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Objetivos Objetivos
Objetivos Conteúdos
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Conteúdos
6. Os cuidados à puérpera
6.1. Mobilização
6.2. Alimentação
6.3. A amamentação 1. Noções sobre hereditariedade,
6.4. Higiene
7. Lóquios (características normais e sinais de alerta)
reprodução e desenvolvimento
8. Noções sobre algumas das complicações maternas no pós-parto embrionário
9. Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de
intervenção do/a Auxiliar de saúde
9.1. Tarefas que, sob orientação de um Enfermeiro, tem de executar
sob sua supervisão direta.
9.2. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um Enfermeiro de
saúde, pode executar sozinho/a.
Genética e hereditariedade
Genética e hereditariedade
Cada indivíduo possui um conjunto de As características dos indivíduos estão inscritas no ADN - são
características comuns à sua espécie e um
conjunto de características próprias, que o
características genéticas. Contudo, muitas delas são
tornam diferente e único. condicionadas pelo ambiente ou pelas vivências. Quando são
transmitidas de pais para filhos através da reprodução, dizem-se
O QUE É A HEREDITARIEDADE?
fatores hereditários.
O QUE É A GENÉTICA?
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O cariótipo de cada espécie é definido pelo número, forma e O cariótipo de cada espécie é definido pelo número, forma
tamanho dos seus cromossomas. e tamanho dos seus cromossomas.
Célula Célula
do ovário Ovócito do testículo Espermatozoide
que dá origem (23, X) que dá origem ao (23, X)
ao ovócito espermatozoide
(46, XX) (46, XY)
Espermatozoide
(23, Y)
Ovócito
(23, X)
ESPERMATOZOIDE OVÓCITO
Nº de cromossomas: Nº de cromossomas:
23 23
AUTOSSOMAS
Nº de cromossomas: CROMOSSOMAS
SEXUAIS
46 SEXO?
DOMINANTE
Possíveis S S S s s S s s
RECESSIVO genótipos:
SS
Ss
HOMOZIGÓTICO ss
G g Indivíduo
homozigótico
Indivíduo
heterozigótico
Indivíduo
heterozigótico
Indivíduo
homozigótico
Possíveis
HETEROZIGÓTICO SEM SARDAS
COM
fenótipos:
Gg SARDAS
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S S s s s s S s S s S s
X X
GENÓTIPO S Ss Ss
GENÓTIPO S SS Ss
S Ss Ss s Ss ss
Diz respeito à transmissão de características que são determinadas por genes CARACTERÍSTICA EM ESTUDO: Daltonismo
que se localizam nos cromossomas sexuais, expressando-se de modo diferente
nos indivíduos de cada um dos sexos. Alelo recessivo localizado no cromossoma X
I II
X YH XX
XD XD Xd Y Xd Y XD Xd XD XD
II
III Homem com visão normal
XX X YH XX XY XX H – Alelo responsável pela hipertricose auricular
Sistemas reprodutores:
Sistema reprodutor masculino
função e constituição
Canais Vesículas
Função: Os sistemas reprodutores ♀ e ♂ permitem originar Gónadas • Testículos deferentes seminais
novos seres e, assim, perpetuar a espécie.
• Pénis
Órgãos genitais
• Escroto
externos Bexiga
SISTEMAS •Testículos
REPRODUTORES
Vias genitais
Uretra Próstata
• Epidídimos
• Canais deferentes Glândulas
Vias Órgãos genitais Glândulas Pénis de Cowper
Gónadas • Uretra
genitais externos anexas
Produção Epidídimos
Transporte Produção de Glândulas anexas
de células Localizados secreções.
de
sexuais ou externamente.
gâmetas.
gâmetas. EXCLUSIVAS • Vesículas seminais Testículos
DO S.R. ♂ • Próstata Escroto
• Glândulas de Cowper
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Epidídimo
Trompas de
Gónadas • Ovários Falópio Útero
Órgãos genitais
• Vulva
externos
Tubo seminífero
Vias genitais Septo
Os espermatozoides
Lóbulo
• Vagina Ovários Endométrio formam-se a uma
testicular
• Útero temperatura 2ºC
• Trompas de Falópio inferior à do corpo
humano.
