Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
A prematuridade é uma das causas importantes e crescentes do coeficiente de
mortalidade infantil. Uma das medidas para diminuir os índices da morbidade e da
mortalidade neonatal é a assistência ao recém- -nascido durante e após um parto
prematuro inevitável.
● Eletivo
● Espontâneo
Parto prematuro eletivo
O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda o parto
pré-termo tardio em condições como gestação múltipla com complicações,
pré-eclâmpsia, placenta prévia/ placenta acreta e ruptura das membranas antes do
início do trabalho de parto.
Parto pré termo espontâneo
Em uma dada paciente, o parto prematuro espontâneo pode ou não ter um gatilho imediato
óbvio (p. ex., infecção [ ver Infecção intra-amniótica e doença infecciosa na gestação],
descolamento prematuro da placenta). Existem vários fatores de risco:
História obstétrica anterior
Não está claro com quanto risco esses fatores socioeconômicos contribuem,
independentemente de seus efeitos sobre outros fatores de risco (p. ex., nutrição,
acesso a assistência médica).
COMPLICAÇÕES DA PREMATURIDADE
A incidência e a gravidade das complicações da prematuridade aumenta à
medida que a idade gestacional e o peso ao nascimento diminuem. Algumas
complicações (p. ex., enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade,
displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular) não são comuns em
recém-nascidos pré termo tardios.
A incidência geral dos defeitos cardíacos congênitos estruturais entre os pretermos é baixa. A
complicação cardíaca mais comum é
A matriz germinativa periventricular (uma massa muito extensa de células embrionárias disposta
sobre o núcleo caudado na parede lateral dos ventrículos laterais e presente apenas no feto) é
exposta à hemorragia, que pode se estender para dentro dos ventrículos cerebrais (hemorragia
intraventricular). Também pode ocorrer infarto da substância branca periventricular (leucomalacia
periventricular) por motivos completamente desconhecidos. Hipotensão, perfusão cerebral
inadequada ou instável e picos de pressão arterial (como quando líquido ou coloide é injetado
rapidamente IV) podem contribuir para infarto ou hemorragia cerebral. Lesão da substância
branca periventricular é um fator de risco principal para paralisia cerebral e atrasos no
desenvolvimento.
Prematuros, particularmente aqueles com história de sepse, enterocolite necrosante, hipóxia e
hemorragias intra e/ou periventriculares, apresentam risco de atraso cognitivo e de
desenvolvimento (ver também Desenvolvimento infantil). Esses lactentes necessitam de
acompanhamento cuidadoso no primeiro ano de vida para identificar atrasos no
desenvolvimento, na audição e na visão. Atenção cuidadosa deve ser dispensada aos marcos
de desenvolvimento, tonicidade muscular, aptidões na linguagem e crescimento (peso,
comprimento e perímetro cefálico).
Lactentes com problemas visuais identificados devem ser encaminhados ao
oftalmologista pediatra. Lactentes com retardos no desenvolvimento da audição e
neural (incluindo aumento da tonicidade muscular e reflexos de proteção anormais)
devem ser encaminhados a programas de intervenção precoce que fornecem terapia
física, ocupacional e de linguagem. Lactentes com graves problemas no
desenvolvimento neurológico devem ser encaminhados ao neuropediatra.
Olhos
● Sepse
● Meningite
Sepse ou meningite é cerca 4 vezes mais provável em lactentes prematuros, ocorrendo em quase
25% dos lactentes com peso muito baixo ao nascimento. O aumento da probabilidade é o resultado
do uso de catéter intravascular e tubo endotraqueal, de áreas lesadas da pele e dos níveis séricos
acentuadamente diminuídos de imunoglobulinas (Função imunológica neonatal).
RINS
As complicações renais incluem
● Acidose metabólica
● Déficit de crescimento
É importante a profilaxia com palivizumabe contra o vírus sincicial respiratório para lactentes
com doença pulmonar crônica.
PROBLEMAS METABÓLICOS
As complicações metabólicas incluem
● Hipoglicemia
● Hiperbilirrubinemia
● Doença óssea metabólica (osteopenia da prematuridade)
● Hipotermia
Prematuros têm a relação entre área da superfície corpórea e massa excepcionalmente grande.
Portanto, quando expostos a temperaturas abaixo do ambiente térmico neutro, eles perdem
rapidamente calor e têm dificuldade de manter a temperatura corporal. O ambiente térmico neutro
é a temperatura ambiente em que as demandas metabólicas (e, portanto, o gasto calórico) para
manter a temperatura corporal normal (36,5 a 37,5° C retal) são as mais baixas.
DIAGNÓSTICO DA PREMATURIDADE
● História obstétrica e parâmetros físicos pós-natais
● Ultrassonografia fetal
● Testes de triagem para complicações
Além dos testes apropriados para identificar problemas ou distúrbios, avaliações de rotina incluem
oximetria de pulso, hemograma completo, eletrólitos, nível de bilirrubina, hemocultura, níveis séricos de
cálcio, fosfatase alcalina e fósforo (para fazer a triagem de osteopenia da prematuridade), audiometria,
ultrassonografia do crânio (para fazer a triagem de hemorragia intraventricular e leucomalácia
periventricular) e exame oftalmológico para retinopatia da prematuridade. Peso, comprimento e perímetro
cefálico devem ser lançados em gráficos com curvas de crescimento apropriadas em intervalos semanais.
Como ocorre com neonatos maiores, testes de triagem neonatal de rotina são feitos com 24 a 48
horas de vida. Ao contrário dos bebês nascidos a termo, pré termos, especialmente bebês
extremamente pré termos, têm alta taxa de falsos positivos. Elevações leves dos vários aminoácidos
e perfis anormais de acilcarnitina são comuns e pequenas elevações dos níveis de
17-hidroxiprogesterona e níveis baixos de tiroxina (T4) (normalmente com níveis normais do
hormônio estimulante da tireóide) ocorrem frequentemente. Lactentes extremamente pré termos e
muito pré termos têm risco de uma apresentação tardia do hipotireoidismo congênito e devem ser
periodicamente testados.