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Índice

Sumário
Introdução....................................................................................................................................2
Onfalocele....................................................................................................................................3
Principais causas..........................................................................................................................3
Onfalocele e gastrosquise.............................................................................................................4
Diagnóstico..................................................................................................................................4
Cuidados de Enfermagem em casos de Onfalocele......................................................................4
Tratamento para onfalocele..........................................................................................................5
O que é a Atrésia anal ou Imperfuração anal?..............................................................................5
Fatores de risco:...........................................................................................................................5
Causas:.........................................................................................................................................6
Sintomas:.....................................................................................................................................6
Diagnóstico..................................................................................................................................6
Tratamento...................................................................................................................................6
Cuidados de Enfermagem para casos de atresia anal....................................................................7
Conclusão.....................................................................................................................................8
Bibliografia...................................................................................................................................9
Introdução

As anomalias anorretais decorrem de malformações congênitas que têm início entre a


quarta e a oitava semana de gestação (TEIXEIRA et al., 1983). Dentre as mais
frequentes está a atresia anal ou imperfuração do ânus que consiste na oclusão tecidual
do orifício anal (SANTOS, 2012). A gravidade da condição está relacionada a diferentes
variáveis, envolvendo a espessura do tecido de oclusão e a presença de fistulas, que
podem se estender da bolsa anal ao períneo, uretra, vagina, fúrcula ou, até mesmo a
bexiga (RICH; BROCK; PEÑA, 1988).
Onfalocele
A onfalocele é uma alteração congênita em que é notada a presença de órgãos fora da
cavidade abdominal, como intestino, fígado ou baço, que estão recobertos por uma fina
membrana.

Essa alteração é geralmente é identificada entre a 8ª e 12ª semana de gestação e pode ser
causada por fatores relacionados com a mulher, como uso de medicamentos sem
indicação médica, consumo de bebidas alcoólicas e uso de cigarros, por exemplo.

O diagnóstico da onfalocele pode ser feito durante o pré-natal através de exames de


imagem, sendo o diagnóstico precoce importante para preparar a equipe médica para o
parto, pois é provável que o bebê precise ser submetido a cirurgia logo após o
nascimento para colocar o órgão no lugar correto, evitando complicações graves.

Principais causas
As causas da onfalocele ainda não estão muito bem estabelecidas, no entanto é possível
que aconteça devido a uma alteração genética. Além disso, alguns fatores relacionados
com a grávida podem aumentar o risco de onfalocele, como:

 Contato com substâncias tóxicas;


 Consumo de bebidas alcoólicas;
 Uso de cigarros;
 Uso de medicamentos sem orientação do médico.

No caso de a mulher ser exposta a qualquer um desses fatores durante a gestação, é


importante que o obstetra seja consultado com maior regularidade para que o
desenvolvimento do bebê seja acompanhado com maior frequência e seja verificado o
risco de alterações.
Onfalocele e gastrosquise
A gastrosquise é também uma alteração congênita e que também pode estar relacionada
como uso de medicamentos sem indicação médica e consumo frequente e excessivo de
bebidas alcoólicas na gravidez. No entanto, diferentemente da onfalocele, na
gastrosquise os órgãos que estão fora da cavidade abdominal não estão cobertos pro
membrana, além de não haver comprometimento do cordão umbilical.

Diagnóstico
A onfalocele pode ser diagnosticada ainda durante a gestação, principalmente entre a 8ª
e 12ª de gravidez, por meio do exame de ultrassonografia. Após o nascimento, a
onfalocele pode ser percebida por meio do exame físico realizado pelo médico, em que
é observada a presença de órgãos fora da cavidade abdominal.

Além disso, o médico pode realizar outros exames, como ecocardiograma, raio-X e
exames de sangue, por exemplo, para verificar a ocorrência de outras doenças, como
alterações genéticas, hérnia diafragmática e defeitos cardíacos, por exemplo, que
tendem a ser mais comuns em bebês com outras mal formações.

Cuidados de Enfermagem em casos de Onfalocele


 Cobrir com compressa úmida com soro fisiológico morno as estruturas e
envolver em plástico estéril próprio para esse procedimento
 Utilizar técnica asséptica e utilizar cobertor, lençol estéril no leito do RN
 Monitorar sinais vitais com frequência, não ventilar o RN com máscara para
prevenir distensão abdominal
 Manter balanço hídrico rigoroso
 Puncionar acesso venoso
 Manter sonda gástrica aberta para drenagem
 Administrar analgésico conforme prescrição médica
 Agrupar os cuidados
 Observar coloração da pele e perfusão
 Orientar os pais sobre equipamentos envolvidos no cuidado com RN
 Orientar as normas da UTI neonatal e o cuidado que terão que ter com as visitas
(centrada na família).

Tratamento para onfalocele


O tratamento da onfalocele é feito por meio de cirurgia, que pode ser feita logo após o
nascimento ou depois de algumas semanas ou meses de acordo com a extensão da
onfalocele, outras condições de saúde que o bebê pode ter e o prognóstico do médico. É
importante que o tratamento seja feito o mais breve possível para evitar possíveis
complicações, como por exemplo a morte do tecido intestinal e infecção.