Vagina Colo do
útero
Glândulas anexas
A espermatogénese
Vulva dura cerca de 64 dias.
Espermatogénese Espermatogénese
CAUDA OU FLAGELO
CABEÇA Mitocôndria
Redução
do nº de
cromossomas! Acrossoma
SEGMENTO
Núcleo INTERMÉDIO
1. Célula
germinativa
2. Parede do tubo
seminífero
3. Lúmen do tubo
seminífero
ESPERMA:
4. Células de Sertoli
Espermatozoides
5. Célula de Leydig +
Líquido prostático
+
Líquido seminal
Células foliculares
Ovócito Folículos
primordiais
Todos os meses começam a
desenvolver-se cerca de 10
folículos. Destes,
geralmente, apenas um
Folículo termina o processo de
maduro oogénese.
Vasos
sanguíneos A libertação do ovócito para
a trompa de Falópio
designa-se ovulação.
Corpo
amarelo
Ovócito A oogénese vai ocorrendo
degenerado
Corpo alternadamente nos
amarelo ovários esquerdo e direito.
Células foliculares
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COMPLEXO
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE
CICLO
UTERINO
HORMONAS HIPOFISÁRIAS
Fase menstrual
Fase proliferativa Fase secretora (LH E FSH)
PERÍODO FÉRTIL
TESTÍCULOS
HORMONA SEXUAL
CICLO MASCULINA (Testosterona)
OVÁRICO
• Produção de espermatozoides
• Crescimento dos órgãos sexuais
Fase folicular Fase luteínica
Ovulação
• Desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários
COMPLEXO
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE
Mórula
HORMONAS HIPOFISÁRIAS
(LH E FSH)
Óvulo
OVÁRIOS
HORMONAS SEXUAIS
FEMININAS
(Progesterona e Estrogénios) FECUNDAÇÃO
OVULAÇÃO NIDAÇÃO
Blastocisto
• Regulação do ciclo uterino
• Desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários
Desenvolvimento embrionário
Placenta
MÃE FETO
• Nutrientes
• Oxigénio Cordão
umbilical
• Anticorpos
Com o aproximar do parto ocorre um incremento das contrações uterinas, provocadas pelo aumento
FETO MÃE da pressão do feto, destacando-se a produção de:
Âmnio
• Excreções Oxitocina – é produzida Prostaglandinas – facilitam Sinais químicos que inibem a
Líquido na hipófise, provocando a dilatação dos músculos produção de progesterona, pois
• Dióxido de
amniótico o aumento das do útero, para que ocorra o esta hormona impede as
carbono contrações. parto. contrações.
Placenta
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2. A importância da vigilância da
saúde materna
2. A importância da vigilância da
saúde materna
A consulta pré-concecional tem como A consulta pré-concecional é ainda uma oportunidade para expor
objetivo avaliar o estado de saúde da
dúvidas e receios sobre questões de saúde que preocupem o casal,
futura mãe e tomar as medidas
sejam eles relacionados com a alimentação, nutrição, problemas de
apropriadas para preparar a gravidez.
saúde congénitos e hereditários, ou mesmo sobre os aspetos
Embora os cuidados pré-concecionais psicológicos, familiares e financeiros relacionados com a preparação
variem de acordo com as da gravidez.
especificidades de cada mulher, são
importantes para todas as mães. Esta é uma das únicas ocasiões que muitas mulheres têm para fazer
uma análise mais completa ao seu estado de saúde.
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Consulta pré-concecional
Consulta pré-concecional
• É um momento em que a futura mãe pode conversar • A preconceção é uma “janela” muito importante
com o seu médico sobre o seu estilo de vida, rotinas para se fazerem determinados diagnósticos.
alimentares, hábitos de descanso, exercício físico,
stresse e eventuais problemas de saúde que já a • É nesta “janela” que o médico obtém informação
acompanhem. para avaliar os riscos de anomalias reprodutivas
no casal e propõe medidas para minimizar ou
• Se se conseguir incutir às mulheres esta preocupação
de preparar a gravidez, obviamente que vamos eliminar esses riscos.
conseguir ter uma população muito mais saudável e ter • No caso de já não ser a primeira gravidez, esta é
uma menor probabilidade de problemas, não só
durante a gravidez, mas durante o parto». também uma oportunidade para investigar
eventuais problemas em gravidezes anteriores.
