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Hemorragia Uterina

Disfuncional
Felimone, Priscilla
Gomes, Ednilza
Quibe, Júlia
Ocuane, Stela
Vallá, Mumthaz
Definição
 Sangramento uterino anormal na ausência de
doenças orgânica ( genital ou extra genital)

 Para alguns exclui também patologias sistémicas


tais como discrasias sanguinias ou as
endocrinopatias não ginecológicas.
Conceitos Básicos
 Considera - se normal um ciclo que tenha
 Frequência: 21-35 dias
 Duração: 3-7 dias
 Volume: 30-80 ml
A partir destes conceitos chegaremos
às seguintes definições:
 Polimenorreia: ciclo de frequencia superior a
normal . A duracao minima do ciclo se
estabelece em 21dias contados entre o primeiro
dia de uma menstruacoao e o primeiro dia da
outra.

 Menorragia: fluxo em quantidades e ou


duracao superior a normal (>80 ml).

 Metrorragia: Perda sanguínea genital atípica,


ou seja, em qualquer período compreendido
entre uma menstruação e outra.
 Hipomenorreia: quantidade escassa. Como
alteraçao isolada nao pode indicar patologia e e
muito frequente em mulheres que tomam ACO.

 Oligomenorrea: atrasos menstruais >35 dias.

 Menometrorragia: sangramento que ocorre


durante o periodo menstrual e fora dele .
CLASSIFICACAO
 Segundo o eixo HHO:
-Anovulatoria e Ovulatoria

 Segundo a evolucao
-Aguda: Condição caracterizada como urgência médica,
sendo necessária uma conduta ativa e imediata.

-Esporádica: O sangramento ocorre 1-2 vezes por ano.

-Crónica: O sangramento ocorre 3 ou mais vezes no


período de 1 ano.
Fisiopatologia
 Anovulatória:

 Corresponde a 80-90% dos casos de HUD, sendo


mais comum na adolescência (imaturidade do SHHO)
e no climatério (ausência de folículos). A disfunção
esta relacionada com a fase folicular sendo que a
ovulação não chega a ocorrer. Neste caso temos uma
acção persistente do estrogênio resultando em
proliferação excessiva do endométrio, seguida de
queda dos níveis deste hormônio. Tal evento
determina um sangramento por deprivação. Os
intervalos entre as menstruações e a intensidade do
fluxo sanguíneo costumam ser maiores.
 Ovulatória:

 A fase folicular do ciclo menstrual ocorre


normalmente até a ovulação, porém a mulher
desenvolve um quadro de insuficiência lútea
com produção inadequada de progesterona.
Nesta situação, o intervalo entre as
menstruações costuma ser mais curto e o fluxo
sanguíneo de menor intensidade.
 Défice da fase folicular: origina hemorragia post
menstrual

 Fase lutea inadequada: hemorragia pre –


menstrual

 Persistência de corpo lúteo quase sempre


origina menorragia
Diagnóstico Diferencial
 Devemos considerar como possíveis
diagnósticos:

 Afecções sistêmicas: discrasias sanguíneas


(púrpura trombocitopênica, síndrome de Minot
von Villebrand, anemia, deficiência de plaquetas,
leucemias, deficiência de protrombina e outros
fatores da coagulação...).

 Mal-formações do aparelho genital, traumatismos


genitais (conseqüentes, por exemplo, a abuso
sexual), presença de corpo estranho.

 Vulvovaginais: vulvovaginites
 Cervicouterinas: pólipo cervical, câncer de
colo uterino, cervicite

 Uterinas corpóreas: gestacionais (aborto,


doença trofoblástica gestacional, restos
placentários, infecção puerperal, gravidez
ectópica,...) e não gestacionais (pólipo
endometrial, leiomioma, adenomiose,
mioiperplasia, tuberculose genital câncer de
endométrio, hiperplasia endometrial atípica,
DIU,...).

 Anexiais e/ou peritoneais: endometriose,


câncer de ovário, gravidez ectópica, doença
inflamatória pélvica, tuberculose genital,...
DIAGNOSTICO

 É POR EXCLUSÃO !!!!


Diagnóstico
Depende da:
 1. Natureza e severidade da hemorragia
 2. Exclusão de causas organicas
 3. Ciclo ovulatorio ou anovulatorio

 . O diagnóstico é essencialmente clínico e


baseia-se nos dados obtidos na anamnese,
exame físico e exame ginecológico.
 Na anamnese:
-IDADE

-AMBIENTE

-HISTÓRIA MEDICAMENTOSA

-HISTÓRIA MENSTRUAL

-DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
ENDOCRINOPATIAS

DOENÇAS METABÓLICAS

NEFROPATIAS
 2. Sangramento intenso ou recidivante
(além dos exames acima incluir)
- Hemograma completo + contagem de
plaquetas
- Coagulograma
- Dosagens hormonais (FSH, LH, PRL, TSH, T4)
- Provas de função hepática: transaminases e
bilirrubinas
- Estudo do endométrio (Curetagem ou
histeroscopia)
 Se diante de toda esta pesquisa não for
identificada nenhuma causa orgânica de
sangramento uterino, efetuamos o
diagnóstico de HUD. Diante da
persistência ou recidiva do sangramento
mesmo após a adoção de terapia
medicamentosa, poderemos utilizar
outros métodos propedêuticos mais
invasivos como: curetagem uterina,
histeroscopia, ablação endometrial,...
 II. Exame fisico:

 1. General:
 Palidez, endocrinopatia, coagulopatia, gravidez

 2. Abdominal:
 fígado, baço, massa abdominal pelvica

 3. Pelvica:
 Origem da hemorragia , a causa
 III.Investigação
 Sistemica:
 1. CBC (for all, Grade A)
 2. BHCG
 3. Prolactina & TSH
 4. TP, TPP, TEMPO DE SANGRAMENTO,
PLAQUETOGRAMA, FACTOR Von Willebrand
Local:

1. PAP Test
2. Biopsia Endometrial
3. Dilatacao & Curetagem
4. Histeroscopia
 Histeroscopia:
 Indicacoes:
 Mandatorio depois dos 40 anos
 1. sangramento menstrual erratico
 2. Falha do tratamento medico
Tratamento
 A.Geral
 1. calendário Menstrual
 2. Tratamento da anemia
B. Medico
 I. Hormonal:
 1.Progestagena
 2.estrogena
 3.Danazol
 4.Agonista dos Gnrh
 5.Levo-nova (Merina)
 II. Nao –hormonal
 1. inibidores da Prostaglandina sintetase
(PSI)
 2.Antifibrinoliticos
 cirurgico
 1. ablacao Endometrial
 2. Histerectomia
 estrategia do tratamento


 <20 anos 20-40 anos
> 40 anos
 Primeira linha - Medico

 cirurgico Never Seldom, somente se o


tratamento medico falhar
 Complicacoes da histerectomia
 1. perforacao uterina
 2. sangramento
 3. Infecao
 4. Sobrecarga de fluidos
 5. Embolia gasosa

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