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Módulo de Acolhimento e Avaliação

Projeto Mais Médicos para o Brasil

ARBOVIROSES
DENGUE, ZIKA, CHIKUNGUNYA
FEBRE AMARELA FEBRE DE
MAYARO E FEBRE OROPOUCHE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar os aspectos epidemiológicos, agente etiológico e vetor das
arboviroses (dengue, chikungunya, zika, febre amarela e oropouche).
• Discutir as manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento, seguimento
clínico e reabilitação das arboviroses.
• Discutir sobre a promoção da saúde e prevenção e notificação das
arboviroses.
• Apresentar o impacto das arboviroses e diagnóstico diferencial entre
elas.
ARBOVIROSES
• Arboviroses são as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o
vírus da Dengue, Zika vírus, Febre chikungunya e Febre amarela.

• A classificação "arbovírus" engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes,


ou seja, insetos e aracnídeos.

• Hoje a expressão tem sido mais usada para designar as doenças transmitidas
pelo Aedes aegypti, como o Zika vírus, febre Chikungunya, dengue e febre
amarela.
ARBOVIROSES - EPIDEMIOLOGIA
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 26/10/23

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 29/02/24
DENGUE

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 29/02/2024

ZIKA
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 29/02/2024
Chikungunya
ZYKA
VETOR

• Fêmea do mosquito Aedes aegypti.*

• Vetor altamente domiciliado.

• Condições favoráveis à proliferação do vetor.

• Concentração de indivíduos suscetíveis no espaço urbano.

*Dengue, Zika e chikungunya


PREVENÇÃO

• Eliminação dos criadouros de mosquito;


• Usar roupas que minimizem a exposição;
• Usar repelentes (DEET, IR3535, Icaridina);
• Inseticidas domésticos;
• Mosquiteiros (permetrina spray 0,5%);
• Instalação de telas em portas e janelas;
• Vacina para a Febre Amarela e para a Dengue (limitações).
Caso Clínico 1
Caso Clínico
• Realize a classificação do caso segundo o protocolo a seguir:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/dengue-diagnostico-e-manejo-clinico-adulto-e-crianca
Caso clínico 2
Caso clínico
Caso Clínico
DENGUE
INTRODUÇÃO

O Brasil adota, desde 2002, o protocolo de condutas que valorizam a


abordagem clínico-evolutiva, baseado no reconhecimento de elementos
clínico-laboratoriais e de condições associadas do paciente que podem ser
indicativos de gravidade, com o objetivo de orientar a conduta
terapêutica adequada a cada situação e evitar o óbito.
INTRODUÇÃO
• Os óbitos por dengue são, em sua maioria, evitáveis com a adoção de medidas de baixa
densidade tecnológica.

• Sua ocorrência é um potencial indicador de fragilidade da rede de assistência e/ou falhas


na linha de cuidado.

• Alta letalidade no Brasil – OMS recomenda menos de 1% de taxa de letalidade.

• Ocorrência de óbito por dengue – evento inesperado e em sua maioria evitável.

• Doença sazonal cuja incidência varia em decorrência de diferentes fatores.


• Incidências acima de 300 casos por 100.000 habitantes são consideradas altas pelo MS.
INTRODUÇÃO
• O reconhecimento dos sinais de alarme da dengue é muito importante, uma vez que
norteiam os profissionais de saúde no momento da triagem, no monitoramento
minucioso da evolução.

• De um modo geral, os óbitos por dengue ocorrem em pacientes com dengue grave
em que o choque está presente. Este, por sua vez, é resultante do extravasamento
plasmático, complicado por sangramento e/ou sobrecarga hídrica.

• Uma medida importante para evitar a ocorrência de óbitos por dengue é a


organização dos serviços de saúde.
DENGUE NO BRASIL -EPIDEMIOLOGIA
• Quase 56 mil casos foram registrados apenas nos primeiros 15 dias de 2024,
uma incidência de 27,5 diagnósticos a cada 100 mil habitantes. Em 2023, nesse
mesmo período, haviam sido computados 26.801 casos, o que representa um
aumento de 108%.

• Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil pode atingir até 5


milhões de casos de dengue em 2024. O alto índice seria resultado de uma
combinação de fatores, como calor intenso, grande volume de chuvas, e o
ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus que causa a doença.
Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL)
DENGUE – O VÍRUS
• Vírus do Dengue (RNA) – família Flaviviridae, do gênero Flavivírus;

• Principal arbovirose no mundo;

• 4 sorotipos: DEN1, DEN2, DEN3, DEN4;

• Acomete primatas humanos e não-humanos;

• Imunidade sorotipo - específica duradoura;

• Imunidade cruzada transitória (90 dias);

• Infecção prévia por outro sorotipo –Fator de risco Dengue grave. Fotografia de Purdue University
FISIOPATOGENIA
Picada de mosquito vetor (fêmea)

Inoculação Viral

Replicação em linfonodos regionais (por 2-3 dias)

Viremia (por 4-7 dias) / Infecção de tecidos e órgãos

Manifestações clínicas (após 1 dia de viremia assintomática)


DENGUE
• Pode ser assintomática ou sintomática.
• Doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico - formas
oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito.
• Três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação.
• Reconhecimento precoce dos sinais de alarme - contínuo
acompanhamento - reestadiamento.
SEQUÊNCIA NO ATENDIMENTO
CASO SUSPEITO DE DENGUE
• Pessoa que viva em área onde se registram casos de dengue, ou que tenha viajado nos
últimos 14 dias para área com ocorrência de transmissão de dengue (ou presença de
Ae. aegypti).
• Deve apresentar febre, usualmente entre dois e sete dias, e duas ou mais das seguintes
manifestações:

✔ Náusea, vômitos;
✔ Exantema;
✔ Mialgias, artralgia;
✔ Cefaleia, dor retro-orbital;
✔ Petéquias;
✔ Prova do laço positiva;
✔ Leucopenia.
CASO SUSPEITO DE DENGUE COM SINAIS DE ALARME

• É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre, apresenta


um ou mais dos seguintes sinais de alarme:
⮚ Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua ou sensibilidade.
⮚ Vômitos persistentes.
⮚ Acúmulo de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
⮚ Hipotensão postural e/ou lipotimia.
⮚ Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
⮚ Letargia/irritabilidade.
⮚ Sangramento de mucosa.
⮚ Aumento progressivo do hematócrito
CASO SUSPEITO DE DENGUE GRAVE

• É todo caso de dengue que apresenta uma ou mais das condições a seguir:

• Choque ou desconforto respiratório em função do extravasamento grave de plasma;


choque evidenciado por taquicardia, pulso débil ou indetectável, taquicardia,
extremidades frias e tempo de perfusão capilar >2 segundos, e pressão diferencial
convergente

• Sangramento grave segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese,


melena, metrorragia volumosa e sangramento do sistema nervoso central).

