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CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL

 Gestação
 Parto
 Puerpério (Nutriz)

GESTAÇÃO ESTADO ESPECIAL


DURAÇÃO DA GESTAÇÃO

280 dia ou 40ª semanas ou 9 meses

Períodos gestacionais

• Da fecundação até final da 8ª semana- período embrionário


Perda- aborto

• Da 09ª semana à 40ª semana período fetal


PUERPÉRIO

Duração: 45 dias após o nascimento

 Involução uterina

 Sistema imunológico leva de


9 a 40 semanas para voltar
ao normal.
ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES
OBSTETRÍCAS
Classificação de acordo com os
trimestres:

• 1º TRIMESTRE – abaixo de 13 semanas;


• 2º TRIMESTRE – entre 14 a 27 semanas;
• 3º TRIMESTRE – acima de 28 semanas;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PERÍODO DE
GRAVIDEZ

Nascimento com menos de 36 semanas e 06


dias - PREMATURO

Da 37 à 42 semanas- A TERMO

Acima de 42 semanas – PÓS TERMO

280 dias ou 40ª semanas ou 9 meses


ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES
OBSTETRÍCAS

• COM RELAÇÃO Á GESTAÇÃO:


• Nuligesta: Nunca engravidou
 Primigesta: primeira gestação
 Multigesta: outras gestações
• COM RELAÇÃO Á PARIDADE:
 Nulípara: nunca pariu via vaginal
 Primípara: pariu uma vez via vaginal
 Multípara: pariu duas ou mais vezes
ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES
OBSTETRÍCAS

• COM RELAÇÃO TERMOS:


• Gestante: que está em uma gestação
 Parturiente: está em trabalho de parto
 Puérpera: pós - parto
Diagnóstico Clínico da Gravidez
• Sinais de Presunção: Sinais apresentados de 4 a
6 semanas: Amenorréia, Náuseas, congestão
mamária e polaciúria.
• Sinais de Probabilidade: Sinais apresentados
entre 6 e 16 semanas: Amnorréia, aumento
uterino, aumento do volume abdominal.
• Sinais de Certeza: Sinais apresentados entre 14
e 21 semanas: Movimentos fetais presentes,
Batimentos cardio fetais (bcf).
Diagnóstico Hormonal e
Ultrassonográfico da Gravidez
• Teste biológicos: Farmácia.
• HCG: Encontrado no Plasma ou na Urina após
a 1ª Semana de gestação;
• USV – Ultrassom Transvaginal: No 1º
Trimestre de Gestação.
• USG OBSTETRÍCA – Do Saco gestacional com
cerca de 4 semanas.
Cálculo da Idade Gestacional
Regra de Nagele
• DATA PROVÁVEL DO PARTO - DPP

DUAS REGRAS: PRIMEIRA REGRA

SE A DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO OCORRER DE JANEIRO Á MARÇO,


SOMAMOS O DIA MAIS 7 E O MÊS ACRESCENTA MAIS 9.

Ex1: Data da última menstruação: 13/01/2016

13 – 01 – 2016
+07 + 09
_____________
20 - 10 - 2016
Cálculo da Idade Gestacional
Regra de Nagele
• DATA PROVÁVEL DO PARTO – DPP

2ª REGRA: SE A DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO


OCORRER A PARTIR DE ABRIL, SOMAMOS O DIA MAIS 7
E O MÊS DIMINUI POR 3 E ACRESCENTA UM ANO.

DUM:13 04 2016
+07 -03 + 01
________________
20 01 2017
__
QUANDO A DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO É
DESCONHECIDA, MAS SE CONHECE O PERÍODO
DO MÊS EM QUE ELA OCORREU:

• Se o período foi no INÍCIO considere dia 05;


• Se o período foi no MEIO considere dia 10;
• Se o período foi no FINAL considere dia 25.
Tem ainda esta situação, se a soma dos dias
ultrapassar 31 dias, devemos somar e diminuir por
31 dias e aumentar um mês para frente. Ex
Resolução:
27 / 01 / 2004
+7/ +9
________________________
34/ 10/ 2004
-31 + 1
___________________
03/ 11/ 2004
IDADE GESTACIONAL
Soma-se todos os dias de gestação a partir do primeiro dia
da última menstruação.

