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SAÚDE MATERNA E FETAL

Gravidez

➢ Grávida – mulher em estado de gestação.

➢ Primigrávida – mulher grávida pela primeira vez.

➢ Multigrávida – mulher que já engravidou várias vezes.

Paridade

➢ Para – faz alusão à gravidezes anteriores que atingiram a viabilidade.


➢ Paridade – refere-se ao número de gravidezes anteriores, cujos fetos atingiram a
maturidade e foram paridos, independentemente do número de crianças envolvidas.
➢ Primípara – mulher com uma gravidez que resultou no parto de uma criança que
atingiu a maturidade, sem levar em conta se a criança estava viva ou morta no momento
do parto.
➢ Nulípara – mulher que nunca pariu.

➢ Multípara – mulher que teve duas ou mais gravidezes que chegaram a termo no
estágio em que as crianças estavam viáveis.

Manifestações da gravidez

Sinais e sintomas presuntivos:

1. Suspensão da menstruação – há indicação de gravidez se decorrerem mais de 10 dias


após o ciclo ausente.

2. Alterações nas mamas:

a) As mamas aumentam de volume e ficam sensíveis. As veias das mamas


tornam-se cada vez mais visíveis.

b) O tamanho e a pigmentação dos mamilos aumentam.

c) Pode-se tirar colostro (um líquido leitoso e fino, após os primeiros meses).
d) Podem surgir glândulas de Montgomery (pequenas elevações na aréola).
3. A cor da vagina e da vulva muda (sinal de Chadwick) – coloração azulada e congestão.
4. Estrias – aparecem algumas vezes nas mamas, coxas e abdome, devido a
distendibilidade da pele.

5.Náuseas e vômitos (enjôo matutino) – podem ocorrer a qualquer hora do dia, durando
normalmente poucas horas.

6.Frequência urinária aumentada:

a) Causada pela pressão do útero em crescimento sobre a bexiga;

b) Desaparece quando o útero sai da pelve;

c) Retorna quando o polo fetal encaixa na pelve, ao término da gravidez.

6. Fadiga.

Duração da gravidez
280 dias, 40 semanas, 9 meses do calendário solar, 10 meses lunares, contando a
partir do primeiro dia do último ciclo menstrual.

Desconfortos da gravidez

POLACIÚRIA - micções frequentes e em pequena quantidade.

Causa: pressão do útero em expansão sobre a bexiga.

ENJÔO MATINAL

Causas possíveis: alterações do equilíbrio hormonal, aborrecimento e perístoles lenta.


Instruções à paciente:
1. Comer torrada ou crean-craker meia hora antes de se levantar;

2. Beber chá quente, café fraco ou leite quente;

3. Permanecer na cama e descansar por meia hora antes de se levantar; 4.

Ingerir alimentos leves 5 a 6 vezes por dia, ao invés de fazer 3 refeições;


5. Evitar alimentos de difícil digestão.

AZIA OU PIROSE
Causas:
1. Pode ocorrer em qualquer época da gravidez – o conteúdo gástrico reflui para
o esôfago devido a motilidade diminuída do estômago com irritação
subsequente;
2. A tensão nervosa e os distúrbios emocionais contribuem para a azia.

Instruções à paciente:
1. Evitar alimentos gordurosos e
frituras; 2. Tomar medicamentos antiácidos
prescritos.

Atenção: Não se deve usar o Bicarbonato de Sódio, uma vez que ele promove
retenção hídrica.

FLATULÊNCIA

Causa: ação de bactérias produtoras de gás nos intestinos.

Instruções à paciente:
1. Mastigar totalmente os alimentos;

2. Evitar alimentos que produzem gases (frituras, feijão, milho, repolho, etc.)

CONSTIPAÇÃO

Causa: perístoles diminuída devido à pressão do útero grávido.

Instruções à paciente:
a) Ingerir quantidades adequadas de líquidos;

b) Estabelecer horários regulares para a evacuação;

c) Comer uma dieta apropriada (frutas, vegetais, etc.)

d) Somente tomar laxativos se prescritos pelo médico.

LOMBALGIA
Causa: adaptações posturais da gravidez e relaxamento das articulações sacrilíacas
na última fase da gravidez.

Instruções à paciente:
1. Manter boa postura, evitar a fadiga e usar uma boa mecânica corporal; 2.
Vestir roupas adequadas: sapatos de salto baixo e largo, cinta abdominal. g)
VARIZES

Causas: hereditariedade, pressão do útero grávido sobre as grandes veias da


pelve, ficar de pé por longos períodos de tempo e roupas apertadas.

Instruções à paciente:
1. Evitar roupas apertadas;

2. Elevar pernas e quadril acima do nível do coração, com auxílio de travesseiros;


3. Usar meias elásticas;

4. Repousar frequentemente.

EDEMA DOS MEMBROS INFERIORES

Causa: retenção hídrica.

Atenção: O edema é um dos sinais mais precoces da Toxemia gravídica.

Instruções à paciente:

1. Repousar frequentemente;

2. Elevar as pernas;

3. Uso de meias elásticas.

SECREÇÃO VAGINAL

1. É normal na gravidez um aumento de secreção vaginal.

2. Uma secreção vaginal excessiva, ou esverdeada, amarelada, de odor fétido


podeser causada por:

1.1- D.S.T.

1.2- Moníliase.

Sinais que devem ser comunicados:

a) Sangramento vaginal, independentemente da quantidade;

b) Dor no abdome;

c) Vômitos persistentes;

d) Febre e calafrios;

e) Eliminação súbita de líquido pela vagina;

f) Edema de face ou dedos, cefaleia intensa contínua;

g) Escurecimento ou borramento da visão.

DESENVOLVIMENTO DO CONCEPTO
ETAPAS:
1ª Pré-embrionária – 2º dia até o final da 4ª
semana.

2ª Embrionária – final da 4ª semana até a 8ª


semana

3ª Fetal – do final da 8ª semana até o término da gravidez.

