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1.

Introdução

O presente trabalho visa fazer uma abordagem sobre o líquido amniótico. O líquido
amniótico é o fluido que envolve o bebé em desenvolvimento e preenche a bolsa e a cavidade
uterina. Quando a bolsa rompe, é esse líquido que escoa pelas pernas da gestante. Além de
manter a temperatura, o líquido proporciona protecção ao bebé contra traumas mecânicos,
evita compressão do cordão umbilical e é fundamental para o desenvolvimento do feto.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Compreender o líquido amniótico.

1.1.2. Específicos

1. Identificar as funções do líquido amniótico.


2. Descrever os sintomas de escassez e excesso de liquido amniótico.

1.2. Metodologia

Para a realização do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, recorre-se a este método


quando o trabalho é elaborado a partir de material já publicado, constituído principalmente de
livros ou artigos material disponibilizado na Internet. Portanto consultou-se artigos
disponíveis na internet e a manuais que foi possível obter informações pertinentes para a
materialização do trabalho, dentro das concepções deste método, o mesmo foi o escolhido por
ser coerente na materialização do trabalho.

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2. Líquido amniótico

O líquido amniótico é um líquido que circunda o feto dentro do útero. O líquido e o feto são
envolvidos em membranas denominadas de bolsa amniótica. Os problemas com o líquido
amniótico incluem

 Líquido amniótico em excesso

 Escassez de líquido amniótico

 Infecção do líquido, da bolsa amniótica e/ou da placenta (um quadro clínico


denominado infecção intra-amniótica)
Complicações da gravidez, como ter excesso ou escassez de líquido amniótico, são
problemas que ocorrem apenas durante a gestação. Elas podem afetar a mulher, o feto ou
ambos e surgir várias vezes durante a gestação. No entanto, a maioria das complicações da
gravidez pode ser tratada.

Líquido amniótico em excesso (poli-hidrâmnios ou hidrâmnios) alarga o útero e exerce


pressão sobre o diafragma de gestantes.

Os seguintes factores podem causar o acúmulo de líquido:

 Diabetes em gestantes
 Mais do que um feto ( multípara)
 Anemia no feto, como a causada por anticorpos Rh contra o sangue fetal que são
produzidos pela gestante ( Incompatibilidade de Rh)
 Defeitos congênitos no feto, especialmente uma obstrução no esôfago ou no trato
urinário
 Outros distúrbios no feto como, por exemplo, infecções ou uma doença genética

No entanto, em aproximadamente metade do tempo, a causa é desconhecida.

Um excesso de líquido amniótico pode dar origem a vários problemas:

 A mulher pode ter problemas respiratórios graves.

 O útero permanece alargado e não consegue se contrair normalmente (um quadro


clínico denominado atonia uterina).

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 A mulher pode ter sangramento vaginal após o parto.
 O trabalho de parto pode ter início precocemente, antes da 37ª semana de gestação
( trabalho de parto prematuro).
 As membranas ao redor do feto podem se romper precocemente (um evento
denominado ruptura prematura das membranas).
 O feto pode estar em uma posição ou apresentação anômala, o que, às vezes, exige a
realização de parto por cesariana.
 O cordão umbilical pode sair da vagina antes do bebê (um evento
denominado prolapso do cordão umbilical).
 O feto pode morrer.

A placenta pode se desprender da parede do útero precocemente (um quadro clínico


denominado descolamento da placenta) caso ocorra a ruptura prematura das membranas.
É possível que a presença de líquido amniótico em excesso não cause sintomas.

2.1. Formação

O líquido amniótico se forma a partir do plasma materno, por isso inicialmente sua
composição é de água e alguns eletrólitos. Ele atravessa as membranas que recobrem o feto
por osmose, sendo constantemente absorvido pela pele do feto.

Conforme o metabolismo fetal se torna mais complexo, depois de um período de


desenvolvimento e maturação, o líquido amniótico passa a conter também proteínas,
lipídeos e carbohidratos.