• Comprometimento grave de órgãos, a exemplo de dano hepático importante


(AST/ALT >1.000 U/L), do sistema nervoso central (alteração da consciência), do
coração (miocardite) ou de outros órgãos
DENGUE – CASO CONFIRMADO
• É todo caso suspeito de dengue confirmado laboratorialmente.
• a.Detecção da proteína NS1 reagente.
• b. Isolamento viral positivo (coleta até o quinto dia de início de sintomas da doença).
• c. RT-PCR detectável (coleta até o quinto dia de início de sintomas da doença).
• d. Detecção de anticorpos IgM ELISA (a partir do sexto dia de início de sintomas da doença).
• e. Aumento ≥4 vezes nos títulos de anticorpos no PRNT ou teste IH, utilizando amostras
pareadas (fase aguda e convalescente com ao menos 14 dias de intervalo).

⮚ NS1 e sorologia podem ser realizados pela imunocromatografia (teste rápido)


⮚ No curso de uma epidemia a confirmação pode ser feita por meio de critério clínico epidemiológico
exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial.
PROVA DO LAÇO
• A prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente
com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo.
• A prova deverá ser repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se
previamente negativa.
• Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por
exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de
pressão arterial é de 80 mmHg.
• Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e
três minutos em crianças.
PROVA DO LAÇO
• Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço
e contar o número de petéquias formadas dentro dele; a
prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias em
adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o
surgimento de possíveis petéquias em todo o antebraço,
dorso das mãos e nos dedos.
• Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo
preconizado para adultos e crianças, ela pode ser
interrompida.
• A prova do laço frequentemente pode ser negativa em
pessoas obesas e durante o choque. O valor de predição
foi baixo para formas graves.
DIAGNÓSTICO - ANAMNESE
• Presença de febre, referida ou medida, incluindo o dia anterior à consulta
• Data de início da febre e de outros sintomas
• Presença de sinais de alarme
• Alterações gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia, gastrite)
• Alterações do estado da consciência: irritabilidade, sonolência, letargia, lipotimias,
tontura, convulsão e vertigem
• Diurese: frequência nas últimas 24 horas, volume e hora da última micção
• Se existem familiares com dengue ou dengue na comunidade, ou história de
viagem recente para áreas endêmicas de dengue (14 dias antes do início dos
sintomas)
DIAGNÓSTICO - ANAMNESE
Condições preexistentes que sugiram risco de evolução desfavorável:

• Crianças (< 2 anos) e Idosos (> 65 anos)


• Gestantes
• Comorbidades com potencial de descompensação clínica: obesidade, asma, diabetes
mellitus, HAS, cardiopatia (ICC), DPOC, doenças hematológicas (em especial anemia
falciforme), DRC, hepatopatia, doença cloridropéptica, doenças autoimune, pacientes
em uso de anticoagulante ou antiagregante plaquetário, imunossupressores, anti-
inflamatórios
• Pacientes em risco social
DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO GERAL
• Sinais vitais: temperatura, qualidade de pulso,
frequência cardíaca, pressão arterial, pressão de
pulso e frequência respiratória.

• O estado de consciência com a escala de Glasgow.

• O estado de hidratação.

• O estado hemodinâmico: pulso e pressão arterial,


determinar a pressão arterial média, tempo de
enchimento capilar (< 2 segundos).
DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO GERAL
• Verificar a presença de derrames pleurais,
taquipneia.
• Pesquisar a presença de dor abdominal, ascite,
hepatomegalia.
• Investigar a presença de exantema, petéquias.
• Buscar manifestações hemorrágicas espontâneas
ou provocadas (prova do laço, que
frequentemente é negativa em pessoas obesas e
durante o choque).
FASE FEBRIL - SINTOMAS
• Febre - duração de dois a sete dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto.
• Sintomas associados: cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias e a dor retroorbitária.
• Exantema - 50% dos casos, máculo-papular. Face, tronco e membros, plantas de pés e
palmas de mãos, com ou sem prurido. Frequente no desaparecimento da febre.
• Anorexia, náuseas e vômitos.
• A diarreia não é volumosa - fezes pastosas numa frequência de três a quatro evacuações
por dia.
• Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente com melhora
do estado geral e retorno do apetite.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
• Síndrome febril: enteroviroses, COVID-19, influenza e outras viroses respiratórias,
hepatites virais, malária, febre tifoide, chikungunya e outras arboviroses (zika).

• Síndrome exantemática febril: rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso,


exantema súbito, enteroviroses, mononucleose infecciosa, parvovirose,
citomegalovirose, outras arboviroses (mayaro), farmacodermias, doença de Kawasaki,
doença de Henoch-Schonlein, chikungunya, zika etc.

• Síndrome hemorrágica febril: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malária grave,


riquetsioses e púrpuras.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

• Síndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstrução intestinal, abscesso


hepático, abdome agudo, pneumonia, infecção urinária, colecistite aguda etc.

• Síndrome do choque: meningococcemia, septicemia, meningite por influenza tipo


B, febre purpúrica brasileira, síndrome do choque tóxico e choque cardiogênico
(miocardites).

• Síndrome meníngea: meningites virais, meningite bacteriana e encefalite.


FASE CRÍTICA – SINAIS DE ALARME

• Pode estar presente em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas graves.
• Tem início com a defervescência da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início
da doença.

• Pesquisa rotineira dos sinais de alarme, mais frequentes nessa fase.

• Orientações aos pacientes para que busquem atendimento.


SINAIS DE ALARME e GRAVIDADE

• Vômitos persistentes; • Sonolência em crianças e idosos;


• Dor abdominal intensa e contínua • Choque / hipotensão;
(referida ou à palpação); • Redução da diurese;
• Lipotímia/ Hipotensão postural; • Diminuição repentina da temperatura corpórea
ou hipotermia;
• Hepatomegalia dolorosa;
• Aumento brusco de hematócrito ou
• Sangramento de mucosa (epistaxe;
plaquetopenia;
gengivorragia);
• Desconforto respiratório .
• Hemorragias (hematêmeses; melena);
CLASSIFICAÇÃO

Classificação dos
pacientes em grupos por
critérios clínico-
laboratoriais e presença
de comorbidades para
manejo clínico.
CLASSIFICAÇÃO
GRUPO A – CLASSIFICAÇÃO
• Caso suspeito de dengue;
• Prova do laço negativa, sem sangramentos;
• Ausência de sinais de alarme;
• Sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais.

