Você está na página 1de 87

UFCD 6578

QUANDO DEVERÁ OCORRER O PARTO?

• A gravidez dura em média 40 semanas.


• Isto significa que algumas grávidas terão o parto antes e outras depois
desta data.
• Idealmente, o parto deverá ocorrer entre as 37 semanas e as 42
semanas de gravidez.
• Chama-se a este período o “termo da gravidez” e os bebés que
nascem neste intervalo são os que têm menos complicações nos
primeiros dias de vida.
• Na gravidez normal aguarda-se que o trabalho de parto se inicie
espontaneamente durante este período.
O QUE É UM PARTO PRÉ-TERMO?

• Antes das 37 semanas os recém-nascidos são considerados pré-termo


• Tem maior risco de desenvolver complicações nos primeiros tempos
de vida (dificuldades respiratórias, infeções, hemorragia, etc).
• Estas complicações são tanto mais frequentes quanto mais
precocemente ocorrer o parto.
• Por vezes o parto prematuro é um mal necessário, nomeadamente
quando os riscos de saúde para a mãe ou para o bebé são elevados
caso a gravidez continuasse.
ATÉ QUANDO PODE DURAR A
GRAVIDEZ?

• Quando a gravidez ultrapassa as 42 semanas, aumenta


progressivamente o risco de complicações para o bebé,
• razão pela qual se propõe a indução do parto (provocar o
parto) alguns dias antes desta data.
• O seu médico informa a parturiente quando isto
acontecer.
PODE PROVOCAR-SE O PARTO?

• Quando gravidez estiver quase a chegar às 42 semanas e não entrar


espontaneamente em trabalho de parto o médico propõe a indução do
trabalho de parto (parto provocado).
• Noutras situações da gravidez e em certas doenças pré-existentes, pode ser
também necessário induzir o parto, por vezes mesmo antes das 37 semanas.
• O parto provocado sem ser por motivos de saúde (apenas com o intuito de
programar o dia de nascimento), não é considerado boa prática médica.
• Isto porque está associado a maior duração e intensidade das dores do parto,
maior risco de baixa oxigenação do bebé e maior probabilidade de terminar
em cesariana.
FICHA DE PESQUISA

• A Fisiologia normal do parto


• Identificar as fases do trabalho de parto.
• Caracterizar as fases do trabalho de parto
FICHA DE PESQUISA

• Noções gerais sobre tipos de parto:


• Parto eutócico / Parto normal
• Parto distócico / Cesariana / Forceps
• Vantagens do parto eutócico
• Vantagens e desvantagens da cesariana
O INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO

• A duração de um parto e o esforço despendido diferem de mulher para mulher e até,


na mesma mulher, de parto para parto.
• O trabalho de parto pode prolongar-se por 12 a 14 horas, se se tratar do primeiro
filho.
• O nascimento de uma criança passa por três etapas:
• a primeira começa com as contrações uterinas regulares e termina quando o
útero apresenta 10 cm de dilatação;
• a segunda começa com o colo do útero dilatado e termina com o nascimento do
bebé;
• já a terceira ocorre com a expulsão da placenta e das membranas.
RECONHECER O TRABALHO DE PARTO

• Um dos principais receios da grávida, sobretudo se for a primeira vez, é não


reconhecer o início do trabalho de parto.
• As contrações de trabalho de parto começam devagar, tornando-se mais
fortes, frequentes, dolorosas e com crescente pressão intrauterina.
• Relativamente à dor, a sensação é um pouco subjectiva, já que as pessoas
reagem de formas diferentes perante o mesmo estímulo.
AS DIFERENTES ETAPAS DO TRABALHO DE
PARTO

• Quando a grávida chega à maternidade é submetida a uma série de exames, para se determinar a fase do
trabalho de parto em que se encontra.

Mediante a observação dos sintomas, ser-lhe-á realizado um exame obstétrico - palpação vaginal (toque)
- que permite verificar o comprimento do colo do útero e o seu grau de dilatação.
• Se a grávida tiver pelo menos com 3 cm de dilatação e com contrações regulares, entrou na fase ativa do
parto, sendo admitida para internamento.

É então levada para uma sala de dilatação, onde será monitorizada através de um monitor fetal, que
avaliará o bem-estar do bebé, através do registo dos seus batimentos cardíacos, e controlará a
periodicidade das contrações.
• O colo do útero vai então dilatando lentamente, à medida que as contrações vão aumentando.
1ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
DILATAÇÃO
- contrações da parede do útero provocam a dilatação do canal do útero
até aos 10 cm
1ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
DILATAÇÃO

• A fase de latência inicia-se no momento em que a grávida percebe a


existência de contractilidade uterina rítmica e regular e termina aos 4 cm de
dilatação cervical. A sua duração é muito variável aceitando-se como duração
máxima as 20 horas para a nulípara e as 14 horas para a multípara.

• A fase ativa inicia-se aos 4 cm de dilatação cervical com extinção/apagamento


praticamente total do colo. A progressão até aos 6 cm é similar na nulípara e na
multípara, mas a partir dos 6 cm é mais rápida na multípara.
2ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
EXPULSÃO DO FETO

- encaixe da cabeça  rotação interna da cabeça  saída da cabeça 


rotação externa (aparecimento dos ombros)  expulsão total do feto
2ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
EXPULSÃO DO FETO

• O período expulsivo inicia-se com a dilatação cervical


completa e termina com a expulsão do feto.
• Existindo contractilidade uterina regular, esforços
expulsivos maternos adequados e evidência de bem-estar
fetal e materno, a duração máxima deste período deve ser
de 2 horas na nulípara e de 1 hora na multípara;
3ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
EXPULSÃO DA PLACENTA

- saída da placenta que se destaca naturalmente após a saída do feto


3ª FASE DO TRABALHO DE PARTO
EXPULSÃO DA PLACENTA

• Nesta fase o útero continua a ter contrações, embora já sem dor, para ajudar a placenta a
desprender-se, o que irá acontecer logo após o nascimento ou até 30 ou 40 minutos depois.
• A placenta é expelida pela vagina (dequitadura), seguida pelas membranas e pelo que se
designa de coágulo retro placentário.