DESENVOLVIMENTO FETAL

1º Mês – O coração começa a pulsar no final da 3ª semana e o sangue flui através


dos vasos sangüíneos diferenciados nessa época. A placenta começa a se desenvolver
junto com o cordão umbilical.

2º Mês – Período crítico para o desenvolvimento de todas as principais


estruturas. Qualquer distúrbio (droga, vírus, etc) pode gerar anomalias congênitas.
3º Mês – O feto pode deglutir e começa a ingerir o líquido o líquido amniótico.
O sexo do feto pode ser agora distinguindo, o feto se move facilmente, mas os
movimentos não são percebidos pela mão.
4º Mês – A lanugem aparece sobre o corpo. Nos intestinos aparece um material
chamado mecônio.

5º Mês – Aparece o vérnix caseoso e os BCF podem ser ouvidos através do


Pinah.
6º Mês – O crescimento se dá mais rápido na extremidade cefálica, a cabeça é a
maior parte do feto.
7º Mês – O SNC se desenvolveu o suficiente para manter a respiração regulada e
a temperatura corpórea relativamente estável. O RN dessa idade ainda é bastante
imaturo. 8º Mês – A lanugem começa a desaparecer da face. O cabelo é mais abundante
no feto dessa idade.
9º Mês – Os ossos do crânio estão mais firmes e bastante próximos nas linhas de
sutura.

O tórax é proeminente e as glândulas mamárias estão protusas.


ESTÁGIOS DO TRABALHO DE PARTO

1º Estágio (Estágio de dilatação) – começa com o início das contrações regulares


e termina com a dilatação completa do cérvix.

2º Estágio (Estágio de expulsão) – começa com a dilatação completa do cérvix e


termina com a saída completa do feto.

3º Estágio (Estágio placentário) – começa imediatamente após a criança nascer e


termina quando a placenta é liberada.

PRIMEIROS SINTOMAS DO TRABALHO DE PARTO

Algumas vezes o trabalho de parto parece iniciar-se subitamente, mas muitas


vezes os sinais de sua aproximação aparecem muitas horas, um dia, ou mesmo uma
semana ou mais antes do real início. Em geral, esses sinais são dores de aclaramento

(Movimento do útero para baixo e para adiante), dores do falso trabalho de parto

(Contrações mais ou menos regulares e incômodas), alterações na cérvix,


vestígios de sangue e ruptura das membranas (um corrimento vaginal mucóide e viscoso,
cor rosa pálido ou listrado de sangue). A própria mulher pode estar ciente de todos esses
sinais, com exceção das alterações da cérvix, que podem ser percebidas pelo médico
quando ele realiza um toque vaginal. Dores de aclaramento e dores de falso trabalho de
parto esporádicas podem ocorrer a qualquer tempo durante as últimas semanas da
gravidez, e a proximidade do trabalho de parto não pode ser rigorosamente avaliada por
esses sinais. A aparição de vestígios de sangue e a ruptura das membranas são evidências
melhores de trabalho de parto iminente. Algumas vezes a mulher não está consciente de
quaisquer primeiros sintomas do trabalho de parto; em outras ela observa a maior parte
desses sintomas, ou todos.
Encaixamento, flexão em descida Rotação interna

Extensão Extensão completa (expulsão da cabeça fetal)

Rotação externa
Delivramento dos ombros Expulsão

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL

AÇÕES DE ENFERMAGEM NA SALA DE EXAME

Antes da consulta deve-se preparar o material necessário:

1º - A mesa de exame deve ser recoberta por papel descartável ou lençol


(deve ser trocado a cada cliente); 2º - Material:

▪ Estetoscópio obstétrico e aparelho de Ultra-som;

▪ Fita métrica;

▪ Estetoscópio;

▪ Luvas de toque esterilizadas;

▪ Lubrificante;
▪ Caixa com
espéculos; ▪ Aparelho
de pressão.

À chegada da cliente a Enfermagem deve:

1. Mostrar-se amável e disponível (o primeiro contato é importante)

2.Para o primeiro exame Pré-natal:

 Preencher a ficha médica com: estado civil (escrever legivelmente


nome e sobrenome);
 Caso não se trate de primeira visita deve-se procurar a ficha
antiga.

3. Pesar (o peso servirá de referência para os exames seguintes).

4. Medir a altura da gestante e a altura do útero.


5. Após a consulta conduzir a gestante até a saída e marcar data para próxima consulta.

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA SALA DE ADMISSÃO

PREPARO PARA O PARTO

Preparo físico:

1. Colocar a parturiente na mesa ginecológica;

2. Tricotomia da região pubiana, perineal e abdominal (se indicada pela Instituição);

3. Lavagem intestinal (quando não houver contra-indicação);

4. Higienização da região vulvar e perineal;

5. Verificar TPR-PA. Abrir prontuário médico e encaminhar a parturiente para o


Préparto.

Observações:

A tricotomia deve ser feita dentro da técnica e como rotina, porque se o parto se tornar
distócico já estará pronta;

Bolsa Rôta com mais de 6 cm de dilatação é contra-indicação para


lavagem intestinal; Se a Bolsa d’água estiver intacta: Transportá-la em cadeira
de rodas; Se a Bolsa d’água estiver rompida ou fissurada: transportá-la em
maca, pois há risco de procidência de cordão. Preparo emocional:

Aliviar as tensões, explicar que a dor é natural, que ela precisa auxiliar o médico
para que tudo seja mais rápido.

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO PRÉ-PARTO

Pré-parto – Neste setor acompanha-se a evolução do trabalho de parto.

1. Manter o material para toque vaginal em perfeita ordem (luvas, solução lubrificante,
etc.);

2. Antes do toque vaginal, fazer higiene vulvar e esvaziar a bexiga;


3. Respeitar o pudor, mantendo sempre a paciente protegida por um lençol protetor;
4. No caso de parto induzido, observar rigorosamente os sinais vitais, o gotejamento da
solução venosa, modificações ou alterações, não só das contrações uterinas, como a
coloração da pele e das mucosas e a respiração.
Obs.: Notando qualquer modificação solicitar médico urgente.
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA SALA DE PARTO

A sala de parto

Todo segundo estágio do trabalho de parto, ou grande parte dele, assim como
todo o terceiro estágio transcorre na sala de parto. É importante manter a técnica
asséptica, para prevenir as infecções, tanto da mãe como do feto. É igualmente
importante uma quantidade suficiente de equipamento para a assistência dos casos
complicados e normais, para a administração de anestesia e para enfrentar todas as
emergências.

