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08/05/2018

FATORES DE RISCO NA GRAVIDEZ

FATORES DE RISCO NA GRAVIDEZ

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Fatores de risco na gravidez

Vários fatores interferem na evolução


normal da gestação :

▪ Idade
▪ Paridade
▪ Peso
▪ Altura
▪ Tabagismo
▪ Álcool
▪ Complicações como: anemia, desnutrição,
obesidade, hipertensão,
diabetes, cardiopatia, e outras menos comuns.

Causas clínicas mais comuns:

➢ Hipertensão arterial (3 a 5%)


➢ Diabetes melito ( 0,5 a 1%)
➢ Cardiopatias (1 a 4%)
➢ Infecção urinária (2 a 10%)
➢ Distúrbios nutricionais, inclusive anemia( 15 a
20%)
➢ Distúrbios tireidianos

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▪ 1- Gravidez na adolescência:

▪ Gravidez na adolescência:

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▪ Gravidez na adolescência:

Imaturidade biológica da adolescente.

Prematuridade
Baixo peso ao nascer
Anemia
Distúrbio hipertensivo específico da
gravidez
Complicações no parto como desproporção
cefalopélvica,

▪ Fatores ambientais desfavoráveis são


determinantes das principais complicações
da gestação na adolescência.

Anemia
Deficiências nutricionais
Desnutrição
Tabagismo
Escolaridade
Instabilidade emocional , marital e familiar
Idade (menor que 15 anos / crescimento dos
ossos longos principalmente o osso pélvico)

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2- GESTANTE COM MAIS DE 35 ANOS

Está associada a maiores riscos de complicações,


como:

- Aborto espontâneo no primeiro trimestre ( devido


a descolamento placentário)
- Distúrbio hipertensivo específico da gravidez
- Diabetes gestacional
- Placenta prévia

Maiores de 40 anos

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Maiores de 40 anos – riscos de anomalias


genéticas são mais freqüêntes principalmente
a trissomia do cromossomo 21 (síndrome de
Down)

Como a idade não pode ser modificada, é


importante eliminar qualquer outro risco que
possa potencializar os efeitos adversos como:

Baixo peso, obesidade, deficiência de


micronutrientes, tabagismo e uso de bebidas
alcoólicas.
Alterações cardíacas

3- BAIXO PESO

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3- BAIXO PESO

Grávidas desnutridas ou com ganho de peso


insuficiente

✓ A expansão do volume plasmático é menor, levando


a diminuição no fluxo placentário, e portanto menor
transporte de nutrientes e O2 para o feto.

✓ Menor peso e tamanho da placenta além de menor


conteúdo de ácido desoxirribonucléico (DNA)

✓ Considerar o ganho de peso gradual semanal(500g)

O baixo peso ao nascer é uma das


principais conseqüências da desnutrição
materna e indica retardo no crescimento
intra uterino (RCIU)

O impacto na saúde da criança leva a prejuízos:

No desenvolvimento neurológico do feto,


Deficiências imunológicas,
Seqüelas no crescimento pós natal,
Alterações na produção enzimática
Alterações na funções do pulmão, rim, e fígado

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3- SOBRE PESO ou OBESIDADE

4- SOBRE PESO ou OBESIDADE

Hábitos alimentares incorretos


iniciar a gravidez com sobrepeso predispõem no
final da gestação o DIABETES e HIPERTENSÃO,
Os quais são mais prevalentes em mulheres com
excesso de peso.

Na obesidade os níveis de glicose aumentados,


estimulam a produção de insulina pelo feto,
resultando no aumento indesejado da lipogênese
fetal e excessivo depósito de gordura, resultando em
bebê obeso (macrossomia). Maior mortalidade

Alteração na formação do tubo neural,


independente da condição de ácido fólico materno.

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▪ Mais propensas:
- Rotura prematura de membrana
- Prematuridade
- Malformações congênita
- Doença hipertensiva
- Diabetes
- Macrossomia fetal
- Maior freqüência de cesarianas
- Maior incidência de hemorragias pós parto
- Morbidade e mortalidade perinatais mais
elevadas.

5- PARIDADE

A prevalência do DHEG é maior em primigesta


(Distúrbio hipertensivo específico da gravidez)
porém é importante considerar a
presença de outros fatores de risco como a
idade ou peso.

A multiparidade facilita o aumento de


adiposidade.

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6- TABAGISMO

TABAGISMO

✓ Afeta o crescimento fetal (retardo do


crescimento intra uterino- RCIU)
✓ Aumenta o risco de prematuridade e
mortalidade perinatal

✓ O monóxido de carbono e a nicotina perfundem


a placenta e reduzem em 10% o transporte de
Oxigênio para o feto.

