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Gestação
Refere ao estado resultante da fecundação de
um óvulo pelo espermatozoide, envolvendo também o
subsequente desenvolvimento, no útero, do feto que foi
gerado pela fecundação, encerrando-se na expulsão,
chamada de "parto" ou "nascimento".
• Primeiro Trimestre:
- Desenvolvimento Embrionário;
- Período Gestacional Crítico.
• Segundo Trimestre:
- Crescimento Fetal;
- Ultra-sonografia e diagnóstico precoce de malformações e
alterações e desenvolvimento.
• Terceiro Trimestre:
- Preparação para o parto;
- Avaliação e controle da vitalidade fetal.
Alterações Fisiológicas do Período
Gestacional
Alterações fisiológicas ocorrem em todos os
sistemas do organismo durante a gestação, e esses
ajustes fisiológicos tem inicio na primeira semana e
progridem no decorrer da idade gestacional.
Após o parto, o corpo materno começa a retornar
ao estado pré-gravídico até seis semanas pós-parto.
Apenas as mamas continuam a secretar leite por meses
para garantir a amamentação.
Alterações Fisiológicas do Período
Gestacional
Primeiro Trimestre
Alterações Fisiológicas do Período
Gestacional
Primeiro Trimestre
O primeiro trimestre vai da 1ª até a 12ª semana de
gravidez e durante esse período o corpo vai se
adaptando às sucessivas mudanças que durarão,
aproximadamente, 40 semanas, até o nascimento do
bebê.
Nessa fase, existem cuidados importantes que a
mãe deve tomar para que o bebê possa crescer e se
desenvolver de forma saudável.
Alterações Fisiológicas do Período
Gestacional
Útero
O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante
a gestação, (de cerca de 60 g para 1000 g) e aumenta em
tamanho de cinco a seis vezes.
Durante a gestação o suprimento sanguíneo uterino
aumenta de 20 a 40 vezes e as artérias uterinas são a
principal fonte do suprimento uterino. As alterações dos
vasos sanguíneos regridem após o parto.
Alterações Fisiológicas do Período
Gestacional
Sistema Cardíaco
PERÍODO DE DILATAÇÃO
Definição: É o período compreendido entre o início das
contrações uterinas e a dilatação completa do colo,
formando-se o canal de parto.
Conhecido como “Trabalho de parto”
ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Características
Se subdivide em dois tempos;
❖ Período de latência (pode ter 13 horas de duração)
❖ Fase ativa do parto (pode ter 11 horas de duração)
✓ Presença de contrações rítmicas e dolorosas, que vão se
intensificando com a evolução deste período.
✓ As contrações também tem um aumento de sua
frequência e duração.
PERÍODO DE DILATAÇÃO
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE
DILATAÇÃO
✓ Controle de Batimento Cardíaco Fetal - BCF de 1/1h
✓ Controle de dilatação cervical de 1/1h
✓ Controle de Dilatação Uterina de 1/1h
✓ Uso do partograma
✓ Observar perdas vaginais (características)
✓ Orientar importância do Decúbito Lateral Esquerdo - DLE
✓ Orientar e incentivar respiração adequada
✓ Estimular deambulação
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PERÍODO DE EXPULSÃO
❖ Definição: É o período que se inicia com a dilatação completa do colo uterino e que
termina com a expulsão do feto.
Características
✓ Contrações intensas, com 50 a 60 seg. de duração, e frequência de 5/10 min.
✓ Pode ocorrer um período de inércia uterina que dura em torno de 30 minutos
✓ Parturiente apresenta sensação de “puxos”.
✓ Momento de se encaminhar a parturiente ao Parto (quando a apresentação fetal
encontra-se no plano +3 De Lee para primigestas; ou em Zero De Lee para
multíparas)
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE
EXPULSÃO
✓ Controle de BCF de 15/15 min.
✓ Incentivar a parturiente a realizar os esforços do expulsivo
✓ Realizar o parto com técnica asséptica
✓ Realizar anestesia local e bloqueio do nervo pudendo caso necessário
✓ Realizar episiotomia seletiva
✓ Proteger o períneo
✓ Garantir que o desprendimento da cabeça seja seguro
✓ Auxiliar na rotação externa da cabeça
✓ Auxiliar no desprendimento dos ombros
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PERÍODO DE DEQUITAÇÃO
▪ Definição: É o momento compreendido entre a expulsão fetal e a
saída da placenta.