Prevenção de infecções
O pessoal da sala de parto deve vestir-se com uniformes que não foram usados
fora da área. Deve-se usar gorros e máscaras. Somente o pessoal que participa
diretamente do parto deve permanecer na sala, assim mesmo só em trajes apropriados. É
importante a lavagem freqüente das mãos.

Tudo que toca a região perineal ou que é usado diretamente para o parto – luvas,
aventais, instrumentos, campos, compressas e gazes – deve ser esterilizado. O preparo
das mãos e a colocação dos aventais e das luvas nas pessoas que participam diretamente
do parto são idênticos ao preparo feito para participar de uma operação.

Equipamento

Grande parte do equipamento da sala de parto é semelhante ao da sal de


operações; parte dele é diferente por causa da finalidade especial a que se destina.
Luvas, aventais, campos e muitos instrumentos de sutura são semelhantes aos de uma
sala de operações. Algum equipamento, como o Fórceps obstétrico, é especial para a
finalidade do parto.
A mesa de partos em geral consiste de duas partes contíguas que podem ser
separadas facilmente; é equipada com estribos e com braçadeiras; e é ajustada para
várias alturas e posições.

Os aparelhos de anestesia e os agentes e materiais anestésicos são os mesmos


utilizados na sala de operações.

Deve-se dispor de equipamento para uma boa assistência ao bebê. Isso inclui um
berço aquecido ou uma incubadora, uma pinça para o cordão umbilical, material de
identificação e equipamento para aspiração, para administração de oxigênio e para
entubação, caso o bebê necessite de reanimação.

Equipamento e materiais para a administração de fluidos intravenosos e para


administração de medicamentos poderão ser necessários para enfrentar uma emergência,
devendo estar à mão.

Assistência de enfermagem na sala de parto

1. Levar para a sala de parto logo que for necessário (assim que o polo fetal aflorar a
vulva) sempre em maca, pois nessa fase é sumamente perigoso a parturiente ir
deambulando;

2. Caso a parturiente tenha sede, umedecer-lhe os lábios e a boca, não lhe dando água;

3. Colocá-la em posição litotômica:

- Nádegas rentes à extremidade da mesa, lençol debaixo dos rins, balde próximopara
remover as compressas e líquidos;

- Pernas recobertas por perneiras nos estribos (afastar bem os estribos para
nãoatrapalhar o obstetra por ocasião da extração).

4. Efetuar os cuidados de higiene;

5. Auxiliar o médico e a parturiente na fase de expulsão;

6. Manter todo o material já devidamente esterilizado sem contaminá-lo;

7. Aproximar o carrinho rolante e descobrir a bandeja;

8. Durante as contrações, fazer a parturiente empurrar (no início da contração deve-se


solicitar que a parturiente inspire ar, bloqueie sua respiração, faça força de expulsão
segurando nas barras da mesa com os braços afastados, devendo o esforço ser
relaxado apenas no final da contração);

EPISIOTOMIA – representa uma incisão feita através do corpo do períneo, é


realizada muito freqüentemente pouco antes da expulsão da cabeça fetal e facilita o parto
por ampliar o orifício vaginal. As principais finalidades de uma episiotomia são: (1)
poupar os músculos do assoalho perineal de distensão e contusão exageradas e (2)
prevenir a pressão prolongada exercida pela cabeça fetal sobre o períneo. Uma
episiotomia prevenirá também as freqüentes e inevitáveis lacerações do períneo e serve
para substituir o reparo de uma laceração irregular pela sutura de uma incisão limpa e
regular.

Uma incisão de episiotomia começa na margem posterior da abertura vaginal e


pode ser feita quer diretamente na linha média indo até o músculo do esfíncter anal e
sendo denominada de episiotomia de linha média ou mediana, ou então num ângulo de
45º em qualquer um dos lados, sendo denominada episiotomia mediolateral. Utiliza-se
uma tesoura de ponta cega para fazer a incisão, que em geral é realizada no ápice de uma
contração, enquanto o períneo está distendido.

Tipos de Episiotomia

9. Em caso de cãibra, efetuar a dorsoflexão forçada do pé sobre a perna; 10. Após


a expulsão, segurar a criança firmemente pelos pés com um campo, mantendo lhe a
cabeça para baixo o tempo suficiente para livrá-la das mucosidades ou do líquido
amniótico que ela poderá ter aspirado;
11. Já ter a pulseira de identificação preparada com o nome da mãe e data, só
faltandocolocar a hora e o sexo da criança;

12. Após a secção do cordão umbilical mostrar a criança a mãe identificando-lhe osexo;
13. Deixar a mãe em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo; 14.

Controlar o pulso e a pressão arterial;

15. Verificar o escoamento vulvar.

Assistência de enfermagem após o secundamento ou Delivramento ou Dequitação

Recolher a placenta em bandeja esterilizada para o caso de serem necessários


exames bacteriológicos.

1. Fazer lavagem externa minuciosa;


2. Guarnecer a vulva com curativo esterilizado;

3. Trocar roupas molhadas;

4. Deitar a mãe cuidadosamente, a cabeça no mesmo plano que o corpo e os braços


aolongo do mesmo;

5. Em caso de tremores e calafrios (reação nervosa freqüente) cobri-la com colcha


oucobertor;

6. Não lhe dar de beber;

7. Aplicar uma injeção de METERGIN, caso o médico indique;

8. Controlar o escoamento vulvar e fazer ligeira compressão sobre o abdome a fim


deevacuar os coágulos;

9. Pesar da placenta anotando no prontuário;

10. Encaminhar a cliente para a enfermaria.

Assistência de enfermagem no Puerpério

1. Verificar sinais vitais;

2. Observar a diurese (às vezes há retenção: se necessário realizar cateterismo


de alívio);3. Observar a involução uterina e características da cicatriz operatória quando
o parto for cesáreo;
4. Observar membros inferiores, atentando para os sinais precoces de
enfermidade trombo-embólica (flebite); 5. Observar os cuidados com o períneo:
VULVA:
- Secagem externa asséptica;

- Secagem cuidadosa;

- Cobrir com compressa perineal esterilizada;

LÓQUIOS:
- Não devem ser purulentos ou fétidos; - Observar cheiro, cor e fluxo.