Ex: DUM: 01-01-2021 O DIA DA CONSULTA : 25 DE JUNHO DE


2021

JANEIRO: 31 167 7
FEVEREIRO: 28 14 (23) SEMANAS
27
21
MARÇO:22 (6) DIAS
ABRIL: 30
MAIO: 31
JUNHO: 25
TOTAL: 167
SOMA OS DIAS 31+28+22+30+31+25= 167 DIAS
Quando não conhecemos a DUM:

OBS: Quando não se sabe da DUM, o


enfermeiro ou médico solicita a ultrassom
gestacional ou Regra de Mac Donald.

IG= AFU x 8
___________
7
PARTO
TIPOS DE PARTOS NORMAIS
• Parto espontâneo: é o processo pelo qual o feto
é expelido do útero, deve ocorrer a partir da 37ª
semana.
• Parto operatório: Se for efetuada alguma cirurgia
para concluir o parto, incluindo-se o uso de
fórceps.
• Parto Eutócico: Ocorre de forma fisiológica, sem
complicações.
• Parto Distócico: Se perturbado por condições
anômalas ou fenômenos patológicos
OUTROS TIPOS DE PARTOS
• Parto Humanizado
Significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas
de pré-natal, ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto e agora ter
o direito a um acompanhante de escolha. Nos hospitais podem ter a presença
de um acompanhante, música na sala de parto e a permissão de ficar alguns
minutos com o bebê antes dele ser levado para o berçário.

Parto Cesariana
A cesariana é um procedimento cirúrgico (operação) para a
extração do feto (nascimento do bebe) por via abdominal
através da realização de um pequeno corte realizado acima
da púbis da mãe.
OUTROS TIPOS DE PARTOS

Parto Cesariana - indicações maternas


A cesárea eletiva deve ser realizada na 38ª semana de gestação, a fim
de se evitar a prematuridade e/ou o trabalho de parto e a ruptura
prematura das membranas.
Todas as gestantes devem receber, no dia do parto, o AZT intravenoso, dose
de
ataque e doses de manutenção.
OUTROS TIPOS DE PARTOS

Parto Cesariana - indicações maternas


INDICAÇÕES MATERNAS
– Inserção placentária anormal: quando a placenta está sobre o colo uterino,
obstruindo a passagem do bebê e aumentando o risco de hemorragias;

– Infecções com alto risco de transmissão para o bebê: quando a mãe é


diagnosticada, por exemplo, com herpes genital ativo fim da gravidez ou HIV com alta
carga viral;

– Cirurgias prévias no útero: quando é necessária intervenção cirúrgica para a retirada


de miomas, por exemplo;

– Risco iminente de rotura interina: condição em que as paredes do útero se rompem


durante o parto, de forma total ou parcial;
OUTROS TIPOS DE PARTOS

Parto Cesariana - indicações fetais

– Prolapso do cordão umbilical: quando o cordão umbilical está antes da cabeça do


bebê na vagina;

– Vitalidade do bebê comprometida;

– Diminuição do batimento cardíaco do bebê durante o trabalho de parto (antes do


momento expulsivo);

– Malformações que impedem a passagem do bebê pela vagina.


PARTO CESARIANO
PARTO CESARIANO
PARTO CESARIANO
Períodos clínicos do parto
O trabalho de parto compreende quatro períodos
clínicos: DILATAÇÃO, EXPULSÃO, DEQUITAÇÃO E
PERÍODO DE GREENBERG.
Diagnóstico do início da trabalho de
parto:
• Presença de contrações uterinas a intervalos
regulares com aumento progressivo da
frequência e da intensidade, que não
diminuem com o repouso da gestante.
+ Contrações regulares e dilatação cervical
progressiva a partir de 4cm.
• Dilatação progressiva;
• Presença de dor - contrações;
Diagnóstico do início da trabalho de
parto:
• Apagamento do colo
Diagnóstico do início da trabalho de
parto:
• Dilatação do Colo: 1ª FASE

reavaliar a gestante 1 a 2 horas após o primeiro exame pode ser necessário para
confirmar o diagnóstico.
• 1º Estágio do Trabalho de parto: DILATAÇÃO
Período de duração: Primípara: 8 a 20hs, multípara: 5 a
14hs.

