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Cadeira: Obstetrícia
3º Grupo
Atalia Alberto
Isabel Fernando
João Miguel
Manuel Aurélio Boavida
Suluho Abdala
Viaze Chafi Mussa
Introdução........................................................................................................................4
Gravidez Ectópica............................................................................................................5
Tipos de gravidez ectópica.............................................................................................. 6
Fisiopatologia da gravidez ectópica.................................................................................6
Quadro clínico................................................................................................................. 7
Diagnóstico......................................................................................................................8
Exames............................................................................................................................ 9
Factores de risco.............................................................................................................. 9
Tratamento da gravidez ectópica...................................................................................10
Efeitos colaterais do metotrexato...................................................................................11
Prevenção...................................................................................................................... 12
Conclusão...................................................................................................................... 13
Bibliografia....................................................................................................................14
Introdução
É importante que se saiba exatamente o local em que o embrião está, pois assim é
possível que o tratamento mais adequado seja determinado, uma vez que quando está na
cavidade abdominal a gravidez pode continuar, apesar de ser uma situação rara e
delicada.
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Gravidez Ectópica
Essa patologia incide em cerca de 1,5 a 2% das gestações e configura um risco a vida da
paciente. A hemorragia secundária a gravidez ectópica rota é uma das principais causas
de mortalidade materna no primeiro trimestre de gravidez, sendo responsável por 4% de
todas as mortes relacionadas a gestação. Contudo, é importante salientar que essa
mortalidade vem diminuindo nas últimas décadas com a ascensão de métodos
diagnósticos, tais como a ultrassonografia.
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Tipos de gravidez ectópica
A gravidez ectópica é uma condição rara em que o embrião pode ser implantado em
vários locais do corpo, como trompas, ovário, cavidade abdominal ou cérvix, que é
quando o feto cresce no colo do útero. Os tipos de gravidez ectópicas menos comuns
são:
A gravidez ectópica geralmente está associada a fatores de risco que causam lesão
tubária ou alteração no transporte ovular, sendo assim, quando chegado o momento da
nidação o ovo ainda não se encontra na cavidade uterina e se implanta em localização
anômala. Entre os factores de risco estão:
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Procedimentos relacionados à reprodução assistida;
Uso de métodos anticonceptivos de emergência;
Tabagismo;
As infecções genitais, por exemplo, levam a alterações significativas nas tubas, podendo
causar diminuição no número e movimento dos cílios, além de aglutinação das dobras
da mucosa com estreitamento da luz tubária, formação de microdivertículos e destruição
das fímbrias, levando a transporte ovular inadequado através da tuba.
Quadro clínico
A tríade clássica que compõe o quadro clínico da gravidez ectópica é definida por: dor
abdominal, sangramento vaginal e atraso ou irregularidade menstrual. Pelo menos um
destes sintomas está presente em praticamente todas os casos de gravidez ectópica.
Aqueles pacientes que evoluem com gravidez ectópica rota exibem quadro clínico de
choque, incluindo hipotensão, taquicardia e sintomas de peritonite – como dor a
descompressão brusca do abdome. Sinais típicos de gestação tópica também são
encontradas nessas pacientes, como aumento do volume e sensibilidade das mamas,
náuseas e vômitos, alterações no ritmo intestinal e síncope.
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garante que o fenômeno se prolongue por muitos dias e a perda de sangue seja
intermitente para cavidade abdominal. Esse processo persistente pode levar a
irritação peritoneal com dor e distensão abdominal, náuseas e vômitos, estado
subfebril. No exame ginecológico, essa paciente pode apresentar ocupação e dor
à pressão do fundo do saco de Douglas, além de desconforto na manipulação do
colo uterino.
Aguda: Corresponde a ruptura que ocorrem em 50% dos casos de gravidez
tubária, onde o ovo se localiza no istmo da tuba uterina. A paciente apresenta
dor intensa, em pontada, na fossa ilíaca ou hipogástrio. O sangue, além de irritar
a cavidade peritoneal, se acumula no fundo de saco posterior, causando a
sensação de peso no reto e na bexiga, associado a dor à defecação e micção.
Nesse caso, a paciente apresenta ainda sinais clássicos de choque, como palidez,
sudorese, extremidades frias, pulso fino e rápido, juntamente com hipotensão.
No exame físico, a paciente apresenta palpação abdominal dolorosa, com dor a
descompressão brusca e dor a pressão do fundo do saco de Douglas.
Abdominal: Pode ser um quadro consequente a uma gravidez tubaria, logo é
preciso identificar história prévia sugestiva. A paciente queixa-se de dor
abdominal, náuseas e vômitos. No exame físico, revela apresentação transversa à
palpação. Exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética
confirmam a suspeita e indicam a local de inserção da placenta.
