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HIDRAMNIOS E

OLIGOAMNIOS
Introdução
• Normalmente, a cavidade amniótica contém
entre 600 ml a 2.000 ml de líquido amniótico
(LA)

• Quantidades menores de líquido amniótico


denomina-se oligohidramnios e superiores
a 2 litros, denomina-se polihidramnios.
• Âmnio __ é o primeiro
saco membranoso que
envolve o embrião e mais
tarde o feto, e que contém
um líquido dentro chamado
líquido amniótico.

• Origem do líquido
amniótico ___ deriva do
sangue materno
transportado através do
âmnio e das próprias
células amniótica. O feto
tambem contribue
excretando urina no
líquido
QUANTIDADES E TROCAS DO LÍQUIDO
AMNIÓTICO
• Numa gravidez de 10s o LA é aproximadamente
30ml
• Numa gravidez de 20s o LA é aproximadamente
350ml
• Numa gravidez de 37s o LA é aproximadamente
800 a 1000ml
• O líquido e a água é trocada a cada 3 horas
 Apartir do 4º mês (16s) o feto ingere 400ml por
dia que é aproximadamente 50% do volume total.
Depois da deglutição o líquido passa para o trato
gastrointestinal e uma parte para os pulmões.
 A partir de 5º mês o feto urina diariamente no
líquido amniótico. A urina em sua maior
quantidade é apenas água.
COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO
AMNIÓTICO
• células fetais descamadas
• sais inorgânicos
• Protéinas, lípidos, hidratos de carbono,
enzimas, hormonas, água (99%)
• Com o avanço da idade adiciona-se as
excretas fetais e urina
Funções do LA
• O embrião flutua livremente no líquido amniótico
preso pelo cordão umbilical. Esse meio permite:
1- O crescimento simétrico externo do embrião
2- Previne as aderências do âmnio do embrião
3- Protege o embrião ou feto contra lesões
distribuindo os impactos que a mãe possa
receber
4- Ajuda a controlar a temperatura corporal do
embrião ou feto mantendo-o a uma temperatura
constante
5- Permite o feto mover-se livremente ajudando a
desenvolver o sistema músculo-esquelético
Permite o feto mover-se livremente
OLIGOAMNIOS
• A diminuição significante de volume de
líquido amniótico sempre terá consequências
ominosas ao feto

• Oligoamnios complica cerca de 4% de todas


as gestações.

• A disminuição excessiva de LA durante as


primeras semanas de gravidez pode
ocasionar malformações fetais
OLIGOAMNIOS
Etiologia
Pode estar associado com alteração ovular,
e insuficiência placentaria.
• No primeiro caso se trata de un defeito do
feto que não elimina suficiente quantidade
de urina no interior de cavidade do âmnios,
provocando um desequilibrio no balanço do
processo de secreção-reabsorção do LA.
• Por outro lado, na insuficiencia placentária
não se sabe exactamente qual seria o seu
papel na redução da secreção do LA
Condições fetais associadas a oligoamnios
• Doença renal como: agenesia renal bilateral
(sindrome de Potter), displasia multiquística,
rim poliquístico
• Atraso de crescimento intra-uterno devido a
hipóxia crónica com consequente diminuição
do débito cardíaco e fluxo sang renal e do
volume urinário
• Amnio nodoso
• O parto no oligoâmnios é geralmente
antecipado e transcorre o chamado «parto
seco»
PROGNÓSTICO
As complicações fetais podem ocorrer:
• Morte fetal
• Hipoplasia pulmonar
• Anormalidade esqueléticas e faciais (sind.
De Potter)
• Oligoâmnios no 2º trimestre de gravidez é
sinal de péssimo prognóstico, com MFIU
ou no período neonatal por hipoplasia
POLIHIDRAMNIOS
DEFINIÇÃO
Polihidramnios é definido como excesso
de volume de LA relacionado à idade
gestacional.

 Em termos quantitativos é considerado


quando o volume de LA é > 2000 ml.

 Tem se descrito casos de 30 litros, sendo


bastante frecuente os casos de 10 e 12
litros
ETIOLOGIA
La etiología es debida a causas fetais,
maternas, placentárias ou pode ser
idiopática:

Idiopática: o polidrâmnios idiopático tem sido a


forma mias frequente em vários estudos,
representando cerca del 67% em relação aos
outros
Causas maternas
• Diabetes Mellitus: O mecanismo responsável
de polidramnios ainda não está claro. Acredita-
se que a hiperglicémia fetal com poliúria
aumentaria a osmolaridade do LA, resultando
em uma transferência de água desde o feto à
cavidade amniótica.

• Isoinmunización: Anticorpos anti-antígenos


eritrocitarios D, c, Kell, Duffy e Kidd constituem
a maior causa de aloinmunização na gravidez.

• Lítio: O tratamento materno com lítio tem sido


associado com polidramnios provavelmente
devido ao desenvolvimento de diabetes
insípida fetal.
Causas placentarias: As causas mais
frequentes de polidramnios são a
corioangioma placentario e o síndrome de
placenta circunvalada.

 Causas fetales
• Malformaciones fetales: as malf congénitas
que com maior frequência se associam a
polidramnios são as do sist. gastrointestinal
e sistema nervioso central (SNC).
Sistema gastrointestinal: as + frequentes são:
atresia esofágica, atresia ou estenose duodenal,
hérnia diafragmática e defeitos da parede
abdominal (onfalocele e gastrosquisis).

