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Patologias Obstétricas

Abortamento

Aborto é a perda de uma gravidez antes da 20 ª semana. A maioria dos abortos


espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo normalmente. As
causas de abortamento muitas vezes são difíceis de determinar. O aborto
espontâneo é a complicação mais comum da gravidez precoce. A frequência
diminui com o aumento da idade gestacional. De 8 a 20% das gestações
clinicamente reconhecidas com menos de 20 semanas de gestação sofrerão
aborto, sendo 80% destes nas primeiras 12 semanas de gestação. Há ainda a
perda do bebê sem que a mãe perceba, que totalizam entre 13 e 26% de todas
as gestações – no entanto, esse número pode ser ainda maior, uma vez que
muitas mães podem sofrer um aborto espontâneo antes de perceberem que estão
grávidas. O aborto é uma experiência relativamente comum - mas isso não faz
com que seja fácil. Pode ser necessário suporte psicológico para superar a perda
do bebê.

Sintomas

A maioria dos abortos espontâneos ocorre antes da 12ª semana de gravidez, e a


mulher pode não saber que sofreu um, quando este ocorrer nas primeiras seis
semanas. No entanto, sinais e sintomas de um aborto espontâneo podem incluir:

 Sangramento vaginal, com ou sem cólicas, que pode ocorrer muito cedo
em sua gravidez, antes de você saber que está grávida, ou mais tarde,
depois de ter conhecimento da gravidez
 Leve a intensa dor lombar, dor abdominal ou cólicas, que podem ser
constantes ou intermitentes
 Um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa que passa pela
vagina
 Diminuição de sinais de gravidez, como a perda da sensibilidade da mama
ou náuseas.

Cuidados de Enfermagem

- Manter paciente em repouso e aquecida

- Verificar e registrar sinais vitais

- Verificar e registrar sangramento vaginal

- Administrar medicações conforme prescrição médica

- Encaminhar paciente a exames complementares

- Solicitar repousa relativo

- Observar queixas álgicas e comunicar médico

Descolamento de Placenta

A placenta é responsável por oferecer nutrientes e oxigênio para o bebê durante


os nove meses. Quando ela se desgruda da parede do útero, dizemos que houve
um descolamento, que pode se dar de duas maneiras. “No início da gestação, é
comum o descolamento ovular, que pode causar sangramentos “, explica Floresti
Junior. Isso ocorre quando o sangue se concentra entre o útero e o saco
gestacional, formando um hematoma. Neste caso, o diagnóstico costuma ser
feito por meio de um exame de ultrassom. Geralmente, o problema é detectado
logo no primeiro trimestre e a recomendação dos médicos é que a grávida faça
repouso e tome as medicações necessárias. Na maioria das vezes, tudo volta ao
normal depois de um tempo e a chance de abortamento é pequena.
As náuseas e os vómitos são dos sintomas mais típicos da gravidez, que se dão,
sobretudo, durante os primeiros meses de gestação. Não obstante, em alguns
casos, estes enjoos e vómitos são tão intensos que fazem com que a futura mamã
chegue a vomitar até mais de 30 vezes por dia. É o que se conhece como
hiperémese gravídica. Devido às consequências da hiperémese
gravídica, produzem-se no corpo sinais evidentes de desidratação, perda de
peso (de 4 a 19 quilos) e cetose (défice de hidratos de carbono, pelo que o corpo
utiliza as gorduras como fonte primária de energia, em vez dos glucídios. O
descolamento prematuro da placenta é mais provável nas últimas 12 semanas
antes do nascimento. Sintomas de descolamento prematuro da placenta clássicos
incluem:

 Sangramento vaginal
 Dor abdominal
 Dor nas costas
 Amadurecimento uterino precoce (Distorcia funcional)
 Contrações uterinas rápidas.

