descanso;
– Fornecer o máximo conforto para a mulher.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Distocia no Trabalho de Parto:
– Pode ser definida como qualquer alteração, que
durante o trabalho, criam dificuldades a evolução do
trabalho de parto e contratilidade uterina. Pode ser
causada por:
• Anormalidades das forças expulsivas;
• Anormalidades da apresentação, posição ou desenvolvimento
do feto;
• Anormalidades da pelve materna.
– As distocias podem ser divididas em distocias do trajeto
e desproporção cefalopélvica.
Assistência de Enfermagem no Trabalho de
Parto
Distocia no trabalho de parto:
Tipos Causas

Rigidez, aglutinação, edema.


Distocias do colo do útero. Varizes, cistos e abcessos,
Distocias da vagina. linforgranulomatoso venérea.
Distocias do trajeto
Tumorações pélvicas. Septos.
Vícios pélvicos. Miomas uterinos.
Pelve viciada.

Polo craniano nas apresentações


Desproporção
Desproporção feto pélvica. cefálicas, tronco nas nádegas,
cefalopélvica segmento cefálico.
Ações do Técnico de Enfermagem na Sala de
Parto
A atenção adequada à mulher no momento do parto
representa um passo indispensável para garantir que
ela possa exercer a maternidade com segurança e bem-
estar. Este é um direito fundamental de toda mulher.

A equipe de saúde deve estar preparada para acolher a


grávida, seu companheiro e família, respeitando todos
os significados desse momento. Isso deve facilitar a
criação de um vínculo mais profundo com a gestante,
transmitindo-lhe confiança e tranquilidade.
Ações do Técnico de Enfermagem na Sala de
Parto
Atuar como circulante na sala de parto
empregando técnica asséptica;
Auxiliar no trabalho de parto;
Realizar a higiene;
Verificar os sinais vitais;
Preparo e administração de medicamentos;
Após o parto, deixar o ambiente organizado;
Auxiliar nos primeiros cuidados do recém-
nascido.
Câncer de Colo de Útero
O câncer, que não é uma doença
única e sim um conjunto de mais
de 100 doenças diferentes, é
resultante de alterações que
determinam um crescimento
celular desordenado, não
controlado pelo organismo e que
compromete tecidos e órgãos.
No caso do câncer do colo do
útero, o órgão acometido é o
útero, em uma parte específica –
o colo, que fica em contato com
a vagina.
Câncer de Colo de Útero
A história natural do câncer do colo do útero é descrita como sendo
uma doença progressiva iniciada com transformações no tecido
epitelial que reveste a camada interna do útero, que podem evoluir
para um processo invasor num período que varia de 10 a 20 anos.

O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres


no Brasil, correspondendo a, aproximadamente, 24% de todos os
cânceres. O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento
lento e silencioso. Existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com
transformações intraepiteliais progressivas importantes, em que a
detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da
realização periódica do exame preventivo do colo do útero.
Câncer de Colo de Útero
Ele progride
lentamente, por anos,
antes de atingir o
estágio invasor da
doença, quando a cura
se torna mais difícil, se
não impossível.
Nessa fase os principais
sintomas são
sangramento vaginal,
corrimento e dor.
Câncer de Colo de Útero
Os fatores de risco mais importantes para o
desenvolvimento do câncer do colo do útero são:
– Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV - sendo esse o
principal fator de risco;
– Início precoce da atividade sexual;
– Multiplicidade de parceiros sexuais;
– Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros
fumados;
– Baixa condição socioeconômica;
– Imunossupressão;
– Uso prolongado de contraceptivos orais;
– Higiene íntima inadequada.
Câncer de Colo de Útero
A efetiva detecção precoce associada ao
tratamento em seus estágios iniciais tem
resultado em uma redução das taxas de incidência
de câncer invasor que pode chegar a 90%.
Por isso a importância do exame citopatológico
(exame preventivo) que ser realizado em
mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por
ano e, após dois exames anuais consecutivos
negativos, a cada três anos.
Câncer de Colo de Útero
O tratamento das pacientes
portadoras desse câncer
baseia-se na cirurgia,
radioterapia e quimioterapia.
O tratamento a ser realizado
depende das condições
clínica s da paciente, do tipo
de tumor e de sua extensão.
Quando o tumor é inicial, os
resultados da cirurgia radical
e da radioterapia são iguais.
Miomas Uterinos
O mioma uterino é uma doença benigna que acomete as
mulheres no período reprodutivo, sendo sua incidência de 25%
ao redor dos 35 anos. A causa é desconhecida, mas sabe-se que
seu crescimento é dependente de fatores hormonais, diminuindo
de tamanho após a menopausa. Podem ser únicos ou múltiplos e
desde bem pequenos até atingir enormes volumes.