CONDUTA
• Exames laboratoriais complementares a critério médico;
• Prescrever paracetamol e/ou dipirona;
• Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides;
• Orientar repouso e prescrever dieta e hidratação oral.
Orientações para a hidratação oral
Orientações para a hidratação oral
Orientações para a hidratação oral

MS 2024
GRUPO A – ORIENTAÇÕES AO PACIENTE
• Não se automedicar
• Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou
sinais/sintomas de alarme;
• Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (possível início
da fase crítica); caso não haja defervescência, retornar no quinto dia de doença;
• Notificar, preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com
orientações;
• Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti;
• Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica.
Sua realização deve ser orientada de acordo com a situação epidemiológica;
• Reforçar o uso de repelentes em pacientes sintomáticos suspeitos de dengue, pois na
viremia podem ser fonte do vírus para o mosquito e contribuir com a transmissão.
GRUPO B – CLASSIFICAÇÃO
• Caso suspeito de dengue.
• Ausência de sinais de alarme.
• Com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva).
• Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades (lactentes – menores
de 2 anos –, gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, hipertensão arterial ou
outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme e
púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças
autoimunes).
GRUPO B – CONDUTA

• Solicitar exames complementares: HEMOGRAMA! Outros exames deverão ser


solicitados de acordo com a condição clínica associada ou a critério médico;

• O paciente deve permanecer em acompanhamento e observação até o resultado dos


exames (em até duas horas ou, no máximo, em quatro horas);

• Prescrever hidratação oral conforme recomendado para o grupo A, até o resultado dos
exames;

• Prescrever paracetamol e/ou dipirona.


GRUPO B – CONDUTA
• Avaliar a hemoconcentração
• Paciente com hematócrito normal:

✔ Tratamento em regime ambulatorial com reavaliação clínica e laboratorial diárias, até


48 horas após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme;

✔ Orientar o paciente para não se automedicar, permanecer em repouso e procurar


imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de
alarme;

✔ Preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com orientações;

✔ Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.


GRUPO B – CONDUTA

• Paciente com surgimento de sinais de alarme ou aumento do hematócrito:

✔ Seguir conduta do grupo C.

• Reavaliação a cada 24 horas

• Notificar o caso.

• Exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica.
GRUPO C – CLASSIFICAÇÃO
• Caso suspeito de dengue.
• Com ou sem sangramento de pele. Sem hipotensão.
• Presença de um ou mais sinais de alarme:
✔ Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
✔ Vômitos persistentes.
✔ Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
✔ Hipotensão postural e/ou lipotímia.
✔ Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
✔ Sangramento de mucosa.
✔ Letargia e/ou irritabilidade.
✔ Aumento progressivo do hematócrito.
GRUPO CC –– CONDUTA
GRUPO CONDUTA

• Iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção,


independente do nível de complexidade, inclusive durante eventual
transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de
exames complementares.
GRUPO C – CONDUTA

• Notificar o caso;
• Após preencher critérios de alta, o retorno para reavaliação clínica e laboratorial
segue orientação conforme grupo B;
• Preencher cartão de acompanhamento;
• Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti e sobre a importância do
retorno para reavaliação clínica;
• Os pacientes do Grupo C devem permanecer em leito de internação até estabilização
e critérios de alta, por um período mínimo de 48 horas.
GRUPO D – CLASSIFICAÇÃO

• Caso suspeito de dengue.

• Presença de sinais de
hipotensão ou choque,
sangramento grave ou
disfunção grave de órgãos.
GRUPO D – CONDUTA

• Reposição volêmica (adultos e crianças):


✔ 20 ml/kg em até 20 minutos - em qualquer nível de complexidade, inclusive
durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na
ausência de exames complementares.
• Oxigenioterapia
• Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito em 2 horas.
• Monitorização contínua – leito de UTI
• Repetir fase de expansão até três vezes – de acordo com reavaliação clínica.
GRUPO D – CONDUTA

• Notificar o caso;
• Após preencher critérios de alta, o retorno para reavaliação clínica e
laboratorial segue orientação conforme grupo B;
• Preencher cartão de acompanhamento;

• Orientar o retorno após a alta.


DENGUE GRAVE

• Extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com


desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica como o
coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC);
• O quadro clínico é semelhante ao observado no comprometimento desses órgãos por
outras causas;
• Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis;
• Aumento do hematócrito, quanto maior sua elevação maior será a gravidade;
• Redução dos níveis de albumina.
SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE

• Volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento;

• Geralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três a sete
dias) de doença;

• Geralmente precedido por sinais de alarme;

• O período de extravasamento plasmático e choque leva de 24 a 48 horas – equipe


deve estar atenta à rápida mudança das alterações hemodinâmicas.
MS, 2024
MS, 2024
FASE DE RECUPERAÇÃO
• Reabsorção gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica, após a
fase crítica;

• Complicações relacionadas à hiper-hidratação;

• Nesta fase o débito urinário se normaliza ou aumenta, podem ocorrer ainda


bradicardia e mudanças no eletrocardiograma;

• Rash cutâneo acompanhado ou não de prurido generalizado;

• Infecções bacterianas poderão ser percebidas nesta fase ou ainda no final do curso
clínico. Tais infecções em determinados pacientes podem ter um caráter grave,
contribuindo para o óbito.
OUTRAS FORMAS GRAVES
• Hemorragias – pode ocorrer hemorragia massiva sem choque prolongado e este
sangramento massivo é critério de dengue grave. Pacientes com histórico de úlcera
péptica ou gastrites, ou devido a ingestão de ácido acetil salicílico (AAS), anti-
inflamatórios não esteroides (AINES) e anticoagulantes.

• Disfunções de órgãos – O grave comprometimento orgânico, como hepatites,


encefalites, IRA ou miorcardites pode ocorrer sem o concomitante extravasamento

plasmático ou choque.
CRITÉRIOS INTERNAÇÃO HOSPITALAR

• Presença de sinais de alarme ou de choque, sangramento grave ou comprometimento


grave de órgão (grupos C e D);
• Recusa na ingestão de alimentos e líquidos;
• Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do
murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade;
• Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde;
• Comorbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial,
insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática etc;
• Outras situações a critério clínico.
CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL
Métodos indicados:
• Sorologia (ELISA) – solicitada a partir do sexto dia do início dos sintomas.