A dor abdominal e dor nas costas muitas vezes começam de repente. A


quantidade de sangramento vaginal pode variar, e não corresponde
necessariamente a quantidade de placenta que foi separada a partir da parede
interna do útero. É ainda possível ter um descolamento prematuro da placenta
grave e sem sangramento visível, se o sangue fica preso dentro do útero pela
placenta. Em alguns casos, o descolamento prematuro da placenta se desenvolve
lentamente. Se isso acontecer, você pode notar um sangramento vaginal
intermitente. Seu bebê pode não crescer tão rapidamente quanto o esperado, e
você pode ter o líquido amniótico

Cuidados de Enfermagem

- Observar sangramento vaginal

- Administrar medicação conforme prescrição médica


- Observar e relatar queixas álgicas

- Verificar sinais vitais da paciente periodicamente

- Realizar monitorização de frequência cardíaca fetal

- Estabelecer oxigênioterapia

Gravidez ectópica

Uma vez fecundado na trompa, o óvulo inicia a divisão celular e empreende o


caminho até à cavidade uterina, onde se implantará na mucosa preparada pelas
hormonas. No entanto, um obstáculo pode bloquear o caminho do óvulo
fecundado e retê-lo na trompa. A implantação do óvulo nas trompas de Falópio é
o caso mais comum de gravidez extrauterina. Neste caso, o óvulo desenvolve-se
implantado nas paredes da trompa, muito mais frágeis que as do útero, e nas
quais procura vasos sanguíneos para se nutrir. O sangue acumula-se na trompa,
já dilatada pela presença do óvulo. Nesta situação, o óvulo, desnutrido e
submetido às contrações das trompas, desprende-se das paredes e morre
rapidamente. O momento em que a trompa se rompe provoca uma hemorragia
abdominal. Até há poucos anos, as gestações extrauterinas ocorriam em um entre
cada 200 casos. No entanto, atualmente estes casos têm vindo a aumentar.

Sintomas

Os sinais de uma gravidez extrauterina podem surgir a partir das primeiras


semanas de gravidez. Os sintomas mais comuns são:

- Dores constantes de um só lado do abdómen. Estas dores são mais ou menos


agudas e aparecem durante o primeiro trimestre da gravidez. Podem acontecer
isoladas, ou acompanhadas de náuseas, vertigens e distúrbios intestinais ou
urinários.

- Os sintomas típicos de uma hemorragia interna (palidez, tensão baixa), também


são comuns.

- Quando a rotura da trompa é súbita, a dor abdominal é intensa e dá-se uma


hemorragia na cavidade abdominal. Além disso, a grávida aparenta uma palidez
visível, ritmo cardíaco acelerado e uma pressão sanguínea tão baixa que não se
consegue medir.

Cuidados de Enfermagem

- Atenção quanto aos sinais de choque hipovolêmico hipotensão, pulso fraco e


rápido, pele fria e pegajosa, agitação e apatia)

- Observar perdas sanguíneas

- Cuidados pré e pós cirúrgicos

- Observar e anotar queixas álgicas e suas características

- Verificar sinais vitais

- Repouso

- Observação constante: aparecimento do choque

- Preparo pré-operatório

- Após cirurgia: cuidados pós-operatórios comuns para cirurgia abdominal


Hiperémese gravídica

As náuseas e os vómitos são dos sintomas mais típicos da gravidez, que se dão,
sobretudo, durante os primeiros meses de gestação. Não obstante, em alguns
casos, estes enjoos e vómitos são tão intensos que fazem com que a futura mamã
chegue a vomitar até mais de 30 vezes por dia. É o que se conhece como
hiperémese gravídica. Devido às consequências da hiperémese
gravídica, produzem-se no corpo sinais evidentes de desidratação, perda de
peso (de 4 a 19 quilos) e cetose (défice de hidratos de carbono, pelo que o corpo
utiliza as gorduras como fonte primária de energia, em vez dos glucídios.

Sintomas

A grávida vomita tudo o que come, apresenta ganho de peso abaixo dos sete
quilos ou emagrecimento, boca seca e tem uma constante sensação de fraqueza
e mal-estar. A gestante também não percebe melhora no quadro nem mesmo
com uso de medicamentos regulares para enjoo.