EDEMA HEMORROIDÁRIO:
- Aplicar pomada anti-hemorroidária, conforme prescrição.

EDEMA DOS LÁBIOS VULVARES:


- Aplicar pomada calmante, conforme prescrição.
6. Realizar deambulação
precoce; 7. Observar o estado das
mamas:

APOJADURA: A puérpera queixa-se de dor e apresenta: cefaléia, sensação de sede,


tensão mamária e elevação da temperatura.

INGURGITAÇÃO: é o acúmulo de leite nas mamas, que provoca edema e dor.

RACHADURA (Fissuras) E INFAMAÇÃO DAS MAMAS (Mastite): Edema, calor


local, rubor difuso, dor, febre e inflação dos gânglios das axilas. Tratamento:
Utilização de antiinflamatórios, antitérmico e analgésico.
8. Observar o estado das mamas (consistência, temperatura, conformação dos mamilos e
sinais de apojadura).

Explicar a mãe como amamentar e os cuidados:

• Antes das mamadas, limpar os mamilos com água;


• Colocar a criança em boa posição;
• Após a mamada, limpar, secar e aplicar óleo mineral para evitar rachadura.

9. Discutir com as mães os conceitos relacionados à prática de nutrição e


higiene corporal, desmistificando-se pré-conceitos e tabus;

PARTO CESÁREO

Cesárea é a retirada do bebê do útero através de uma incisão feita na parede


abdominal e do útero.

Indicações:

➢ Desproporção fetopélvica;

➢ Disfunção uterina, ausência de dilatação do colo uterino e parada de


progressão;

➢ Neoplasias obstruindo o canal de parto ou a pelve;

➢ Má posição ou má apresentação;

➢ Placenta prévia total ou parcial;


➢ Descolamento prematuro da placenta (DPP);

➢ Toxemia gravídica (Eclâmpsia);

➢ Diabetes materna;

➢ Primíparas idosas;

➢ Prolapso do cordão umbilical; ➢ Sofrimento fetal.

➢ Herpes genital;

PARTO COM FORCEPS

O Fórceps é um instrumento composto com duas lâminas que se apresentam


cruzadas e é destinado a extrair o feto por meio de tração e rotação. O Fórceps obstétrico
é um instrumento empregado para extrair a cabeça do feto onde o progresso é
interrompido e pode resultar em perigo imediato ou remoto, para a mãe e/ou feto.
Indicações:

▪ Sofrimento fetal;

▪ Condições maternas: exaustão materna; doença materna (cardíaca ou pulmonar,


hemorragia, etc);

▪ Contrações uterina fracas;

▪ Não rotação da cabeça do feto

Complicações:

1. Complicações maternas: ▪ Lacerações da vagina e do colo uterino, predispondo à

hemorragia e infecção; ▪

Ruptura do útero;

▪ Lesão da bexiga e do reto.


2. Complicações fetais:

▪ Cefalematoma;

▪ Lesão cerebral e hemorragia intracraniana;

▪ Fratura do crânio;
▪ Paralisia facial;

▪ Compressão do cordão.

GRAVIDEZ DE RISCO: COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS

Algumas gestações são consideradas de alto risco por causa de complicações


peculiares à gestação.

DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA

É a separação prematura da placenta normalmente implantada, ocorrendo


hemorragia. Algumas causas são: traumatismo, gestante idosa e toxemia.

Sintomas:

Na hemorragia externa o principal sintoma é o sangramento vaginal e dor


abdominal tipo cólica;
Na hemorragia oculta os sintomas são dor abdominal intensa e abdome de
consistência dura (abdome em tábua) que torna impossível a palpação do feto.

Tratamento:

1. Preparar a paciente para o parto normal ou cesáreo conforme indicação;

2. Observar sinais de choque hipovolêmico;

3. Observar cuidados com transfusões sangüíneas;

4. Observar sinais de coagulopatias (o sangue não coagula nos vasos) – os sintomas são:

Sangramento nas gengivas, nos locais de venopunção e em outras regiões lesadas.

GRAVIDEZ ECTÓPICA
É a gravidez fora da cavidade uterina. Embora na maioria dos casos sejam
tubárias, existem outros tipos de implantações, entre as quais: cervical (colo do útero),
abdominal e ovariana. Entre os fatores predisponentes estão: salpingite, inflamação
pélvica, endometriose, tubas uterinas imperfeitas ou infantis e espasmos das tubas
uterinas com insuficiência muscular.

Sintomas:
1. Sangramento, cujo volume é variável;

2. Dor súbita e forte no baixo ventre;

3. Sinais de choque (palidez, hipotensão) Tratamento e Assistência de


Enfermagem

1. Preparar para cirurgia imediata.

2. Administração de hemácias se necessário

PLACENTA PRÉVIA

A Placenta Prévia é uma condição obstétrica caracterizada pelo desenvolvimento


da placenta no segmento uterino inferior. Quando a placenta cobre inteiramente o
orifício cervical interno, a situação é designada como Placenta Prévia completa ou total.
Na Placenta Prévia Parcial o orifício está parcialmente coberto, e na Placenta Prévia
marginal apenas a borda da placenta atinge a margem do orifício interno.

Sintomas:

1. Sangramento vaginal indolor.

O prognóstico é dominado por 3 riscos:

Materno:
Choque; Anemia aguda e Infecção.

Fetal:

Mortalidade muito grande; Prematuridade (risco de membrana hialina) e Anóxia.