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• O Boletim de Saúde da Grávida (BSG) é um pequeno livro verde, O BSG deverá ser entregue a todas as grávidas na
destinado a registar todos os dados relativos à saúde da grávida
primeira consulta, independentemente do nível
e do feto.
assistencial onde a mesma se realize, e ser atualizado
Para que serve? pelo profissional de saúde em todas as consultas
• O BSG deve conter toda a informação pessoal relevante da seguintes.
grávida, como história familiar e antecedentes pessoais, e o
acompanhamento gestacional até ao nascimento da criança, Quando deve ser apresentado?
incluindo consultas e exames efetuados.
Em todas as consultas no centro de saúde, hospital ou
• Deste modo, assegura a circulação da informação clínica e a
articulação entre os cuidados de saúde primários e os maternidade e, principalmente, na altura do parto.
hospitalares, garantindo uma vigilância mais eficaz da gravidez.
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Rastreios infeciosos
A Importância da vigilância da saúde
materna
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Desenvolvimento Embrionário
Não há desculpa para não vigiar
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Desenvolvimento Embrionário
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
280 DIAS ou 40ª semana ou 9 meses
Períodos gestacionais
Da fecundação até final da 12 semana - período embrionário
Perda- aborto
Da 13 semana à 40 semana - período fetal
Nascimento com menos de 37 semanas – prematuro
Nascimento com 37 à 42 semana - termo Nascimento
com 42 semana em diante – pós termo
PUÉRPIO
Regra de Nagele
+ 7 dias ao 1º
dia da última Duração: 42 dias após o nascimento
menstruação
Involução uterina
e
-3 meses ao mês Sistema imunológico leva de 9 a 40
em que ocorreu semanas para voltar ao normal.
a última
menstruação
Gestograma
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• Para o parto começar é preciso o • A dor pode ser mais ou menos suportável dependendo de cada
colo do útero dilatar 10 mulher.
centímetros.
• A dilatação vem acompanhada das
fortes contrações, que no início
acontecem de forma um pouco
irregular, mas que se regulariza na
medida em que a dilatação
aumenta, o que permitirá contar o
tempo entre elas.
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• Convêm estar preparada para viver esta fase da forma mais • O momento de ir ao hospital é
tranquila possível, por isso, durante a gravidez muitas gestantes quando as contrações estejam
fazem cursos, exercícios e lêem muito para ter o máximo de acontecendo entre intervalos de 5
informação que ajude a manter a calma na hora H. minutos. Portanto, quando o
• Distrair a mente fará com que o tempo passe mais rápido e que intervalo entre contrações for de
as forças para aguentar as próximas fases sejam maiores. uma hora, não é aconselhável ir ao
• Mais que um esforço físico, o início do trabalho de parto requer hospital, pois a espera ali será
um esforço psicológico muito grande. certamente menos agradável do que
poderia ser em casa.
Desenvolvimento Embrionário
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Será um momento:
Inesquecível, de Alívio e
Emoção!
Mecanismos de parto Separação e expulsão da placenta • Esta é a fase final do parto, quando a
mãe expulsa a placenta após o
• Em torno de 10 a 45 minutos após o parto o útero continua a
nascimento do bebé.
contrair-se reduzindo progressivamente de tamanho. Isto leva a uma
separação entre o útero e a placenta causando a separação desta Nesta fase, o médico irá realizar uma
placenta que será expulsa. massagem no ventre para facilitar o
processo.
A placenta é um órgão que se formou a
partir do embrião para acomodar e
alimentar o bebé durante toda a gestação.
Cumprindo sua função, ela é eliminada já
envelhecida na última fase do parto.
10 Professora Isabel
7 Henriques
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Passadas as três fases do parto a mãe O contato com o bebé irá ajudar na produção de leite
terá o bebé nas suas mãos! materno, além de acalmar o recém-nascido
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• Como o próprio nome indica, é um parto natural, • Neste tipo de parto a mãe tem um papel ativo em todo
sem anestesias, onde o médico acompanha o o processo, sendo as técnicas de respiração e
nascimento do bebé, respeitando o ritmo natural relaxamento fundamentais para diminuir o desconforto.
dele e da mãe. • De uma forma geral todas as mulheres podem preparar-
• É importante que a grávida esteja tranquila e segura, se para um parto normal se assim o desejarem.
e que aprenda antecipadamente técnicas • No entanto, por vezes, as circunstâncias não o
respiratórias. permitem. A posição do bebé pode ser um desses
• Para a mãe, a recuperação é quase imediata e os determinantes, assim como situações de risco. Nestes
riscos são os mesmos que o parto normal. casos, terá de ser uma situação a avaliar com o seu
médico.