Cuidados de Enfermagem

- Administrar medicamento conforme PM

- Monitore a ingestão hídrica da paciente

- Monitore balanço hídrico

- Administre líquido por via IV conforme PM

- Verificar sinais vitais por risco de hipotensão


- Orientar dieta rica em proteína e carboidrato

Mola hidatiforme

A gravidez molar é mais habitual em mulheres com mais de 40 anos e deve-se


ao facto de o óvulo fecundado crescer de forma anormal e transformar-se numa
massa de quistos, chamada mola hidatiforme. Como neste tipo de gravidez o
óvulo não se desenvolve da forma que deveria ter acontecido, ou não existe,
acaba sempre com a perda do bebé. Além disso, é uma gravidez que acarreta um
grande risco para a mãe, pelo que é necessário interrompê-la assim que se saiba
desta situação. Podemos distinguir dois tipos de gravidez molar. Na gravidez
molar completa, a placenta é anormal e não existe nenhum feto. Não obstante,
na gravidez molar parcial, a placenta também é anormal mas existe um
desenvolvimento fetal que geralmente não é normal.

Sintomas

Dado que a mola hidatiforme, que se encontra no útero como numa gravidez
normal, cresce rapidamente, o aumento de volume que se produz no abdómen
não é o mesmo que numa gravidez normal. Além disso, os enjoos e os vómitos
costumam ser intensos e frequentes e, por vezes, surgem hemorragias vaginais.
Outros sintomas são o aumento do ritmo cardíaco, pré-eclâmpsia, perda de peso,
pernas inchadas ou a expulsão, através da vagina, de material semelhante a
grainhas de uva. Na fase inicial da gravidez, é difícil de diagnosticar uma gravidez
molar. À medida que avança o processo, o médico pode explorar a zona pélvica
para verificar se existem alterações fora do comum na forma ou no tamanho do
útero. Além disso, nestas gravidezes, não se detectam movimentos fetais nem
batimentos cardíacos e, na ecografia, ver-se-á que a placenta não é normal.
Cuidados de Enfermagem

- Apoio psicologicamente esta paciente

- Observar e registrar perdas vaginais

- Aferir e registrar sinais vitais

- Observar sinais de choque e comunicá-los imediatamente a enfermeira ou ao


médico

- Administrar antibiótico conforme PM

- Monitorar eliminações vesicointestinais

- Evitar engravidar pelo menos por 1 a 2 anos

- Observar saída de secreção vaginal com mau cheiro e comunicar ao médico

- Administrar oxigênio de acordo com prescrição

- Comunicar alterações nas eliminações urinárias

Placenta prévia

A placenta prévia é a implantação da placenta na porção mais baixa da cavidade


uterina, recobrindo o orifício interno do colo do útero (canal do parto) ou perto
deste. A placenta é uma estrutura que fornece alimentos e oxigênio ao bebê, além
de remover os resíduos no sangue do feto Durante a gravidez, a placenta se move
conforme o útero se estende e cresce. No geral, a placenta está mais baixa no
início da gravidez, mas tende a se movimentar para cima conforme a gravidez
progride. No terceiro trimestre, a placenta deve estar perto do topo do útero, de
modo que o colo do útero tenha um caminho claro para o parto. Se a placenta
está muito próxima ao orifício interno do colo uterino ou então implantada
parcialmente ou totalmente sobre ele, essa é uma condição conhecida como
placenta prévia ou placenta baixa, e pode aumentar o risco de hemorragia grave
antes ou durante o parto.

Sintomas

É comum a placenta prévia não apresentar nenhum sintoma, sendo diagnosticada


em exames de rotina. No entanto, podem acontecer alguns sinais de alerta, como:

 Cólicas
 Sangramento que inicia, para e começa de novo dias ou semanas mais
tarde
 Sangramento após relação sexual
 Sangramento na gravidez, principalmente na segunda metade.