• Sistema Nervioso Central (SNC): as


anormalidades de SNC + frequentes são os
defeitos do fechamento do tubo neural tais como
anencefalia, espina bífida ou encefalocele.

• outras malformações do SNC como hidrocefalia,


microcefalia, holoprosencefalia, hidranencefalia
também podem associar-se com polidrãmnios.
• Pensa-se que a causa de polidramnios nestes fetos
seria uma alteração na deglutição fetal de LA.
Anencefalia
Exencefalia, com cérebro incompleto e
ectópico
Situação de acrania - no lugar do cerebro, uma massa
angiomatosa com restos de tecido nervoso.
encefalocele occipital
encefalocele frontal
mielosquise
Sistema cardiovascular: Malformações tais como
incompetência valvular, estenosis valvular, arritmias ou
enfermedade de Ebstein podem produzir polidramnios
como consequência da descompensação cardíaca fetal que
causa um aumento da pressão hidrostática nos capilares
fetais e consequente transudação de fluido na cavidade
amniótica.

• Sistema genitourinario: São generalmente anomalias


renais unilaterales tais como hamartoma renal, rim
multiquístico.

• Sistema respiratorio: malf. respiratórias hipoplasia


pulmonar, adenomatose quística pulmonar o tumores
torácicos,provocam polidramnios ao interferir com os
movimentos respiratorios com consequente interrupção da
transferencia normal de LA através dos pulmões.
 Sistema musculoesquelético: displasia
esquelética, osteogénese imperfeita,
acondroplasia,, provocam polidramnios
secundário à compressão do tórax fetal ou
disminução dos movimentos fetais

 Anomalias cromosómicas: aneuploidías.


(trisomías 18 y 21)

 Infeccões intrauterinas: rubeóla,


toxoplasmosis, citomegalovirus, parvovirus e
sífilis produzem hídropsia fetal não
inmunológico.
gravidez múltipla: a incid~encia de
polidramnios na gravidez múltipla varia de 7
a 12%.
 Pensa-se que a sua causa é uma grande
conexião vascular intraplacentaria que faz
com que um dos gémeos, o transfusor ou
dador, transfunda crónicamente ao outro
gémeo, transfundido ou receptor. A
sobrecarga vascular do gemeo receptor
produziria um aumento do fluxo renal,
falência cardíaca e hídropsia, levando assim
ao desenvolvimento de polidramnios.
Gémeos + polidrâmnios
Hérnia hiatal esofágica
• Atresia do Esôfago
A atresia do esôfago é o desenvolvimento
incompleto do esôfago.
Na atresia do esôfago, o esôfago estreita ou
termina em um fundo de saco. Ele não se
conecta com o estômago como deveria. A
maioria dos recém-nascidos com atresia do
esôfago também apresenta uma fístula
traqueoesofágica, uma conexão anormal entre o
esôfago e a traquéia
Atresia do Esôfago e Fístula
Esofágica
Atresia duodenal
Anomalias Associadas Atresia Duodenal:
• Trissomia
• Cardiopatia Congênita
• Rotação Intestinal
• Pâncreas Anular
• Atresia Esofágica
• Atresia Anorrectal ou Gênito-urinária
Rotura prematura de membranas
QUADRO CLÍNICO

Clínicamente, polidramnios pode ser classificado


em agudo o crónico.
Polidramnios agudo - começa bruscamente, ocorre
geralmente no 2º trimestre (antes das 24s de
gestação), e se caracteriza por uma rápida
acumulação de LA em período de poucos dias,
podendo conduzir ao parto prematuro e ao aborto.

Este hidrâmnios agudo causa conflictos de espaço


frequentemente intoleráveis por compressão do
rim, rejeição do coração e dos pulmões e estase na
circulação abdominal.
• O polidramnios crónico - se inicia mais
tardiamente, acima de 7º mes de
gestação, e tem uma evolução mais lenta
que faz com que a gravidez seja mais
tolerável embora possa terminar em parto
prematuro.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de polidramnios pode ser clínico o
ecográfico.
- há dificuldade em definir as partes fetais,
transmissão da onda líquida e batimentos cardíacos
fetais apagados ou ausentes embora o feto esteja feto
vivo,
 É necessário confirmar o diagnóstico por ecografia.

Existen varias técnicas ecocardiográficas para determinar


polihidramnios - determinação do índice de fluído
amniótico (AFI).
O AFI se expressa em cm sendo AFI normal de 8 a 18 cm.
Um AFI > 24 cm é considerado como polidramnios e AFI
< 8 cm representa oligohidramnios, em ambos casos
medidos na gravidez de termo.
Ecografia no diagnóstico
diagnóstico clínico diferencial
• gravidez gemelar
• ascitis
• quistos volumosos do ovário.

A ecografia tira qualquer dúvida no


diagnóstico de polidramnios.
TRATAMENTO
O tratamiento obstétrico da gestante com
polidramnios inclue:
• evaluação ecográfica seriada cada 3 a 4
semanas. S
• Tenta-se manter a gravidez até 38 semanas ou
proceder a maturação pulmonar.
• Repouso na cama,
• Dieta seca e declorada.
• Os sinais e síntomas de compromisso respiratorio
materno deverão ser tratadas com aspiração de
líquido amniótico mediante amniocentesis..
Amniocentese de redução
amniocentese em série se faz com uma agulha que passa através do

abdómen da gestante .
POLIHIDRAMNIOS
BIBLIOGRAFIA

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