• Detecção de antígenos virais (NS1, isolamento viral, RT-PCR e


imunohistoquímica) – solicitados até o quinto dia do início dos sintomas.
• Se positivos/reagente/detectável confirmam o caso; se negativos, uma
nova amostra para sorologia IgM deve ser realizada para confirmação ou
descarte.
RESPONDER ÀS SEGUINTES PERGUNTAS

• É dengue?
• Em que fase (febril/crítica/recuperação) o paciente se encontra?
• Tem sinais de alarme?
• Qual o estado hemodinâmico e de hidratação? Está em choque?
• Tem condições preexistentes?
• O paciente requer hospitalização?
• Em qual grupo de estadiamento (grupos A, B, C ou D) o paciente se
encontra?
IMPORTANTE!
• Febre de até 7 dias!
• Descartar outros diagnósticos diferenciais
• Caracterizar o primeiro dia da doença / febre.
• Estadiamento antes da alta.
• Internação é para hidratação e monitorização dos sinais vitais.

• 10% dos pacientes evoluem para dengue grave.


EXAMES LABORATORIAIS

• Hemograma – principalmente hematócrito, indica hemoconcentração;


• Leucograma – leucopenia pode indicar outra infecção viral e leucocitose não afasta
doença;

• Plaquetopenia não é fator de risco. A queda progressiva indica que necessita maior
vigilância.
HEMOGRAMA: HEMATÓCRITO
• Um hematócrito no início da fase febril indica o valor basal do paciente;
• 1º ao 3º dia geralmente normal;
• Hematócrito em ascensão – marca o início da fase crítica;
• O valor é diretamente proporcional à gravidade.
Hematócrito em: Aumentado

Crianças > 38%

Mulheres > 44%

Homens > 50%

Aumento do valor habitual acima de 10%


TRATAMENTO
• Tratamento é suporte!
• Orientações na liberação do paciente – sinais de alarme, tempo de
observação, onde procurar atendimento;
• Reavaliação na liberação;
• Reavaliação programada na APS.
• Risco de sobrecarga de líquidos – EAP;
• Risco de infecções secundárias.
SINTOMÁTICOS
• Dipirona sódica
• Adultos: 20 gotas ou 1 comprimido de 500mg até de 6/6 horas;
• Crianças: 10 mg/kg/dose até de 6/6 horas (respeitar dose máxima para
peso e idade);
• Gotas: 500 mg/ml (1ml = 20 gotas);
• Solução oral:50 mg/ml;
• Supositório pediátrico:300 mg por unidade;
• Solução injetável: 500 mg/ml;
• Comprimidos: 500 mg por unidade.

• Deve ser evitada a via intramuscular.


SINTOMÁTICOS
• Paracetamol
• Adultos: 40 gotas ou 1 comprimido (500 mg) de 4/4 horas, podendo ser 60 gotas
ou 2 comprimidos (500 mg) até de 6/6 horas (não exceder a dose de 4 g no
período de 24 horas).
• Crianças: 10 mg/kg/dose até de 6/6 horas (respeitar dose máxima para peso e
idade):
• Gotas: 200 mg/ml (1ml = 20 gotas);
• Comprimidos: 500 e 750 mg por unidade;
• Dose máxima: não utilizar doses maiores que a recomendada acima.
ATENÇÃO!

• Os salicilados, como o AAS, são contraindicados e não devem ser


administrados, pois podem causar ou agravar sangramentos;

• Os anti-inflamatórios não-hormonais (cetoprofeno, ibuprofeno,


diclofenaco, nimesulida e outros) e as drogas com potencial hemorrágico
não devem ser utilizados.
DENGUE NA CRIANÇA
• Pode ser assintomática ou apresentar-se como uma síndrome febril clássica
viral, ou com sinais e sintomas inespecíficos: adinamia, sonolência, recusa da
alimentação e de líquidos, choro persistente, irritabilidade, vômitos, diarreia ou
fezes amolecidas.
• O agravamento, em geral, é mais súbito do que ocorre no adulto, em que os
sinais de alarme são mais facilmente detectados. Podendo ser identificado
como primeira manifestação clínica.
DENGUE NA GESTANTE
• Devem ser tratadas de acordo com o estadiamento clínico da dengue.
Vigilância, independente da gravidade, devendo o médico estar atento
aos riscos para mãe e concepto;

• Risco aumentado de aborto e baixo peso ao nascer;

• Gestantes com sangramento, independente do período gestacional,


devem ser questionadas quanto à presença de febre ou ao histórico de
febre nos últimos sete dias.
RESUMO
• Casos suspeitos;

• Sinais de alarme;

• Acompanhamento por estadiamento;

• Sempre reclassificar o paciente;

• Hidratação;

• 60mL/kg/24 horas – sem evidência de perda de líquido;

• 20mL/kg/hora – com evidência de perda de líquido.


NOTIFICAÇÃO

Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância


Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas
graves da doença.
VACINAÇÃO
• Vacina de vírus atenuado (Caxumba, FA, Rubeola, Sarampo, Varicela);
• Via SC no braço.
Restrições: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/janeiro/ministerio-da-saude-anuncia-estrategia-de-
vacinacao-contra-a-dengue
Material complementar
• Curso Conasems
• https://portal.conasems.org.br/orientacoes-tecnicas/noticias/6243_arboviroses-novo-curso-sobre-
dengue-zika-e-chikungunya-ja-esta-disponivel-no-ambiente-virtual-de-aprendizagem-do-conasems

• https://www.youtube.com/watch?v=xkFoAK1Glqo
CHIKUNGUNYA
INTRODUÇÃO

• Causada pelo Vírus Chikungunya (CHIKV);

• Sintomas semelhantes à DENGUE;

• Proximidade dos locais de reprodução do mosquito para a habitação

humana é um fator de risco significativo para chikungunya;

• Proporções epidêmicas.
INTRODUÇÃO
• O vírus é transmitido de humano para humano
pela picada de fêmeas de mosquitos infectados;

• Aedes aegypti e Aedes albopictus;