Pode ser um achado num exame ginecológico de rotina, ou em


um exame onde a paciente procura o médico por estar
apresentando sangramento acima do padrão normal do seu ciclo
menstrual, muitas vezes com coágulos, podendo resultar em
anemia.
Miomas Uterinos
Os miomas uterinos são classificados em:
Intramurais, subserosos, submucosos. Os que
causam maior sangramento são os miomas
submucosos.

Os miomas podem ser assintomático, podendo ser


descobertos em um exame ginecológico de rotina,
sendo detectado um útero aumentado de tamanho
com uma formação nodular e assimétrico.
Miomas Uterinos
Dependendo do tamanho, da localização, a paciente
refere os seguintes sintomas:
– Sangramento genital aumentado, com presença de
coágulos;
– Dor pélvica + cólicas no período menstrual e pré-menstrual;
– Peso no baixo ventre;
– Constipação por compressão do intestino (porção retal);
– Dor no ato sexual;
– Massa palpável no abdômen, quando em decúbito;
– Compressão da bexiga.
Miomas Uterinos
Nem toda a paciente deve ser tratada de mioma, já que se trata de
uma doença benigna e que na grande maioria dos casos não causa
sintomas.

O conceito principal é de que o mioma deve ser tratado quando


causa sintomas significativos, para esses casos existem três tipos de
tratamento: medicamentoso, cirúrgico e embolização (onde é
realizada a colocação de um cateter dentro da artéria uterina que
nutre o mioma, seguida da injeção de agentes que levam à
formação de êmbolos no interior da artéria, com interrupção do
fluxo de sangue).
Nos casos assintomáticos, a paciente deve ser acompanhada
regularmente.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são doenças
causadas por vários tipos de agentes, transmitidas,
principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com
uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam
por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Certas ISTs são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras,
contudo, têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas,
apesar da sensação de melhora relatada pelos pacientes.
As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que,
em diversos casos de IST, não é fácil distinguir os sintomas das
reações orgânicas comuns de seu organismo.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Algumas ISTs, quando não diagnosticadas e tratadas a
tempo, podem evoluir para complicações graves e até a
morte.
Determinadas ISTs também podem ser transmitidas da
mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou
durante o parto, podendo provocar, assim, a
interrupção espontânea da gravidez ou causar graves
lesões ao feto, outras podem também ser transmitidas
por transfusão de sangue contaminado ou
compartilhamento de seringas e agulhas,
principalmente no uso de drogas injetáveis.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Principais Síndromes em ISTs
Sintomas mais Sinais mais
Síndrome Causas mais comuns
comuns comuns

Edema de vulva; Vulvovaginite infecciosa:


Prurido; Hiperemia de Tricomoníase;
Dor à micção;
Corrimento vulva; Vaginose Bacteriana.
Dor durante relação
Vaginal sexual; Corrimento Candidíase Cervicite:
vaginal e/ou Gonorréia;
Odor fétido.
cervical. Infecção por Clamídia.
Corrimento uretral; Gonorréia;
Prurido;
Infecção por clamídia;
Corrimento Dificuldade de Corrimento
Uretral urinar; uretral Tricomoníase;
Micoplasma;
Micções frequentes
Odor fétido ureoplasma.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Principais Síndromes em ISTs
Sintomas mais
Síndrome Sinais mais comuns Causas mais comuns
comuns

Úlcera genital Sífilis; Cancro Mole;


Úlcera genital Úlcera genital Aumento de linfonodos Herpes genital;
inguinais. Donovanose.