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• É um tipo de parto que ocorre de forma fisiológica e natural É a expulsão do feto com recurso a instrumentos
cirúrgicos, tais como, forceps ou ventosa, que são
trazendo para a mãe e para o bebé inúmeros benefícios: realizados por via vaginal, ou cesariana, que consiste “no
A- Diminui a probabilidade de infeção; nascimento do feto por meio de uma incisão
B- Há uma recuperação mais rápida da mãe, que permite transabdominal do útero”.
mobilidade precoce e menos dores no pós-parto; Distócia consiste no “parto prolongado, doloroso
ou difícil devido a fatores mecânicos provocados pelo
C- Existe menos ocorrência de problemas respiratórios para o objeto (o feto) ou pelo trajeto (a pelve e os tecidos
bebé; moles do canal do parto da mãe), pela força
D- Facilita a ligação mãe-filho uma vez que o bebé é colocado inadequada (uterina e outra atividade muscular) ou
pela posição da mãe.”
logo junto da mãe. Forceps ou ventosa são utilizados em casos de: período
• Como riscos expulsivo prolongado, necessidade de abreviar o
A- Poderá ocorrer rutura do útero se já foi submetida a cirurgias período expulsivo e suspeita de sofrimento fetal.
anteriores;
B- Também pode haver ocorrência de lacerações.
Este tipo de parto só acontece em • Quando o bebé está em sofrimento, durante o período expulsivo.
• Quando as contrações e a força feita pela mãe não são
casos de emergência. suficientes para fazer o bebé descer pela bacia.
É utilizado um instrumento • Quando o bebé se apresenta numa posição desfavorável
cirúrgico (Fórceps) que encaixa na (sentado ou de lado).
cabeça do bebé e ajuda-o a sair. • Quando a mãe está exausta ou está contra-indicado fazer esforço
prolongado.
É um procedimento que pode • Convém lembrar que nesses casos existe também a opção de
apresentar alguns riscos para a fazer uma cesariana, o que poderá ser discutido com o seu
mãe e para o bebé. médico.
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Este parto pode ser realizado em Esta é uma variante do parto natural,
casa, numa clínica ou num hospital no entanto, em vez da grávida estar
especializado, pois precisa de uma na posição ginecológica, está de
banheira com água aquecida a cócoras.
uma determinada temperatura.
A força da gravidade vai ajudar a
A água aquecida é o que tornar o parto mais rápido.
proporciona alívio e conforto
durante o parto porque relaxa os Neste caso, é imprescindível que o
músculos, no entanto, é bebé esteja com a cabeça para baixo.
imprescindível a presença de uma
equipa médica.
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É deixar que a mulher viva a experiência do parto naturalmente, • Independentemente da escolha do parto, todo o
sem recorrer a métodos invasivos desnecessários. É deixar a
procedimento deve ser acompanhado pelo
natureza efetuar o seu percurso e promover a ligação entre o bebé
e os pais imediatamente após o nascimento. médico, que irá apresentar a opção que traga mais
benefícios para a mãe e para o bebé.
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• Esta assistência deve-se basear nas preferências e opções da • Por sua vez é dado início a uma breve entrevista inicial, no
mulher/casal no que respeita à experiência de parto que sentido de se conhecer, de uma forma geral, a grávida a
querem vivenciar, tendo em conta as suas crenças, valores e cuidar, a sua história clínica e situação atual.
tradições.
Toda esta informação é completada pelos dados que se encontram no • Uma das primeiras preocupações da grávida quando admitida na
processo clínico e que, se a situação assim o permitir, deve ser consultado sala de partos, independentemente do seu estado, refere-se à
logo que possível. possibilidade de ter consigo um acompanhante significativo,
Dados como: sendo ele o companheiro ou outro familiar mais próximo.
