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VIGILÂNCIA

AMBIENTAL
Lucas Belfort
A vigilância ambiental é composta por um
conjunto de ações que visam o conhecimento e a
identificação de qualquer alteração nos fatores
relacionados ao meio ambiente, que influenciam
na saúde humana com o objetivo de identificar
possíveis medidas de prevenção e controle de
riscos ambientais relacionados às doenças e
agravos à saúde. Os riscos relacionados ao
ambiente podem ser biológicos ou não.
Os riscos biológicos estão relacionados
com animais e insetos que podem ser
vetores, hospedeiros e reservatórios de
doenças, além dos animais peçonhentos.
Já os riscos não biológicos estão
relacionados com a água, o ar, o solo, os
alimentos e contaminação desses com
produtos químicos por exemplo.
Os principais riscos que a vigilância ambiental deve estar atenta são:
ZOONOSES
Lucas Belfort
Doenças X Animais
• Desde a antiguidade o homem relacionou o surgimento
de certas doenças com a presença de animais.

Peste Negra Peste de Atenas Raiva

“...entre os venenos primários estão


contados a língua e o coração dos
morcegos; até agora não descobri se,
comidos, são da mesma natureza da
peçonha do cão raivoso..”
Piso (1658)
Zoonoses

- Doenças ou infecções que se transmitem naturalmente


entre animais e o homem, ou vice-versa.

61% das enfermidades


são zoonoses.
ZOONOSE
S

ZOONOSES DIRETAS

RAIVA

- O agente pode persistir com passagens sucessivas por uma única espécie de animal
vertebrado.
ZOONOSE
S

CICLOZOONOSE

TENÍASE
CISTICERCOSE

- O agente necessita obrigatoriamente passar por duas espécies distintas de animais


vertebrados para que o seu ciclo se complete.
ZOONOSE
S

METAZOONOSE

DENGUE

- O agente necessita passar por hospedeiro invertebrado para que o seu ciclo se
complete.
ZOONOSE
S

SAPROZOONOSE

TOXOPLASMOSE

CRIPTOCOCOSE
- O agente necessita passar por transformações que ocorrem no ambiente externo em
ausência de parasitismo.
ZOONOSES

MEIO
AMBIENTE
Zoonoses X Meio
Ambiente
• Situações de transformações ambientais e
demográficas:

- Surgimento de novas doenças;

- Alteração do comportamento epidemiológico de antigas.


Zoonoses X Meio
Ambiente

• 75% das doenças consideradas


emergentes, tem uma fonte de vida
selvagem, seja de
foram direta ou indireta por meio de
vetores (Monteiro, 2008).
ZOONOSES X MEIO
AMBIENTE
Fatores que favorecem o surgimento de zoonoses:
Alterações climáticas:
Desmatamento
Extinção da Fauna

Zoonoses:
• Ciclos
Zoonoses X Meio
Ambiente
Zoonoses X Meio
Ambiente
Zoonoses X Meio
Ambiente
Zoonoses Meio
Ambiente
• Raiva
Raiva
• Ciclos:
Raiva
• Distribuição Mundial:
Raiva
• No Brasil:
Raiva
Raiva
Raiva
FEBRE AMARELA E
DENGUE
• Arbovírus: víruis transmitidos por
picada
de vetor artrópode.
FEBRE
AMARELA
• 1894 primeira descrição [Reed et al.]
• 1927 Mahaffy & Bauer: isolamento da
primeira estripe 17D.
• 17D: usada até hoje nas vaicinas.
DENGUE
• 1906: primeira descrição, por Bancroft.
• 1944: primeiro isolamento de dois
sorotipos [DENV-3 e DENV-4].
FEBRE AMARELA E
DENGUE
• Flaviviridae
–Flavivirus
• Dengue
– DENV1
– DENV2
– DENV3
– DENV4

• Febre • 40 a 60nm
Amarela • Icosaédrico
– YFV • Envelopado
• RNA fita simples
• Polaridade positiva
FEBRE
AMARELA
FEBRE
AMARELA
• Manifestações Clínicas:
–85% casos, formas clínicas benignas;
–15% desenvolvem quadros dramáticos;
• 50% de mortalidade.
–1º fase:
• Quadro inespecífico, forma moderada.
–2º fase:
• Disfunção hepatorrenal e hemorragia.

–Período de incubação: 3 a 6 dias.


FEBRE
AMARELA
• Mantida na natureza por dois ciclos.
FEBRE
AMARELA
• Manifestações Clínicas:
–Febre
–Mal-estar
Evolução para quadro
–Cefaleia
–Dor muscular grave:
• Febre alta
–Cansaço • Dor epigástrica
• Hemorragia
–Calafrios • Diarreia

–Diarreia • Vômito negro


• Gengivorragia
–Vômito • Coma
FEBRE
AMARELA
• Diagnóstico laboratorial:
–Isolamento e identificação viral:
• Sangue ou soro, 4º dia da doença.
• Culturas de BHK-21, Vero ou TRA-284 [células de
mosquito].

–SN
–HI
–ELISA
–RT-PCR
FEBRE
AMARELA
FEBRE
AMARELA
FEBRE
AMARELA
DENGUE
DENGUE
• Manifestações Clínicas:
– Varia de síndrome viral inaparente à doença
hemorrágica grave.
– Período de incubação: 2 a 7 dias
• Febre
• Cefaleia
• Dor retro-orbital
• Congestão conjuntival
• Dor lombossacral
• Anorexia
• Erupção maculopapular na epiderme
• Mialgia
• Artralgia
DENGUE
• Manifestações Clínicas:
–Dengue hemorragica:
• Hemorragias;
• Hepatite fulminante;
• Falência de órgãos;
• Extravasamento
vascular;
• Cardiomiopatia;
• Encefalopatia.
DENGUE
Classificação da Dengue e Febre Amarela, WHO

• Grau I: febre, sintomas constitucionais


inespecíficos.
• Grau II: adicional a I; sangramento
espontâneo da pele.
• Grau III: falhas circulatórias, pulso rápido
e fraco, hipotensão, pele úmida e fria.
• Grau IV: Choque profundo com pressão
sanguínea e pulso indetectável.
DENGUE
• Diagnóstico laboratorial:
–Isolamento viral:
• Células de mosquito [TRA-284, C6/36,
AP-61]
• Tipificação com IF.
–Detecção do antígeno:
• Proteína NS1
• SN
• ELISA

–RT-PCR
DENGUE
Zoonoses X Meio
Ambiente

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