Dor ou Corrimento cervical;


Dor à palpação
desconforto Gonorreia;
Desconforto ou pélvico; Abdominal; Infecção por clamídia;
Dor Pélvica na Dor à mobilização do
Dor durante Infecção por germes;
Mulher colo;
relação Temperatura Anaeróbios;
sexual.
>37,5ºC.
Tipos de IST
Aids:
– Causada pela infecção do
organismo humano pelo HIV
(vírus da imunodeficiência
adquirida). O HIV
compromete o
funcionamento do sistema
imunológico humano,
impedindo-o de executar
adequadamente sua função
de proteger o organismo
contra as agressões externas,
tais como: bactérias, outros
vírus, parasitas e células
cancerígenas.
Tipos de IST
Cancro mole:
– Também chamada de
cancro venéreo,
popularmente é
conhecida como cavalo.
Manifesta-se através de
feridas dolorosas com
base mole.
Tipos de IST
Gonorreia:
– É a mais comum das DST. Também é conhecida pelo
nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento.
Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o
colo do útero.
Tipos de IST
Clamídia:
– Também é uma IST muito comum e apresenta
sintomas parecidos com os da gonorreia,
como, por exemplo, corrimento parecido com
clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar.
– As mulheres contaminadas pela clamídia
podem não apresentar nenhum sintoma da
doença, mas a infecção pode atingir o útero e
as trompas, provocando uma grave infecção.
– Nesses casos, pode haver complicações como
dor durante as relações sexuais, gravidez nas
trompas (fora do útero), parto prematuro e
até esterilidade.
Tipos de IST
Herpes genital:
– Manifesta-se a partir de
pequenas bolhas
localizadas principalmente
na parte externa da vagina
e na ponta do pênis. Essas
bolhas podem arder e
causam coceira intensa.
Ao se coçar, a pessoa pode
romper a bolha, causando
uma ferida.
Tipos de IST
Tricomoníase:
– Os sintomas são, principalmente,
corrimento amarelo-esverdeado,
com mau cheiro, dor durante o ato
sexual, ardor, dificuldade para
urinar e coceira nos órgãos sexuais.
– Na mulher, a doença pode também
se localizar em partes internas do
corpo, como o colo do útero. A
maioria dos homens não apresenta
sintomas. Quando isso ocorre,
consiste em uma irritação na ponta
do pênis.
Tipos de IST
Vaginose bacteriana:
– É uma síndrome clínica resultante de um desequilíbrio da flora vaginal,
correspondendo à principal causa de corrimento vaginal. O fator
desencadeante é desconhecido, porém sabe-se que há uma
diminuição dos lactobacillus e um crescimento polimicrobiano
exagerado de bactérias anaeróbicas, Gardnerella vaginalis e
Mycoplasma hominis.

Donovanose:
– É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que
afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus.
Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no Norte do
Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e higiênico.
Tipos de IST
Sífilis:
– Manifesta-se inicialmente como uma
pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro
duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas.
– A ferida e as ínguas não doem, não coçam,
não ardem e não apresentam pus. Após
certo tempo, a ferida desaparece sem
deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa
impressão de estar curada.
– Se a doença não for tratada, continua a
avançar no organismo, surgindo manchas
em várias partes do corpo (inclusive nas
palmas das mãos e solas dos pés), queda de
cabelos, cegueira, doença do coração,
paralisias.
Exame de Prevenção do Câncer de Colo de
Útero: Coleta do Material Citopatológico
O exame citopatológico (Papanicolaou) é o exame
preventivo do câncer do colo do útero. Ele consiste na
análise das células oriundas da ectocérvice (parte externa
do colo uterino) e da endocérvice (parte interna do colo
uterino) que são extraídas por raspagem do colo do útero.