Se passados os 40 minutos, a placenta não tiver sido expulsa, o médico terá de a desprender e
retirar, antes que o colo uterino comece a fechar.

Uma vez retirada, é preciso garantir que não fiquem resíduos dentro do útero. Nesse caso,
será preciso fazer uma curetagem para retirá-los.
PARTO EUTÓCICO

• O parto eutócico consiste no nascimento do bebé de


forma espontânea, sem intervenção de instrumentos.
• É a força da contração das paredes do útero que provoca a
expulsão do bebé.
• Por vezes é necessário recorrer à episiotomia (incisão para
facilitar a saída do bebé e impedir lesões graves no
períneo).
PARTO NORMAL

Parto de início espontâneo, de baixo risco no início, mantendo-se


assim até ao nascimento, no qual a criança nasce
espontaneamente, em apresentação cefálica de vértice, entre as 37
e as 42 semanas completas de gravidez, e em que a mãe e o bebé
se apresentam em boas condições depois do parto (FAME, 2007;
OE & APEO, 2012;WHO, 1996)
PARTO NORMAL [CRITÉRIOS DE
INCLUSÃO]:

• Partos sujeitos a intervenções, não implementadas por rotina, mas suportadas pela evidência cientifica, com
o fim de facilitar a progressão do TP e parto vaginal, tais como:
• Rutura artificial de membranas, sempre que não realizada com o intuito de induzir o TP
• Monitorização fetal contínua
• Controlo da dor com métodos não farmacológicos e farmacológicos
• Correção de distócias dinâmicas
• Episiotomia justificada por razões materna ou fetais
• Conduta ativa do 3.º período do TP
• Parto com complicações minor – como a hemorragia pós-parto ligeira e facilmente controlada, laceração
de 1.º e 2.º grau e reparação perineal
• Administração de antibiótico para profilaxia da infeção neonatal
PARTO NORMAL [CRITÉRIOS DE
EXCLUSÃO]:

• São excluídos do conceito de Parto Normal os partos com:


• Indução de TP (com prostaglandina, oxitócicos ou rutura artificial
de membranas)
• Fórceps
• Ventosa
• Anestesia geral
• Cesariana
VANTAGENS DO PARTO NORMAL PARA A
MÃE

• Uma recuperação mais rápida


• Menor tempo de internamento hospitalar.
• Menor risco de infeção;
• Favorecimento da produção de leite materno;
• Os laços sentimentais com o bebé ocorrem com maior facilidade;
• O útero volta ao seu tamanho normal mais rapidamente.
VANTAGENS PARA O BEBÉ NO PARTO
NORMAL

• Acelera a maturidade pulmonar e previne problemas respiratórios.


• Favorece a expulsão de líquido do pulmão, diminuindo o risco de desconforto
respiratório e a necessidade de respirar com ajuda de aparelhos.
• Fortalece o sistema imunológico, a flora bacteriana da mãe passa para o bebé,
ajudando-o a formar sua própria flora intestinal. Esta é formada a partir da passagem
no canal de parto prevenindo, futuramente o aparecimento de diabetes tipo I, o
aparecimento de asma, alergias e doenças autoimunes.
• O bebé nasce mais ativo e tem mais oportunidades de se alimentar exclusivamente
do leite materno espontaneamente.
PARTO DISTÓCICO

• Parto efetuado com


intervenções
instrumentais como o
fórceps e a ventosa, ou
por cesariana.
CESARIANA

• É uma forma de parto realizada através de um ato cirúrgico, no qual é feita uma incisão no
abdómen e outra no útero para se chegar ao bebé.
• Prolapso do cordão umbilical (o cordão umbilical aparece na vagina);
• Sangramento da placenta;
• Anormalidades estruturais da pélvis (traumatismos anteriores);
• Apresentações fetais não cefálicas;
• Doença materna (diabetes, infeções, cardiopatias, hipertensão arterial);
• Distócia (um parto difícil, ou uma desproporção entre o tamanho do bebé e o tamanho da pélvis);
• Alteração da frequência cardíaca fetal.
COMODIDADES ASSOCIADAS À
CESARIANA

• Possibilidade de escolher previamente a data exata do nascimento.


• Ajuda a reduzir o stresse materno durante o parto por passar a ideia de um ambiente plenamente controlado,
onde tudo ocorre de forma previamente estipulada.
• O trabalho de parto é curto e com duração previsível.
• Garante que o obstetra da gestante estará disponível no dia do parto.
• Impede a ocorrência de nascimentos pós-termo (com mais de 42 semanas de gestação), o que está associado
a um maior risco de problemas para o neonato.
• Elimina o risco de complicações relacionadas ao processo de trabalho parto vaginal, traumas ósseos (fratura
de clavícula , crânio e úmero) ou asfixia provocada por complicações intra parto.
• Reduz o risco a longo prazo de prolapso uterino ou de bexiga e incontinência urinária na mãe.
DESVANTAGENS DA CESARIANA