Diagnóstico
Diante sua apresentação clínica diversa e, por vezes, imprecisa, essa é uma patologia de
difícil diagnóstico, sobretudo em sua fase inicial. É necessária uma anamnese
cuidadosa, com ênfase na identificação de fatores de risco, o que ajuda na diferenciação
entre a gestação ectópica e outros quadros, tais como abortamento, rotura de cisto
ovariano, salpingite, afecções gastrointestinais ou mesmo uma gestação tópica.
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tempo esperado. Um aumento menor que 55% em 48h indica uma gravidez não viável,
seja ela tópica ou ectópica.
Exames
Exame pélvico, que pode detectar uma obstrução nas tubas uterinas, um
alargamento do útero menor do que o esperado para uma gravidez ou a massa na
região pélvica;
Ultrassonografia pélvica transvaginal ou abdominal: O diagnóstico de
pacientes com gravidez ectópica baseia-se nos exames de ultrassonografia
transvaginal (USTV) e dosagem de β-hCG. O valor de 3.500mUI/ml foi
estabelecido como discriminatório para assegurar o momento a partir do qual
estaria presente um saco gestacional na USTV. Dessa forma, a fim de
diagnóstico, pacientes com β-hCG > 2000 – 3000 mUI/ml e útero vazio na
imagem do USTV tem chance de gravidez ectópica 19 vezes maior do que uma
gravidez intrauterina viável, cuja probabilidade é apenas de 2%.
Exames de sangue para níveis hormônio da gravidez (gonadotrofina coriônica
humana ou beta-hCG), realizados com 48 horas de intervalo.
Factores de risco
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História de cirurgia pélvica, cirurgia abdominal ou vários abortos
História de endometriose
Concepção auxiliada por medicamentos indutores de ovulação ou procedimentos
como fertilização in vitro
Tabagismo
História de infecção sexualmente transmissível (IST)
Uso inadequado do DIU. Se utilizado corretamente, o DIU deve impedir a
gravidez.
Gravidez após cirurgia de laqueadura.
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Medicamentoso: O metotrexato é a droga mais utilizada no tratamento clínico
da gravidez ectópica integra. Trata-se de um quimioterápico antimetabólico,
antagonista do ácido fólico, que interfere na síntese de DNA e,
consequentemente, na divisão celular. Geralmente o esquema de tratamento é
sistêmico, via intramuscular, dose única – 50mg/m² – e os critérios de inclusão
são: quadro clínico estável, diagnóstico definitivo, β-hCG < 5000 mUI/ml,
aumento do β-hCG < 50% em 48h, saco gestacional < 3,5cm, atividade cardíaca
fetal ausente e liquido livre no peritônio ausente/moderado.
Deve ser medido os valores do β-hCG nos dias 4 e 7 pós-tratamento e se a
redução for < 15%, deve ser repetida a dose. Por fim, é preciso ser feito um
seguimento semanal até atingir nível não gravídico (<5mUI/ml). É preciso
atentar para efeitos colaterais importantes associados ao medicamento, como
leucopenia, pneumonite e alopecia.
Expectante: Esse tratamento está reservado a pacientes com quadro clínico
estável, níveis de β-hCG em declínio e um nível inicial menor que 1000 – 1500
mUI/ml. O β-hCG deve ser mensurado semanalmente até atingir <5mUI/ml.
1. Náuseas:
Alimente-se com pequenas refeições diárias
Pergunte ao seu médico sobre o uso de medicamentos para náusea
Descanse o máximo possível
Tente eliminar odores fortes de seu entorno
Não use drogas anti-inflamatórios não esteroides (AINE)
Beba bastante água para evitar a desidratação.
2. Fadiga:
Planeje vários períodos de descanso ao longo do dia
Peça ajuda de familiares ou amigos.
3. Tontura ou vertigem
Descanse com frequência
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Mude de posição lentamente.
4. Ferida na boca e garganta (estomatite):
Evite café, alimentos condimentados e salgados ou frutas cítricas;
Coma alimentos leves, como cremes ou gelatina;
Enxágue a boca a cada duas horas com uma solução de água salgada morna.
Misture 1 colher de chá (5 g) de sal de mesa em 240 ml de água morna. Não
engula a solução de água salgada, pois pode irritar o estômago.
5. Diarreia
Coma alimentos leves, como arroz, torradas ou bolachas, banana e maçã
Evite alimentos picantes, álcool, café e produtos lácteos
Beba muita água para evitar a desidratação.
Prevenção
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Conclusão
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Bibliografia
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