Cuidados de Enfermagem

- Repouso no leito

- Administrar líquido e sangue como prescrito

- Observar sangramento vaginal

- Sinais vitais

- Palpitação abdominal

- Medida da altura uterina

- Ausculta dos batimentos cardíacos fetais

- Exame especular cuidadoso

Rotura Uterina

Ruptura uterina (ou rotura uterina) é o rompimento lento e progressivo, total ou


parcial, das paredes do útero, o que mais frequentemente ocorre durante o parto.
No entanto, essa complicação não ocorre apenas durante o parto, pode acontecer
também durante a gestação. Nesse caso, as cavidades abdominal e uterina
entram em comunicação e há extrusão do feto ou de partes dele. Trata-se de uma
das complicações obstétricas mais temidas da gravidez porque representa risco
de vida tanto para o feto quanto para a mãe. A ruptura uterina ocorre devido a um
aumento de pressão no interior do útero, seja pelas contrações uterinas durante
o trabalho do parto (o mais comum) seja pelo crescimento do próprio feto, durante
a gestação. Ela pode dever-se a condições inerentes ao parto e aos
procedimentos obstétricos, tais como desproporção cefalopélvica e parto
obstruído, por exemplo, ou ser facilitada por fatores ligados à gestante: um grande
número de partos anteriores; cirurgias uterinas prévias (inclusive cesariana), etc.
Outros fatores que podem levar à ruptura uterina são: traumas
e cicatrizes uterinas, malformações congênitas do útero, doenças uterinas
diversas, desnutrição, polidrâmnio (aumento do líquido amniótico),
tumores, curetagens mal feitas, dentre outros.

Sintomas

Se a ruptura ocorre no início da gestação, a paciente apresentará um quadro


de abdome agudo, com dor intensa e sinais de sangramento interno. Se ocorre
mais tarde durante a gestação pode ser pouco sintomática e evoluir aos poucos,
causando uma dor abdominal imprecisa e sangramento vaginal. Quando ocorre
durante o trabalho de parto, geralmente se apresenta com dor súbita e bem
localizada no abdome, interrupção do parto e as repercussões do grande
sangramento causado pela rotura. Existem casos em que a rotura se dá apenas
em alguma das camadas do útero, mas não em todas: ruptura incompleta. Nestes
casos os sintomas são menos intensos e na maioria das vezes a situação só é
reconhecida após o parto. Uma ruptura até então incompleta pode tornar-se
completa no momento do parto.
Cuidados de Enfermagem

- Apoio emocional

- Observar sangramento e eliminação de coágulos

- Encaminhar a cliente ao exame de ultrassonografia

- Proporcionar repouso absoluto a paciente no leito

- Observar quantidade e aspecto do sangramento

- Monitoramento dos dados Vitais,

- Hidratação, coleta sanguínea e medicação endovenosa de acordo com a PM

- Manter a paciente em jejum absoluto;

- Promover o esvaziamento da bexiga da paciente;

- Complicações: hemorragia, perfuração uterina, infecção, esterilidade.

Ruptura Prematura das Membranas

A ruptura prematura de membranas pré-termo predispõe ao parto prematuro .A


ruptura prematura de membranas em qualquer momento aumenta os riscos de
infecção na mulher (corioamnionite), no bebê (sepse) ou em ambos, assim como
o risco de apresentação fetal anormal e descolamento prematuro da placenta.
Estreptococos do grupo B e Escherichia coli são as causas mais frequentes de
infecção. Outros microrganismos vaginais também podem causar infecção. A
Rotura Prematura das Membranas Ovulares (RPMO) pode aumentar o risco de
hemorragia intraventricular em recém-nascidos; a hemorragia intraventricular
pode resultar em deficiência do desenvolvimento neurológico (p. ex., paralisia
cerebral). A rotura prematura prolongada das membranas ovulares antes da
viabilidade (em < 24 semanas) aumenta o risco de deformidades (p. ex.,
posicionamento articular anormal) e hipoplasia pulmonar devido ao
extravasamento do líquido amniótico (chamado sequência ou síndrome de
Potter). O intervalo entre a ruptura prematura das membranas ovulares e o início
espontâneo do trabalho de parto (período de latência) e o parto varia
inversamente de acordo com a idade gestacional. No termo, > 90% das mulheres
com ruptura prematura das membranas iniciam o trabalho de parto em 24 h; com
32 a 34 semanas, o período de latência médio é cerca de 4 dias.