• – Maior
risco de infeções.
– Maior risco de trombose dos membros inferiores.
– Maior risco de hemorragias.
– Maior risco de reações aos anestésicos.
– Recuperação mais prolongada após o trabalho de parto.
– Maior incidência de dor no pós operatório.
• Em relação ao bebé:
• um maior risco de problemas respiratórios no pós-parto
PARTO FÓRCEPS

• Parto via vaginal no qual se utiliza um instrumento cirúrgico semelhante a uma


colher, que é colocado nos lados da cabeça do bebé para ajudar o obstetra a
retira-lo do canal de parto.
AMBIENTE FISÍCO DURANTE O PARTO

• Tem vindo a ser demonstrado que um espaço arquitetónico “amigável” favorece o parto normal,
diminui o número de intervenções desnecessárias e aumenta a satisfação da mulher
• Muitas mulheres em TP ao entrarem no hospital são envolvidas por alguns receios, medos
associados à doença.
• O ambiente físico em que a mulher se encontra durante o TP influencia a sua evolução.
• O meio envolvente familiar reduz a ansiedade e o medo, promove a mobilidade e o autocontrole.
• Os benefícios incluem uma maior satisfação materna, a redução das taxas de trauma perineal e o
regresso ao local para o próximo nascimento.
AMBIENTE FISÍCO DURANTE O PARTO

• Alguns requisitos do ambiente são:


• Ambiente aquecido
• Privacidade preservada
• Evitar ruídos, luminosidade e exposição de
recursos materiais
AMBIENTE FISÍCO DURANTE O PARTO

• Características do espaço arquitetónico:


• Sala única para o TP e Parto
• Ambiente agradável e semelhante ao lar
• Móveis com cores cálidas
• Uso individual e com isolamento acústico
• Ambiente único e sem necessidade de mudar de lugar
MODELO DO QUARTO PARA ASSISTÊNCIA
AO PARTO NORMAL/NATURAL ASSISTIDO
DO HOSPITAL DE S. JOÃO DO PORTO
OUTROS FATORES DO AMBIENTE
IMPORTANTES PARA A MULHER:

• Conhecer antecipadamente o local e os profissionais


• Ter confiança na equipa que a irá atender
• Dispor da atenção de uma parteira durante o TP e
Parto
• Ter acesso a ajuda médica em caso de complicações
• Apoiar a mulher na escolha de uma pessoa significativa
para a acompanhar
AS PRÁTICAS BASEADAS NAS EVIDÊNCIAS CIENTIFICAS
SUGEREM A INGESTÃO DE ALIMENTOS E LÍQUIDOS ÀS
PARTURIENTES DE BAIXO RISCO E SEM COMPLICAÇÕES
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• O suporte empático, antes e durante o TP por parte dos profissionais de saúde


e acompanhante pode reduzir a necessidade de fármacos para o alívio da dor e
melhorar a experiência do nascimento.
• As mulheres não necessitam tanto de medicação para o alívio da dor,
demonstram maior satisfação e têm TP mais curtos.
• A experiência da dor nas mulheres em TP é o produto de uma acumulação de
estímulos fisiológicos, psicológicos e socioculturais.
• O alivio da dor durante o TP contribui para aumentar o bem estar físico e
emocional da parturiente e deverá ser um cuidado prioritário das parteiras.
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Os fármacos podem aliviar a dor, mas é fundamental uma abordagem


aos métodos não farmacológicos durante os cuidados pré-natais.
• As evidências têm demonstrado que os métodos não farmacológicos
para o alívio da dor são inofensivos, de baixo custo, eficientes e
benéficos para a mulher e feto
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Os principais métodos não farmacológicos (ativam os recetores sensoriais


periféricos) e seus benefícios de alívio da dor durante o TP, são os seguintes:
Apoio contínuo à grávida (parteira/acompanhante)
• Menor necessidade de analgésicos
• Melhora a progressão do TP (TP mais curtos)
• Maior satisfação com a experiência
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Liberdade de movimentos (caminhar, posições alternativas)


• Diminui a dor e o desconforto
• Menos necessidade de analgesia epidural
• Menos alterações da Frequência Cardíaca do Feto
• Reduz a duração do TP
• Menos trauma perineal/ vaginal e infeções da ferida
• Aumenta o espaço possível do canal pélvico e a descida da apresentação fetal
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Técnica de Relaxamento (muscular e respiratória)


• Perceção subjetiva de maior controle da dor
• Diminuição de ansiedade
• Aumenta a distração da atenção à dor
• Reduz a sua perceção
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Hidroterapia (água quente, duche/imersão)


• Induz relaxamento na mulher
• Reduz ansiedade (estimula a produção de endorfinas)
• Melhora a perfusão uterina
• Aumenta a sensação de controle da dor e satisfação
• Reduz a utilização da analgesia epidural
APOIO NO TRABALHO DE PARTO

• Toque e massagem (parteira/acompanhante)


• Estimula diferentes recetores sensoriais
• Reduz os estímulos dolorosos
• Melhora o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos

• As massagens podem ter um desempenho na redução da dor, e aumentar na


mulher a experiência emocional durante o TP
POSIÇÕES DURANTE O TP E PARTO
PARTO NO HOSPITAL PEDRO HISPANO

