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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I. P.

DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BRAGA

EFA PRO TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

UFCD: 6582-Cuidados de saúde a pessoas em fim de vida e post Formador:


mortem Eduarda Bastos

Nome: Ana Maria Ramos Maia Data: Pág.:

R E F L E X Ã O

De acordo com o que me foi pedido nesta UFCD26 (6582), Cuidados de saúde a pessoas em fim de vida e
post mortem, dada pela formadora Eduarda Bastos, com uma carga horaria de 25h, aqui apresento a minha
reflexão final.
Ao iniciarmos esta UFCD, a formadora disse-nos que o método de lecionar as matérias neste módulo iria
ser diferente, iríamos realizar um trabalho cada um, relativo aos costumes nos Cuidados de saúde a
pessoas em fim de vida e post mortem, nas diferentes religiões, mas todos com temas distintos, o que nos
permitiu aprofundarmos cada um mais sobre o assunto, sendo que complementando com os trabalhos dos
colegas conseguimos compreender as matérias de uma maneira mais aprofundada e dinâmica.
Cada colega escolheu e trabalhou a sua cultura, estes trabalhos realizados vão ser apresentados em
sessão de PRÁ.
A religião escolhida por mim foi o judaísmo, onde gostei muito de realizar este trabalho, pois ele tem
costumes e tradições no fim de vida e post mortem interessantes no qual eu desconhecia. Esta religião é
uma religião considerada a primeira religião monoteísta da história. Tem como crença principal a existência
de apenas um Deus, o criador de tudo.
Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido
e prometendo-lhes a terra prometida, assim eles acreditam que existe vida apos a morte.
Os rituais fúnebres deles também são de veras interessantes, desde o momento em que eles tratam do
corpo do ente querido falecido, que no fundo não é a família que o faz, mas sim uma Sociedade Sagrada.O
que aqui nos chama-mos de funerária os judeus la teem um grupo de judeus, instruídos na área dos
deveres tradicionais, e que podem mostrar o devido respeito aos falecidos.
Logo que a família recebe a noticia da morte do ente querido, as primeiras providencias tomadas são esticar
os braços do morto ao longo do corpo (os braços nunca podem ser cruzados), de seguida fecha, os seus
olhos,retirarm todos os adornos que esteja usando (brinco, relógio, pulseira, anel, peruca, dentadura
postiça, óculos, verniz nas unhas, batom, próteses removíveis, e outros) eo corpo é coberto todo dos pés à
cabeça, com um lençol branco, de algodão ou de linho.
A preparação do corpo nesta religião também achei de veras interessante, pois o corpo é lavado por
pessoas especializadas da comunidade para que volte a ser como chegou a ao mundo judeu, purificado. É
feito um banho cuidadoso com água pura, enquanto preces são recitadas pedindo perdão – em nome do
falecido –pelos possíveis pecados cometidos em vida. Tudo é realizado no próprio cemitério israelita, num
local reservado. Ao fim do banho ritual, o falecido é vestido com um conjunto de roupas brancas, com

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camisa, calça e luvas, que representam a neutralidade com que a alma irá se encontrar com o criador,
segundo a tradição judaica. Os olhos recebem uma pedra cada um. Também é posta uma terceira pedra na
boca. A religião ensina que isso impede o questionamento da própria morte ou ainda que o falecido se
encontre com Deus antes do Juízo Final. Depois disso, o caixão é fechado
Um outro ritual que o judeus têm é a forma como eles mostram o seu sofrimento pela pessoa falecida,
rasgando as suas roupas, pois é a maneira notável de mostrar a sua dor pelo familiar que faleceu, simboliza
o início da consciência do processo de luto.
Eles também são apologistas de a pessoa ser enterrada no próprio dia, pois defendem que a alma não
consegue descansar até ser sepultada, e não são apologistas da cremação. A religião entende que o ato
era originalmente um ritual pagão e a lei judaica proíbe a mutilação do corpo. Segundo a crença, é levado
um tempo até que a alma seja desabrigada por completo da carne e o processo deve seguir a
decomposição natural do corpo. A cremação, por sua vez, separaria, de maneira brusca e dolorosa, os
elementos carnais e espirituais."
Nesta parte da minha reflexão falei um pouco do trabalho que realizei, não falei em tudo so mesmo no que
achei interessante tirando outras partes que também são e achei interessantes.
Gostei muito de o fazer, pois este tema dos cuidos em fim de vida e poste mortem é um pouco delicado de
se falar.
No seguimento deste modulo a formadora, explicou-nos como é que nós enquanto TAS, devemos a agir em
situações perante a morte e fim de vida de um paciente, assim como explicou também como devemos fazer
os cuidados ao corpo da pessoa falecida.
Falamos também nas fazes da negação, raiva ou ira, negociação, depressão e aceitação, sendo que a
pessoa que experimenta um processo de doença grave, incurável e progressiva passa por diversas fases
na adaptação à situação que vive.
Falamos também nas fazes do luto que são: Aceitar a realidade da perda, trabalhar a dor advinda da perda,
ajustar a um ambiente em que o falecido está ausente, transferir emocionalmente o falecido e prosseguir
com a vida.
Na minha opinião, o luto representa o estado experiencial que a pessoa sofre após tomar consciência da
perda, sendo um termo global para descrever o vasto leque de emoções, experiências, mudanças e
condições que ocorrem como resultado da perda.
Nesta UFCD, vimos um filme que eu adorei imenso, o nome do filme é “Mar adentro” ele é baseado em
eventos da vida real e relata a história de Ramón Sampedro, um marinheiro que ficou tetraplégico após um
acidente de mergulho, mostrando sua luta pelo direito de se matar. Contando com a ajuda de sua família e
amigos além de uma advogada que pegou o caso gratuitamente, e entra em conflito com a sociedade.
Este filme é uma verdadeira reflexo sobre a eutanásia, Mar adentro é uma visão da morte a partir da vida.

