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FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA

(FOI)

Dr TF Zimba
2008
INTRODUÇÃO

• Febre de origem indeterminada


(FOI)
– Usada nos Estados Unidos da
América

• Pirexia de origem indeterminada


(POI)
– Usados nos outros países
1961 •Robert G Petersdorf
e Beeson
•Definição de FOI
•Somente clássico
•3 critérios
•Febre,
•> 3 semanas; 2
consultas
•> 1semana
intenso estudo
O QUE É A FEBRE?
FEBRE
• Menção tempo dos akkadianos
– Sec VI ac
• Tempo Hyppocrates
“excesso do bilis amarelo”
• Idade média
“possessão demonica”
• Descoberta da circulação do sangue
– Por quem?
William Henry Harvey
•1616
•Descoberta
•1628
•Publição
•Hipotese:
“O calor corporal e a febre é
resultado do fluxo sanguíneo
atravês dos vasos e da
fermentação e putrifação
que ocorre no sangue e nos
intestinos”
Claude Bernard

•Descrição dos processos

metabólicos do organismo

•Fonte do calor humano

•Descrisção dos mecanismo

reguladores da temperatura do

corpo humano
Instrumentos de medição da
temperatura
• Sec I ou II A.C.
– Philo e Hero

• 1592, Galileo
– Primeiro termometro

• 1868, Carl Reinhold August


Wunderlich
– Uso na medicina
Estudo de wunderlich
• Registo temperatura corporal
humana durante dia
– 25000 indivíduos
– 1 milhão de observações

• Conclusão
– Temperatura normal 37ºC (98,6ºF)
– Limite max 38ºC (100,4º)
Como é a febre aparece em
processos infecciosos?
Endogênios (citocinas)

bacteria
leucocito

IL1, TNFα,
IL6
IFNγ

+ -

Estimulação do
Produção de centro térmico no
pirogênios hipotalamos

Exogênios (bacteria) LPS, ac tecóico,


QUAL É A CLASSIFICAÇÃO DE
FOI ?
TIPOS DE FOI
• FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
CLÁSSICA
• FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
NOSOCOMIAL
• FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
DO IMUNODEFICIENTE
• FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
RELACIONADA AO HIV
FEBRE DE ORIGEM
INDETERMINADA CLÁSSICA
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
CLÁSSICA

• Definição de Petersdorf e Beeson


– Febre, Tc > 38ºC
– Duração, > 3 semanas ou >2
consultas externas
– Tempo de estudo do doente, > 1
semana de estudo intenso
Tempo de elaboração do
diagnóstico

• Intervalo 8 a 217 dias

• Média 49 dias

Iikuni et al, Inter Med 1994


Cinco categorias de doenças
causadoras de FOI

• Infecções
• Neoplasias
• Doenças do tecido conjunctivo
• Miscelaneas
• Doenças não diagnósticas
De que depende a frequência destas doenças
no FOI?
A Frequência depende de:

• Localização geográfica

• Idade dos doentes

• Tipo de hospital

• Outros factores
Qual é a categoria mais comum em
Moçambique?
Frequência nos países em
desenvolvimento:
• Infecções, > 50%
• Neoplasias, > 22%
• Miscelaneas, > 15%
• Doenças do tecido conjunctivo, >
9%
• Doenças não diagnósticadas, >
5%
Infecções responsáveis pelo
FOI
• Abcessos
• Endocardite
• Tuberculose
• Complicações da infecção
urinária
• Qual é a nossa situação?
?
Frequência por idade:
• Infantis e crianças
– Infecções
– Doenças do tecido conjunctivo
– Outras doenças
– neoplasias
• Idosos
– Infecções
– Doenças do tecido conjunctivo
– Neoplasias
– Outras doenças
FEBRE DE ORIGEM
INDETERMINADA NOSOCOMIAL
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
NOSOCOMIAL

• Definição:

– Febre, Tc > 38ºC

– Início, > 3 dias depois de admissão

– Não presente na admissão ou,

incubando durante admissão


Tipos de doentes

• Doentes pós-operatórios

• Doentes na unidade de cuidados

intensivos

• Doentes com AVC


Doentes pós-operatórios
• Infecções

– Septicemia

– Infecção urinária

– Infecções respiratórias
Doentes na unidade de
cuidados intensivos

• Infecções

– Sinusite

– Pneumonia associada a mecânica

– Sepsis das vias

– Infecção urinária
Doentes com AVC

• Infecções

– Infecção urinária

– Pneumonia nosocomial

• Próprio AVC

– Hemorragia extensa
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA DO
IMUNODEFICIENTE
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
DO IMUNODEFICIENTE
• Immunodeficiencia congenita
– Células T
– Células B
– Fagocitos
– Complemento
• Immunodeficiencia adquirida
– HIV
– Tumores
– Disturbios hormoniais
– Iatrogénica
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
DO IMUNODEFICIENTE
• Immunodeficiencia congenita
– Células T
– Células B
– Fagocitos
– Complemento
• Immunodeficiencia adquirida
– Tumores
– Disturbios hormoniais
– Iatrogénica
Febre em doentes neutropénicos

• Neutrofilos, < 500 células/ µl

Qual é a causa?