• Inicio da dilatação do Colo com 3cm e contrações de 30s


a cada 10min.

• Sinais e sintomas: lombalgias,


• espasmos musculares,
• náuseas e diarreia.
2º Estágio do Trabalho de parto: EXPULSÃO

Inicia-se com a dilatação total da cérvice e termina


com a expulsão do feto

Em Primíparas pode durar 1 a 2 hs e multíparas de


15 a 60 minutos;

Neste momento a dilatação do parto é de 10cm;

Compreende a saída cabeça da criança até seu


desprendimento da vagina.
2º Estágio do Trabalho de parto: EXPULSÃO

Após constatado 10 cm de dilatação, devem


ser estabelecidas estratégias para que o
nascimento ocorra em até 4 horas,
independente da paridade.
CORDÃO UMBILICAL

Os especialistas acreditam que a criança corre


o risco de se tornar anêmica por não receber
até um terço do volume de sangue contido na
placenta, através do cordão umbilical.

Pesquisadores indicam aguardar alguns


minutos antes do corte do cordão
O clampeamento do cordão umbilical: o pinçamento
deve distar de 10 a 15 cm do abdome do bebê
Parto com uso FÓRCEPS
Gravida com Atonia Uterina.
Para ser usado o fórceps, são necessários alguns outros
pré-requisitos no trabalho de parto:

anestesia local na gestante;


grávida com a bexiga vazia;
dilatação completa;
bolsa estourada;
bebê com a cabeça posicionada corretamente;
proporção aceitável entre a cabeça do bebê e a pelve da
mãe;
cabeça do bebê “coroando”, como já dissemos;
episiotomia na gestante.
3º Período:
DEQUITAÇÃO/Delidramento/Secundamento

• Inicia com a expulsão total do feto e termina com


a expulsão da placenta (dequitação). Esse período
pode durar 30 minutos.
4º Estágio do Trabalho de parto: PERÍODO DE
GREENBERG

Inicia-se depois da dequitação da placenta e


estende_x0002_se, aproximadamente, de 1 a 2
horas do pós-par

MIOTAMPONAMENTO: O Útero se retrai após o


parto;

TROMBOTAMPONAMENTO: Formação de trombos


nos grandes vasos do sistema uterino e formação da
ferida aberta.
PERÍODO DE GREENBERG
• Esse período corresponde à primeira hora após
a saída da placenta. Após o delivramento
(expulsão da placenta) o útero passa por
transformações até chegar ao relaxamento.
(defesa contra hemorragias)
• Observar o sangramento;
• Sinais vitais de 15 em 15 minutos nas primeiras
2hs após saída da placenta;
• Monitorar o relaxamento;
Assistência à mulher no trabalho de parto

• Chamar a mulher pelo nome (evitar termos


como mãezinha, dona, ...);
• Informar sobre diferentes procedimentos a
que será submetida;
• Proporcionar ambiente acolhedor, limpo,
silencioso;
• Esclarecer dúvidas e aliviar ansiedades;
Assistência de enfermagem ao trabalho de
parto
1. ALIMENTAÇÃO: Gestante de baixo risco =
alimentação leve;
Gestante de alto risco = permanecer em jejum;
2. HIGIENE: o banho deve ser estimulado para
promover o relaxamento da gestante, pois
favorece a circulação, regula as contrações e
diminui o tempo do trabalho de parto;
3. POSIÇÃO: Quando deitada, deve adotar o
decúbito lateral esquerdo para a descompressão
da veia cava inferior e da aorta abdominal,
melhorando a oxigenação fetal;
Assistência à mulher
no puerpério
Assistência à mulher no puerpério
• O puerpério inicia-se uma a duas horas após a
saída da placenta e o seu término ocorre com
o fim da amamentação