A coleta do exame é realizada durante uma consulta


ginecológica de rotina, após a introdução do espéculo
vaginal, sem colocação de nenhum lubrificante (pode ser
usado apenas o soro fisiológico).
Exame de Prevenção do Câncer de Colo de
Útero: Coleta do Material Citopatológico
Normalmente não é doloroso, mas um desconforto variável pode
acontecer, de acordo com a sensibilidade individual de cada
paciente. As mulheres devem ter sido previamente orientadas a
não terem relações sexuais ou fazerem uso de duchas,
medicamentos ou exames intravaginais (como, por exemplo, a
ultrassonografia) durante as 48 horas que precedem o exame.

O exame deve ser realizado fora do período menstrual, pois o


sangue dificulta a leitura da lâmina, podendo até tornar o
esfregaço inadequado para o diagnóstico citopatológico. Isto não
quer dizer que, diante de um sangramento anormal, a coleta não
possa ser realizada em algumas situações particulares.
Exame de Prevenção do Câncer de Colo de
Útero: Coleta do Material Citopatológico
O procedimento de coleta propriamente dito deve ser
realizado na ectocérvice e na endocérvice. No caso de
mulheres histerectomizadas que comparecerem para a
coleta, deve ser obtido um esfregaço de fundo de saco
vaginal.

No caso de pacientes grávidas, a coleta endocervical não é


contraindicada, mas deve ser realizada de maneira
cuidadosa e com uma correta explicação do procedimento
e do pequeno sangramento que pode ocorrer após o
procedimento.
Exame de Prevenção do Câncer de Colo de
Útero: Coleta do Material Citopatológico
Como existe uma eversão fisiológica da junção escamo-
colunar do colo do útero durante a gravidez, a realização
exclusiva da coleta ectocervical na grande maioria destes
casos fornece um esfregaço satisfatório para análise
laboratorial.

Durante o momento do exame especular, na coleta do


exame citopatológico, pode ser evidenciado no colo do
útero alguma lesão que necessite de tratamento,
algumas vezes independente do resultado do exame
citopatológico.
Exame de Prevenção do Câncer de Colo de
Útero: Coleta do Material Citopatológico
A visualização de um colo com aspecto
tumoral é uma indicação de encaminhamento
direto à colposcopia, mesmo na vigência de
um resultado citopatológico negativo para
malignidade (a coleta pode ter sido efetuada
em área necrótica, onde o resultado poderá
ser falso-negativo).
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
O câncer de mama é
provavelmente o mais temido
pelas mulheres, devido à sua
alta frequência e, sobretudo,
pelos seus efeitos psicológicos,
que afetam a percepção da
sexualidade e a própria imagem
pessoal.
Ele é relativamente raro antes
dos 35 anos de idade, mas acima
desta faixa etária sua incidência
cresce rápida e
progressivamente.
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma
das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas
indicam o aumento de sua frequência tantos nos países
desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas
décadas de 1960 e 1970 registrou-se um aumento de 10
vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos
Registros de Câncer de Base Populacional de diversos
continentes.
No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes
entre as mulheres.
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo
ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária.
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama,
como abaulamentos ou retrações ou um aspecto
semelhante a casca de uma laranja. Podem também
surgir nódulos palpáveis na axila.

História familiar é um importante fator de risco para o


câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes
de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes
dos 50 anos de idade.
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
O câncer de mama de caráter familiar corresponde a
aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de
mama. A idade constitui um outro importante fator de
risco, havendo um aumento rápido da incidência com o
aumento da idade.

A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a


menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a
ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a
nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também
fatores de risco para o câncer de mama.
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais
com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para
certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos
orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da
medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em
idade precoce, antes da primeira gravidez.