Assim, quando se trata de uma onfalocele menor, ou seja, quando apenas uma porção do
intestino se encontra fora da cavidade abdominal, a cirurgia é feita logo após o
nascimento e tem como objetivo colocar o órgão no local correto e depois fechar a
cavidade abdominal. No caso de onfalocele maior, ou seja, quando além do intestino,
outros órgãos, como o fígado ou o baço, estão para fora da cavidade abdominal, a
cirurgia pode ser feita em etapas para não prejudicar o desenvolvimento do bebê.

Além da remoção cirúrgica, o médico pode recomendar que seja passada uma pomada
com antibiótico, com cuidado, na bolsa que reveste os órgãos expostos, com o objetivo
de diminuir o risco de infecções, especialmente quando a cirurgia não é feita logo após
o nascimento ou quando é feita por etapas.

O que é a Atrésia anal ou Imperfuração anal?


Imperfuração Anal é um defeito que está presente à nascença (congénito), em que a
abertura do ânus está ausente, bloqueado ou no sítio errado.

Fatores de risco:
Não há fatores de risco que predisponham uma pessoa a conceber uma criança com
Imperfuração Anal, o que deve estar bastante claro para os pais que possam ter
sentimento de culpa. Uma ligação genética pode por vezes estar presente. A maior parte
dos casos de Imperfuração anal é esporádica sem uma história familiar da condição, mas
certas famílias têm vários casos com malformações. Estudos genéticos estão a decorrer.

Causas:
Apesar do defeito embriológico especí co que causa as malformações anorretais não ter
sido ainda determinada, a formação da membrana cloacal e a sua subsequente divisão
nas aberturas urogenital e anal, ocorre por volta das 8 semanas de gestação. Os defeitos
na formação ou forma do septo urorretal posterior consistem nas muitas anormalidades
descritas na Imperfuração Anal.

Sintomas:
 Os sinais de Imperfuração Anal são geralmente óbvios logo após a nascença;
 Não há abertura anal;
 A abertura anal está no local errado (demasiado perto da vagina);
 Não há formação de fezes nas primeiras 24 a 48 horas de vida;
 As fezes saem pelo sítio errado (uretra, vagina, escroto, base do pénis);
 Abdómen inchado;
 Há uma ligação anormal (fístula) entre o reto e o sistema reprodutor ou trato
urinário.

Cerca de metade das crianças que nascem com Imperfuração Anal, nascem também
com outras de ciências.

Diagnóstico
Um exame físico após a nascença é geralmente suficiente para chegar ao diagnóstico.
Exames imagiológicos podem confirmar o problema e revelar a extensão deste defeito.

Tratamento
A criança deve ser verificada para a existência de outros problemas, tais como
deformações a nível genital, do trato urinário e espinal.
A cirurgia para corrigir o problema é essencial. Se o reto estiver ligado a outros órgãos,
estes podem necessitar de ser reparados. Uma colostomia temporária (ligação da parte
terminal do intestino grosso à parede abdominal, para que as fezes possam ser
recolhidas num saco), é geralmente necessária.

Cuidados de Enfermagem para casos de atresia anal


 Estabelecer e manter a respiração
 Estabilizar a temperatura
 Cuidar do cordão umbilical
 Cuidar dos olhos
 Administrar as medicações prescritas (Vit K e outros)
 Identificar o neonato
 Prevenir infecção
 Realizar o exame físico
 Avaliar a vitalidade do recém-nascido pelo Método de Apgar, no l.° e no 5.°
minuto de vida.
 Manutenção da alimentação por Sonda Naso Gástrica (SNG)
 Acompanhamento da colostomia nos casos em que houver saída de mecônio
pelo orifício retal, ou nos casos onde não houver evidência de fístula baixa em
48 horas;
 Manutenção dos cuidados nos casos de colostomia
 Comunicar nos casos em que houver eliminação de mecônio por orifício
inadequado.
Conclusão

O diagnóstico da imperfuração anal traz consigo a necessidade de se fornecer ao


paciente cuidados específicos a condição. Tais cuidados devem ser iniciados logo após
o nascimento e deverão se estender até a resolução da condição que geralmente
necessitará de intervenção cirúrgica e acompanhamento futuro. Espera-se que a equipe
multidisciplinar esteja capacitada a fornecer os cuidados necessários ao paciente desde o
momento de seu nascimento e nas diferentes fases do tratamento, seja em enfermaria,
UTI neonatal ou bloco cirúrgico (ROCHA et al., 2004).
Bibliografia
CDC. Facts about Omphalocele. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/ncbddd/birthdefects/omphalocele.html>. Acesso em 02 jun 2020

CHILDREN'S HOSPITAL OF PHILADELPHIA. Omphalocele . Disponível em:


<https://www.chop.edu/conditions-diseases/omphalocele>. Acesso em 02 jun 2020

GENETICS HOME REFERENCE. Abdominal wall defect. Disponível em:


<https://ghr.nlm.nih.gov/condition/abdominal-wall-defect>. Acesso em 02 jun 2020

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Manejo da onfocele e da gastroquise no recém-


nascido. 2018. Disponível em:
<http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/02/879756/manejo-da-onfalocele-e-da-
gastrosquise-no-recem-nascido-fernanda-osrio.pdf>. Acesso em 02 jun 2020

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