IMEDIATO 1º ao 10 º dia

TARDIO 11º ao 42º dia

REMOTO A partir do 43º dia


Alterações anatômicas e fisiológicas no
puerpério
1. SINAIS VITAIS: Aumento da temperatura
axilar(36,8º - 37,9º) nas primeiras 24 horas e
calafrios.
- Após 24horas a mulher deve estar normotérmica
2. INVOLUÇÃO UTERINA: A principal causa é a
queda repentina de estrogênio e do progesterona,
que desencadeia a liberação de enzimas
proteolíticas no endométrio. Assim o útero involui
1cm ao dia e depois de dez dias, o útero não deve
ser mais palpável
3. LÓQUIOS: são as perdas vaginais após o parto,
constituídas de secreções resultantes da
produção de exsudatos e transudatos com
elementos celulares escamados e sangue, que
procedem da ferida placentária, do colo uterino e
da vagina.
1 a 3 dias após o 4 a 9 dias após o 10 dias a 3 semanas
parto: lóquios parto: sero- após o parto –
sanguinolentos ou sanguinolentos – serosos – coloração
rubros - coloração coloração róseo esbranquiçada ou
vermelho vivo de e/ou amarronzado creme e odor de
consistência menstruação.
sanguinolenta e
odor de
menstruação
4. COMPLICAÇÕES PUERPERAIS: sinais de alerta
– sangramento vaginal de coloração vermelho-
vivo;
- Odor fétido dos lóquios;
- Mamas doloridas com áreas hiperemiadas;
- Dor à micção;
- Temperatura elevada, acima de 38°C,
evidenciando duas vezes seguidas com
intervalo de seis horas
Puerpério imediato (1° ao 10° dia)
• A assistência de enfermagem, no puerpério
imediato deve:
- A deambulação precoce;
- Estimular o banho de chuveiro;
- Recomendar o uso de sutiã;
- Observar as mamas, estimular a amamentação e
observar a pega do bebê;
- Observar a involução uterina;
- Observar a ferida cirúrgica em caso de cesária;
- inspecionar os lóquios;
- Observar a presença de hematomas, edemas;
- Pesquisar sinais de trombose venosa profunda;
- Aferir os SSVV 03 vezes ao dia;
- PESO: Diminui 2 a 3kg na 1ª semana;
- MMII: Pode queixa-se de dores e formação de
trombos
Orientações gerais no puerpério
• PELE: A hiperpigmentação tende a diminuir
• ÚTERO: Sua regressão é mais rápida nas
lactantes;
• VAGINA: Após 25 dias inicia-se sua recuperação;
• Temos que incentiva-la a deambular;
• MENSTRUAÇÃO: A 1ª menstruação na mulher
que não amamentou volta entre 43 e 50 dias e
nas lactantes de 6 meses a uma ano.
• MMII: avaliar edema, varizes, calor e dor.
Orientações gerais no puerpério
• Ver alimentação e hidratação
• Orientar quanto aos métodos contraceptivos
• Inicio do aleitamento materno
• Incisão cirúrgica (aspecto, sinais flogísticos,
curativo);
• Orientar quanto as consultas de puericultura
Aleitamento materno
• A natureza prepara a mama para o aleitamento.
Durante a gestação a auréola fica mais escura
(resistente), aparecem as glândulas de
Montgomery que lubrifica de forma fisiológica os
mamilos.
O que acontece quando a mulher
amamenta?
• Os impulsos sensoriais dos mamilos atingem a
hipófise anterior, liberando a prolactina no
sangue.
• A sucção continuada e a tranquilidade da
mãe, estimula a hipófise posterior a liberar
ocitocina, que por sua vez, age nas células
ejetoras de leite da mama.
Transição do leite materno
• 1º fase: Colostro
-Secretado no 2º ao 3º dia após o parto;
-Transparente;
-Mais proteína e menos gordura;
-Primeira proteção imunitária;
2º fase: Leite de transição
- Maior volume de leite por mamada;
- Diminuição de proteínas e o aumento de
gordura e carboidratos;
3º fase: leite maduro
- Inicia por volta do 25º dia após o parto;
- Aparência esbranquiçada;
- Contém nutrientes que acompanha o
crescimento e o desenvolvimento do RN;
Colostro
• Colostro é uma forma de leite de baixo volume
secretado pela maioria dos mamíferos nos
primeiros dias de amamentação pós-parto.
Composto de vários fatores para o
desenvolvimento e proteção como água,
leucócitos, proteínas, carboidratos e outros. O
colostro vai se transformando gradativamente em
leite maduro nos primeiros quinze dias pós-parto.

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