A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade


moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de
mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade
inferior a 35 anos. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico de
câncer maior a probabilidade de cura.
Câncer de Mama: Diagnóstico e
Prevenção
Rastreamento significa detectar a doença em sua fase pré-clínica
enquanto diagnóstico precoce significa identificar câncer da
mama em sua fase clínica precoce.
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de
mama são o exame clínico da mama - Quando realizado por um
médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1
centímetro, se superficial - para mulheres a partir dos 40 anos de
idade sendo feito anualmente e a mamografia, é a radiografia da
mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz
de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas, para mulheres
com idade entre 50 a 69 anos de idade, com intervalo máximo de
2 anos entre os exames.
Autoexame das Mamas
Este exame ajuda a
mulher a conhecer
melhor o seu próprio
corpo.
Uma vez observada
alguma alteração, a
mulher deverá
procurar o serviço de
saúde mais próximo
de sua residência para
ser avaliada por um
profissional de saúde.
Planejamento Familiar
Planejamento familiar é o ato consciente de planejar o
nascimento dos filhos, tanto em relação ao número desejado,
quanto à ocasião mais apropriada de tê-los.

Isto pode ser conseguido através de técnicas e métodos


anticoncepcionais e de procedimentos para obter a gravidez em
casais inférteis.

Bom método anticoncepcional é aquele que oferece segurança


(protegendo a mulher de uma gravidez e não apresentando
riscos à saúde) e que está de acordo com os conceitos éticos,
morais e religiosos do casal.
Planejamento Familiar
As ações de planejamento familiar devem estar
voltadas para a população em idade fértil,
assegurando continuidade no atendimento e
avaliação.

A equipe de saúde deve estar motivada, treinada e


organizada para dar assistência à saúde
reprodutiva da população, com intervenções
preventivas, educativas e terapêuticas, garantindo
um serviço de qualidade.
Planejamento Familiar
Fundado nos princípios da dignidade humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal,
competindo ao Estado proporcionar recursos educacionais e
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas
(CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, 1988).

Os elementos fundamentais na qualidade de atenção são:


escolha livre de métodos, informação completa para os usuários,
competência técnica de quem dispensa os métodos, boa relação
usuário-serviço, acompanhamento adequado e a integração do
planejamento familiar ao atendimento em saúde reprodutiva.
Planejamento Familiar
A ação educativa em planejamento familiar deve ser
realizada em pequenos grupos, usando metodologia
participativa, tendo o objetivo de estabelecer um
processo contínuo de educação, que vise trabalhar a
atenção integral, focalizando outros aspectos da saúde
reprodutiva, tais como a sexualidade, conhecimento
do corpo, questões de gênero, vulnerabilidade às
doenças sexualmente transmissíveis, violência, direitos
sexuais e reprodutivos e também sobre as diferentes
opções anticoncepcionais, de maneira que o usuário
seja capaz de realizar uma escolha livre e informada.
Planejamento Familiar
Devem ser fornecidas as informações de maneira clara e
completa sobre mecanismo de ação dos anticoncepcionais,
modo de uso, eficácia, efeitos colaterais e efeitos não
contraceptivos para que o usuário possa ter:
– Capacidade:
• Habilidade de a pessoa se reproduzir, regular sua fecundidade e desfrutar de
uma vida sexual.
– Segurança:
• ignifica que a regulação da fecundidade, a gravidez e o parto não levem risco
para a saúde, logo a relação sexual não pode ser de alto risco.
– Resultado:
• Que no processo reprodutivo, a mulher/casal tenha um filho saudável e
desejado.
Métodos Contraceptivos
Os métodos contraceptivos são métodos que a mulher e/ou
o casal utilizam para evitar a gravidez. É importante que se
tenha em mente que, antes de optar por um método
contraceptivo específico, é recomendável que consulte um
ginecologista, este profissional será capaz de avaliar cada
caso, já que nem todas as mulheres podem usar todos os
métodos disponíveis.

