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PUERPÉRIO
As alterações mais relevantes do puerpério são: involução uterina, reparação do canal do parto e
do períneo e reequilíbrio do sistema endócrino.
Útero
Logo após o parto o útero se retrai abaixo da cicatriz umbilical, pesando cerca de 1000g,
apresentando aproximadamente 14 cm de comprimento, 12 cm de largura e 10 cm de espessura.
Em uma semana, o útero pesa mais ou menos 500g, com isso volta a se localizar dentro da pelve
verdadeira, na segunda semana ele chega a pesar 350g e ao final da sexta e oitava semanas ele
pode apresentar respectivamente 80 e 60g.
A lactação acelera a involução do útero, em resposta à sucção do bebê (libera ocitocina, que
causa a ejeção do leite e a contração uterina).
Entre o sétimo e o décimo dia de pós-parto o colo do útero espessa-se e retorna ao aspecto pré-
gestacional.
Endométrio
Lóquios
Períneo
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O desconforto ao urinar pode ser diminuído com a realização de exercícios para o assoalho
pélvico, podendo iniciá-los logo após o parto.
Aparelho Urinário
As alterações do trato urinário podem persistir por três meses. São elas: dilatação da uretra,
pelve renal e ureteres e o relaxamento da parede vesical. A hiperdistensão vesical e o aumento
de urina residual favorecem o aparecimento de infecções das vias urinárias.
Aparelho Digestivo
Ocorre uma diminuição do funcionamento intestinal, que pode ser recuperado com deambulação
precoce, dieta rica em fibras e líquido e massagem abdominal.
Sistema Circulatório
Ocorre a diminuição da pressão venosa dos MMII, devido à descompressão da veia cava inferior,
e as veias dos MMII e da vulva diminuem gradativamente.
Parede Abdominal
A parede abdominal torna-se flácida, podendo apresentar diástase dos retos abdominais. A
recuperação da tonicidade da musculatura abdominal ocorre em média 6 semanas após o parto.
Exercícios de fortalecimento dos abdominais com supervisão de fisioterapeuta ajudam na
recuperação da parede abdominal.
Para verificar se há diástase dos retos abdominais realiza-se um exame com os dedos do
examinador ou com auxílio de paquímetro: a mulher em decúbito dorsal com quadris e joelhos
flexionados realiza flexão anterior do tronco e o examinador faz palpação ou mede com
paquímetro nas regiões supra-umbilical, umbilical e infra-umbilical, o espaço que separa os retos
abdominais (abaulamento). A separação pode variar de 2 a 10 cm. Diástase acima de 3 cm é
considerada significativa. Em alguns casos, é necessária cirurgia plástica para a aproximação dos
retos. Na maioria dos casos, o fortalecimento da parede abdominal favorece a recuperação.
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ALEITAMENTO MATERNO
O aleitamento materno é uma estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a
criança e constitui uma intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um
impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê.
15 a 20 lobos mamários;
Cada lobo é formado por 20 a 40 lóbulos;
Cada lóbulo é formado por 10 a 100 alvéolos;
O leite produzido nos alvéolos é levado até os seios lactíferos pelos ductos;
Para cada lobo mamário há um seio lactífero, com uma saída independente no mamilo.
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Fase II da Lactogênese: com a expulsão da placenta, ocorre uma queda dos hormônios que
inibiam a secreção do leite, e aumenta a secreção de prolactina (que estimula a produção do
leite nos alvéolos) pela hipófise anterior e o leite é secretado. Há também a liberação de
ocitocina durante a sucção, hormônio produzido pela hipófise posterior, que tem a capacidade de
contrair as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido.
Fase III da Lactogênese: Após a “descida do leite”, que ocorre até o terceiro ou quarto dia
pós-parto, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada galactopoiese. Essa fase, que
se mantém por toda a lactação, depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da
mama. Quando, por qualquer motivo, o esvaziamento das mamas é prejudicado, pode haver uma
diminuição na produção do leite, por inibição mecânica e química. O leite contém os chamados
“peptídeos supressores da lactação”, que são substâncias que inibem a produção do leite. A sua
remoção contínua com o esvaziamento da mama garante a reposição total do leite removido.
TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO
2. Boca bem aberta (bebê abocanha não apenas o mamilo, mas também parte da aréola);
Pega adequada
A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) e leva o
leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição.
A retirada do leite (ordenha) é feita pela língua através de um movimento peristáltico rítmico
da ponta da língua para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no
peito, o bebê respira pelo nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal.
Dor na amamentação;
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf
[Acesso em 25 jan 2016]
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O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, a mãe deve dar tempo
suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança recebe o
leite do final da mamada, que é mais calórico, promovendo a sua saciedade.