Outro componente majoritário deste líquido é a ureia proveniente do feto, presente apenas
quando as funções renais do mesmo começam a funcionar efectivamente. Nos estágios
finais de desenvolvimento, quando ocorre queratinização da pele, o líquido amniótico passa
a ser absorvido exclusivamente pelo sistema digestivo.

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2.1. Funções

Estudos mostram que o líquido amniótico:

 É essencial para o desenvolvimento de diversas funções do feto.


 Quando ingerido, além de nutrir as células, ele poderá auxiliar no estabelecimento
da função renal e no bom-funcionamento do trato gastrointestinal do embrião.
 Além disso, o meio líquido permite a livre movimentação do feto, que exercita
seu sistema muscular e esquelético, contribuindo para seu desenvolvimento
esperado.
 Até mesmo na respiração, que é desempenhada através da placenta, o líquido
amniótico tem um efeito indireto.
 Ao preencher os pulmões em formação, ele causa movimentos fetais de respiração
que auxiliam no crescimento dos pulmões e até mesmo nas regulações neurológicas
envolvidas nesta função.

2.2. Escassez de líquido amniótico

A escassez de líquido amniótico tende a ocorrer nas seguintes situações:

 O feto tem defeitos congênitos no trato urinário, especialmente nos rins.


 O feto não cresceu tanto quanto esperado (um quadro clínico denominado restrição
do crescimento intrauterino).
 O feto morre.

 O feto tem uma anomalia cromossômica.


 A placenta não está funcionando normalmente (assim, o feto pode não crescer tanto
quanto o esperado).

 A gestação foi muito longa.


 As membranas ao redor do feto se rompem precocemente (um evento
denominado ruptura prematura das membranas) ou perto da data prevista do parto.
Na maioria dos casos, desconhece-se a causa.

Tomar certos medicamentos, como inibidores da enzima de conversão da angiotensina


(ECA) (incluindo enalapril ou captopril) durante o segundo e terceiro trimestres pode
causar uma escassez de líquido amniótico. Estes medicamentos são geralmente evitados

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durante a gestação. No entanto, em caso raros, eles são utilizados para o tratamento de
insuficiência cardíaca grave. Tomar medicamentos anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs, tais como ibuprofeno) durante a gestação também pode reduzir a quantidade de
líquido amniótico.

A escassez de líquido amniótico (oligo-hidrâmnios) também pode causar problemas como,


por exemplo:

 Caso a quantidade de líquido esteja bastante reduzida, o feto pode ser comprimido,
causando deformações nos membros, nariz achatado, queixo recuado e outros
problemas.

 É possível que os pulmões do feto não amadureçam normalmente. (A combinação


de pulmões não desenvolvidos e deformidades é denominada síndrome de Potter.)

 O feto talvez não consiga tolerar o trabalho de parto, o que torna necessário o parto
por cesariana.

 O feto pode morrer.

 O feto talvez não cresça tanto quanto o esperado.

A mulher talvez note que o feto não está se movendo tanto quanto se movia no início da
gravidez.

2.3.Sintomas de problemas de líquido amniótico

Geralmente, a presença de excesso ou escassez de líquido amniótico não causa sintomas na


mulher. É possível que a mulher sinta que o feto não está se movendo tanto quanto o
esperado. Às vezes, quando há uma grande quantidade de líquido amniótico em excesso, a
mulher tem dificuldade para respirar ou contracções dolorosas antes da data prevista do
parto.

É possível que os distúrbios que causam ou contribuem para o excesso ou escassez de


líquido amniótico causem sintomas.

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2.4. Diagnóstico de problemas de líquido amniótico

 Avaliação médica

 Ultrassonografia

 Exames para identificar a causa

O médico talvez suspeite da presença de excesso ou escassez de líquido amniótico quando


o útero estiver excessivamente grande ou pequeno quando comparado à duração da
gestação.

Às vezes, o problema é detectado por acaso durante a ultrassonografia. Caso um problema


seja detectado, o médico pode utilizar a ultrassonografia para determinar a quantidade de
líquido amniótico presente.