Ou seja, existem algumas contraindicações. Além do mais,


durante a consulta, o profissional de saúde esclarecerá suas
dúvidas e discutirá qual o melhor método deve ser indicado.
Preservativo Masculino
Consiste em um envoltório de látex
que recobre o pênis durante o ato
sexual e retém o esperma por
ocasião da ejaculação impedindo o
contato com a vagina, assim como
impede que os microrganismos da
vagina entrem em contato com o
pênis ou vice-versa.
É um método que, além de evitar a
gravidez, reduz o risco de
transmissão do HIV e de outros
agentes sexualmente
transmissíveis.
Preservativo Masculino
A taxa de falha deste
método, no primeiro ano
de uso, varia de 3%,
quando usados,
corretamente em todas as
relações sexuais, a 14%,
quando avaliado o uso
habitual. Sua segurança
depende de
armazenamento
adequado, da técnica de
uso e da utilização em
todas as relações sexuais.
Preservativo Feminino
O preservativo feminino é
um tubo de poliuretano
com uma extremidade
fechada e a outra aberta,
acoplado a dois anéis
flexíveis também de
poliuretano.
O primeiro, que fica solto
dentro do tubo, serve para
ajudar na inserção e na
fixação de preservativo no
interior da vagina.
Preservativo Feminino
O segundo anel constitui o
reforço externo do
preservativo que, quando
corretamente colocado,
cobre parte da vulva. O
produto já vem lubrificado
e deve ser usado uma
única vez. O poliuretano,
por ser mais resistente do
que o látex, pode ser
usado com vários tipos de
lubrificantes.
Preservativo Feminino
Forma uma barreira física entre o pênis e a
vagina, servindo de receptáculo ao esperma,
impedindo seu contato com a vagina, assim
como impede que os microrganismos da
vagina entrem em contato com o pênis ou
vice-versa.
Nos primeiros seis meses de uso, a taxa de
falha deste método varia de 1,6%, em uso
correto, a 21%, em uso habitual.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
Os dispositivos intrauterinos são feitos de objetos maleáveis
que exercem efeito anticonceptivo quando colocados na
cavidade uterina. Provocam uma reação inflamatória
uterina, desencadeando alterações bioquímicas que
interferem no transporte dos espermatozoides no aparelho
genital feminino e alteram os óvulos e espermatozoides,
impedindo a fecundação.

Existem vários modelos de DIU. Os mais usados são os em


forma de “T” de cobre. A fertilidade da mulher, ou seja, a sua
capacidade de engravidar retorna logo após a retirada do
DIU.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
A colocação do DIU no interior
do útero deve ser feita por um
profissional de saúde
treinado.
A mulher que usa o DIU pode
apresentar aumento do
sangramento menstrual e
aumento na duração da
menstruarão ou pode ainda
apresentar cólicas. Tais efeitos
não trazem problemas para
saúde, a menos que a mulher
tenha anemia severa.
Laqueadura (Ligadura de Trompas)
É cirurgia realizada na mulher para
evitar a gravidez.
É um método anticoncepcional
considerado permanente ou
irreversível, porque depois da cirurgia,
é muito difícil recuperar a capacidade
de engravidar novamente.
Nessa cirurgia, as duas trompas podem
ser cortadas e amarradas, cauterizadas,
ou fechadas com grampos ou anéis.
A ligadura de trompas age impedindo
que os espermatozoides se encontrem
com o óvulo.

Laqueadura (Ligadura de Trompas)
A ligadura de trompas, mesmo sendo uma operação simples, tem
riscos e pode apresentar problemas como qualquer outra
cirurgia.
A Lei do Planejamento Familiar só permite realizar a ligadura de
trompas e a vasectomia voluntárias nas seguintes condições:
– Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos
de idade, ou pelo menos com dois filhos vivos, desde que observado o
prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.
– Nos casos em que há risco de vida para mulher ou riscos para a saúde da
mulher ou do futuro bebê. A Lei do Planejamento Familiar proíbe a
realização da ligadura de trompas durante o período de parto ou aborto,
exceto nos casos de comprovada necessidade. Esses momentos não são os
mais adequados para a realização dessa cirurgia.
Vasectomia
É uma cirurgia simples, segura e rápida, que se faz
em homens que não desejam mais ter filhos.
Vasectomia
É um método anticoncepcional considerado
permanente ou irreversível, porque, depois de
feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a
capacidade de ter filhos.