• É possível no hospital proporcionar um parto com menos intervenções, mais natural, assistido por uma equipa especializada
multidisciplinar.
• Para tal é permitido:
• A deambulação durante o trabalho de parto. Dar liberdade na escolha da posição e movimento;
• A ingestão de líquidos;
• O alívio da dor e promoção de relaxamento com a utilização da água morna;
• O uso de posições alternativas durante o trabalho de parto com a ajuda de bolas cadeiras, etc,;
• Um ambiente de penumbra ou de meia-luz, com música ao gosto da grávida do casal é para a maioria das mulheres, mais favorável ao
relaxamento;
• A utilização da massagem em diferentes regiões do corpo para promover o relaxamento, conforto e alívio da dor;
• O assistir nas técnicas respiratórias que ajudam a aumentar a oxigenação durante as contrações e o relaxamento;
• A imaginação guiada – visualização;
• O acompanhamento contínuo da grávida favorecendo o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto,
num ambiente de confiança e de segurança;
• A liberdade na seleção da posição e movimento durante o parto.
• A prestação de cuidados é efetuado pela equipa multidisciplinar durante todo o trabalho de parto e parto, dando às mulheres e seus
acompanhantes informações sobre a sua evolução e sobre o bem estar fetal.
EMOÇÕES DURANTE O PARTO

• Chegado o momento do parto, em meio à dúvida, surgem crises de ansiedade e reaparece o medo
da dor, da morte, do parto traumático, do fórceps, da cesariana, do filho nascer disforme e também
da morte dele.
• Geralmente estas crises acompanham e marcam o processo de dilatação do colo do útero e o
aumento das contrações efetivas para a descida da cabeça do bebé.
• A chegada à sala de parto provoca, em geral outra crise de ansiedade com manifestações distintas:
psíquicas, físicas e no comportamento social.
• Algumas pacientes tornam-se agressivas com a equipe, como reflexo dos medos e das fantasias em
relação ao parto.
• Durante o trabalho de parto a gestante não deve ser deixada sozinha.
https://www.youtube.com/watch?v=j4Hdzv3vZhw
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/SearchResults?query=partos
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/SearchResults?query=partos
https://www.youtube.com/watch?v=jM93lLPfFKE
https://www.youtube.com/watch?v=ELIAjgQKwd8
https://www.youtube.com/watch?v=Ty9f4bj-N1k
https://www.youtube.com/watch?v=0oOlSpJK_9g
https://www.youtube.com/watch?v=grEsTJPBpW0
TEMAS TRABALHO DE APRESENTAÇÃO

• Cuidados da grávida
• Vigilância na gravidez
• Queixas na gravidez / Hábitos sociais e estilos de vida
• O pós-parto – alterações no corpo da mulher
• O pós-parto – cuidados gerais
• O pós-parto - complicações
CUIDADOS DA GRÁVIDA -
ALIMENTAÇÃO

Durante a gravidez é necessária uma alimentação cuidada para fazer


face às necessidades da grávida e do crescimento do bebé.
A alimentação deve ser:
COMPLETA – incluindo alimentos de cada grupo e água.
EQUILIBRADA – sendo a ingestão de alimentos de cada grupo
proporcional à sua dimensão na roda.
VARIADA – devendo ser constituída diariamente por alimentos
dos diversos grupos.

CUIDADOS DA GRÁVIDA -
ALIMENTAÇÃO

• Fazer 5-7 refeições diárias com intervalos de cerca de 3 horas.


• Mastigar bem os alimentos.
• Comer fruta da época. Evitar os sumos de fruta.
• Preferir alimentos simples, pouco processados (mínimo de aditivos, corantes, conservantes e outros).
• Comer legumes, hortaliças e leguminosas. Começar a refeição pela sopa.
• Beber água em abundância no intervalo das refeições. Às refeições ingerir apenas o suficiente para facilitar a mastigação.
• Limitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas.
• Limitar o consumo de sal.
• Praticar atividade física moderada.
CUIDADOS DA GRÁVIDA – ALIMENTOS A
EVITAR

• Certos queijos, patés, refeições pré-preparadas mal cozidas – aumentam o risco de


listeriose fetal.
• Limitar a ingestão de atum, espadarte, salmão, peixe-espada, mariscos de concha –
alimentos com elevada concentração de mercúrio.
• Ovos crus ou mal cozidos, maionese, marisco cru ou mal cozinhado – aumentam o
risco de desinfeção por salmonela.
• Carne mal passada.
• Bebidas alcoólicas – o álcool pode causar malformações e atraso mental.
• Bebidas com cafeína.
CUIDADOS DA GRÁVIDA -
ALIMENTAÇÃO

• Lavar cuidadosamente antes e após preparar os alimentos.


• Os frutos e vegetais devem ser cuidadosamente lavados.
• Todas as grávidas devem ingerir suplemento de ácido fólico (vitamina B9) até às 12
semanas de gravidez.
• O ácido fólico reduz o risco do bebé desenvolver malformações do cérebro e da coluna
vertebral.
• A ingestão de outros suplementos pode justificar-se em casos específicos de doença,
alimentação pouco equilibrada, alterações nas análises da gravidez.
CUIDADOS DA GRÁVIDA -
ALIMENTAÇÃO

• Necessidades Nutricionais: Energia

As necessidades energéticas na gravidez vão aumentando de acordo com o trimestre de gestação.