Características
▪ Processo fisiológico, com duração de 10 a 30 minutos.
▪ Causado pela diferença de tamanho na área de inserção placentária.
Ocorre em três tempos:
✓Descolamento
✓Descida
✓Expulsão - provoca uma sensação de “puxos”.
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DESPRENDIMENTO DA PLACENTA
A placenta se desprende por dois mecanismos chamados de
Baudelocque
▪ Baudelocque Duncan: O descolamento se inicia pelas bordas da
placenta.
▪ Baudeloque Shultz: O descolamento se inicia pelo centro da
placenta.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO
PERÍODO DE DEQUITAÇÃO
▪ Observar sangramento durante a dequitação.
▪ Não infundir uterotônicos (Fármaco utilizados nas
contrações uterinas) durante a dequitação.
▪ Observar os sinais de descolamento placentário (descida
e progressão do cordão, subida do útero, sensação de
“puxo” referida pela paciente).
▪ Não realizar trações intempestivas sobre o cordão.
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Câmara Amniótica
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PERÍODO DE GREENBERG
Definição: É o período compreendido entre a saída da placenta e a
primeira hora pós-parto (Risco para as grandes hemorragias)
Características
▪ Útero contraído abaixo da cicatriz umbilical
▪ Hemostasia dos vasos uterinos através do miotamponamento
(Contração uterina)
▪ Trombotamponamento (pequenos coágulos)
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PERÍODO DE GREENBERG
Características
▪ Sangramento vaginal.
▪ Parede abdominal flácida, disjunção dos músculos reto
abdominais que permite palpação profunda.
▪ Paciente encontra-se sonolenta, sudoreica, calma e refere
sede intensa.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
▪ Controle de Sinais Vitais - SSVV de 15/15 min.
▪ Observar sangramento
▪ Observar consistência uterina
▪ Proporcionar aleitamento precoce
▪ Infundir uterotônicos (de acordo com prescrição médica)
Observar sinais de choque:
(Palidez, sudorese fria, diminuição da Pressão Arterial -
PA, taquicardia, taquipnéia, agitação, cianose).
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM
▪ Ofertar alimentação e líquidos caso não haja
contraindicações
▪ Manter puérpera higienizada
▪ Proporcionar conforto
▪ Proporcionar ambiente tranquilo
▪ Aquecer a puérpera
PUERPÉRIO
▪ É o período entre a dequitação da placenta, até a volta do
organismo materno às condições pré-gravídicas, quando
ocorrem os processos involutivos anatômicos e fisiológicos.
▪ O útero sofre rápida redução de tamanho e peso
▪ Imediatamente após o parto o fundo uterino está
aproximadamente 2cm abaixo da cicatriz umbilical
(globo de segurança de pinard)
▪ A altura do útero diminui aproximadamente 1cm por dia, por
volta do 12º dia de puerpério o fundo uterino encontra-se logo
acima da sínfise púbica.
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PUERPÉRIO
Imediato – 1º ao 3º dia
Mediato – 4º ao 10º dia
Tardio – 11º ao 45º dia
Remoto – Após 45º dia.
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PUEPÉRIO IMEDIATO:
▪ É neste período que ocorrem as modificações mais
importantes e os riscos de complicações são elevados.
MODIFICAÇÕES NO ÚTERO
▪ No parto vaginal a dilatação cervical que era de 10cm,
reduz em média para 3-4cm nas primeiras horas.
▪ Em aproximadamente 7 dias retorna para as condições
pré-gestacionais.
▪ O orifício externo passa de uma abertura redonda e
regular, a uma fenda ligeiramente irregular e transversa.
MOMENTO DO PARTO
PARTO CESÁRIO
O parto cirúrgico ou cesariana (também
denominada cesárea) é uma técnica cirúrgica utilizada
para retirar um feto de dentro do útero.
Para a realização da operação, é feita uma
incisão transversal ou longitudinal sobre a pele da
gestante, acima da linha dos pelos púbicos. São
sucessivamente abertos os tecidos na seguinte ordem:
• Epiderme;
• Derme;
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• Hipoderme;
• A aponeurose dos músculos reto abdominais,
separados os músculos na linha média e
abertos o peritônio parietal, o peritônio
visceral e a parede uterina.
