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Aluno: Vanessa Medeiros / Enfermagem 1º

Matricula:202202824241

Desenvolvimento Embrionário
As fases do desenvolvimento embrionário

Dentro do processo de formação de um indivíduo, há varias fases importantes que definem o seu
desenvolvimento. Esses processos iniciam-se através da fecundação e da fertilização de dois gametas: o
feminino e o masculino, que transformam-se em uma única célula: o zigoto.

A partir da sua fertilização, a célula originada passa por algumas fases importantes que determinam seu
DNA, além do desenvolvimento dos órgãos e outras partes do corpo.

As funções do espermatozoide e do óvulo nos processos da fecundação e fertilização

O gameta masculino, conhecido como espermatozoide (ou SPTZ), possui um pronúcleo haploide, ou seja,
tem apenas um conjunto de material genético, responsável pela formação do embrião. Esse conjunto
genético é denominado de cromossomo.

Estrutura de um espermatozoide: gameta masculino

O gameta feminino, conhecido como ovócito secundário, também é haploide e carrega a outra metade
do material genético responsável pela formação do embrião.
A formação do Zigoto

Ao entrar no canal vaginal, os espermatozoides conseguem fecundar (ou fundir) o ovócito secundário.
Esse ato de fecundação é chamado de cariogamia, ou seja: a união dos gametas feminino e masculino.

Mas para que o surgimento do embrião aconteça, é necessário a fertilização do óvulo. Então, após o
espermatozoide se fundir ao óvulo secundário, ocorre o processo de fertilização: a união do pronúcleo
feminino com o pronúcleo masculino, que acontece na tuba uterina, próximo aos ovários.

Através dessa fertilização, surge o zigoto (ou célula-ovo): uma célula diploide, com os dois materiais
genéticos providos dos pronúcleos masculino e feminino

Clivagem e Mórula

Já com o material genético dos dois gametas, o zigoto entra em processo de Clivagem (ou Segmentação),
construído através da mitose, onde os citoplasmas do embrião são divididos em larga escala, formando
pequenas células nucleadas e idênticas, chamadas blastômeros.

Fase de Clivagem, onde o zigoto sofre mitose.

Ao final da Clivagem, ocorre a fase da Mórula: o primeiro estágio de embriogênese ou primeira fase
relevante do desenvolvimento embrionário. Nesta etapa é formado um material maciço, com 12 a 32
blastômeros, contendo todo o DNA do indivíduo.

A Mórula acontece de três a quatro dias após a fecundação e é responsável por levar o embrião para o
útero, dando início a fase da Blástula.

A fase de Blástula

Aqui inicia-se uma mudança na estruturação das células. Os blastômeros começam a migrar para a
periferia, dando origem a uma parede celular denominada blastoderme, formando uma cavidade interna
chamada blastocele, dentro do material maciço formado na fase da Mórula.
Blastômeros migrando para a periferia e formando a cavidade blastocele

A Blástula é considerada o segundo estágio de embriogênese, onde o embrião sofre o processo de


Nidação, fixando-se de vez no útero.

Após a formação da blástula e do processo de nidação, o blastocele passa pelo processo de invaginação
ou epibolia, formando uma nova cavidade denominada Arquêntero. Essa cavidade também é
responsável por formar o tubo digestivo, dando início a fase da Gástrula.

Formação da Gástrula: processo de invaginação da endoderme.

A fase da Gástrula

Neste terceiro estágio de embriogênese, o espaço aberto no arquêntero, denominado blastóporo, fica
responsável por dar origem a uma das extremidades do tubo digestivo: a boca (protostômios) ou o ânus
(deuterostômios).

É nessa fase também que encontramos as três camadas celulares diferentes (ou folhetos germinativos),
onde cada uma é responsável por funções distintas no desenvolvimento do embrião:

A ectoderme: camada externa, responsável por formar o arquêntero;

A mesentoderme: origina a endoderme (superfície exterior da gástrula e que produz a pele e o sistema
nervoso central do ser) e a mesoderme (formada pelas células do mesênquima, que dará origem aos
outros órgãos internos).
desenvolvimento

Exemplificação dos folhetos germinativos

A fase de Neurulação (nêurula)

Nessa fase inicia-se a morfogênese, ou seja, o embrião começa a tomar a forma do bebê. Aqui os tecidos
celulares da ectoderme, mesoderme e endoderme se fixam e originam a histogênese e organogênese,
processos onde os tecidos celulares começam a formar órgãos, ossos e outras partes do corpo.

Na fase da Neurulação encontram-se:

tubo neural: responsável por dar origem ao sistema nervoso do individuo;

celoma: estrutura que origina a cavidade torácica e abdominal;

notocorda: eixo de sustentação encontrado no embrião, apenas em animais cordados (peixes, anfíbios,
repteis, aves e mamíferos). A notocorda serve de molde para a coluna vertebral, calcificando-se e sendo
e substituída pela coluna vertebral após alguns meses de gestação;

arquêntero: origina o tubo digestivo.

Formação dos Anexos Embrionários

Durante a formação dos folhetos germinativos (ectoderme, endoderme e mesoderme) e no processo de


Nidação, que surgem os anexos embrionários: estruturas que nascem a partir das camadas celulares
externas e que cumprem papéis importantes na gestação, como:

âmnio: líquido presente dentro da bolsa amniótica, que protege o embrião de impactos e não permite a
desidratação do feto;

saco vitelínico: estrutura que serve para nutrir o embrião e auxilia na circulação sanguínea no início da
gestação;

cório: diretamente ligado ao tecido uterino, é o responsável por formar a placenta.

Problemas na fase de Neurulação: doenças neurais

A fase de neurulação é de extrema importância, principalmente na formação do sistema nervoso do ser.


Por isso, quando alguns dos processos, como a invaginação, não se completam nessa fase, pode causar à
má formação dos órgãos.

Algumas doenças como a anencefalia, encefalocele ou mielomeningocele, são exemplos do resultado


dos erros nos processos no tubo neural.

A anencefalia, por exemplo, é causada pelo não fechamento do tubo neural. Quando isso acontece, o
feto não desenvolve completamente os órgãos do encéfalo e a caixa craniana, que consequentemente
ficam expostos ao líquido amniótico, agravando ainda mais os problemas do sistema nervoso do
embrião.

Células-tronco

No primeiro estágio relevante da embriologia (a mórula), as células (blastômeros) estão se


multiplicando, mas ainda não possuem definição do que vão criar dentro da gestação.

Por não terem uma especificidade do seu papel dentro do desenvolvimento embrionário, elas são
chamadas de células-tronco.

Essas células-tronco embrionárias são periodicamente utilizadas em pesquisas, sendo analisadas para
testes e possíveis curas de inúmeras doenças, como o câncer.

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