No 1º trimestre a grávida não tem necessidades aumentadas de energia;
no 2º trimestre, as suas necessidades energéticas aumentam cerca de 33kcal;
no 3º trimestre, verifica-se um aumento de 452kcal, além das 2.000kcal recomendadas diariamente.
A grávida deverá ter bastante atenção ao aumento de peso, uma vez que é um dos fatores que mais se associa às
complicações no parto e ao comprometimento da saúde do bebé
CUIDADOS DA GRÁVIDA -
ALIMENTAÇÃO

• A tabela seguinte faz referência ao aumento de peso ideal durante a gravidez:


CUIDADOS DA GRÁVIDA – HIGIENE
ORAL

• As variações hormonais próprias da gravidez fazem com que as gengivas, em


presença de fatores irritantes (restos de alimentos e bactérias), fiquem mais
facilmente inflamadas, inchadas e com tendência para sangrar.
• Por outro lado há uma maior acidez na boca e, por isso, se os dentes não
forem bem lavados mais facilmente se podem estragar.
• Para evitar esta situação, a grávida deve ter ainda mais cuidado com a sua
higiene oral.
CUIDADOS DA GRÁVIDA – HIGIENE
ORAL

• Para evitar o aparecimento de doenças da boca e dos dentes, a grávida deve:


Escovar os dentes cuidadosamente após todas as refeições
Usar uma escova de dureza macia ou média
Usar água fria
Utilizar uma pasta de dentes com FLÚOR
Evitar consumo de alimentos açucarados especialmente no intervalo das refeições (se o fizer, escove os dentes
logo de seguida ou, pelo menos, bocheche vigorosamente com água).
Consultar o médico dentista. A melhor altura para tratar dos dentes é entre o 3º e o 5º mês de gravidez.
O Ministério da Saúde dispõe de um programa de ajuda financeira, em forma de cheque-dentista, para consultas e
tratamentos.
CUIDADOS DA GRÁVIDA – HIGIENE
CORPORAL

• Recomenda-se um banho/duche diário com água tépida (inferior a


37ºC) e sabonete/gel neutro.
• O banho de imersão não é desaconselhado mesmo numa fase mais
tardia da gravidez, porque a água só penetra na vagina se for sujeita a
pressão. No entanto está contraindicado se existir rutura da bolsa de
águas.
CUIDADOS DA GRÁVIDA – HIGIENE
CORPORAL

• A grávida deve ter especial atenção com os órgãos genitais:


Lavagem com água corrente
Usar sabão líquido
Limpar os genitais sempre da frente para trás
Não usar pensos diários
Usar roupa interior de algodão
Não fazer irrigações vaginais
• Após os cuidados de higiene deverá aplicar creme hidratante principalmente na região das coxas, mamas e
abdómen.
• Aplicar um desodorizante suave devido ao trabalho intensivo das glândulas sudoríparas e, por conseguinte, ao
aumento da transpiração e ativação do odor.
CUIDADOS DA GRÁVIDA – HIGIENE PELE
E CABELOS

• Em muitos casos há melhoria da textura e do aspeto da pele do rosto, que adquire um “brilho” saudável.
• Há mulheres que notam manchas de pigmentação mais escuras na pele do rosto, isto deve-se às
alterações hormonais da gravidez.
• Por vezes surge uma linha escura no abdómen, que desaparece após o parto.
• O cabelo pode mudar, podendo ficar mais espesso ou mais fino. Algumas semanas após o parto, pode cair
em grande quantidade. Em breve voltará ao normal.
• Evitar exposição prolongada ao sol e usar um bom protetor solar.
• Usar um creme hidratante que deve ser aplicado de manhã e à noite.
• Lavar o cabelo sempre que necessário com um champô suave e escová-lo regularmente.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• Antes mesmo da conceção é recomendada a marcação de uma consulta pré-concecional, na qual se procede a uma avaliação
inicial e aconselhamento geral, se avalia o risco de uma eventual gravidez, se realizam exames auxiliares de diagnóstico ao casal e se
procede à referenciação para cuidados pré-concecionais especializados, quando indicado.
• Diversos estudos comprovaram que as grávidas que não tiveram acesso a cuidados pré-natais, regulares, apresentaram uma maior
incidência de complicações da gestação.
• As consultas de saúde materna têm como principais objetivos:
 Assegurar a vigilância pré-natal da gravidez normal;
 Promover o diagnóstico pré-natal, com referência a unidades especializadas, segundo as normas em vigor;
 Referenciar a gravidez de risco e o acompanhamento da situação, em continuidade e articulação de cuidados;
 Promover comportamentos (saudáveis) de adesão durante a gravidez, nomeadamente quanto ao consumo de tabaco, álcool e
alimentação;
 Promover a adaptação do casal ao novo estádio de vida familiar e implementação das mudanças necessárias ao ciclo vital;
 Apoiar as puérperas após a alta hospitalar, assegurar cuidados que promovam a sua adaptação aos novos estádios de vida
individual e familiar;
 Promover o aleitamento materno pelo menos até aos 3 meses de vida;
 Proceder à revisão do puerpério.

VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• A 1ª consulta de gravidez deverá ser sempre o mais precocemente possível, idealmente nas
primeiras 10 semanas de gravidez.
• Numa gravidez normal recomenda-se a realização de .
 uma consulta mensal até às 32 semanas de gestação e
 quinzenal entre as 32 e as 36 semanas, tempo de gestação em que se deve referenciar a
mulher ao Hospital de apoio perinatal para as consultas de termo da gravidez.
• A Consulta de Revisão de Puerpério deverá ser efetuada 4 a 6 semanas após o parto.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• Durante a gravidez de baixo risco está recomendado por rotina a realização de algumas análises e
ecografias, com o objetivo de rastrear ou diagnosticar doenças que possam surgir na mãe e/ou no feto.
• Em algumas situações de patologia estão indicadas outras análises/ecografias.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• Na gravidez efetuam-se análises ao sangue e à urina.