Sintomas

Tipicamente, a não ser que ocorram complicações, o único sintoma da RPMO é


o extravasamento ou jorro súbito de líquido por via vaginal. Febre, secreção
vaginal intensa e fétida, dor abdominal e taquicardia fetal, particularmente se não
houver correspondência com a temperatura materna, são fortes indicações de
corioamnionite.

Cuidados de Enfermagem

- Verificar sinais vitais

- Acompanhamento da frequência cardíaca fetal

- Aumento da ingestão hídrica

- Administração de medicamentos analgésicos conforme PM


Oligodrâmnio

O volume de líquido amniótico não pode ser medido com segurança diretamente,
exceto, talvez, durante o parto por cesariana. Assim, a deficiência de líquido é
definida indiretamente usando critérios ultrassonográficos, tipicamente o índice
de líquido amniótico (ILA). O ILA é a soma da profundidade vertical do líquido
medido em cada quadrante do útero. O ILA normal varia de 5 a 25 cm; valores <
5 cm indicam oligoidramnio

Sintomas

Oligoidrâmnio por si só tende a não causar sintomas maternos além de uma


sensação de diminuição do movimento fetal. O tamanho do útero pode ser menor
do que o esperado para a época. Distúrbios que causam ou contribuem para
Oligoidrâmnio podem provocar os sintomas.

Cuidados de Enfermagem

- Aumento da ingesta hídrica;

- Monitoração da frequência cardíaca fetal

- Observação dos movimentos fetais diariamente

- Administração de medicação analgésica conforme prescrição médica

- Avaliação do Doppler (a fim de se verificar o índice do líquido amniótico

Polidrâmnio

O volume de líquido amniótico não pode ser medido com segurança diretamente,
exceto, talvez, durante o parto por cesariana. Assim, o líquido excessivo é definido
indiretamente usando critérios ultrassonográficos, tipicamente o índice de líquido
amniótico (ILA). O ILA é a soma da profundidade vertical do líquido medido em
cada quadrante do útero. O ILA normal varia de 5 a 25 cm; valores > 25 cm
indicam polidrâmnio.

Sintomas

Polidrâmnio é frequentemente assintomático. Mas algumas mulheres,


especialmente quando polidrâmnio é grave, têm dificuldade respiratória, e/ou
dolorosa contrações prematuras dolorosas. Às vezes, o tamanho do útero é
maior do que o esperado para a época.

Cuidados de Enfermagem

- Moderar a ingesta hídrica

- Orientar repouso em decúbito lateral esquerdo

- Administrar medicamento conforme PM

- Observar e anotar queixas Álgicas

Síndrome de Hellp

A síndrome de hellp é uma doença rara e muito perigosa, que oferece risco tanto
à mãe quanto ao bebê. Ela normalmente surge como uma complicação da pré-
eclâmpsia, que é a hipertensão gerada por causa da gravidez. Estima-se que 8%
das mulheres que possuem a primeira doença, acabam desenvolvendo também
a síndrome de hellp, mesmo assim, ela também pode aparecer isoladamente. A
doença consiste basicamente em um aumento desenfreado da pressão
arterial durante a gravidez.
Sintomas

Essa doença é muito conhecida por ter uma série de sintomas diferentes e,
exatamente por essa razão, ser de difícil de diagnosticar. Alguns dos principais
sintomas da síndrome de hellp são:

 Dores de cabeça
 Mal estar constante
 Náuseas e vômitos
 Inchaço
 Pressão alta
 Alterações na visão
 Pressão arterial alta
 Dor ao respirar fundo

Cuidados de Enfermagem

- Requer internamento

- Manter repouso

- Observar níveis pressóricos

- Manter em ambiente calmo

- Dieta rica em hipossódica, hiperproteia, manter hidratação

- Observar movimentos fetais

- Explicar a doença à gestante e família

- Observar peso e diurese


- Preparar a pct para análises clínicas

Síndromes Hemorrágicas

Existem várias causas de sangramento durante a gravidez. As mais importantes


situações hemorrágicas gestacionais são:

Primeira metade da gestação (1° trimestre)

• Abortamento.