O próximo tempo é a extração do feto,
seguida da retirada da placenta e revisão da
cavidade uterina. São então suturados os planos
anteriormente incisados.
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Dentre os motivos de indicação para realização
da cirurgia cesárea no lugar do parto vaginal ou parto
normal, estão situações de sofrimento fetal agudo,
placenta prévia, lesão por herpes ativa no momento
do trabalho de parto, prolapso de cordão, feto em
posição transversal no momento do parto (mas um
feto em apresentação pélvica não é necessariamente
motivo de cesariana) e falha de indução quando há
indicação de interrupção de gravidez.
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FÓRCEPS
Fórceps é um instrumento semelhante a
uma tenaz. É utilizado na medicina obstetrícia para
auxiliar a retirada de um feto por alguma razão em que a
contração natural não é suficiente para o parto ou possa
colocar em risco a vida da gestante e/ou do feto.
Geralmente é usado quando o bebê é muito
grande ou em casos de parto de risco.
ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Aumento da
Resistência Vascular permeabilidade Ativação do Sistema de
Aumentada Coagulação
Capilar
Pré-Eclâmpsia Leve
Edema
Hipertensão > 140/90mmhg
Proteinúria em amostra isolada ++/4+
Cefaleia
Náuseas e Vômitos
Escotomas (alteração do campo visual)
Oligúria (redução do volume urinário)
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Conduta
✓ Internação
✓ Sedação (conforme PM))
✓ Hipotensores (conforme PM)
✓ Dietoterapia
✓ DLE
✓ Avaliação fetal: Dopplerfluxometria, Perfil Biofísico,
Cardiotocografia Basal (CTB) - (diária)
✓ Exames de Rotina para DHEG: Função Renal, Função Hepática,
Hemograma com Plaquetas e Proteinúria 24h.
Pré- Eclampsia Grave
Edema, Proteinúria +++/4+ - Hipertensão
Obnubilação (alteração de consciência /tonturas)
Diplopia e turvação visual / Epigastralgia (algia abdominal)
Icterícia / Hematúria (presença de sangue na urina)
Anúria (ausência de urina)
Conduta
✓ Internação
✓ Tentativa de estabilizar níveis pressóricos Bloqueadores dos Canais de
Cálcio-Nifedipina (conforme PM)
✓ Exames de rotina para DHEG – Interrupção da gestação frente a alterações
✓ Sedação (conforme PM))
✓ Avaliação fetal: Dopplerfluxometria, Perfil Biofísico, CTB (diária);
Interrupção da gestação frente a anormalidades.
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Eclampsia
▪ Convulsões (essencial para ser considerada Eclampsia)
Edema - Proteinúria (++++/4+) - Hipertensão
Conduta
✓ Acesso venoso calibroso
✓ Tratamento das convulsões com Sulfato de Magnésio (PM)
✓ Cateterismo Vesical de Demora
✓ Cesariana imediata
✓ Reserva de Leito de UTI
✓ Reserva de sangue
Referência bibliográfica
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada.
Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: Ginecologia de Consultório.
2003.1ª Edição. P.193-210. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
GUYTON, A.C. HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª. Ed. Elsevier,
2011. Rio de Janeiro.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Gesta%C3%A7%C3%A3o;
https://www.mdsaude.com/2017/03/descolamento-prematuro-da-
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https://www.tuasaude.com/gravidez-primeiro-trimestre/;
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-
obstetr%C3%ADcia/anormalidades-e-complica%C3%A7%C3%B5es-
do-trabalho-de-parto-e-do-parto/ruptura-prematura-das-membranas;
- Martins Ana Lúcia e Rolim, Lúcia Mendes de Oliveira - Aleitamento
Materno – Revista de Pediatria SOPERJ – Publicação Oficial da
Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro - Número
atual: 3(1) - Junho 2002;
- Picon, José Dornelles e Sá, Ana Maria P. O. Ayala de – Alterações
Hemodinâmicas na Gravidez – Revista da Sociedade de Cardiologia do
Rio Grande do Sul - Ano XIV nº 05 Mai/Jun/Jul/Ago 2005.