• Na 1ª consulta, às 24-26 semanas e às 32-34 semanas:
 Hemograma com plaquetas - É efetuado para detetar anemia (hemoglobina baixa) ou trombocitopenia (baixa
de plaquetas).
 Grupo sanguíneo - O grupo sanguíneo (A, B ou O) e o fator RhD (positivo ou negativo) é determinado em todas
as grávidas e nalgumas situações também no companheiro.
 Diagnóstico de diabetes gestacional - Na 1ª consulta é efetuada a determinação da glicemia (açúcar no sangue)
em jejum (motivo para as análises serem efetuadas com jejum de 12 horas). Às 24-26 semanas é efetuada a prova de
tolerância oral à glicose (PTOG) em que a grávida deve estar também em jejum de 12 horas;
 Rastreio de infeções - Durante a gravidez efetua-se o rastreio de bacteriúria assintomática (existência de
bactérias na urina), rubéola, sífilis, toxoplasmose,VIH 1 e 2, hepatite B e estreptococos do grupo B. A grávida pode
ter bactérias na urina sem que tenha sintomas, pelo que o exame bacteriológico de urina se efetua em todos os trimestres.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• Durante a gravidez efetuam-se por rotina 3 ecografias:


• Ecografia do 1º trimestre
 Efetua-se entre as 11 e as 13 semanas e 6 dias, habitualmente por via transabdominal.
 Pode haver necessidade de utilizar a sonda vaginal para melhor avaliar o feto. Esta ecografia permite datar a
gravidez corretamente.
 É possível diagnosticar anomalias graves e pesquisar marcadores ecográficos (sinais que indicam um risco
aumentado de alterações) - translucência da nuca, ossos do nariz, ductus venoso.
 Para avaliar o risco de anomalias cromossómicas (trissomia 21) associam-se os marcadores bioquímicos, pelo
que é efetuada nesta altura uma colheita de sangue.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• Ecografia do 2º trimestre
 Efetua-se entre as 20 e as 22 semanas.
 Esta ecografia é habitualmente chamada morfológica, porque permite avaliar a morfologia (forma)
dos órgãos do feto.
 É nesta ecografia que se detetam as principais malformações.
 Contudo não é possível por ecografia diagnosticar todas as anomalias existentes.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

Ecografia do 3º trimestre
 Efetua-se entre as 30 e as 32 semanas.
 Nesta ecografia avalia-se o crescimento do feto e a quantidade de líquido
amniótico.
 É também reavaliada a morfologia de alguns orgãos do feto (ex: rins, bexiga,
estômago), pois algumas alterações só se manifestam nesta altura da gravidez.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

• O QUE É O RASTREIO PRÉ-NATAL INTEGRADO


 O rastreio pré-natal integrado tem como objetivo fazer o diagnóstico precoce de anomalias congénitas.
 As anomalias congénitas são perturbações do desenvolvimento que levam ao aparecimento de um defeito
físico no feto ou no recém-nascido.
 Este rastreio baseia-se na idade materna, dados ecográficos e nos valores de duas substâncias químicas
existentes no sangue da grávida que têm origem na placenta e no feto.
 O rastreio integrado é realizado em duas fases.
 Nas duas fases são realizadas análises e ecografia. A primeira fase realiza-se
entre as 11 e 13 semanas. A segunda fase realiza-se entre as 15 e 20 semanas.
VIGILÂNCIA DA GRÁVIDA

AMNIOCENTESE
• É um teste invasivo em que, com uma agulha fina introduzida na barriga até ao útero, se aspira
líquido amniótico (LA).
• Este teste é realizado com visualização por ecografia.
• Realiza-se entre as 14 e as 16 semanas de gravidez.
• O LA aspirado para dentro da seringa tem células do feto, que vão ser
analisadas.
• O feto não sentirá falta desse líquido que ao fim de alguns dias se repõe.
DESCONFORTOS NO 1º TRIMESTRE DA
GRAVIDEZ

• Náuseas e Vómitos - Surgem após a falta menstrual e podem manifestar-se somente por enjoos ou por
náuseas e vómitos matinais. As náuseas são mais frequentes de manhã mas podem persistir durante todo o dia,
até por volta das 12 semanas de gestação.
• Cansaço e Fadiga - É geralmente de causa inexplicável, mas pode ser provocado por alterações hormonais ou
temperatura corporal elevada. Também se pode explicar como uma resposta à gravidez e às respetivas
adaptações físicas.
• Hipersensibilidade Mamária - Este desconforto, é devido às modificações que as glândulas mamárias, sofrem
por efeito hormonas (estrogénios e progesterona), na preparação para o aleitamento. Esta situação acompanha
toda a gravidez.
DESCONFORTOS NO 1º TRIMESTRE DA
GRAVIDEZ