• o número de gestações; • Este é um dos motivos geradores de grande ansiedade na
• tipo de parto anterior; grávida, neste momento é realizado, logo que possível, o
• alergias medicamentosas; esclarecimento desta situação.
• presença do BSG;
• tipo de sangue;
• presença de patologia associada;
• preferências e expectativas da grávida no que respeita ao parto.
São informações pertinentes que devem ser logo conhecidas e
identificadas.
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No entanto, é fundamental, antes de mais, estabelecer-se uma O plano de parto é um documento escrito no qual a grávida manifesta e deixa
relação empática com a grávida e de confiança, questionando- claro os seus desejos e expectativas referentes ao trabalho de parto e nascimento
lhe quais são as suas preferências e expetativas referentes a do seu bebé.
toda esta situação, verificando, inclusive se tem algum plano de Aspetos como:
parto. • acompanhante significativo presente,
• administração ou não de analgesia epidural,
Outro aspeto que não deve ser esquecido, a grávida por volta • liberdades de movimentos e posições a adotar durante o parto,
das 28-32 semanas de gestação elabora o plano de parto deve • a opção de ingerir ou não líquidos e alimentos,
ser consciencializada de que não existem partos perfeitos e que
• assim como aspetos relacionados com o recém-nascido, nomeadamente
nem sempre a situação vai de encontro às suas expetativas
laqueação do cordão umbilical,
podendo todas estas opções serem alteradas por ela própria, de
• contacto pele a pele após o parto,
acordo com a sua vontade naquele momento, ou pela equipa
• amamentar na primeira hora de vida,
de enfermagem ou médica no sentido facilitar todo o trabalho
de parto culminando com o seu sucesso. • entre outros aspetos culturais ou religiosos devem estar incluídos neste
documento.
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6- Cuidados à puérpera
• O período logo após o parto é denominado Puerpério,
dura cerca de 6 a 8 semanas, e só termina com o retorno
6. OS CUIDADOS À das menstruações.
PUÉRPERA • Neste período ocorrem intensas modificações físicas,
hormonais e psicológicas em um curto período de tempo.
6.1. Mobilização • Todos os órgãos entram em recuperação das alterações
ocorridas ao longo da gravidez, com exceção das mamas,
6.2. Alimentação
que começarão a produzir o leite.
6.3. A amamentação • Nesse período o corpo da puérpera passa por várias
6.4. Higiene alterações, necessitando de alguns cuidados essenciais
para uma boa recuperação.
Os cuidados à puérpera
6.1- Mobilização Mobilização
A puérpera deve realizar atividades normais relativamente às Durante o acolhimento da utente recomenda-se o
tarefas domésticas, evitando, no entanto, esforços físicos: repouso absoluto no leito com os inferiores
• subir e descer escadas com frequência, estendidos e pernas cruzadas, promovendo o
• períodos longos em pé. repouso do útero.
Se o bebé ainda não mamou ser colocado ao peito.
Exercícios como: O levante é incentivado entre a 6ª e a 12ª hora
• caminhar, após o parto.
• nadar É fundamental que a mãe seja capaz de
• andar a pé satisfazer as necessidades do seu filho e
que com isso se sinta feliz.
são importantes, mantém o coração e os pulmões em boa forma e
dão-lhe mais energia.
Os cuidados à puérpera
6.2-Alimentação Alimentação
Independente se o parto foi normal ou cesariana, as puérperas Não existem restrições dietéticas paraas
necessitam manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica mulheres de parto vaginal. A dieta,em geral,
em proteínas (carnes magras, peixes, leite, queijo, ovos e deve ser diversificada e apetitosa.
leguminosas como o feijão, ervilhas….).
Duas horas após o parto, se não se
previrem complicações, amulher deve fazer
Por outro lado, é recomendável uma pequena refeição.
retirar o excesso de açúcar, sal, As necessidades calóricas para a mulher
gordura animal e fritos. que amamenta são de 2600 Kcal diárias,
repartidas por 6 refeições diárias, incluindo
proteínas, hidratos de carbono de absorção
lenta, gorduras, fibras vegetais e fruta.