✓ A constrição dos vasos ,reduz o fluxo sangüíneo


na placenta com prejuízos no transporte de
nutrientes

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▪ Fumantes requerem uma ingestão

▪ 3x maior de ácido fólico do que as não


fumante, para atender a mesma
concentração de folato sérico

▪ 2x mais Vitamina C.

7- ÁLCOOL

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7- ÁLCOOL
Desaconselhavél na gestação

O consumo intenso : leva a conseqüências


deletérias para o bebê, que afetam o SNC, os
olhos, o nariz, coração , acompanhadas de
retardo do crescimento mental .
Síndrome alcoólica fetal

O consumo moderado e freqüênte : leva ao


desenvolvimento normal com hipotonicidade
do RN

8 - Hipertensão arterial sistêmica

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Hipertensão arterial sistêmica

Caracteriza-se – na permanência em duas


tomadas com intervalo de 4 horas em repouso:
140 x 90 mmHg

Acomete 5 a 10% das gestantes,


Em quadros prévios de hipertensão ou
nefropatias = 25%

É o fator mais importante de morte materna de


causa obstétrica direta.

SÍNDROME HIPERTENSIVA DA GRAVIDEZ

A SHG é mais freqüente em mulheres:


- nulíparas
- gestação múltiplas
-mulheres com hipertensão, há pelo menos 4 anos
-história de hipertensão ou PE em gravidez prévia
- doença renal.

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A SHG é uma complicação materna que propicia:


▪ Baixo peso ao nascer
▪ Asfixia, até morte fetal
▪ 90% dos fetos de mães com PE e E apresentam restrição
do crescimento intrauterino, aumenta os partos
cirúrgicos e prematuros- mortalidade perinatal

FATORES DE RISCO

▪ Raça- negras, árabes, judias, iraquianas

▪ Nutrição- < prevalência dietas hiperproteícas

▪ Tabagismo- restrição crescimento intrauterino

▪ Grupo sanguineo- >prevalencia no grupo AB

▪ Paridade- primigestas

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Considera-se fatores de risco para a pré-eclâmpisia - DHEG:

- Primigestas
- Antecedentes familiares
- Gestação gemelar
- Dieta rica em carboidratos e sal e pobre em proteínas +
estado psicológico da paciente
- Hipertensão arterial crônica, nefropatia, diabetes.

CLASSIFICAÇÃO
HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA

✓ Qualquer etiologia (≥140/90)

✓ É o estado hipertensivo pré existente ou ocorrido antes


de 20 semanas gestacional fazendo uso ou não de
drogas anti-hipertensivas, sem edema e proteinúria , e
ainda presente decorridas 6 semanas do pós parto

✓ PA tende a cair na metade da gestação.

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CLASSIFICAÇÃO

✓ HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA NA GRAVIDEZ

Ocorrido após 20 à 24 semanas de gestação , conhecida


como pré eclâmpisia,

nova denominação - DHEG


Doença Hipertensiva Específica da Gravidez

CLASSIFICAÇÃO

PRE ECLAMPSIA / ECLAMPSIA

PE- ocorre após 20ª semana, desenvolvimento gradual da


hipertensão e proteinúria (300mg/24h), pode evoluir E.

E- presença de convulsões. Pode ocorrer na gravidez, no


parto ou puerpério imediato.

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PRE ECLAMPSIA

PRE ECLAMPSIA

▪ Proteinúria – é a excreção de 300mg ou mais de proteína


na urina em 24h.

▪ Edema – aumento de peso igual ou superior a 500g por


semana.
Inicialmente é oculto , posteriormente visível, até
generalizado (dedos das mãos, pés, face, abdome -
anasarca )

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PRÉ- ECLAMPSIA

▪ Mais freqüente no último trimestre, associado a


tonturas, cefaléia, distúrbios visuais, dores no abdômen
superior, vômitos, edema de face e mãos.

▪ Primigestas(85%), > 30 anos, sobrepeso ou obesidade,


ganho excessivo de peso durante a gestação,
antecedentes familiares de hipertensão crônica.

▪ Causas – produção excessiva de hormônios placentários


e supra renais.

PRÉ - ECLÂMPSIA GRAVE


- PA maior ou igual a 160 x 110 mmHg ou pela presença de
um ou mais sinais e sintomas relacionados:

Proteinúria > 5g/24h


Oligúria(↓ vol. urinário)
Insuficiência cardíaca
Edema pulmonar ou cianose

Sinais premonitórios de eclâmpsia: cefaléia, confusão


mental, visão turva, dor epigástrica

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CLASSIFICAÇÃO PAS PAD

Normal <120 <80

Pré hipertensão 120-139 80-89

HIPERTENSÃO

Estágio 1 140-159 90-99

Estágio 2 ≥ 160 ≥ 100

CONDUTA DIETÉTICA

▪ Dieta hiperproteica (≥2 g/kg/dia) tem sido recomendada


visando a correção da hipoproteinemia e o adequado
desenvolvimento fetal.