• Gravidez ectópica.

•Neoplasia trofoblástica gestacional benigna (mola hidatiforme).

• Descolamento Cori amniótico

Segunda metade da gestação (2° trimestre)

• Placenta prévia.

• Descolamento prematuro da placenta.

• Rotura uterina.

• Vasa prévia.

Estas condições podem levar a uma antecipação do nascimento do bebê ou até


da sua morte. Qualquer tipo de sangramento vaginal durante a gravidez deve ser
avaliado por um ginecologista.

Sintomas
Existem inúmeras causas do sangramento vaginal durante a gravidez. Como já
foi citado anteriormente, temos abortamento ou por alterações anatômicas
incompatíveis com o desenvolvimento do feto, ou provocado por medicamento,
gravidez ectópica, que é a implantação do ovo em outro local, que não o útero,
que acarreta em muita dor local e sangramento, que pode levar até a um choque
hemorrágico se não tratado na emergência e mola hidatiforme como causas de
hemorragia. Observamos como causas de hemorragia no segundo semestre
inserção baixa de placenta e descolamento prematuro de placenta, que pode ser
causado espontaneamente ou por trauma. Uma mulher pode passar pela
experiência de sangramento vaginal com ou sem dor ou dores do parto. Pode ter
hemorragias, fluxo menstrual intenso, cansaço fácil, etc.

Cuidados de Enfermagem

Realizar a prescrição de enfermagem para o caso de hemorragias da primeira


metade da gestação, fundamentando-a cientificamente

Hipertensão durante a gravidez

Hipertensão (PA ≥ 140/90 mmHg) durante a gravidez pode ser classificada como
um dos seguintes:

 Crônica: Quando a PA encontra-se elevada antes da gravidez ou antes de


20 semanas de gestação. A hipertensão crônica complica
aproximadamente 1 a 5% de todas as gestações.
 Gestacional: Desenvolve-se após 20 semanas de gestação (tipicamente
depois das 37 semanas) e persiste até 6 semanas pós-parto; acontece em
aproximadamente 5 a 10% de todas as gestações, com mais frequência em
casos de gravidez múltipla.
Ambos os tipos de hipertensão aumentam o risco de pré-eclâmpsia, eclampsia
(Pré) e outras causas de morbidade ou mortalidade materna, incluindo
encefalopatia hipertensiva, AVC, insuficiência renal, insuficiência ventricular
esquerda e síndrome HELLP. A morbidade e a mortalidade fetal aumentam em
razão da diminuição do fluxo sanguíneo uteroplacentário, que pode causar vaso
espasmo, restrição de crescimento, hipóxia e descolamento prematuro da
placenta. Os resultados serão piores se a hipertensão for grave (PA acima
de 180/100 mmHg) ou acompanhada por insuficiência renal [p. ex., clearance de
creatinina inferior a 60 ml/min, creatinina sérica superior a 2 mg/dl (>180 μmol/l)].

Sintomas

A PA é verificada habitualmente em todas as visitas pré-natais. Se hipertensão


grave ocorrer pela primeira vez em mulheres grávidas que não têm gravidez
múltipla ou doença trofoblástica gestacional, testes para excluir estenose da
artéria renal, coarctação da aorta, síndrome de Cushing e feocromocitoma devem
ser considerados (Visão).