• Terapia com citostáticos


• Neoplasias malígnas
hemopoéticas
Categoria de doenças

• Infecções
– Virais

– Bacterianas

– Parasitárias

– Fúngicas
FEBRE DE ORIGEM
INDETERMINADA RELACIONADA AO
HIV
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
RELACIONADA AO HIV

• Infecção inicial

– Tipo mononucleose

• Relacionada ao SIDA

– Tipo celular T
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
RELACIONADA AO HIV

• Definição

– Febre, > 38ºC

– Duração, > 4 semanas ou > 3 dias

– Doente com infecção por HIV


DIAGNÓSTICO
ETAPAS DO DIAGNÓSTICO
• História do doente
• Verificação da febre e o padrão de
febre
• Exame físico do doente
• Estudo laboratórial
• Estudo imagiológico
• Procedimentos invasivos de
diagnóstico
• Prova terapeutica
Verificação da febre e o padrão
de febre
• Vários tipos de padrões febre

• Predizer a patologia, no passado

• Pouca sensibilidade e
especifidade
Febre remitente
Febre cotidiana
Febre irregular
Febre contínua
Exame físico do doente
(repetido)
• Cabeça
– Dolorosa palpação dos sinus
– Sinusite?

• Artéria temporal
– Nódulos, pulsação reduzida
– Artereite temporal?
• Orofaringe

– Ulcerações

– Histoplamose disseminada?

– Dentes doloroso

– Abcesso periapical?
• Fundo ou conjunctiva
– Tuberculos da coroide
– Granulomatose dessiminada?

– Petequeia, mancha de Roth


– Endocardite?

• Tiróide
– Aumentada, dolorosa
– Tiroidite?
• Recto

– Dolorosa e flutuação perianal


– Abcesso ?

– Dolorosa flutução prostática


– Abcesso?
• Genitais

– Nódulos testiculares
– Perarterite nodosa?

– Nódulos epididimais
– Granulomatose disseminada?
• Membros inferiores
– Dolorosas as véias profundas
– Tromboflebite?
• Pele e unhas
– Petéquias, hemorragias lineares,
nodulos subcutáneos, unhas em
baquete de tambor
– vasculite?
– Endocardite?
Estudo laboratórial
• Hemograma completo
• Parasitologico do sangue
• Velocidade de sedimentação
• Bioquímica
– Função renal
– Função hepática
• Anticorpos antinucleares
• Expectoração, ou aspirado
endotraqueal
• Urocultura
• Hemocultura
TIPOS DE AMOSTRAS PARA
DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO
• Tipo I
– Obtidas duma cavidade estéril por meios
assépticos
• Tipo II
– Obtidas duma cavidade estéril atravês de
aberturas do corpo
• Tipo III a
– Obtidas dum local previamente colonizado
• Tipo III b
– Obtidas dum local secundáriamente
colonizado
Expectoração, ou aspirado
endotraqueal
• Gram serve para avaliar
– A qualidade amostra
– Definir presença ou não de infecção
• Organismos patogênicos
esperados
– Bacterias
– Fungos
– Vírus
Urocultura
• Triagem com a fita

• Informação importante

Qual é?

• Tipo de doente

• Tipo de urina
Tipo de doente

• Mulher na idade fértil

• Crianças

• Qualquer idade e ambos os sexos

com anomalias das vias urinárias


Tipo de urina

• Urina a jacto

• Urina por punção suprapúbica

• Urina da algalia

• Urina por cistoscopia

• Urina por nefrotomia


Hemocultura
• Feita para vários tipos de
bacterias e fungos
• Diferentes nutrientes
• Diferente tempo de incubação
• Diferentes fracos
Que fazer?
• Hemocultura ordinária
Hemocultura ordinária
• Uma hemocultura
– 2 fracos (1- aeróbico e 1- anaeróbico)
– Não usar fracos
• Myco ( para Mycobacterium spp)
• Mycosis (Fungos)
– A positividade é detectada por um
computador
• Não depende do técnico
Indicação para uma hemocultura

• FOI
• Infecções em que o foco não é
acessível
– Endocardite
– Infecções nas vias circulatórias
sanguíneas
• Sensibilidade 25-30%
Estudo imagiológico
• Radiografia
• Ecografia
• Tomografia computarizada
• Resonância magnética
• Visualização com leucócitos autologos
marcados
• Escintigrafia com galium-67
• Tomografia com emissào de positrões
Procedimentos invasivos de
diagnóstico
• Punção lumbar
• Biopsia
– Aspirativa com agulha fina
– Excisacional
• Laparatomia
• Toracocentese
• Artrocentese
Prova terapeutica
• Reservar casos específicos
– Todos of metodos falharam
– Gravemente doente não se pode
esperar

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