• Depois da picada de um mosquito infectado, o


início da doença ocorre geralmente entre 4 e 8
dias, mas pode variar de 1 a 12 dias.
ARBOVIROSES - EPIDEMIOLOGIA
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 29/02/2024
Chikungunya
ZYKA
CASOS PROVÁVEIS DE CHIKUNGUNYA NO BRASIL 2023-
24
CHIKUNGUNYA – CASO SUSPEITO
Residente ou visitante de áreas epidêmicas até 2 semanas antes do início
dos sintomas, ou com vínculo epidemiológico com caso confirmado,
apresentando:

Febre de início súbito – superior a 38,50 C


+
Artralgia ou Artrite intensa de início agudo não explicada por outras
condições
Título
• Texto

Fase
Pós aguda
(0 a 14 dias) (15 dias a 3 meses) (Após 3 meses)

Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos
CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Parecidos com os da dengue –

febre de início agudo, dores


articulares e musculares, cefaleia,
náusea, fadiga e exantema;

• O que a difere: fortes dores nas

articulações, que podem estar


acompanhadas de edema.
CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Fase aguda ou febril (0 a 14 dias):

• Febre de início súbito e surgimento de intensa poliartralgia;

• Pode acompanhar: dores nas costas, rash cutâneo, cefaleia e fadiga, com
duração média de sete dias;

• A queda de temperatura não é associada à piora dos sintomas como na


dengue.
CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• A poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos
pacientes;
• Poliarticular, bilateral e simétrica, mas pode haver
assimetria;
• Acomete grandes e pequenas articulações e abrange
com maior frequência as regiões mais distais;
• Edema, normalmente está associado à tenossinovite;
• Na fase aguda também tem sido observado dor
ligamentar;
• A mialgia quando presente é de intensidade leve a
moderada.
CHIKUNGUNYA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Exantema macular ou maculopapular, 50% dos casos, do segundo ao
quinto dia após o início da febre, no tronco e extremidades;
• Prurido em 25% dos pacientes, generalizado ou apenas na região palmo-
plantar;
• Dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite sem secreção, faringite, náusea,
vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite;
• Manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes nas crianças;
• Pode haver linfoadenomegalias cervical, retroauricular, inguinal
associadas.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Doenças febris agudas associadas a artralgia;


• Malária;
• Leptospirose;
• Febre reumática;
• Artrite séptica.
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
As alterações laboratoriais de chikungunya, durante a fase aguda, são inespecíficas:

• Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 cels/mm3 é a observação mais frequente;

• A trombocitopenia inferior a 100.000 cels/mm3é rara;

• A velocidade de hemossedimentação e a Proteína C-Reativa encontram-se geralmente


elevadas, podendo permanecer elevadas por algumas semanas;

• Outras: elevação discreta das enzimas hepáticas, creatinina e creatinofosfoquinase(CPK).


CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fase Pós aguda (15 dias a 3 meses):
• Febre desaparece (porém há relatos de recorrência da febre);
• Persistência ou agravamento da artralgia, com poliartrite distal, piora da dor
articular nas regiões previamente acometidas e tenossinovite hipertrófica
subaguda em mãos;
• Síndrome do túnel do carpo pode ocorrer como consequência da tenossinovite
hipertrófica (sendo muito frequente nas fases subaguda e crônica);
• Edema articular de intensidade variável;
• Pode haver: astenia, recorrência do prurido generalizado e exantema
maculopapular, lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas, doença vascular
periférica, fadiga e sintomas depressivos.
CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fase crônica (após 3 meses):
• Persistência ou recorrência dos sinais e sintomas articulares;

• Manifestações têm comportamento flutuante;

• Pode atingir mais da metade dos pacientes;

• Fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 anos,


significativamente maior no sexo feminino, desordem articular preexistente e
maior intensidade das lesões articulares na fase aguda.
CHIKUNGUNYA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Acometimento articular persistente ou recidivante nas mesmas articulações
atingidas durante a fase aguda;
• Dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de
eritema;
• Poliarticular e simétrico, mas pode ser assimétrico e monoarticular;
• Outros sintomas: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite,
tenossinovite, disestesias, parestesias, dor neuropática, fenômeno de Raynaud,
alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações da memória, déficit de
atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão;
• Alguns trabalhos descrevem que esta fase pode durar até três anos, outros
fazem menção a seis anos de duração.
ESCALA VISUAL DA DOR
Fluxograma - Manejo das manifestações musculoesqueléticas da
chikungunya no adulto — Ministério da Saúde (www.gov.br)
TRATAMENTO
A dor aguda tratada de forma inadequada é uma das principais causas de
sua cronificação, causando outros sintomas como a depressão, a fadiga e
os distúrbios do sono.
IMPORTANTE!
Fluxograma - Manejo das manifestações musculoesqueléticas da
chikungunya no adulto — Ministério da Saúde (www.gov.br)
Fluxograma - Manejo das manifestações musculoesqueléticas da
chikungunya no adulto — Ministério da Saúde (www.gov.br)
Fluxograma - Manejo das manifestações musculoesqueléticas da
chikungunya no adulto — Ministério da Saúde (www.gov.br)
Fluxograma - Manejo das manifestações musculoesqueléticas da
chikungunya no adulto — Ministério da Saúde (www.gov.br)
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO

Fases aguda, pós aguda e crônica:


• Compressas frias como medida analgésica nas articulações
acometidas de 4 em 4 horas por 20 minutos;
• Fisioterapia;
• Apoio psicológico.
ATESTADO MÉDICO

• Atestado médico: mínimo 10 dias;

• Orientar analgesia e repouso;

• Existem evidências de que o repouso é fator protetor para evitar


evolução para fase subaguda.
GESTANTES

• Não relacionada a efeito teratogênico;

• 49% de risco de transmissão vertical no intraparto;

• Não é transmitido por aleitamento materno.


NOTIFICAÇÃO

Notificação compulsória:

Todo caso suspeito de Chikungunya deve ser notificado.


