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O LA torna possível a movimentação e o crescimento fetal, além de servir como proteção p/ o concepto.
Ele é composto por água (98%), e suas fontes de produção e os mecanismos de “clearance” variam com o decorrer
da gestação. (2%>> imunoglobulinas, carboidratos, proteínas e lipídios).
- Antes da 10ª>> quem é responsável é o amnioblastos (derivada do disco bilaminar do blastocisto). Ultrafiltrado de
plasma da mãe.
- na 10ª semana> a placenta, o transporte transmembrana e a secreção através da superfície corporal embrionária
são as principais fontes.
- entre 22 e 25 semanas> ocorre a epitelização as superfície corpórea fetal e o feto começa a deglutir o LA e a
produzir urina ( hipotônica em relação ao plasma materno e fetal, mas semelhante em osmolaridade ao LA)
- Próximo a termo>> produção depende da urina fetal e dos líquidos pulmonares, enquanto o “clearance” é
realizado pela deglutição e de mecanismo homeostáticos com a transferência de líquido p/ a circulação fetal,
limitando o excesso de LA. Acredita-se que o volume total do LA possa circular totalmente em um intervalo de 24
horas.
Diagnóstico -
Na clínica> A suspeita surge durante o pré-natal, quando não há aumento da AFU ou quando a AFU está abaixo do
esperado para a IG.
- Durante a palpação, pode ser notado o aumento da sensibilidade uterina e as partes fetal são facilmente
reconhecidas.
- Na ausculta fetal é fácil e podem ocorrer desacelerações variáveis causadas por compressão do cordão.
- A USG deve complementar a suspeição clínica.
Na USG (diagnóstico ultrassonográfico)> é possível identificar, até mesmo oligoâmnio mesmo sem suspeita clínica.
O USG para o rastreio deve fazer parte da propedêutica das gestações de alto risco.
Critérios na USG – O volume do LA (VLA) é um dos parâmetros do perfil biofísico fetal e deve ser rotineiramente
avaliado na USG obstétrica.
AVALIAÇÃO SUBJETIVA: a sensibilidade diagnóstica depende da experiência do ultrassonografista. O oligoâmnio é
caracterizado por: diminuição evidente do volume de líquido amniótico, pequena quantidade de LA na interface feto-
parede uterina-líquido amniótico e “amontoamento” das pequenas partes fetais.
CRITÉRIOS OBJETIVOS - Esses critérios são preferíveis por possibilitarem a comparação dos exames:
1. Medida do maior bolsão: identifica-se o maior bolsão livre de LA, mensurando-se seus diâmetros. A medida do
maior diâmetro (longitudinal ou transverso) < 2cm (Manning, 1984) caracteriza o oligoâmnio. Embora muito popular,
a medida do maior bolsão é falha, podendo existir oligoâmnio com bolsão normal e VLA normal com diâmetro do
maior bolsão < 2cm. (Normal > 2 -7cm )
2. Índice do líquido amniótico (ILA): Conhecida como “técnica dos quatro quadrantes”, e tenta diminuir a
subjetividade da avaliação, ao mesmo tempo evitar falhas da medida isolada do maior bolsão.
Consiste na divisão vertical do abdome á altura da linha nigra, cortada perpendicularmente por uma linha imaginária
no nível da cicatriz umbilical. Identifica-se o maior bolsão em cada quadrante (sem conter o cordão umbilical ou
partes fetais), medindo-se os diâmetros vertical correspondentes.
O ILA é determinado pela soma dos valores dos quatro bolsões.
Valor menor ou igual a 5cm, corresponde a 2DPM nas diversas IG, e estão associadas a morbidade fetal
significativa em diversos estudos.
Valor entre 5-8cm são considerados intermediários e devem ser confirmados e interpretados à luz de outros
achados clínicos.
Já valores >18cm e <24cm são considerados aumentados, mas não indicativos de polidrâmnio.
OBS 1: Anidrâmnio é a ausência de bolsões livres mensuráveis com presença ou não de imagens ecográficas dos
rins. Pode ser indicada amnioinfusão com a finalidade de criar uma “janela acústica” que possibilite a visualização
adequada da anatomia fetal.
OBS 2: Em gestações múltiplas, é tecnicamente difícil a avaliação separada do ILA para cada saco gestacional.