• Ptialismo - Caracteriza-se pela produção excessiva de saliva. Esta situação pode levar à náusea e vómito. As
causas desta situação são essencialmente hormonais.
• Poliúria - É um dos transtornos mais frequentes e manifesta-se por micções frequentes. O útero da grávida
exerce pressão sobre a bexiga, fazendo com que haja menor capacidade na retenção de urina. Durante a
gravidez há um aumento da produção de urina. Estas duas situações vão fazer com que urine mais vezes por dia.
No 3º trimestre esta situação pode agravar-se devido ao peso que o útero exerce sobre a bexiga, podendo
ocorrer pequenas perdas, involuntárias, de urina.
• Corrimento Vaginal - O corrimento é constituído por muco e células resultantes da descamação da mucosa
vaginal. É mais ou menos abundante, de cor clara (leitoso) e sem cheiro. Aumenta, normalmente, na gravidez.
DESCONFORTOS NO 2º TRIMESTRE DA
GRAVIDEZ
• Varizes - As varizes são dilatações permanentes das veias. São o resultado de uma debilidade das paredes dos
vasos e do funcionamento deficiente das válvulas venosas.
• Hemorroidas - São alterações circulatórias, que originam varizes na zona perineal (que circunda o ânus).
• São devidas a alterações hormonais e ao esforço que faz quando evacua.
• Provocam dor e comichão, podendo observar-se perdas de sangue.
• Podem desaparecer após o parto.
• Obstipação - Considera-se que existe obstipação quando se evacua menos vezes que o normal,
incompletamente, sendo as fezes duras e secas.
• Aparece devido a uma alteração hormonal, que reduz os movimentos efetuados pelo intestino
(movimentos peristálticos), provocando um aumento da reabsorção da água, o que origina fezes mais duras.
• Também pode surgir devido ao aumento de volume do útero que comprime o intestino.
DESCONFORTOS NO 2º TRIMESTRE DA
GRAVIDEZ
• Edema dos tornozelos - É um inchaço ao nível dos tornozelos devido à dificuldade de circulação, que provoca um
aumento de líquidos nesta zona. Estar de pé durante muito tempo favorece a dificuldade circulatória e aumenta o
edema e o desconforto.
• Lombalgias - São as designadas dores de costas que surgem devido à pressão exercida pelo aumento do volume do
útero sobre os músculos das costas e à mudança da postura provocada pelo aumento do abdómen.
• Azia - É uma sensação como de queimadura, que sobe desde o estômago até à faringe, acompanhada de gases e
excreção de saliva clara. A azia pode ocorrer devido ao estômago ser empurrado para cima pelo útero aumentado de
tamanho, devido um esvaziamento de estômago retardado e também relaxamento da passagem do esófago para o
estômago (Cárdia) devido ao efeito da progesterona.
• Cãibras dos membros Inferiores - É um dos desconfortos mais perturbadores, não só devido à dor que causam,
mas também normalmente ocorrem durante os períodos de descanso.
DESCONFORTOS NO 3º TRIMESTRE

• Dores abdominais - São dores agudas e penetrantes no abdómen depois de estar sentada ou
deitada na mesma posição durante algum tempo ou dor surda e constante na parte inferior do
abdómen em volta das articulações pélvicas. As dores em volta das articulações pélvicas podem piorar
depois da mulher fazer exercício físico. As dores abdominais aparecem quando os ligamentos que
suportam o útero em crescimento esticam ou quando as articulações pélvicas afrouxam em resultado
de alterações hormonais.
• Incontinência urinária (perdas de urina) - Perdas de urina ao tossir, rir, espirrar ou fazer
esforços. A pressão exercida pelo útero na bexiga e o afrouxamento dos músculos pélvicos podem
levar às perdas de urina.
• Prurido (comichões) – A grávida pode sentir comichões na pele que cobre o abdómen. A pele do
abdómen estica à medida que o útero cresce. O resultado é que a pele fica esticada e seca,
provocando comichão.
DESCONFORTOS NO 3º TRIMESTRE

• Edemas (retenção de líquidos) - As mãos podem inchar e os anéis deixarem de servir. Os


tornozelos podem inchar e os sapatos ficarem apertados. A quantidade de líquidos retidos pelo
organismo aumenta durante a gravidez.
• Cãibras - São dores agudas nos músculos gémeos (barriga das pernas) ou das coxas muitas vezes
seguidas de uma dor surda que persiste durante várias horas. As cãibras musculares podem ser
provocadas pelo aumento da pressão exercida pelo útero sobre os vasos sanguíneos que transportam o
sangue para as pernas ou por uma carência de cálcio.
• Dispneia (falta de ar) - É a falta de ar ao fazer esforços ou, em casos extremos, ao falar. A respiração
pode tornar-se mais difícil na posição deitada. Durante os últimos meses de gravidez, o aumento do
útero pressiona o diafragma, comprimindo os pulmões. A respiração pode tornar-se mais fácil no último
mês de gravidez, quando o feto descai na pélvis.
PUERPÉRIO

• O pós parto ou puerpério é o período de retorno da


mulher à sua fisiologia normal.
• Prolonga-se até cerca da 6ª/8ª semana, observando-se
modificações que incidem sobre:
Involução dos órgãos sexuais reprodutivos;
Início da lactação e amamentação;
Recuperação física e alterações psíquicas
AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DURANTE
O PUERPÉRIO

• Involução uterina No decorrer do puerpério, o útero retorna ao seu tamanho e


posição inicial. Este retorno é gradual e facilitado por:
Trabalho de parto e parto sem complicações;
Expulsão completa dos produtos de conceção;
Aleitamento materno; (a amamentação estimula a contração uterina, contribuindo para
que o útero regresse ao seu tamanho, mais rapidamente. Durante a amamentação podem
ocorrer, contrações uterinas e serem dolorosas);
Levante precoce;
Exercícios de recuperação puerperal.
AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DURANTE
O PUERPÉRIO

• Períneo (zona entre a vagina e o ânus) e


episiotomia (cicatriz)
• Nos cuidados perineais é importante:
Manter a área limpa e seca;
Eliminar o odor;
Promover a cicatrização e conforto;
Higiene cuidada e eficiente, o que evita possíveis
infeções;
AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DURANTE
O PUERPÉRIO

• Lóquios - São as perdas vaginais constituídas por secreções uterinas e vaginais, sangue e
revestimento uterino.
• Eliminação Vesical - Os líquidos retidos durante a gravidez serão eliminados durante este período.
É importante a ingestão de líquidos e esvaziar a bexiga regularmente de forma a prevenir infeções
urinárias.
• Eliminação Intestinal - Geralmente os intestinos voltam a funcionar ao 3º dia pós parto. É
frequente a ocorrência de obstipação nas 2 ou 3 semanas após o parto, principalmente devido à falta
de líquidos e à retração da mulher por dor na zona perineal. Para evitá-lo deve ingerir líquidos e
fazer uma alimentação cuidada, rica em frutas, fibras e legumes.
AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DURANTE
O PUERPÉRIO