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6.3- Amamentação
6.3- Amamentação
O aleitamento materno protege as crianças de: Outras vantagens do leite materno para o bebé:
6.3- Amamentação
6.3- Amamentação
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Antes: Durante:
Lavagem correta das mãos; Posicionamento do bebé próximo da mama, com aboca centrada de frente para o
mamilo;
Observação do estado das mamas (se O pescoço do recém-nascido pode estar ligeiramente em extensão;
ingurgitadas deve ser realizada a expressão
Observação e avaliação pela mãe da pega correta;
do leite até a aréola ficar macia, de forma a
Audição da deglutição e observação dos movimentos das mandíbulas, como sinais
facilitar a pega); de uma amamentação eficiente;
Posicionamento confortável de forma a O bebé deve mamar em cada mama o tempo que quiser, devendo largá-la sozinho
favorecer os reflexos do bebé, a pega correta indicando que não quer mamar mais nessa mama;
e o contacto visual mãe-filho. Colocação do bebé na outra mama.
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Fases da amamentação
Após:
No final de cada mamada as mamas
devem ficar vazias e macias (o bebé
pode ter-se alimentado apenas de leite de
uma das mamas);
Manutenção das mamas secas no
intervalo das mamadas;
Deve ser recomeçada a próxima mamada pela
mama que terminou na mamada anterior.
Aliviar o desconforto causado pela descida
do leite, através da utilização gelo (não
diretamente na pele), após a mamada, de modo
aprevenir o ingurgitamento destas.
6.4 -Higiene
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7. Lóquios 7. Lóquios
caraterísticas normais e sinais de alerta caraterísticas normais e sinais de alerta
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7. Lóquios 7. Lóquios
caraterísticas normais e sinais de alerta caraterísticas normais e sinais de alerta
Involução uterina
8. Noções sobre algumas das O processo de “involução uterina” (útero voltar ao tamanho normal)
inicia-se após o parto e dura aproximadamente 10 dias.
complicações maternas no pós-parto
- Involução uterina
- Episiorrafia
- Função urinária
- Função intestinal
- Hemorróidas
- Edemas dos Membros Inferiores
- Dor
-Complicações decorrentes da cesariana
Sutura do corte cirúrgico feito no períneo (região muscular que A cesariana é uma cirurgia abdominal, pelo que é
fica entre a vagina e o ânus) durante o parto, para facilitar a passagem
normal sentir dores e/ou desconforto
do bebé. Os pontos caem espontaneamente e não necessitam
de cuidados além dos de higiene. nesta zona, devido à incisão e às contrações do
O que fazer: útero.
Aplicar gelo protegido durante 15 minutos, várias vezes ao dia até A incisão interna uterina cicatriza habitualmente
não sentir dor/ desconforto (+/- 2 dias após o parto) em seis semanas e a sutura da pele numa
Não usar tampões
Manter a região da sutura o mais seca e limpa possível, (evita
semana.
infeção) Se tiver pontos externos devem ser retirados
Mudar o penso higiénico com frequência entre o 8º -10º dia após parto. São raras as
Limpar-se sempre de frente para trás quando urinar ou evacuar complicações associadas à cesariana;
Evitar ficar sentada por muitas horas seguidas enquantoo
períneo estiver em fase de cicatrização No entanto ,podem surgir hematomas, seromas,
Contrair a região glútea antes de se sentar e utilizar uma bóia infeção ou deiscência (abertura) da sutura.
como apoio.
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Função urinária
Hemorroidas
As micções não devem ser dolorosas e nos primeiros dias
São veias dilatadas do canal anal e podem ser causadas
podem ser mais frequentes devido à eliminação da água não só pela gravidez mas também pela força exercida
retida pelo organismo durante a gravidez. durante o parto.
Pode surgir incontinência urinária, durante os Podem ser internas ou externas, sangrar ou não, mas são
primeiros 3 a 4 meses após o parto que deverá ser habitualmente dolorosas.
passageira.
Edemas dos Membros Inferiores
Função Intestinal Estes edemas podem prolongar-se até três semanas após o
Vários são os fatores que predispõem à obstipação durante parto.
este período e que contribuem para que se instale um “ciclo”
em que aobstipação se acentua cada vez mais, sendo mais Dores
doloroso evacuar, o que por sua vez leva a uma inibição da As contrações uterinas são normalmente indolores,
eliminação intestinal, aumentando o desconforto, a dor e a mas podem ser intensas principalmente durante a
ansiedade. amamentação.