Tratamento e Assistência de Enfermagem

1. Monitorizar volume do sangramento e os sinais vitais, tanto maternos como fetais;

2. Repouso absoluto;

3. Administrar antiespasmódicos (se prescritos);

4. Observar os cuidados com as transfusões sangüíneas.

Obs.: Quando o feto está maduro, o parto é a conduta de escolha.


MOLA HIDATIFORME

A Mola Hidatiforme é uma doença do cório na qual as vilosidades coriônicas se


tornam císticas e o cório adquire uma aparência semelhante a bagos de uva. Esses cistos
podem encher toda a cavidade uterina. Geralmente não há feto. A Mola Hidatiforme é
perigosa porque seu crescimento pode invadir a musculatura uterina e pode ser maligna.

Sintomas:

O útero apresenta-se tipicamente maior que o esperado para a idade gestacional; Quando
a mola se separa, há sangramento vaginal, que pode ocorrer de forma intermitente ou
ser súbito e profuso (se dá em torno do 3º ou 4º mês de gestação).

Tratamento e Assistência de Enfermagem:

1. Preparar a gestante para Curetagem uterina;

2. Observar os cuidados com as transfusões sangüíneas.

Obs.: Em caso de mola volumosa pode ser necessária a histerectomia para a


remoção.

D.H.E.G. (DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ) OU TOXEMIA

GRAVÍDICA A Hipertensão induzida pela gravidez é uma doença da última metade da

gravidez.

PRÉ- ECLAMPSIA

Caracteriza-se por hipertensão, edema e proteinúria. A causa da Toxemia é


desconhecida até hoje. São temíveis quatro complicações:

a) Duas ameaçam a mãe:

- A Eclâmpsia;

- O hematoma retroplacentário (isquemia)

b) Duas lesam o feto:

- A morte in útero;

- A hipotrofia (resulta da má perfusão placentaria).


Sua ocorrência, na maioria dos casos é nas primíparas jovens, no 3º trimestre da
gravidez.

Pode evoluir para:

▪ Estabilização ou melhora com uma terapêutica

mínima, ou ▪ Agravamento progredindo para a Eclâmpsia.

Tratamento e Assistência de Enfermagem

1. Repouso absoluto (melhora a vascularização uterina placentária, diminuindo


ahipervolemia e baixa a pressão arterial

2. Dieta hipossódica e diuréticos;

3. Sedativos;

4. Controle hídrico rigoroso.

ECLAMPSIA

É uma complicação aguda da toxemia. Seu prognóstico é grave, tanto para a mãe
como para o feto. As crises convulsivas são precedidas pelo aparecimento de sinais
premonitórios:

▪ Acentuação dos sintomas da toxemia: edema, hipertensão e albuminúria; ▪

Cefaléia intensa abrangendo toda a cabeça;

▪ Dor epigástrica, náuseas e vômitos;

▪ Perturbações visuais: escotomas cintilantes e Amaurose (enfraquecimento da


visão);

▪ Sonolência e obnubilação (não associa bem as idéias devido à falta de circulação


cerebral).

Sintomas:
A crise da Eclâmpsia evolui em quatro fases:

1ª - FASE DA INVASÃO: Aspecto careteiro. Bater de pálpebras e espasmos dos


músculos faciais e do pescoço.

2ª - FASE TÔNICA: Contratura generalizada de todos os músculos do corpo,


ocasionando apnéia (cianose) e mordedura da língua. A paciente cerra os punhos, rola a
cabeça de um lado para outro e agita-se na cama. Ocorre a protusão da língua e salivação
espumante.
3ª - FASE CLÔNICA: Respiração irregular e ruidosa.
4ª - FASE DO COMA: Com duração e profundidade variáveis, encerra a crise.

A Eclâmpsia progride para o desencadeamento espontâneo de um trabalho de


parto e expulsão rápido.

A vida da mãe é ameaçada por:

Asfixia (apnéia, E.A.P., etc.);


Repetição das crises;

Hemorragia cerebromeníngea.

Tratamento e Assistência de Enfermagem

1. Evitar estímulos externos (ruídos, luz, etc) - podem desencadear a crise convulsiva;

2. Verificar pressão arterial, temperatura, pulso e freqüência respiratória de h/h;

3. Instalar cateterismo vesical de demora e medir débito urinário de h/h;

4. Administrar sedativos prescritos para controlar as convulsões;

5. Administrar Sulfato de Magnésio por vis IM ou IV (é um anticonvulsivante


efetivo,pois diminui a irritabilidade do SNC);

6. Administrar droga anti-hipertensiva para diminuir a pressão sangüínea.

Ex.: Hidralazine (Apresolina®).

TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, produzida por um agente


específico, o bacilo de Koch. Quando o bacilo é inalado, a lesão inicial instala-se nos
pulmões, em 95% dos casos, constituindo o foco primário. Daí, os bacilos atingem os
vasos linfáticos e invadem os gânglios regionais, formando-se, assim, o complexo
primário.

Embora as grávidas com tuberculose devam receber cuidados especiais, as


radiografias de rotina como parte da assistência anterior ao parto, para detectar lesões
precoces, não são aconselháveis. Se a infecção for diagnosticada, tanto esta quanto a
gravidez necessitam de controle. Parece que a gravidez não exerce um efeito adverso na
tuberculose, mas a evolução da doença deve ser contida. Visando a obter a cura, a mãe
recebe os cuidados que normalmente receberia para uma infecção tuberculosa sem uma
gravidez simultânea. O tratamento permanece essencialmente o mesmo durante a
gravidez. Um planejamento em longo prazo é essencial para repouso e a supervisão
adequada. Devem ser feitos arranjos para o cuidado do bebê, pois a mãe será incapaz de
cuidar dele até que a sua doença seja erradicada.

Tratamento e assistência de enfermagem

1. Parto fórceps (para reduzir o esforço físico do trabalho de parto); 2. Boa


drenagem das secreções durante o parto e o pós-parto (para impedir o acúmulo nos
brônquios);

3. Não permitir que a mãe amamente (a tuberculose é raramente transmitida para o feto,
e parece não haver predisposição para a doença. O bebê pode ser facilmente
contaminado pela sua mãe após o nascimento. Não se permite desse modo que ele
seja amamentado e a mãe não deve cuidar do bebê em hipótese alguma).