• Atividade sexual / Contraceção - Para dar início à atividade sexual, é conveniente aguardar
cerca de 3 a 4 semanas, a fim de permitir a cicatrização da episiotomia e evitar infeções vaginais.
No entanto, é a puérpera, que deverá tomar a decisão quando recomeçar a sua atividade sexual.
• Depressão - A tristeza dos primeiros dias pode ocorrer, é natural que a mulher se sinta debilitada,
deprimida e emocionalmente instável. Pensa-se que poderá dever-se a alterações hormonais.
Algumas mulheres desenvolvem uma depressão pós-parto, em qualquer altura no 1º ano pós-parto.
• Hemorragia pós-parto - é definida como a perda de sangue superior a 500 mL no parto vaginal
ou superior a 1000 mL em cesariana, no momento de eliminação da placenta (terceira etapa do
parto). Regista-se em aproximadamente 18% dos nascimentos e trata-se da terceira causa mais
frequente de morte materna durante o parto, vindo precedida somente pelas infeções e
complicações geradas pela anestesia.
AMAMENTAÇÃO

• O processo de elaboração do leite materno inicia-se dois dias após o parto, sendo especificamente estimulado
pela prolactina, uma hormona que a glândula hipófise começa a segregar imediatamente após o descolamento da
placenta.
• Esta hormona estimula a produção de leite materno.
• Embora o recém-nascido receba o leite materno através das mamadas, a sucção dos seios é facilitada por um
outro mecanismo específico efetuado pela hormona oxitocina, a mesma que intervém no trabalho de parto e que,
neste caso, propicia a expulsão do líquido armazenado nos seios para o exterior.
• A secreção de ambas as hormonas é estimulada pela sucção do peito materno, um ato que tanto provoca a
produção como a expulsão de leite.
• Quando o bebé suga o peito da mãe, as terminações nervosas dos mamilos desencadeiam impulsos sensitivos que
chegam até ao hipotálamo e provocam tanto a libertação de oxitocina como a secreção de prolactina pela hipófise.
• Ambas as hormonas atuam em conjunto sobre as glândulas mamárias, pois enquanto uma estimula a produção de
leite, a outra proporciona a sua saída através do peito.
AMAMENTAÇÃO

• VANTAGENS DA AMAMENTAÇÃO PARA A MÃE:


Ajuda o útero a contrair-se e a voltar ao tamanho normal,
Diminui o risco de hemorragia no pós-parto;
Facilita a recuperação do peso ganho durante a gravidez;
Diminui o risco de cancro da mama, ovário e endométrio.
AMAMENTAÇÃO

• DIREITOS DA MÃE TRABALHADORA

Dispensa durante 1 hora, em cada dia de trabalho, por


dois períodos distintos, enquanto durar a amamentação;
Dispensa de trabalho noturno mediante a apresentação
de atestado médico;
O despedimento de trabalhadores lactantes presume-se
feito sem justa causa.
AMAMENTAÇÃO

• Antes de amamentar a grávida deve:


• Lavar as mãos;
• Relaxar, uma vez que o relaxamento ajuda numa melhor amamentação;
• Posicionar-se confortavelmente com o bebé.
• Cuidados às mamas
• As mamas devem ficar vazias e macias;
• Na próxima mamada, o bebé deve recomeçar:
o pela última mama da refeição anterior, se mamou nas duas;
o pela mama que não mamou na refeição anterior.
ESTILOS DE VIDA DURANTE A
AMAMENTAÇÃO

ALIMENTAÇÃO
• Alimentação variada e equilibrada;
• Refeições pequenas e frequentes;
• Ingestão de bastantes líquidos: leite e iogurtes (meio litro por dia), água ou chá (1,5 a 2
litros por dia);
• Consumo de hortaliça e fruta, carne, peixe ou ovos, pelo menos uma vez por dia;
• Suplemento de vitaminas, que tomava durante a gravidez, desde que tenham sido
recomendadas pelo médico.
ESTILOS DE VIDA DURANTE A
AMAMENTAÇÃO

Exercícios pós-parto:
• São exercícios simples e extremamente importantes para fortalecer a tonicidade
muscular;
• Ajudam a recuperar a forma física rapidamente e com segurança, após o parto.
Sono e repouso
• É fundamental que a puérpera durma o suficiente nos dias a seguir ao parto. O
descanso é importante para que se mantenha saudável e bem-disposta.
AMAMENTAÇÃO - PROBLEMAS

• INGURGITAMENTO
Os seios poderão ficar ingurgitados, cheios e quentes, devido ao aumento de leite e à quantidade de fluidos
nos tecidos;
A melhor forma de prevenir é amamentar frequentemente o bebé de dia e de noite, logo desde o princípio,
certificando-se de que o bebé está a mamar corretamente.
• MAMILOS GRETADOS - O mamilo pode ficar dorido e com fissuras logo na primeira semana de
aleitamento, tornando a amamentação dolorosa para a mãe.
• MASTITE - A mastite pode ser ou não de origem infeciosa. A mastite não infeciosa pode ser devida ao
bloqueio de ductos (canais por onde passa o leite). A mastite infeciosa surge quando há entrada de
microrganismos através de mamilos gretados.

Você também pode gostar