Após o parto podem ocorrer várias • As causas da hemorragia pós parto são diversas e a
complicações, dependente da maioria delas pode ser evitada.
mulher, do tipo de parto, etc: • Uma causa é a hemorragia que se verifica no local
donde se soltou a placenta.
As complicações pós parto são: • Esta hemorragia ocorre quando o útero não contrai
• Depressão corretamente, quer porque se distendeu em
demasia, quer porque o parto foi prolongado ou
• Hemorragias
anormal, quer porque a mulher teve várias
• Tromboflebites gravidezes anteriores ou ainda porque se utilizou um
• Mastite anestésico relaxante muscular durante o parto.
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Sintomas Tratamento
• A tromboflebite consiste num
• Dor local • Recorrer a antibiótico e processo inflamatório de um
• Febre analgésicos; segmento de uma veia, geralmente
• Rubor (cor vermelha) • Poderá haver de localização superficial (veia
superficial), juntamente com
• Calor necessidade de recorrer formação de coágulos na zona
a cirurgia afetada.
• Esta situação pode surgir
posteriormente a uma lesão
pequena numa veia (como após
uma injeção ou um soro
intravenoso).
• Processo infecioso
Prevenção originado no aparelho
• Levante precoce genital feminino no
• Utilização de meias de puerpério.
• A mulher tem uma infeção
contenção
puerperal se a sua
• Medicação para promover a temperatura for de 38º ou
fluidez do sangue mais depois das primeiras
24 horas após ter dado à
luz, se não existir outra
Contenção = ato ou processo razão evidente, como uma
de conter controlo. bronquite.
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9. Tarefas que em relação aos cuidados na saúde materna Tarefas do ENFERMEIRO especialista em saúde
materna, obstétrica e ginecológica as seguintes
se encontram no âmbito de intervenção do/a Auxiliar competências gerais:
Técnico de Saúde
Neste contexto, cabem ao técnico/a de saúde as seguintes tarefas que, 9.2- Tarefas que, sob orientação de um
sob orientação de um enfermeiro, tem de executar sob a supervisão Enfermeiro, pode executar sozinho/a.
direta cooperar com outros profissionais:
Na implementação de programas de promoção, prevenção e
controlo da dor; • O Técnico Auxiliar de saúde pode executar sozinho tarefas de
No tratamento de recém-nascido e da puérpera; apoio à parturiente.
No diagnóstico das afeções do aparelho genito-urinário e/ou • Ainda efetua as limpezas referentes às instalações da
mama; maternidade.
Em programas, projetos e intervenções para melhorar a qualidade
global dos serviços no âmbito da saúde sexual e reprodutiva.
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O Técnico/a auxiliar de saúde deve desempenhar, com O Técnico/a auxiliar de saúde deve desempenhar, com
autonomia, as seguintes tarefas: Pós-parto autonomia, as seguintes tarefas: Pós-parto
Cuidados imediatos:
Cuidados diários:
Avaliação das características e quantidade das perdas sanguíneas;
Observação cuidadosa do aspeto geral
Avaliação da função urinária e estimulação da micção espontânea; da utente, dialogando com ela sobre as
Lavagem vulvoperineal com solução antissética e desinfeção da sutura dificuldades, preocupações e expectativas;
perineal;
Prestação dos cuidados vulvoperineais,
Aplicação de gelo na zona da perineorrafia, em caso de edema ou dor iniciando-se sempre com o convite prévio à
local; micção espontânea;
Mudança de roupa, se a puérpera manifestar esse desejo; Avaliação das características dos
Colocação do bebé ao peito e observação da capacidade de sucção lóquios;
durante a mamada e satisfação. Ajuda, na posição deitada,àcolocação
da cinta ou faixa abdominal;
Cuidados diários:
Avaliação das mamas.
Observar a integridade dos mamilos e saída
de colostro.
Após a mamada, recomendar a massagem • FIM
do mamilo com uma gota de leite e deixar
secar durante alguns minutos.
Pedir a colaboração da mãe na prestação
dos cuidados ao bebé e,no último dia de
hospitalização, convidá-la a executar os
cuidados de higiene ao filho.
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