▪ Sabe-se que os requerimentos de sódio estão


aumentados na gestação em torno de 25 g de sódio ou
60 g de NaCl durante toda a gestação.

▪ O principal fator de regulação de excreção de sódio na


gestação é a taxa de filtração glomerular, com aumento
na reabsorção

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CONDUTA DIETÉTICA

▪ Conscientizar a paciente (DHEG)


▪ Dieta normocalórica
▪ Hiperprotéica – alto valor biológico pois contem
aminograma semelhantes a da albumina sérica,
responsável pelo equilíbrio hídrico entre os
compartimentos celulares
▪ Normossódica
▪ Evitar uso de diurréticos , salvo prescrissão médica.
OBS: se a gestante apresentar hipertensão crônica – Dieta
hipossódica não ultrapassar 2g/dia

VITOLO, 2004. MARCONDES, 20002

▪ O Ministério da Saúde recomenda como tratamento não


medicamentoso da hipertensão arterial, dieta com teor
de Na < 2,4 g/dia, equivalente a 6 gramas de cloreto de
sódio.

▪ O cálcio é essencial na gestação:formação óssea,


concentração muscular, transmissão neural, coagulação
sanguínea, atividade enzimática e transporte de
membrana.

▪ São acumuladas, ao longo da gestação, 30 g de Ca


,suplementadas com 2 g/dia de Ca
da 14ª semana até o parto.

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8- DIABETES GESTACIONAL

8- DIABETES GESTACIONAL

▪ O DG é o grau de intolerância à glicose com


reconhecimento na gestação, podendo ou não persistir
após o parto.

▪ O não tratamento adequado pode significar aumento do


risco de morbimortalidade perinatal , macrossomia fetal
e malformações.
▪ Sintomas: poliúria( vol. urinário), polipsia ( sede),
polifagia ( apetite) e/ou perda de peso inexplicada

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AÇÃO PREVENTIVA

- Manter o peso dentro dos parâmetros normais


- Exercício físico regular.

REPERCUSSÕES SOBRE O CONCEPTO:

Macrossomia, RCIU, asfixia,


prematuridade,complicações pulmonares
malformações congênitas, maiores risco de sequelas
tardias(obesidade, diabetes e anormalidades do
desenvolvimento psicomotor.)

Situações desfavoráveis para o feto e devem ser controlados


durante a gestação:

-hiperglicemia, glicosúria, hipoglicemia e cetonúria

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REPERCUSSÕES MATERNAS:

Maior incidência de complicações como síndromes


hipertensivas da gravidez; infecções urinárias e
pielonefrite; candidíase, risco de desenvolvimento de DM
tipo 2 após a gestação, além de lesões vasculares nos rins
e na retina.

✓ O rastreamento do DG é recomendado para todas as


gestantes.

✓ O procedimento diagnóstico preconizado pela


OMS(1999), é o teste de tolerância com sobrecarga oral
de 75g de glicose com avaliação após 2h.

✓ Se o resultado for superior a 140mg/dl, confirma-se a


presença de DG.

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Ponto de corte para o diagnóstico de DG :

Glicemia de jejum- 126mg/dl


Glicemia de 2h- 140mg/dl

DIETOTERAPIA
- Equlibrada
- Fracionamento das refeições -6 ref. (glicemia) 2 a 3h
- Alimentos com baixo índice glicemico
- Açúcares simples(glicose, frutose,sacarose)- não deve
ultrapassar 10 a 15% do total de carboidratos.
- Carboidratos complexos
▪ Normosodica
▪ Ác. Fólico – 5mg/dia 60 a 90 dias antes da concepção
▪ Ferro – idem não diabética- 30mg
▪ Fibras - verduras e legumes
▪ Edulcorantes e produtos dietéticos- usados com
moderação.(ciclamatos – maior restrição)

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▪ Se após 2 semanas de dieta, os níveis glicêmicos


permanecerem elevados, recomenda-se iniciar o tratamento
com insulina.

▪ Para indicação de insulinoterapia- além do grau de controle


glicêmico, avaliar o crescimento fetal (ecografia 29 a 33s).

▪ Se a circunferência abdominal fetal ≥ P 75,prescrição de


insulina pelo médico.

▪ VITOLO, 2004
▪ ACCIOLY,2009 OBRIGADA!

REFERENCIAS:

Vitolo, 2008

Accioly,2009

OBRIGADA!

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