ZIKA
INTRODUÇÃO
• Vírus Zika(ZIKV);

• ZIKV isolado pela primeira vez a partir de um macaco Rhesusem 1947, na floresta
Zikade Uganda;

• A primeira infecção humana foi relatada na Nigéria em 1954;

• A febre do Zika é considerada doença emergente desde 2007, mas poucos casos
tinham sido relatados desde então;

• A partir de outubro de 2013, ocorreu uma grande epidemia de ZIKV na Polinésia


Francesa e os primeiros casos autóctones na Nova Caledônia, em 2014.
INTRODUÇÃO
• 2014 - A circulação do vírus Zika foi detectada no continente Americano,
no Chile, confirmaram o primeiro caso de transmissão indígena do vírus
na Ilha de Easter;
• 2015 - Os casos de infecção pelo vírus Zika foram confirmados no
México, Paraguai, Guatemala, El Salvador, Colômbia, Panamá, Honduras,
Ilha de Santiago, Cabo Verde e na Venezuela.
• 2015 - Primeiros casos Brasil, em meados de abril de 2015, na cidade de
Camaçari, na Bahia.
ARBOVIROSES - EPIDEMIOLOGIA
Painel de Monitoramento das Arboviroses em 29/02/2024
ZIKA
ZIKA NO BRASIL - EPIDEMIOLOGIA
ZIKA VÍRUS X MICROCEFALIA

Divulgação no site do
Ministério da Saúde.
Brasil, 2016.
ZIKA – CASO SUSPEITO
Pacientes com exantema maculopapular
pruriginoso associado a dois ou mais dos seguintes
sinais e sintomas:

• Febre;
• Hiperemia conjuntival sem secreção ou prurido;
• Poliartralgia;
• Edema periarticular.
TRANSMISSÃO
• Picada da fêmea infectada do mosquito Aedes sp.
• O vírus Zika pode ser encontrado em fluidos biológicos:
✔ Leite materno;
✔ Urina;
✔ Sêmen;
✔ Saliva;
✔ Sangue (transmissão por transfusão).
• Até o momento, nenhum estudo conseguiu demonstrar que o vírus é capaz de se
replicar no leite materno, o que sugere que há partículas do vírus no leite, mas não
vírus viável para contaminação.
ZIKA – APRESENTAÇÃO CLÍNICA E MANEJO
• Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 - 7 dias;

• Evolução benigna;

• Tratamento: sintomáticos.
POPULAÇÃO DE RISCO
• Gestantes nos primeiros três meses de gravidez (primeiro trimestre), que
é o momento em que o feto está sendo formado. O risco parece existir
também, porém em menor grau, quando a virose é adquirida no 2º
trimestre de gestação.

• A partir do 3º trimestre, o risco de microcefalia é baixo, pois o feto já está


completamente formado.
ZIKA NA GESTAÇÃO

• Orientar medidas de proteção contra o mosquito e controle vetorial:


uso de repelentes, proteger partes expostas do corpo, usar barreiras
físicas para o mosquito, evitar horários e lugares com presença de
mosquito.

Toda gestante deve procurar o atendimento médico em caso de rash


cutâneo/exantema
ZIKA NA GESTAÇÃO: CONDUTA
Gestante com doença exantemática aguda, excluídos outros diagnósticos:

• Notificação imediata (máximo 24 horas) de todos os casos suspeitos de Zika em


gestante: Secretaria Municipal de Saúde ou Secretaria Estadual de Saúde;
• Coleta imediata de amostras de sangue e urina para investigação;
• Sintomáticos e orientações.

• O diagnóstico de Zika não altera a classificação de risco da gestação!

• Porém a gestante deve ser encaminhada para acompanhamento em centro de


referência.
ZIKA –INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL NO BRASIL
Isolamento viral ou detecção de RNA viral ZIKAV (PT-PCR):
• Coletar amostra de sangue até o 5º dia de início dos sintomas.
ALGORITMO CONDUTA EM CASOS SUSPEITOS E
TIPOS DE EXAMES SOLICITADOS
NOTIFICAÇÃO

Notificação compulsória

Todo caso suspeito de Zika deve ser notificado


FEBRE AMARELA
INTRODUÇÃO
• Doença febril aguda;

• Quadro clínico de gravidade variável: de formas leves até


fatais;

• Evolução bifásica (infecção e intoxicação);


EPIDEMIOLOGIA
• Durante o período de 2022/2023 (até a SE 50) foram notificados 686
eventos envolvendo primatas não-humanos (macacos) mortos e/ou
doentes suspeitos de Febre Amarela (FA);

• Desse total, apenas duas (0,3%) foram confirmados por critério


laboratorial;

• No mesmo período, foram notificados 158 casos humanos suspeitos e


nenhum foi confirmado.
FORMAS

• Febre amarela urbana (FAU)

• Febre amarela silvestre (FAS)

Diferenciadas pela localização geográfica, espécie vetorial e tipo


de hospedeiro
AGENTE ETIOLÓGICO
• Vírus amarílico;

• Arbovírus;

• Gênero Flavivírus;

• Família Flaviviridae;

• RNA vírus.
VETORES, RESERVATÓRIOS E HOSPEDEIROS
• FAS: Principal vetor e reservatório: mosquito Haemagogus janthinomys

• Hospedeiro natural: macaco (primatas);

• Homem não vacinado: pode entrar no ciclo.

• FAU: Mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório.

• Homem: único hospedeiro.


MODO DE TRANSMISSÃO
• FAS: macaco infectado 🡪 mosquito silvestre 🡪 macaco sadio 🡪 homem
• FAU: homem infectado 🡪 mosquito Aedes aegypti 🡪 homem sadio
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

• Entre 3 a 6 dias após a picada do mosquito fêmea infectado.


PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

• 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias

após (período de viremia);

• No mosquito Aedes aegypti o período de incubação é de 9 a 12

dias e então se mantém infectado por toda a vida.


DEFINIÇÃO DE CASO HUMANO SUSPEITO
• Indivíduo com quadro febril agudo (até sete dias), de início súbito,
acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente em
(ou procedente de) área de risco para febre amarela ou de locais com
ocorrência de epizootia confirmada em primatas não humanos (PNH) ou
isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos últimos 15 dias, não
vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.
QUADRO CLÍNICO
• Início abrupto;

• Febre alta e pulso lento (S. de Faget); Quadro com duração de cerca
• Calafrios; de 2 a 4 dias, após, observa-se
remissão da febre e melhora
• Cefaleia intensa; da sintomatologia que pode
durar de horas até dois dias.
• Mialgias;

• Prostração;

• Náuseas e vômitos.
QUADRO CLÍNICO
Pode evoluir para a cura ou para a forma grave (período toxêmico):

• Aumento da febre;
• Diarreia;
• Reaparecimento de vômitos (aspecto de borra de café);
• Insuficiência hepática e renal com suas consequências: sangramentos,
oligúria, azotemia, etc.
• Obnubilação mental e torpor, havendo evolução para coma e morte.
DIAGNÓSTICO
• Clínico, epidemiológico e laboratorial;