Artigos científicos
Leitura obrigatória
Santana LS, Gallo RBS, Marcolin AC, Ferreira CHJ, Quintana SM. Utilização dos recursos
fisioterapêuticos no puerpério: revisão da literatura. Femina. 2011;39(5):245-250. Disponível
em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n5/a2506.pdf
Leitura complementar
Leite ACNMT, Araújo KKBC. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com
variáveis obstétricas. Fisioter. Mov. 2012;25(2):389-397. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/fm/v25n2/v25n2a17.pdf
De Paula GM, De Paula VR, Dias RO, Mattei K. Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)
no pós-operatório de cesariana. Rev. bras. fisioter. [online]. 2006;10(2):219-224. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v10n2/v10n2a12.pdf
Sugestão de vídeo:
Referências
Stephenson RG, O’Connor LJ. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Manole;
2004.
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Exercício 1:
Uma mulher, após dar à luz seu primeiro filho de parto natural, vem apresentando há seis meses
queixa de perda de urina, aos médios esforços como tossir e espirrar. Sobre esse caso, analise as
afirmações a seguir.
A)
B)
C)
D)
E)
Exercício 2:
II. Recuperar a tonicidade da musculatura abdominal e reduzir a diástase dos retos abdominais.
III. Promover uma reeducação postural e orientar quanto ao posicionamento adequado nos
cuidados com o recém-nascido.
IV. Prevenir ou promover alívio das dores, através de técnicas como alongamento, crioterapia
(aplicação de gelo), eletroterapia (aplicação de correntes que promovem analgesia),
massoterapia e relaxamento.
Está(ão) correto(s):
A)
Todos os objetivos.
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B)
Apenas I, II e III.
C)
D)
Apenas II e IV.
E)
Exercício 3:
Considere que uma paciente atendida pelo Programa de Saúde da Família tenha chegado ao
posto de saúde queixando-se de incontinência urinária pós-parto. Sabendo que o parto ocorreu
há três semanas, assinale a alternativa correta.
A)
O músculo destrusor da paciente está hipoativo e por isso deve ser estimulado
B)
C)
D)
A paciente deve ser orientada a ingerir bastante líquido para aumentar a pressão da bexiga e,
conseqüentemente, a desobstrução do canal uretral.
E)
Exercício 4:
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II. Após parto vaginal, a mulher pode apresentar dor e edema na região perineal devido ao
intenso alongamento das fibras conjuntivas e musculares no canal de parto. Podem ser aplicadas
compressas de gelo no local para alívio dos sintomas.
III. Os exercícios de assoalho pélvico são contraindicados no pós-parto, pois podem aumentar a
dor perineal.
A)
Apenas I e II
B)
Apenas II e III
C)
I, II e III
D)
Apenas a I
E)
Apenas a II
Exercício 5:
O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que
pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos, e dos ductos para o mamilo. A
produção e a ejeção do leite são estimuladas pela ação dos hormônios, respectivamente:
A)
Estrógeno e progesterona
B)
Progesterona e estrógeno
C)
Prolactina e Progesterona
D)
Ocitocina e progesterona
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E)
Prolactina e ocitocina
Exercício 6:
A Política Nacional de Aleitamento Materno tem como objetivo promover, proteger e apoiar a
prática da amamentação no Brasil. A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação
exclusiva até os 6 meses e complementada até os dois anos. O apoio dos profissionais de saúde
para o sucesso desta prática inclui orientações sobre a técnica de amamentação. Esta técnica
inclui:
A)
A mama deve ir ao encontro do bebê. Este deverá estar apoiado nos membros inferiores da mãe.
B)
O bebê deve permanecer em posição horizontal durante toda a mamada para que não ocorra o
refluxo.
C)
O bebê deve abocanhar além do mamilo, a maior parte da aréola. Esta posição auxilia a
expressão do leite que está armazenado nos seios lactíferos.
D)
E)
Exercício 7:
O puerpério é a fase do ciclo vital feminino que inicia-se após a expulsão da placenta no parto e
refere-se ao retorno de órgãos e sistemas ao estado pré-gravídico. O fisioterapeuta deverá atuar
logo no momento de internação hospitalar, a fim de prevenir complicações e tratar possíveis
desconfortos músculo-esqueléticos e circulatórios específicos desta fase. Leia as afirmativas
abaixo e assinale uma conduta correta sobre a atuação do fisioterapeuta no puerpério imediato:
A)
A inspiração rápida e superficial deve ser indicada no puerpério imediato associada à contração
abdominal. Tal medida pode favorecer o retorno da função diafragmática adequada, bem como o
peristaltismo intestinal.
B)
O sistema cardiovascular não deve ser estimulado no puerpério imediato. A deambulação precoce
não deve ser medida instituída devido ao risco de tromboembolismo.
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C)
O fisioterapeuta deve indicar exercícios respiratórios para a puérpera. Pode-se utilizar o comando
verbal e estímulos proprioceptivos para favorecer o padrão diafragmático que ficou diminuído
durante a gestação.
D)
E)
Para redução da diástase abdominal, o fisioterapeuta pode indicar exercícios abdominais, como
flexão e rotação de tronco. Os mesmos devem ser realizados progressivamente de acordo com a
força e resistência apresentados pela puérpera.
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