No filme, podemos ver certas discrepâncias sobre a decisão de Ramón, por um lado, vimos os diversos
elementos de sua família, que se mostram contrários à morte. Um deles é o seu irmão, considera que eles
querem o melhor para Ramón e que o melhor não é morrer. Por outro lado, vimos algumas personagens

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que simpatizam com Ramón, especialmente Julia, uma advogada e Rosa, uma vizinha que a princípio se
mostra contrária, mas terminará ajudando Ramón.
A minha opinião sobre a eutanásia é negativa pois eu nunca conseguiria ajudar uma pessoa a morrer, sou
humana e não me via nesse processo, por muito que me custasse ver um familiar meu a sofrer eu não
conseguia, nem que fosse o último desejo dele.
Em vivencia pessoal, vou falar aqui um pouco de o quanto me custou superar a morte de um ente querido.
A morte da minha avó paterna, para mim foi um processo muito doloroso ela tinha uma neoplasia cerebral,
e nos últimos meses de vida dela eu pouco lidava com ela, foi muito complicado lidar com a ausência dela
ainda por cima ela faleceu dois dias apos o meu aniversario. lembro-me perfeitamente que no dia do enterro
na hora que a estavam a sepultar, dois familiares meus tiraram-me do cemitério pois eu cria me atira para a
cova junto com ela, isto tudo porque eu não aceitei ela ter partido e não estar/ conviver mais tempo com ela
como naquela hora desejaria. Foi muito difícil e ainda hoje é e cada aniversario meu que passo digo sempre
que fica gravado os dois dias a seguir.
Termino a minha reflexão, dando a opinião como futura TAS, de que a morte é inevitável e frequente nos
serviços de saúde, nem todos os profissionais compreendem, acolhem e reagem a ela da mesma maneira.
Confrontados com a doença grave e com a morte, os profissionais tentam proteger-se da angústia que
estas situações geram, adotando estratégias de adaptação, conscientes ou inconscientes .Uma vez que os
profissionais de saúde se confrontam com a morte nos seus contextos de trabalho, necessitam adquirir
conhecimentos e desenvolver capacidades e competências de forma a encarar e gerir a morte do outro que
nos é semelhante. Ajudar o doente e a família num momento em que experimentam grande sofrimento
constituiu um dos maiores desafios que a prática quotidiana coloca aos profissionais de saúde. É preciso
entender que a morte nem sempre é significado de fracasso ou insucesso e sim algo que faz parte de um
ciclo natural da vida.É importante que os profissionais tenham consciência das suas próprias reações
emocionais e atitudes na relação com os doentes terminais, contribuindo para que adquiram uma maior
capacidade para lidar com as dificuldades psicológicas/emocionais desencadeadas na prestação de
cuidados a estes doentes.
Esta UFCD, e o tema que nela foi envolvido para mim foi um pouco mexido num misto de emoções e
sensações fortes, mas com tudo é uma UFCD, na qual teve oportunidade de adquirir conhecimentos que
vão ser de extrema importância na profissão que irei desempenhar como Técnico Auxiliar de Saúde.
Por fim agradeço à formadora Eduarda Bastos, todo o empenho para que as sessões decorressem de uma
forma entusiasmante, fazendo com que conseguíssemos adquirir de uma forma mais simples toda esta
informação que considero de extrema importância para este curso.

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