GLOSSÁRIO

1. ABORTAMENTO – Consiste na expulsão do feto antes que ele complete 6 meses de


gestação.

2. AMENORRÉIA – Ausência de fluxo menstrual, ocasional ou continuada.

3. ÂMNIO – Membrana que recobre o feto.

4. AMNIOCENTESE – Punção do líquido amniótico através da parede abdominal.

5. AMNIOTOMIA – Incisão cirúrgica do ÂMNIO para abreviar o parto. 6.

ANTEPARTO – Pré-natal, antes do parto.

7. APOJADURA – Afluxo de leite às mamas, em volume anormalmente elevado.

8. ARÉOLA – Disco pigmentado que circunda cada mamilo.


9. BOLSA DAS ÁGUAS – Saco amniótico da placenta. Protege o feto durante a gravidez.

10. BOSSA SANGUINOLENTA – Derrame subcutâneo na cabeça do feto (ocorre no parto


distócico com apresentação cefálica).

11. CESÁREA OU CESARIANA – Operação cirúrgica efetuada no final da gravidez para


extração do feto através de incisões nas paredes do abdome e do útero.

12. CLOASMA GRAVÍDICO – Alteração da cor em certas áreas da pele. Tipicamente o


cloasma é uma mancha de toma amarelado, pardacento ou esverdeado e ocorre nas
faces. É uma das alterações comuns da gravidez, e também do uso de pílulas
anticoncepcionais.

13. COLOSTRO – Secreção das glândulas mamárias produzida nos primeiros dias do

parto. 14. CÓRIO OU CÓRION – Camada externa de membrana que envolve o feto.

15. DIU – Pequenas peças de materiais diversos, introduzidas no útero como método
contraceptivo.

16. D.P.P. – Descolamento prematuro da placenta normalmente implantada.

17. DISMENORRÉIA – Menstruação dolorosa, geralmente irregular.

18. DISTOCIA – Anomalia do trabalho de parto. Pode ser de origem mecânica, isto é,
devida às dimensões da bacia ou à desproporção fetopélvica; ou de origem dinâmica,
isto é, devida à anomalia da contração uterina.

19. ECTÓPICO – Deslocado da posição normal. Criança implantada fora do útero.

20. ERITROBLASTOSE FETAL – Doença que se caracteriza pela destruição rápida e maciça
do glóbulos vermelhos do feto ou recém-nascido.

21. ESTRIAS – Sulcos, cicatrizes que ficam na pele, após esticamentos acentuados e
prolongados.

22. FONTANELA – Fontículo ou moleira. É o nome dado aos espaços interósseos que
existem na região craniana de crianças com até um ano.

23. GESTAÇÃO – Período que vai da fecundação do óvulo ao parto.


24. INGURGITAMENTO – Aumento de volume de um órgão ou glândula. A congestão
mamária em decorrência do aumento do suprimento de sangue e da atividade
glandular para preparação da lactação.

25. LACTAÇÃO – Período em que as glândulas mamárias segregam leite.

26. LANUGEM OU LANUGO – Pelos finos encontrados no rosto da gestante,


principalmente na região frontal e zigomática; é encontrado também no corpo dos
fetos.

27. LEUCORRÉIA – É a secreção anormal de um líquido espesso, viscoso e branco que sai
dos genitais femininos. Conhecido como flores brancas.

28. LÓQUIOS – É a eliminação de sangue, secreções glandulares e secreções do colo e da


vagina através do trato genital nos primeiros dias do puerpério.

29. MECÔNIO – Primeiras fezes do RN. É um líquido viscoso, preto e pegajoso. É


eliminado a partir da décima hora de vida, sempre antes do fim do primeiro dia, indo
até o 4º dia.

30. MENARCA – Primeira regra menstrual.

31. MENSTRUAÇÃO – Eliminação pela vagina ciclicamente, de quantidade sangüíneas.

32. MILIUM OU MILIA – Pequenos pontos brancos localizados na face do

RN. 33. OFTALMIA NEONATAL – Inflamação dos olhos ou da conjuntiva do RN.


34.

OCITÓCICO – Agente acelerador do parto (Ocitocina).

35. PARTO – Expulsão ou extração de um feto e de suas membranas.

36. PLACENTA – Órgão situado na parede uterina, ao qual o embrião está ligado por meio
do cordão umbilical e através do qual recebe alimento. A placenta exerce, também,
função endócrina, produzindo hormônios.

37. PUERPÉRIO – Estado da mulher em trabalho de parto ou que pariu recentemente.

38. TRABALHO DE PARTO – Conjunto de fenômenos mecânicos dolorosos que constituem


o parto.
39. VÉRNIX CASEOSO – Substância untuosa que recobre a pele do feto.

CUIDADOS IMEDIATOS E MEDIATOS AO RN

Cuidados imediatos ao RN

São todos os cuidados prestados ao RN após o nascimento.

1. RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO

O Principal objetivo é reduzir a perda de calor corporal por evaporação do


líquido amniótico, sangue, muco, etc, o que vem influenciar negativamente o
equilíbrio ácido básico.
O profissional de Enfermagem ao receber o RN, deve secá-lo e protegê-lo,
envolvendo-o em um campo esterilizado.
O RN deve ser colocado em posição de TRENDELEMBURG, em berço
aquecido.

2. ASPIRAÇÃO DAS VIAS ÁEREAS SUPERIORES

O objetivo principal é permeabilizar as vias aéreas superiores levando maior


aporte de Oxigênio aos tecidos.
O RN deve ser mantido na posição de TRENDELENBURG, para facilitar a
desobstrução das VAS. Devemos realizar a aspiração de mucosidades da ORO e
NASOFARINGE para impedir o tamponamento dos espaços bronco-alveolares. A aspiração
gástrica também deve ser feita. As manobras devem ser delicadas não esquecendo de
desligar o aparelho ou desconectar a sonda do intermediário durante a introdução da
mesma, para que o traumatismo da mucosa do trato respiratório superior seja menos
intenso. A sonda de ter a ponta romba, com orifícios na extremidade.