Nessa cirurgia, os canais deferentes são cortados e


amarrados, cauterizados, ou fechados com
grampos. É uma cirurgia simples, que pode ser feita
em ambulatório, com anestesia local e o homem
não precisa ficar internado.
Vasectomia
A vasectomia age impedindo que os espermatozoides
se encontrem com o óvulo. A vasectomia, mesmo
sendo uma operação simples, tem riscos e pode
apresentar problemas como qualquer outra cirurgia.

O efeito da vasectomia não é imediato. Nas primeiras


ejaculações depois da vasectomia, ainda existem
espermatozoides no esperma ejaculado, ou seja,
ainda existe o risco de o homem engravidar a mulher.
Vasectomia
A vasectomia só será considerada segura quando o exame
realizado no esperma, o espermograma (análise do sêmen),
mostrar que não existem mais espermatozoides no esperma
ejaculado. A vasectomia não causa nenhum problema de
saúde para o homem. O homem apenas não poderá mais
engravidar uma mulher.

A vasectomia não altera a vida sexual do homem. O desejo e


a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da
cirurgia. A única diferença é que o esperma ejaculado não
contém mais espermatozoides, mas não ocorrem alterações
na quantidade e no aspecto do esperma.
Espermaticida (Espermicida)
 É uma substância química que recobre a vagina e o colo do
útero, impedindo a penetração dos espermatozoides,
imobilizando-os ou destruindo-os. Pode ser usado sozinho ou
combinado com o diafragma.
Espermaticida (Espermicida)
O espermicida é eficaz por um período de uma hora após a
sua aplicação. Não se recomenda o uso do espermicida para
as mulheres que têm mais de um parceiro sexual ou cujos
parceiros têm outros parceiros/parceiras e não usam
camisinha em todas as relações sexuais, pois, nessas
situações, existe risco maior de contrair doenças
sexualmente transmissíveis.

O espermicida é colocado com um aplicador, que deve ser


introduzido na vagina o mais profundo possível. O aplicador
deve ser lavado com água e sabão após cada uso.
Contraceptivos Orais e Injetáveis
Contraceptivos Orais:
– Conhecido como pílula. São esteroides isolados ou
em associação, com a finalidade de impedir a
concepção.
Contraceptivos Orais e Injetáveis
Vantagens:
– Muito prático;
– Não interfere no relacionamento sexual;
– Diminuição do fluxo menstrual;
– Regularidade do ciclo menstrual;
– Diminuição de doenças benignas das mamas;
– Regressão dos cistos funcionais ovarianos;
– Diminuição da incidência de endometriose;
– Diminuição da incidência de câncer de ovário e de endométrio;
– Diminuição do risco de doença inflamatória pélvica;
– Diminuição do risco de gravidez ectópica;
– Melhora de doenças como artrite reumatoide, anemia, acne.
Contraceptivos Orais e Injetáveis
Contraindicação:
– Neoplasia hormônio-dependente ou suspeita;
– Câncer de mama declarado ou suspeito;
– Tromboflebite ou doenças tromboembólicas (no presente ou
passado);
– Doença coronariana, doença cerebrovascular;
– Sangramento uterino anormal não diagnosticado;
– Gravidez;
– Hipertensão arterial grave;
– Diabete insulinodependente;
– Fumante com mais de 35 anos.
Contraceptivos Orais e Injetáveis
Efeitos Colaterais:
– Cefaleia;
– Ganho de peso;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Hipertensão arterial;
– Alterações hepáticas.