Usa-se o maior bolsão vertical: valores ≤ 2 cm sugerem oligoâmnio, como nas gestações únicas (abaixo do
percentil 2,5)
3 - Determinação do volume do maior bolsão: proposta em 1992 por Magann, consiste no cálculo do volume do
maior bolsão que não contenha cordão umbilical ou partes fetais a partir da multiplicação de seus diâmetros vertical
e horizontal. Seu uso não é muito comum. Pode ser utilizada na avaliação do perfil biofísico fetal. Servem como
valores de referência
● Oligoâmnio: 0 a 15cm2
● Normal: 15,1 a 50cm2
● Polidrâmnio: > 50cm2
- o momento do parto deve ser levado em consideração a associação ou não com RCIU, pré-eclâmpsia,
trombofilias, diabetes, anormalidades fetais ou outras patologias
Prognóstico: É influenciado pela também pela duração do oligoâmnio. Quando o diagnóstico é feito desde o
segundo trimestre, apresentam resultados piores que os diagnosticados no terceiro. (sobrevida de 10 a 85%).
A indução ao parto, também pode aumentar os riscos de cesariana, e a dopplerfluxometria pode identificar
pacientes de risco para desfechos desfavoráveis somente quando existe a RCIU associada. Assim, família deve ser
sempre informada dos riscos e benefícios das condutas, tendo sempre poder de escolha.
Polidrâmnio
Definição: Consiste no aumento do LA, definido como mais de 2.000ml, embora a quantidade normal varie em
função da IG. No final da gestação, pequenos aumentos no volume urinário fetal ou diminuição discreta na
frequência de deglutição podem ocasionar polidrâmnio. As repercussões clínicas, em geral, surgem quando o LA
passa 3.000ml.
Diagnóstico
Diagnóstico Clínico
1. Sintomas maternos que sugerem>> Em geral, as gestantes são assintomáticas. Os sintomas, em geral são
consequentes ao aumento exagerado do volume uterino e podem surgir de forma aguda. São relatados desconforto
respiratório e dispneia. Em casos graves, podem ocorrer taquicardia, cianose e edema acentuado de MMI,
dificuldade de deambular e dores difusas nas regiões lombar e abdominal, além de alterações do ritmo intestinal e
urinário causadas pela compressão (polaciúria, constipação intestinal)
2. Exame obstétrico:
Inspeção: distensão abdominal importante, pele lisa, brilhante e com estrias.
Palpação: consistência cística, dificuldade de palpação fetal, piparote positivo, hipertonia uterina.
Medida da altura de fundo uterino: aumentada para a idade gestacional ou crescimento exagerado (> 4cm por
mês).
Ausculta fetal: comumente é difícil, às vezes abafada ao sonar.
Toque: o colo pode estar dilatado e a bolsa das águas formada e protrusa.
OBS: Clinicamente, há que se lembrar do diagnóstico diferencial com gemelaridade e macrossomia fetal, ascite
materna, cisto ovariano e leiomioma uterino. O diagnóstico de certeza é firmado pela ultrassonografia.
Diagnóstico ultrassonográfico
- Avaliação subjetiva: feto imerso em grande quantidade de líquido, mantendo distância da parede uterina
geralmente > 1cm. A avaliação da anatomia fetal é fácil nos casos leves/moderados, mas pode tornar-se difícil nos
casos graves em razão do distanciamento entre a parede abdominal anterior e o feto. A placenta torna-se delgada
em virtude da sobre distensão uterina com grandes volumes.
- Avaliação objetiva: Como já visto, os parâmetros são>>
● Medida do maior bolsão ≥ 8cm. ● Índice do líquido amniótico ≥ 24cm
Classificação
Algumas subdivisões são comumente utilizadas na prática clínica diária, como, por exemplo:
■ De acordo com a intensidade, utilizando a técnica do maior bolsão:
Polidrâmnio LEVE: diâmetro do maior bolsão entre 8 e 12cm.
Polidrâmnio MODERADO: diâmetro de 12 a 16cm.
Polidrâmnio GRAVE: diâmetro > 16cm.
■ Quanto à evolução:
Polidrâmnio AGUDO: surge em poucos dias, formando-se às vezes em 24 horas. Embora raro, é mais comum no
segundo trimestre da gestação. Provoca sintomatologia materna importante
Polidrâmnio CRÔNICO: desenvolve-se lentamente, em geral durante o terceiro trimestre de gestação, podendo
levar semanas até sugerir o diagnóstico clínico por aumento excessivo da altura de fundo uterino e desconforto
respiratório.
Complicações do Polidrâmnio -
Manejo do Polidrâmnio -