Obs.: Nunca usar sondas com a ponta cortada ou introduzi-la adaptada ao


aspirador ligado.

3. CREDEIZAÇÃO

Tem como objetivo prevenir a Oftalmia gonocócica. Consiste na instilação de


uma gota de Nitrato de Prata à 1% em cada olho do RN. Nas meninas é instilada uma
gota na região vulvar.

4. LIGADURA DO CORDÃO UMBILICAL


Tem como objetivo prevenir hemorragias através do cordão umbilical.

5. IDENTIFICAÇÃO
Tem como objetivo manter a individualidade do RN.

6. INTERAÇÃO MÃE-FILHO

O principal objetivo é favorecer a adaptação do binômio mãe-filho à nova


situação.

ESCALA DE APGAR

Tem como objetivo as condições de vitalidade do RN logo após o nascimento.


Esta avaliação é feita no 1º e 5º minuto de vida.

SINAIS
NOTAS

ZERO UM DOIS

Freqüência cardíaca Ausente <100 >100

Freqüência Ausente Irregular Bom choro


respiratória

Tônus muscular Flácido Alguma flexão Movimentos


ativos

Coloração Azul pálido Róseo com Róseo


extre midades
cianóticas

Irritabilidade reflexa Ausente Choro com Choro forte, tosse


algum e espirro
movimento
Cuidados Mediatos ao RN

1. ADMISSÃO

Receber o RN e colocá-lo em incubadora ou berço aquecido. Conferir se o RN


está com as pulseiras de identificação e também conferir se a folha de avaliação e o
prontuário estão completos.

2. MENSURAÇÃO E PESAGEM

Tem como objetivo manter uma observação direta à respeito das


proporcionalidades entre os perímetro cefálico, torácico e abdominal.
PC – 34 cm PT – 33 cm
PA – 32 a 34 cm

3. HIGIENE

Tem como objetivo manter a integridade cutânea, evitando e/ou combater


infecções.

4. CURATIVO DO COTO UMBILICAL

Tem como objetivo manter a assepsia do coto umbilical, prevenindo infecções e


promovendo a cicatrização. É feito com álcool à 70%.

5. ADMINISTRAÇÃO DE ANTI-HEMORRÁGICO
Tem como objetivo evitar uma deficiência passageira na coagulação do sangue. É
administrado Vitamina K ou Kanakion em dose única por via intramuscular no músculo
Vasto lateral da coxa.

RN pré-termo: 0,5 mg

RN à termo: 1 mg

FOTOTERAPIA

A fototerapia vem sendo usada desde 1958, quando Cremer e cols. Observaram
que neonatos expostos à luz solar ou a lâmpadas fluorescentes apresentavam diminuição
da icterícia e rápidas quedas da concentração de bilirrubina sérica. Daí propuseram o uso
da irradiação luminosa, com intuito de evitar a impregnação pela bilirrubina. A icterícia
no recém-nascido decorre da:

a) taxa de hemólise aumentada (incompatibilidade ABO, incompatibilidade Rh,


hemácias com formas anormais, etc);

O RECÉM-NASCIDO NORMAL

MEDIDAS:

O PESO: Ao nascimento, encontra-se por volta de 3.200 g, sendo a média mais


elevada entre as meninas (3.300g) de que entre os meninos (3.100g), sem que haja
explicação válida para isso.
O bebê poderá perder, fisiologicamente, até 10% de seu peso até o 5º dia. A
ALTURA: O recém-nascido apresenta um comprimento médio de 50 cm (48 a 52 cm).
O PERÍMETRO CEFÁLICO: Ao nascimento, é igual ao perímetro torácico: 35 a 36
cm.

AS FONTANELAS

São espaços livres entre as suturas.

A fontanela posterior apresenta-se habitualmente fechada ao nascimento e


sempre antes do final do 2º mês.
A fontanela anterior tem seu eixo maior medindo 1 cm ao nascimento,
aumentando nos 2 a 3 meses seguintes ao cavalgamento ósseo nos primeiros dias.
Diminui, a seguir, progressivamente até fechar, primeiro cartilaginoso, depois ossificada,
antes do 18º mês de vida.

Obs.: Se não fechar nesse período deve-se pensar em: Raquitismo ou


Hidrocefalia. O exame sistemático do bebê inclui a palpação das fontanelas:

➢ Deprimida: Pode indicar desidratação.

➢ Abaulada: Pode indicar meningite ou hipertensão intracraniana.

A PELE
Ao nascimento a pele encontra-se recoberta pelo VERNIX CASEOSO, material
gorduroso, esbranquiçado que logo desaparece.
Os ombros e a face dorsal dos membros apresentam-se recobertos de LANUGO,
leve penugem que cai ao final da 1ª semana.

O CORDÃO UMBILICAL

Seccionado, ligado e pinçado, o cordão umbilical deve ser recoberto com


compressa estéril. Mumifica-se, torna-se amarronzado, caindo entre 6 a 9 dias.

O SISTEMA CARDIOVASCULAR

Ao nascimento, o primeiro grito aspira o sangue para os pulmões, abrindo


assim

a pequena circulação.
O ritmo cardíaco apresenta-se regular, podendo sofrer grandes variações
momentâneas, sobretudo em relação aos movimentos respiratórios, choro e agitação. Os
valores normais em repouso são:
150 bpm ao nascimento;

140 bpm no décimo dia;

120 bpm em torno de 1 ano;


100 bpm aos 5 anos.

A RESPIRAÇÃO

O primeiro grito permite a passagem da vida aquática e placentária à autônoma e


aérea.

A respiração apresenta-se:

Regular; Abdominal;
Superficial e Rápida (40 a 50 irpm).

O MECÔNIO
Durante a vida intra-uterina, acumula-se no intestino o mecônio, mistura de
células descamativas intestinais, resíduos de digestão do líquido amniótico, contendo em
suspensão células fetais, sais e pigmentos biliares.