• Laboratorial: Isolamento do vírus (sangue ou fígado),

imunoflorescência ou sorologia;

• Alterações de enzimas hepáticas e provas de função renal.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICA E LABORATORIAIS DA FA
ABORDAGEM INICIAL – CASO SUSPEITO
• Queixa atual e duração, para identificar caso suspeito;
• Para identificar sinais de gravidade questionar especificamente sobre
a presença de hemorragias, características da diurese (volume e
cor),presença e frequência de vômitos;
• História pregressa, incluindo histórico vacinal para febre amarela e
dados epidemiológicos que possam indicar a necessidade de
investigar diagnósticos diferenciais.
ABORDAGEM INICIAL – CASO SUSPEITO
• Avaliação de estado geral;

• Aferição de pressão arterial (PA), frequência cardíaca, frequência


respiratória, temperatura e peso;

• Exame físico completo com especial atenção para presença de icterícia,


grau de hidratação, perfusão periférica, características da pulsação, sinais
de hemorragias, avaliação do nível de consciência.
ABORDAGEM INICIAL – CASO SUSPEITO

• Realização de exames laboratoriais inespecíficos:

✔ Hemograma, transaminases (TGO e TGP), bilirrubinas, ureia e


creatinina, provas de coagulação, proteína urinária.

• Coleta de amostras para exames específicos e envio para

laboratórios de referência.
TRATAMENTO

• Não há tratamento específico.

• Medidas de suporte:

✔ Sintomáticos;

✔ Reposição de líquidos;

✔ Repouso.
CONDUTAS
• A conduta após a avaliação inicial depende dos achados clínicos e laboratoriais.

• O acompanhamento ambulatorial pode ser feito para pacientes com forma


clínicas leve
✔ Paciente em regular estado geral, hidratado ou com desidratação leve, sem vômitos,
sem história ou sinais de hemorragias, com nível de consciência normal.
✔ ALT/TGP ou AST/TGO <500 U/L. • Creatinina <1,3 mg/dL. • RNI <1,5
CONDUTAS
• Exames laboratoriais normais ou com alterações discretas no hemograma
(leucopenia, plaquetopenia acima de 150.000, hemoconcentração <10% do valor de
referência), transaminases menores que duas vezes o limite superior da normalidade
e bilirrubina menos que 1,5 vezes o limite superior da normalidade, sem proteinúria,
provas de coagulação normais;

• Possibilidade de voltar rapidamente ao serviço de saúde se houver piora do quadro;

• Presença de pessoas no domicílio que possam observar sinais de piora rapidamente.


CONDUTAS – MANEJO AMBULATORIAL
CONDUTAS – MANEJO AMBULATORIAL
CONDUTAS

Recomenda-se internar todos os casos suspeitos da forma MODERADA

É caracterizada pela presença de pelo menos um dos sinais de alarme, sem a presença de sinais
de gravidade:

● Vômitos, diarreia e dor abdominal.


● • AST/TGO ≥ 500 U/L e
● Creatinina ≥ 1,3 mg/dL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Formas leves e moderadas se confundem com outras viroses:
importante o vínculo epidemiológico;

• Formas graves: hepatites fulminantes, leptospirose, malária, dengue


grave e sepse.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
CONTROLE DA INFECÇÃO

• A vacinação é a principal medida de controle da febre amarela, e


durante a ocorrência de um surto da doença, recomenda-se a
vacinação das pessoas não vacinadas que residem ou vão se
deslocar para a área de risco.
CONTROLE DE VETORES
O controle vetorial pode ser dividido principalmente em:
• Controle Biológico;
• Mecânico ou Ambiental;
• Químico.
CONTROLE DO VETOR
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Notificação

Doença de Notificação Compulsória


FEBRE OROPOUCHE
INTRODUÇÃO
• A febre Oropouche é uma doença causada pelo vírus Oropouche.
• É transmitido através de picadas de mosquitos infectados (pequenas moscas) e mosquitos.

• Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça, febre,
dores musculares, rigidez articular, náuseas, vômitos, calafrios ou sensibilidade à luz.
• Casos graves podem resultar em meningite .

• A maioria das pessoas se recupera sem efeitos a longo prazo. O tratamento é de suporte; nenhum
medicamento ou vacina específica está disponível.

• A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e muitas vezes é confundida com dengue.
Há um surto de febre Oropouche nos
estados do Amazonas e Acre, no Brasil

Fonte: https://wwwnc.cdc.gov/travel/notices/level1/oropouche-fever-brazil
. Brasil - 2024
FEBRE OROPOUCHE
• A febre oropouche ocorre em dois ciclos, o silvestre e o urbano.

• No ciclo silvestre, geralmente, costuma infectar macacos e bichos-


preguiça, além de aves silvestres.

• Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus


(Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).

• No ciclo urbano, o único hospedeiro é o ser humano e ela normalmente


é transmitida pelo Culicoides paraensis, também conhecido como
borrachudo ou maruim.
AGENTE ETIOLÓGICO
• O Vírus Oropouche (Orov) é um arbovírus que circula na América
Central (Panamá e Trinidad e Tobago) e América do Sul (Brasil e
Peru), tendo causado mais de 30 epidemias e mais de meio milhão
de casos clínicos da doença, a maioria no Brasil, desde sua
descoberta nos anos 1960.
QUADRO CLÍNICO
• febre;
• calafrios;
• dor de cabeça;
• dor nas articulações;
• Náuseas.

Os sintomas geralmente começam de 4 a 8 dias após a picada e duram de 3 a 6 dias.


TRATAMENTO
• Não há tratamento específico.

• Medidas de suporte:

✔ Sintomáticos; analgésicos e anti-inflamatórios.


✔ Reposição de líquidos;
✔ Repouso.
Em casos graves da febre de Oropouche, pode ser necessária uma terapia antiviral que utiliza ribavirina.

