Você está na página 1de 4

TEMA

GRAVIDEZ ECTÓPICA

Gravidez Ectópica

Também conhecida como gravidez extra uterina, é uma das principais


causa de mortalidade no primeiro trimestre da gestação. É uma condição
pouco frequente, ocorrendo em cerca de 2% das gestações. A gravidez
tem menos probabilidade de ocorrer quando a mulher usa um DIU
(menos de 1,5% das mulheres engravidam). No entanto, se a gravidez
ocorrer, aproximadamente 5% delas são ectópicas.

Como Ocorre?

Normalmente, um óvulo é fertilizado na tuba uterina e se implanta no


útero. No entanto, se a trompa estiver estreitada ou bloqueada, é
possível que o óvulo fertilizado nunca chegue ao útero. Às vezes, o óvulo
fertilizado então é implantado em tecidos fora do útero, resultando em
uma gravidez ectópica. A gravidez ectópica geralmente ocorre em uma
das tubas uterinas (na forma de gravidez tubária), mas pode ocorrer em
outros locais como: Colo do útero, abdomem, ovário e entre outros.

Gravidez Tubaria: É a mais comum ocorre cerca de 95% dos casos, na


gravidez tubaria o embrião se desenvolve nas tubas uterinas, podendo
ser na parte externa ou interna da tuba.

Gravidez Abdominal: O embrião se desenvolve na região abdominal, isso


significa que o embrião sai pelo lado externo da trompa e se adere ao
peritônio, podendo também aderir em outros locais como intestinos,
bexiga, etc.

Gravidez Cervical: Quando o embrião sai da cavidade uterina e se


implanta no colo do útero.

Gravidez Heterotópica: Trata-se da condição rara na qual ocorre uma


gestação ectópica simultaneamente a uma gestação uterina.

Sintomas
Os sintomas de gravidez ectópica variam e talvez não ocorram antes de
ocorrer o rompimento da estrutura que contém a gravidez ectópica. A
maioria das mulheres apresenta sangramento vaginal ou manchas de
sangue, cólicas ou dores na parte inferior do abdômen, ou ambos. A
menstruação pode ou não estar atrasada ou ausente com isto algumas
mulheres não suspeitam que estão grávidas.

Um feto de uma gravidez ectópica, por vezes, sobrevive por várias


semanas. No entanto, como os tecidos fora do útero não podem
proporcionar o fornecimento de sangue e o suporte necessário, em
última análise, o feto não sobrevive. A estrutura que contém o feto
normalmente se rompe após aproximadamente seis a 16 semanas, muito
antes de o feto conseguir sobreviver sozinho.

Quando a estrutura se rompe, a mulher normalmente sente uma dor


forte e constante na parte inferior do abdômen. Se a mulher tiver uma
perda significativa de sangue, ela pode desmaiar, transpirar ou ter
tontura. Esses sintomas podem indicar que ela perdeu muito sangue e
que ela apresenta uma queda perigosa da pressão arterial ( choque).o
sangramento pode ser grave e até mesmo trazer risco de morte. Quanto
mais tarde as estruturas rompem, pior é a perda de sangue e tanto maior
o risco de morte.
No entanto, se a gravidez ectópica for tratada antes de se romper, a
mulher raramente morre.

Fatores de risco

Quadros clínicos que aumentam o risco de apresentar o distúrbio para


uma gravidez ectópica incluem:
 Uma doença das trompas de Falópio
Doença inflamatória pélvica  anterior
 Uma gravidez ectópica anterior
 Um procedimento cirúrgico anterior, como um aborto ou
uma laqueadura tubária (um procedimento de esterilização)
 Uso atual de um DIU (dispositivo intrauterino)
 Infertilidade devido a um distúrbio das trompas de Falópio
 Tabagismo

Diagnóstico da gravidez ectópica

 Exame de gravidez
 Ultrassonografia
 Exames de sangue
 Laparoscopia (às vezes)

Se o exame de gravidez for positivo ou, em casos raros, se o exame de


gravidez for negativo, mas os sintomas continuam a sugerir uma gravidez
ectópica, é realizada uma ultrassonografia com um aparelho portátil que
é inserido na vagina (um procedimento denominado ultrassonografia
transvaginal). Se a ultrassonografia detecta um feto em um local
diferente do seu lugar habitual no útero, o diagnóstico é confirmado. Se
a ultrassonografia não detectar um feto em nenhum lugar, a gravidez
ectópica ainda é possível ou a gestação pode ser no útero, mas pode ser
tão recente que não é visualizada.

Tratamento da gravidez ectópica

 Cirurgia
 Às vezes, o medicamento metotrexato.

Uma gravidez ectópica deve ser terminada assim que possível para salvar
a vida da mulher.
No caso de uma gravidez ectópica de pequeno porte, em que não houve
ruptura, uma ou mais doses do medicamento metotrexato, administrado
por injeção, podem ser utilizadas em vez de cirurgia. O medicamento
provoca a diminuição e o desaparecimento da gravidez ectópica.

ASPECTOS PISCICOLOGICOS E HUMANIZAÇÃO DA ENFERMAGEM

Quando uma mulher descobre uma gravidez ectópica, vem a tona o


abalo emocional, o medo, a culpa, sendo ainda maiores quando se trata
de uma gravidez planejada e esperada.
Toda mulher que planeja ter um filho, espera por uma gravidez saudável,
porém a gravidez ectópica não permite isto, a maioria das mulheres
descobrem esta gravidez de risco quando a trompa já se rompeu e está
tendo uma hemorragia abdominal o impacto dessa notícia pode afetar
muito o psicológico da mulher, pôs a perda de um bebê de forma
repentina, fazer uma cirurgia de emergência com riscos de morte, trazem
traumas e medos inegáveis a esta mulher.
É fundamental que o atendimento da enfermagem seja de forma mais
humanizada possível para com esta mulher, a empatia e sensibilidade
são criteriosas neste momento para prestar um atendimento completo
para a paciente, tratando de aspectos físicos e psicológicos.

No momento pós cirurgico, ela precisará repousar, tomar medicamentos,


e estar em constante observação para evitar pioras físicas e psicológicas,
redes de apoio tanto familiar quanto de profissionais de saúde são
essenciais neste momento.

Ilustração

LINKS
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/complica%C3%A7%C3%B5es-da-gravidez/gravidez-ect%C3%B3pica

https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2022/06/26/
interna_bem_viver,1376068/gravidez-ectopica-o-que-e-e-quais-mulheres-
correm-mais-risco.shtml

https://altadiagnosticos.com.br/saude/gravidez-ectopica

https://altadiagnosticos.com.br/saude/gravidez-ectopica

Você também pode gostar