Trata-se de líquido muito viscoso, preto e pegajoso.

AS GLÂNDULAS SEXUAIS

Nos dois sexos observam-se: a hipertrofia mamária onde as mamas do RN


apresentam-se ingurgitada, manando leite à leve pressão (“leite de bruxa”). No menino:
Hipertrofia dos testículos com hidrocele.
Na menina: Congestão e hipertrofia dos grandes lábios e da vulva e
metrorragias (pouco abundantes e de curta duração).

ANOMALIAS DE DURAÇÃO

PREMATURIDADE OU PRÉ-TERMO
É o parto que ocorre entre o 6º e o 8º mês de gravidez (28 a 38

semanas). Causas:

Parto prematuro espontâneo:

✓ Causas uterinas – mal-formações, fibroma, etc.

✓ Causas ovulares – hidrâmnios (quantidade excessiva de líquido amniótico),


gravidez gemelar, placenta prévia,

✓ Causas maternas – doenças infecciosas (principalmente urinárias), tabagismo,


cardiopatia, etc.

Parto prematuro provocado:

Pode-se decidir interromper prematuramente a gravidez em face de um


sofrimento fetal In útero, em casos de: diabetes, toxemia, incompatibilidade Rh. O bebê
pré-termo apresenta uma série de problemas especiais devido à imaturidade de seus
sistemas, porém a magnitude desses problemas dependerá do grau de prematuridade do
bebê.

Graus de prematuridade:

⇨ Extremamente prematuro: menos de 30 semanas.

⇨ Moderadamente prematuro: aquele com 31 a 36 semanas.

⇨ Prematuro limítrofe: com 37 a 38 semanas.

Características ao nascer:

- O prematuro é franzino e magro;

- Seu peso varia entre 500 a 2.500g dependendo da idade gestacional; -

A cabeça é grande em relação ao corpo;

- O pescoço e as extremidades são curtos e o tronco é amplo e comprido; -


A peleé fina, delicada, frouxa e enrugada e apresenta uma acentuada lanugem;
Apresenta pouca gordura subcutânea;
- A temperatura corporal é subnormal e muito instável;

- O choro é fraco e lamuriento;

- Os reflexos de abrir a boca, engolir e de sucção são fracos ou ausentes;


Existe maior tendência à angústia respiratória.
Assistência de Enfermagem:

1. Proporcionar aquecimento adequado (incubadora) – 34 a 35ºC;

2. Controlar rigorosamente a temperatura corporal;

3. Manter acesso venoso periférico para hidratação venosa;

4. Ter freqüência cardíaca e respiratória controladas por monitores de alarme de apnéia;

5. Pesar diariamente;

6. Controlar rigorosamente a administração e eliminação de líquidos;

7. Alimentar por SOG (sonda oro-gástrica):


- Colocar o bebê em DLD (decúbito lateral direito);

- Confirmar antes de cada alimentação se a sonda está bem posicionada; -

Aspirar o conteúdo gástrico e anotar na folha de BH;


- Adaptar a seringa à sonda e deixar que o alimento flua pela força da gravidade e/ou
através de gotejamento contínuo cujo conjunto deve estar adaptado a uma bomba
de infusora.
GRAVIDEZ PROLONGADA OU PÓS-TERMO

O bebê pós-termo é aquele que ao nascer tem 42 semanas ou mais de idade


gestacional.

É um bebê de risco, devido a senescência placentária (ocorre insuficiência na


troca de O2 e nutrientes, diminuição da circulação útero-placentária, o que pode levar à
hipóxia fetal ou asfixia).

Causas:

São ignoradas.

Conduta clínica:

Indução do trabalho de parto ou parto cesáreo.

Características ao nascer:

- É comprido e franzino;

- Aparência de mal nutrido;

- Pele seca, rachada, enrugada, sem vérnix caseoso;


- Ausência de gordura subcutânea;

- A pele, unhas e cordão umbilical apresentam uma coloração marrom-esverdeadaou


amarela devido ao mecônio que é expelido em virtude do sofrimento.

Assistência de Enfermagem:
1. Proporcionar aquecimento adequado;

2. Realizar testes de glicose para detectar hipoglicemia;

3. Observar a respiração rigorosamente (a procura de taquipnéia e cianose).

GRAVIDEZ MÚLTIPLA

A gravidez múltipla é aquela na qual o útero gravídico contém dois ou mais


embriões. Esses são denominados gêmeos quando são dois, triplos, quando são três, e
quádruplos ou quíntuplos, quando são quatro ou cinco respectivamente. Ocasionalmente
há mesmo um número maior de fetos numa gravidez múltipla.

A gravidez com gêmeos resulta da fertilização de dois óvulos separados origina


um ovo duplo, dizigótico, ou seja, em gêmeos fraternos. A fertilização de um óvulo
resulta em um ovo único, monozigótico, ou seja, em gêmeos idênticos.
Com gêmeos fraternos ou dizigóticos, ambos os óvulos podem vir do mesmo
Ovário ou cada um deles pode vir de um ovário. Cada óvulo é fertilizado por um
espermatozóide diferente e implantado individualmente no útero. Há duas placentas,
embora possam estar fundidas, dois âmnios e dois córions.

Os gêmeos monozigóticos ou idênticos são gêmeos verdadeiros. Originam-se da


união de um único óvulo e um único espermatozóide. A separação das células do zigoto
em desenvolvimento resulta na formação de dois embriões. Essa separação pode ocorrer
num estágio inicial de blastômero, ou a massa celular interna pode separar-se em dois,
ou ocasionalmente o disco embrionário pode ser duplicado. Uma separação iniciada do
disco embrionário mas não completada resulta em gêmeos conjugados (siameses).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1 - LEMOINE. J.-P – Cadernos de Enfermagem – Obstetrícia. 2ª Edição.


Editora Masson. Rio de Janeiro. 1980.

2 - ZIEGEL e CRANLEY. – Enfermagem Obstétrica. 8ª Edição. Ed. Guanabara


koogan. Rio de Janeiro. 1985.

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