Caso o médico detecte a presença de excesso ou escassez de líquido amniótico, ele tenta
descobrir a possível causa. Por exemplo, ele pode examinar a vagina e o colo do útero para
determinar se as membranas ao redor do feto se romperam precocemente.

Exames de sangue podem ser feitos para verificar se existem distúrbios que podem afectar
o líquido amniótico (como infecções ou diabetes). Uma ultrassonografia e outros exames
(possivelmente uma amniocentese) podem ser realizados para verificar quanto à presença
de defeitos congénitos e anomalias genéticas no feto.
2.5. Tratamento de problemas de líquido amniótico

 Uma ultrassonografia para monitorar o crescimento do feto e para medir os níveis de


líquido amniótico

 Monitorar a frequência cardíaca do feto

 Tratamento de eventuais doenças primárias

 Às vezes, remoção do líquido amniótico

 Parto

Ultrassonografias são feitas regularmente para monitorar o crescimento do feto e para


medir os níveis de líquido amniótico. A frequência cardíaca do feto também é monitorada

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regularmente enquanto o feto está parado e enquanto se movimenta. Esse exame é feito
para verificar o bem-estar do feto (um exame denominado cardiotocografia).
Eventuais distúrbios primários, como diabetes e hipertensão arterial, são tratados.

Os médicos raramente removem o excesso de líquido quando ocorre um excesso de líquido


amniótico. No entanto, o líquido amniótico pode ser removido com uma agulha através do
abdómen da mulher quando

 O trabalho de parto tem início precocemente.

 Problemas graves ocorrem.

Quando houver líquido amniótico em excesso, o parto do bebé será marcado para a 39ª
semana em determinados casos.

Quando existe uma escassez de líquido amniótico, a maioria dos especialistas costuma
recomendar que o parto seja feito entre a 36ª e a 37ª semana, dependendo do estado do feto.

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3. Conclusão

Concluímos que o líquido amniótico começa a ser produzido no início da gestação, na fase
embrionária, e é composto pela água vinda do corpo da mãe. Doze dias depois da concepção,
forma-se o saco amniótico, uma camada fina, translúcida, porém muito forte e resistente, que
envolve o bebé e o fluído durante a gestação, só se rompendo no momento do parto. No
ventre, o bebé flutua e movimenta-se livremente no líquido amniótico, no interior do balão
constituído pelas membranas (bolsa de águas) e a placenta. Este líquido promove um correto
desenvolvimento dos órgãos e estruturas vitais do bebé, ao mesmo tempo que o mantém
seguro e quente.

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4. Bibliografia

https://maemequer.sapo.pt/estou-gravida/como-cresce-o-bebe/dentro-do-ventre/liquido-
amniotico/

https://www.gndi.com.br/saude/blog-da-saude/liquido-aminiotico

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/complica%C3%A7%C3%B5es-da-gravidez/problemas-com-o-l%C3%ADquido-
amni%C3%B3tico

Consultado no dia 27/08/2022

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Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 1
1.1. Objectivos ........................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral ................................................................................................................................. 2
1.1.2. Específicos ....................................................................................................................... 2
1.2. Metodologia ........................................................................................................................ 2
2. Líquido amniótico .............................................................................................................. 3
2.1. Formação ......................................................................................................................... 4
2.1. Funções............................................................................................................................ 5
2.2. Escassez de líquido amniótico......................................................................................... 5
2.3. Sintomas de problemas de líquido amniótico ............................................................. 6
2.4. Diagnóstico de problemas de líquido amniótico ............................................................. 7
2.5. Tratamento de problemas de líquido amniótico .............................................................. 7
3. Conclusão............................................................................................................................... 9
4. Bibliografia .......................................................................................................................... 10

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Técnico de Laboratório 6

Cadeira: Procedimentos Pré-Pós Analítico

Tema: Líquido Amniótico

Discentes:

Alzira Moisés Nhamposse

Beatriz Manuel Magaia

Nádia Constantino Cumbane

Odete dos Santos

Rosta Filimone Tandane

Docente: Adolfo

Maputo, Agosto de 2022

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