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INTRODUÇÃO

Desde o ano de 2002, um comitê internacional, capitaneado por três sociedades médicas (Society of Critical
Care Medicine, Europeann Society of Intensive Care Medicine and International Sepsis Forum), vem desenvolvendo
uma campanha em todo o mundo, denominada Surviving Sepsis Campaign (Campanha Sobrevivendo à Sepse), no
sentido de implementar, à beira-leito, um protocolo baseado nas melhores evidências científicas disponíveis (1)
.A
sepse é a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI) e está entre as principais causas de morte
nos EUA (2)
. As manifestações clínicas são variadas e dependem do local primário da infecção . A sepse é uma
(3)

síndrome clínica constituída por uma resposta inflamatória sistêmica associada a um foco infeccioso, podendo
determinar disfunção ou falência de múltiplos órgãos (4)
. Sepse grave corresponde a sepse associada à disfunção de
órgãos, enquanto o choque séptico é caracterizado por hipotensão persistente que não melhora após a reposição
volêmica, sendo necessária a administração de agentes vasoativos para a manutenção da pressão arterial (5)
. Portanto,
é necessário adotar estratégias hospitalares abrangentes de triagem que permitam identificação dos pacientes
hospitalizados com sepse na fase inicial da doença (6)
. Está claramente demostrado que pacientes reconhecidos e
tratados precocemente tem melhor prognóstico. A formulação de diretrizes de tratamento é fundamental para a
adequação desse tratamento, pacientes com claros sinais de hipoperfusão devem ser submetidos à otimização
hemodinâmica (7)
. Portanto, a sepse é um problema grave de saúde que deve ser abordado por uma equipe
multiprofissional, objetivando um melhor resultado (8). Visando desenvolver atividades que qualifiquem as práticas de
saúde dentro das instituições (9). Os critérios de resposta inflamatória sistêmica, que definem a presença de sepse, são:
FC> 90 bpm; FR> 20 rpm ou PaCO2 < 32 mmHg; Hipertermia (T > 38.3ºC) ou Hipotermia (T <36ºC); Leucocitose
(leucócitos >12.000mm3 ou bastões >10%); Leucopenia (leucócitos < 4.000mm3)(10).

1. Eliéser S. Surviving Sepsis Campaign: um esforço mundial para mudar a trajetória da sepse grave Rev. bras. ter. intensiva, 18(4), São Paulo Oct./Dec. 2006.

2. Sales Junior JAL et al. Sepse Brasil: estudo epidemiológico da sepse em Unidades de Terapia Intensiva brasileiras. Rev. bras. ter. intensiva. São Paulo, 18(1): 9-
17, jan-mar. 2006.

3. Siqueira BF. Concepções de enfermeiros referentes à sepse em pacientes em terapia intensiva. Rev enferm. Pernambuco, 5(1): 115-21, jan-fev. 2011.

4. Penink PP, Machado RC. Aplicação de algoritmo da Sepse por enfermeiros na unidade de terepia intensiva. Rev. Rene, 2012; 13(1):187-99.

5. Silveira LM, Dessotte CAM, Dantas RAS, Matioli MR, Stabile AM, Qualidade de vida relacionada á saúde em sobrevivência à sepse, Rev Rene. 2015 maio-jun;
16(3):451-9.

6. Koenig A. Estimativa do impacto da implantação de um protocolo hospitalar para detecção e tratamento precoce de sepse grave em hospitais públicos e privados
do Brasil. Rev. Bras. Ter Intensiva, 2010;(3):213-219.

7. Westphal GA, Silva E, Salomão R, Bernardo WM, Machado FR. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choqueséptico – ressuscitação hemodinâmica. Rev.
Bras. Ter. Intensiva. 23(1):13-23. 2011.

8. Castro EO. Sepse e choque séptico na gestação: manejo clínico. Rev.Bras. Ginecol. Obstet., 30(12):631-8. 2008.

9. Parulla CD. Sepse: Desenvolvimento e Avaliação deum Curso em EAD para Formação Interdisciplinar. Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre/ISCMPA,
Porto Alegre, RS, Brasil. Disponível em: http://dx.doi. org/10.17058/reci.v6i1.6334. Acesso em: 18 apr. 2016.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Sepse 2012. Controlando a infecção sobrevivendo a sepse. Programa de apoio ao desenvovimento do Sistema Único de

Saúde (Proadi – SUS). Acesso em http://www.ilasonlinems.org.br/ilasonlinems/PDF/1.%20Manual%20-%20Sepse.pdf.

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