Contraceptivos Injetáveis:
– São anticoncepcionais para uso feminino, que contêm progesterona
isolada ou associada ao estrogênio natural, para administração
parenteral intramuscular, com doses de longa duração.
Anticoncepcional Injetável Mensal
Vantagens:
– Alta eficácia;
– Comodidade de aplicação por ser
dose única mensal;
– Não interfere com o ato sexual;
– Menor repercussão metabólica
que os AHCO, devido ao emprego
dos estrogênios naturais;
– Preservação de sangramento
semelhante ao do fluxo menstrual,
ao fim do efeito contraceptivo.
Anticoncepcional Injetável Mensal
Contraindicação:
– Lactação;
– Gravidez;
– Câncer genital e mamário;
– Hepatopatia;
– Enxaqueca grave;
– Sangramento vaginal sem diagnóstico etiológico.

Efeitos colaterais:
– Alterações menstruais;
– Cefaleia;
– Náuseas e vômitos;
– Mastalgia;
– Aumento de peso.
Anticoncepcional Injetável Trimestral
Anticoncepcional a base de acetato de
medroxiprogesterona de depósito, com
alta eficácia por três meses e menor
número de efeitos colaterais pela
inexistência do estrogênio. Pode ser
utilizado no pós-parto e durante a
lactação, na presença de amenorreia, e
não apresenta interação medicamentosa.
A primeira dose deve ser feita até o
sétimo dia do ciclo menstrual, sendo
indicado o uso de outro método
anticonceptivo até o oitavo dia após a
aplicação. Repetir a injeção a cada 90 dias.
Anticoncepcional Injetável Trimestral
Efeitos Colaterais:
– Irregularidades do ciclo menstrual;
– Amenorreia;
– Alterações de humor;
– Cefaleia;
– Demora no retorno da fertilidade;
– Diminuição da libido;
– Depressão, acne, náuseas;
– Distensão abdominal;
– Desconforto mamário;
– Aumento de peso.
Diafragma
Dispositivo de borracha em forma de cúpula que se
insere na vagina antes da relação sexual. Impede o
encontro entre o espermatozoide e o óvulo, para
aumentar a eficácia, combina-se com outro método
(por ex., espermicidas).
Pode deslocar-se durante a relação sexual,
aumentando a vulnerabilidade a infecções urinárias.
Não protege das doenças sexualmente transmissíveis e
deve ser retirado 6 a 8 horas depois da relação sexual.
Depois de usar, lavar com sabonete e água morna.
Adesivo Cutâneo
Possui os mesmos hormônios da pílula, os
quais são liberados direto na corrente
sanguínea através da pele.
Deve ser colocado no 1º dia da menstruação,
devendo ser trocado a cada sete dias, por 3
semanas. Seguindo-se de sete dias de
“descanso”.
Pode ser colocada no braço, barriga e nas
costas.
Anel Vaginal
Coloca-se no 1º dia da menstruação, no interior da
vagina empurrando-o com o dedo. Três semanas
depois, deve retirá-lo e fazer uma pausa de uma
semana, durante a qual ocorre a menstruação.
Não atrapalha a relação sexual, nem causa incômodo, é
útil para mulheres que se esquecem de tomar a pílula,
já que só tem de ser mudado de 3 em 3 semanas.
Pode aumentar o corrimento vaginal e causar irritação.
Se o anel sair, passe-o por água quente e insira-o de
novo, no prazo de 3 horas.
Implante Subcutâneo
O implante é colocado no braço, através de uma pequena
cirurgia, e confere proteção durante 3 a 5 anos.
Liberta um hormônio que impede a ovulação. Indicada
para quem se esquece facilmente da pílula.
Indicado durante a amamentação (só pode ser colocado 6
semanas após o parto).
Deve ser colocado e retirado pelo médico sob anestesia
local.
Pode causar irregularidade menstrual e aumento de peso.
Cerca de 3 meses após o implante, convém ir ao médico e
depois, deve fazer consultas semestrais ou anuais.

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