DIAGNÓSTICO
• Na fase inicial PCR para identificação do vírus.
• Alguns dias após o início dos sintomas, o diagnostico pode ser realizado através dos exames sorológicos IgG e IgM.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Notificação
Doença de Notificação Compulsória
FEBRE MAYARO
FEBRE MAYARO
• A Febre do Mayaro é causada pelo vírus Mayaro (MAYV), um arbovírus (vírus transmitido por
artrópodes) da família Togaviridae, gênero Alphavirus, assim como o vírus Chikungunya (CHIKV),
ao qual é relacionado à genética e antigenicamente;
• O ciclo epidemiológico do MAYV é semelhante ao da Febre Amarela Silvestre e se dá com a
participação de mosquitos silvestres, principalmente do gênero Haemagogus, com hábitos
estritamente diurnos e que vivem nas copas das árvores, o que favorece o contato com os
hospedeiros animais. Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o homem
é considerado um hospedeiro acidental;
• Dada a comprovação em laboratório da possibilidade de infecção do Aedes aegypti pelo
MAYV (competência vetorial) e de achados de infecção natural, considera-se haver risco
potencial de transmissão urbana, que poderia eventualmente ser sustentada num ciclo homem-
mosquito-homem.
• Não existe transmissão de uma pessoa para outra diretamente.
FEBRE MAYARO
• O sangue dos doentes é infectante para os mosquitos durante o período
de viremia, que dura em média 5 dias.
• A transmissão ocorre a partir da picada de mosquitos fêmeas que se infectam ao
se alimentar do sangue de primatas (macacos) ou humanos infectados com o
MAYV.
• Depois de infectados, e após um período de incubação extrínseca (em torno de
12 dias), os mosquitos podem transmitir o vírus por toda a vida.
FEBRE MAYARO – Quadro Clínico
• Os sintomas da Febre do Mayaro são semelhantes aos provocados pelo vírus
Chikungunya e outros arbovírus.
• O quadro clínico inicia-se com síndrome febril aguda inespecífica, e que pode
acompanhar cefaléia, mialgia e exantema, dificultando o diagnóstico diferencial, assim
como a determinação da incidência da Febre do Mayaro.
• A artralgia, que pode ser acompanhada de edema articular, é o principal sintoma das
formas severas e, ocasionalmente, pode ser incapacitante ou limitante, persistindo por
meses.
• Casos graves podem apresentar encefalite (inflamação no cérebro), mas na maioria dos
casos a doença é autolimitada, com o desaparecimento dos sintomas em uma semana;
• Definição de caso da Febre do Mayaro - Indivíduo que apresentou febre e artralgia e/ou
edema articular, acompanhado de cefaléia e/ou mialgia e/ou exantema, com exposição
nos últimos 15 dias (ou moradia) em área silvestre, rural ou de mata em todo o território
nacional.
FEBRE MAYARO – VIGILÂNCIA LABORATORIAL
• Os casos suspeitos devem ter amostra de soro ou plasma coletada para o diagnóstico
etiológico no primeiro acesso ao sistema de saúde, até 5 dias após início dos sintomas
(período de viremia). Devido da baixa viremia, o ideal é coletar até o terceiro dia após o
início dos sintomas;
• Amostra: Soro/sangue, LCR, tecidos (conforme o tipo de amostra coletada. Identificar “1”
quando primeira amostra, “2” quando segunda amostra, etc.)
TRATAMENTO

• Não há tratamento específico.

• Medidas de suporte:

 Sintomáticos; analgésicos e anti-inflamatórios.

 Reposição de líquidos;

 Repouso.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Notificação
Doença de Notificação Compulsória
Materiais para estudo:
• https://semsa.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2024/02/Nota-Tecnica-No-003-
2024-DVAE-DAEAD-DAP-DID-SUBGS-SEMSA-Arboviroses-2.pdf
• https://files.reporterparintins.com.br/documents/260235.pdf
• https://alvoradaparintins.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Alerta-
Epidemiologico-02-2024-Comunicado-sobre-Casos-Positivos-Importados-de-
Oropouche-no-Municipio-de-Parintins-no-Ano-de-2023.pdf

• Aedes aegypti em foco: Febre do Mayaro e outras arboviroses - Telessaúde


Maranhão: https://www.youtube.com/watch?v=XRJIlfGgTV0&t=1111s
REFERÊNCIAS
AMRIGS - ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL. Aula Virtual | Arboviroses na Atenção Primária à Saúde. Youtube, 8 abr. 2022. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dANvxNm1gkI&t=3278s

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de
bolso – 8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 444 p. il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. - 4.
ed. - Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 80 p. : il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_diagnostico_manejo_clinico_adulto.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Febre de chikungunya: manejo
clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 28 p. : il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_chikungunya_manejo_clinico.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia [recurso eletrônico].
Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_atencao_saude_resposta_ocorrencia_microcefalia.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Chikungunya: manejo clínico.
Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 65 p. : il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/chikungunya_manejo_clinico.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Febre amarela: guia para profissionais de saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_amarela_guia_profissionais_saude.pdf
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas causados por vírus transmitidos pelo
mosquito Aedes (dengue, chikungunya e zika), semanas epidemiológicas 1 a 10, 2021. Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 52, n. 10, mar. 2021. Disponível
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_10.pdf
REFERÊNCIAS
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de arboviroses até a semana epidemiológica 51 de 2022.
Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 48, dez. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no48/view
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde. Dengue: Casos
Clínicos para Atualização do Manejo. Brasília: UNA-SUS, 2023. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45291
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Atualização epidemiológica: Arbovírus no contexto da COVID-19. 2 de
julho de 2021, Brasília, D.F. OPAS/OMS, 2021. Disponível em:
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/54526/EpiUpdate2July2021_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE / ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guías de atención para enfermos de dengue en la región de las
Américas. La Paz: OPS/ OMS, 2010 54 p. Disponível em: https://www.paho.org/hq/dmdocuments/2012/Guias-atencion-enfermos-Americas-2010-esp.pdf
TELESSAÚDE ES. Webconferência Manejo Clínico da Dengue Telessaúde ES 18/12/2012. Youtube, 21 ago. 2014. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VRawjAhxzXw
TELESSAÚDE MS. Web Aula: Atualização e Manejo Clínico da Dengue. Youtube, 27 mar. 2019. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5FkfbWh2yAU
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Como investigar
casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya)?. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS; Maio 2021. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/como-fazer-abordagem-inicial-na-aps-de-casos-suspeitos-de-arboviroses-dengue-zika-e-chikungunya/
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Quando suspeitar
de dengue e como realizar a investigação diagnóstica?. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS; abr. 2022. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/quando-suspeitar-de-dengue-e-como-realizar-a-investigacao-diagnostica/
REFERÊNCIAS
• https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/view
• file:///C:/Users/marin/Downloads/Fluxograma%20de%20Manejo%20das%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20musculoesquel%C3%A9ticas%20da%
20chikungunya%20no%20adulto.pdf’
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