Cuidados de Enfermagem

- Aferir PA rigorosamente

- Avaliar os sinais e sintomas

- Verificar resultados de exames:


Especifica da gestação

DHEG

A DHEG envolve virtualmente cada órgão e sistema do organismo. Há grande


aumento na resistência vascular periférica e hiper-reatividade a vasoconstritores,
negando a vasodilatação e refratariedade vascular própria da gravidez normal.
Alguns eventos fisiopatológicos, incluindo placentação anormal e
hipersensibilidade vascular, podem ocorrer semanas ou meses antes do
reconhecimento clínico da doença. Entretanto uma das principais alterações
fisiopatológica da DHEG é a vasoconstrição generalizada, onde o fluxo plasmático
renal e a filtração glomerular estão significativamente reduzidos, havendo uma
redução do fluxo sanguíneo uterino. (Queenan, 1987). A lesão renal da pré-
eclâmpsia pode ser responsável pela aumentada excreção proteica bem como
pela diminuição na filtração glomerular. O ritmo de filtração glomerular aumenta
normalmente durante a gravidez, níveis séricos de creatinina superior a 0,9 é
considerado anormal em mulheres grávidas e requerem avaliação complementar.
A excreção renal de sódio diminui na pré-eclâmpsia, causando retenção
hidrossalina, embora formas graves da doença possam ocorrer na ausência de
edema. A maior parte do fluido retido se localiza no espaço intersticial.
Os níveis de albumina circulantes podem ser baixos, não devido à perda renal
ou disfunção hepática, mas em decorrência do extravasamento de proteína para
o interstício. Pode-se concluir que a pré-eclâmpsia é, na realidade, uma doença
generalizada, sendo a hipertensão apenas uma de suas manifestações.
Observam-se lesões em vários órgãos, incluindo cérebro, fígado e coração. Há
também diminuição na perfusão placentária, o que responde, em parte, pela
aumentada incidência de retardo de crescimento intrauterino e de perda fetal. A
restrição ao fluxo placentário provavelmente se deve ao estreitamento dos vasos
deciduais por uma lesão específica chamada “aterose”.
Pré-eclâmpsia

Surge, em geral, no terceiro trimestre de gestação, manifesta-se por hipertensão,


proteinúria e/ou edema. Em gestante previamente hipertensas, o agravamento de
seus níveis tensionais arteriais em 30 mmHg (sistólica) e 15 mmHg (diastólica),
após a 20 – 24 semanas, sugere sua ocorrência. A hipertensão, sua manifestação
principal, pode ser precedido por edema visível ou oculto (aumento brusco de
peso) e raramente por proteinúria. Em geral, entretanto, a proteinúria é secundaria
à hipertensão e relaciona-se com a lesão glomerular.

Eclâmpsia

1. É a causa mais comum de convulsões associadas com a hipertensão


arterial e proteinúria na gravidez, sendo definida como a manifestação de
convulsões e/ou coma não relacionados a outras condições cerebrais,
durante o ciclo gravídico-puerperal, em pacientes com sinais e sintomas de
pré-eclâmpsia, podendo ocorrer na gestação, trabalho de parto e
puerpério. No puerpério a eclampsia se manifesta nas primeiras 24hs,
porém, em casos excepcionais, podem ocorrer convulsões uma semana
ou mais após o parto. É das formas hipertensivas, a principal causa de
morte materna. As mortes podem ser causadas por complicações como
hemorragia cerebral, edema pulmonar, insuficiência renal, hepática e
respiratória (esta última, muitas vezes, relacionadas a bronco aspiração)
que podem acontecer de maneira isolada ou em cascata. Síndrome de
HELLP Entre as complicações que agravam o prognostico da pré-
eclâmpsia, citam-se além da eclampsia, a hemorragia cerebral, o edema
agudo e a síndrome de hellp. Hellp são as iniciais usadas para descrever a
condição de paciente com pré-eclâmpsia grave que apresenta hemólise
(H), níveis elevados de enzimas hepáticas (EL) e número baixo de
plaquetas (LP). A dificuldade em se prever a evolução da síndrome de
HELLP e os relatos da literatura mostrando que as alterações laboratoriais
não refletem com precisão as lesões histopatológicas do fígado mostram a
necessidade de se investigar os casos de hipertensão grave, tentando
diagnosticar o início das manifestações da síndrome de hellp, para impedir
sua completa instalação.

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